017-PP-Servos Notáveis-17

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Servos Notáveis da Bíblia
“Ora a fé é o firme fundamento...” (Hb. 11.1)
A Bíblia conta a história de personagens, que eram homens notáveis. Sobre todas as coisas amaram
ao Senhor. Deixaram exemplo de vida. Heróis da fé, que foram usados pelo Senhor como
instrumentos valorosos. Selecionamos cinquenta deles. Certamente existem outros. Buscaremos
registrar os seus feitos, como viveram e o que podemos certamente aprender com eles.
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe: Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb. 11:6).
017 – Jabez, o mais Ilustre
A História de Jabez está em I Crônicas 4, depois de o escritor narrar a árvore genealógica da família
judia, desde Adão. No meio, o cronista para. Ele vai apresentar a mais resumida das biografias. Em
apenas dois versículos (9 e 10), sabemos tudo que a Bíblia tem a dizer sobre este homem notável
chamado Jabez. “Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo:
Porquanto com dores o dei à luz. Porque Jabez invocou o Deus de Israel dizendo: Se me abençoares
muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fazeres que do mal não sejas
aflito!... E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Sua minibiografia é muito atraente. Aconteceu
uma grande transformação em sua vida.
Sua oração foi pequena e objetiva. Típica das orações dos dias atuais. Na urgência dos dias que
vivemos, corremos na nossa luta pela vida, remindo o nosso tempo. Nossa oração deve ser voltada
para aquilo que Deus deseja para nós. Se nossos anseios e petições coincidem com aquilo que está
no coração de Deus, somos aceitos diante Dele. Se ousarmos, Deus responde conforme nossa
ousadia e fé, e assim os milagres acontecem. Às vezes nossas orações não são eficazes, pois não
cremos. Assim, nada de extraordinário acontece. Vivemos um tempo especial. Deus tem grande
interesse pela nossa vida. Não podemos julgar comum a operação de Deus. Ele trabalha em favor
dos seus servos todos os dias. Vemos o seu agir em tudo que nos envolvemos, e se vivemos para Ele,
nossos dias tornam-se amenos e nossa vida prazerosa.
Sem dúvida vivemos os nossos melhores dias. Acumulamos as experiências vividas sob governo e
diretriz do Espírito Santo. Fomos chamados para uma grande Obra, que o Senhor realiza no nosso
meio e nos nossos corações. Temos uma caminhada, e nossa jornada prestes chegará ao fim. Jesus
muito breve virá para buscar um povo preparado, consciente do seu papel, de levar a preciosa
semente, “andando e chorando”. Mas enquanto este dia não chega devemos nos dedicar à Obra em
oração. Aprendemos com Jabez, pois “a bênção do Senhor é que enriquece, e não acrescenta dores”
(Pv. 10:22). Podemos dividir a oração de Jabez em quatro partes:
1ª Parte “Se me abençoares muitíssimo”. O começo da oração. Existe uma condição primordial.
Carecemos da bênção do Senhor, que como Salomão disse, é o que nos enriquece. Nossa oração é
feita ao Pai. Um pai muito amoroso, que está sempre pronto para atender os seus filhos amados.
Moisés, como amigo de Deus, descreve o caráter e a grandeza de Deus “passando, pois o Senhor
perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande
em beneficência e verdade” (Ex. 34:6). O Senhor deseja nos abençoar; nós sabemos disto. Mas por
que não somos abençoados? Se a palavra diz “posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl.
4: 13). Todos os dias Deus serve um banquete para seus servos fiéis. No entanto, muitos não
participam da mesa, da comunhão deste Deus rico em abençoar. Todos podem participar, de graça,
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porque Jesus pagou o preço por nós. Devemos pedir com abundância, muitíssimo. Nosso Pai anseia
em nos favorecer. Para ele nada custa. Ele tem prazer nisto. Nosso papel é pedir “Pedi, e dar-se-vosá...” (Mt. 7:7a). Deus deseja que eu tome a iniciativa em pedir, de modo especifico uma determinada
bênção. Deus abençoa os mais ilustres, muitíssimo. Jabez foi resultado de dores. Assim seria
prisioneiro do sofrimento. “Mas o mais notável na vida deste homem não é onde ele começou ou o
que teve de aguentar, mas onde terminou”. Ainda que sua vida começasse com o sofrimento nada
seria impedimento de buscar uma bênção de Deus, pois somente o Senhor tem o poder de
transformar maldição em bênção.
2ª Parte “e meus termos ampliares”. Nossos pedidos a Deus devem ser feitos com genuína
confiança, como alguém pede ao seu melhor amigo. Sabemos que Ele tem boa vontade conosco.
Deus é fiel e bom e seus recursos não são limitados nem restritos. Sua bondade e generosidade não
esgotam. Ela não tem fim. “Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm. 3:23). “Conta-se
a história de George Mueller, um grande homem de oração, que exemplifica como podemos desejar
que Deus nos ajude em nossas petições. Por algum motivo Mueller precisou mudar-se com a família
e o ministério para outro lugar da Inglaterra. O dia inteiro os carregadores levaram os pertences da
família pela colina abaixo na direção da barcaça que os conduziria ao novo lar. Quando a
embarcação estava pronta para zarpar, verificaram que tudo estava a bordo exceto uma coisa, a
cadeira predileta de George Mueller. O capitão, no entanto, recusou-se a esperar e atrasar a partida.
Mueller ficou de pé no convés e orou em voz alta: Ó Senhor, por favor, apressa-te e traze minha
cadeira. O capitão , zombando do ministro que aborrecia o Deus Todo Poderoso com um pedido tão
tolo, ordenou à tripulação que soltasse as amarras do navio. Nesse exato momento um homem
surgiu no topo da colina e desceu-a correndo. Ele carregava a cadeira predileta de George Mueller
na cabeça”. Este é o Deus generoso, que procura em todas as oportunidades dar o de melhor para os
seus servos. Jabez pediu mais de Deus. Ampliar os seus termos. O texto diz: “Amplia o lugar da tua
tenda.” (Is. 54:2a). Nos fala de mais espaço, de crescimento, de expansão. Tem um hino que diz: “Eu
quero mais e mais de Cristo”. Temos que orar pedindo a Deus maiores oportunidades, mais
possibilidades. Estamos numa Obra muito rica. Precisamos usufruir disto. Precisamos compreender e
não negligenciar as oportunidades que Deus tem nos dado. As bênçãos abundantes, de uma vida
vitoriosa e duradoura na sua presença. Deus pode nos fazer abundar. Nossas fronteiras se
expandirão. Deus deseja operar milagres, grandes sinais e maravilhas. “Disse-lhe Jesus: Tirai a pedra.
Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus:
Não te hei dito que, se creres verás a glória de Deus? (Jo. 11:39-40).
3ª Parte “e a tua mão for comigo”. À medida que começamos ter uma vida de mais comunhão com
o Senhor surgem dificuldades e oposições. Mas se compreendemos como Jabez, dificuldades viram
na verdade oportunidades. Por mais desafiadores que sejam os problemas não devemos nos abater.
Nos momentos das grandes adversidades somos impelidos a orar: Senhor que a tua boa mão seja
comigo. Na Bíblia, a mão ou braço representa o poder e a presença do Senhor “Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido agravado, para não poder
ouvir” (Is. 59:1). A igreja do primeiro século experimentou estas bênçãos “E a mão do Senhor era
com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor” (At. 11:21). “Como Jabez, Zorobabel é
outro personagem que enfrentou uma tarefa impossível. O sofrimento de sua vida era de alcance
nacional, liderar o primeiro grupo de judeus que retornariam do cativeiro para encontrar sua terra
natal infestada de estrangeiros e seu templo em ruínas.
Como um descendente direto do rei Davi (I Cr. 3:1-19), poderia ter sido herdeiro do trono, mas não
havia trono. Deus pediu a ele para reconstruir o templo. Os judeus estavam desmoralizados e sem
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recursos, e a oposição era intensa. Pelo profeta Zacarias, Deus o encorajou com uma mensagem
notável: “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito”. Deus fez o mesmo com Jabez.
“Deu a ele uma montanha para remover. Deus disse que ele fracassaria se movesse a montanha
sozinho. Deus prometeu mover a montanha para ele”.
4ª Parte “e fazeres que do mal não sejas aflito!”. Quando conquistamos um território para Deus,
estamos tirando-o de alguém. Assim é nossa luta para ganharmos almas para Jesus. Então se
levantam as grandes barreiras. A oposição do adversário. Jabez pediu o livramento do mal. Esta foi
parte da intercessão de Jesus pelos seus discípulos “Não peço que os tires do mundo, mas que os
livres do mal” (Jo. 17:15). Foi descrito uma estratégia de defesa utilizada por Martinho Lutero, o
grande reformador do século XVI, quando enfrentou tentações de todos os tipos. Na linha de frente
de um despertar espiritual que abalava o mundo, Lutero sentiu-se sob ataques constantes. Sua
história de Jesus atendendo à porta de sua casa quando as tentações chegavam, tinha um propósito
específico. Era uma maneira de meditar sobre a poderosa verdade de poder de Cristo que nos ajuda
a escapar das tentações. “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer
aos que são tentados” (Hb. 2:18). Na Obra aprendemos a importância do Clamor pelo Sangue de
Jesus, uma arma poderosa de libertação dos ataques do opressor. Quando clamamos acontece uma
operação do Espírito Santo em nosso favor. Temos que estar atentos e vigilantes. “Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como um leão, buscando a
quem possa tragar. Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre
os vossos irmãos no mundo” (I Pe. 5:8-9).
“E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Como Jabez, assim oramos e levamos nossas
petições ao Senhor, em nome de Jesus. “Conta-se a história de um homem, comerciante de
calçados, que buscou uma vida abençoada e Deus lhe respondeu. Seu nome era Dwight L. Moody.
Assistindo a um culto certa noite em Chicago, Moody ouviu um pregador dizer que se apenas uma
pessoa fosse “totalmente dedicada ao Senhor”, Deus poderia sacudir o mundo. Dwight L. Moody
decidiu que seria esse homem. Como resultado direto das bênçãos de Deus, as pregações de Moody
levaram milhões de pessoas a Cristo. No auge do ministério de Moody, um jornalista o entrevistou e
em sua matéria disse que sinceramente não via “nada de notável naquele homem”. Mas até o dia
em que morreu, Moody teve um impacto extraordinário na eternidade para Cristo. Seu método de
evangelização de massas e testemunho pessoal afetaram o caminho da igreja nos Estados Unidos e
continua influenciando evangelistas como Billy Graham e Luis Palau. Esta é a história vitoriosa de
Moody. Como será a nossa história? Embora uma vida abençoada e de grandes experiências com
Deus começa com um simples pedido, o Espírito Santo nestes últimos dias está buscando servos
como Moody, como Jabez, que queiram levar a preciosa semente. “Depois disto ouvi a voz do
Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me
a mim” (Is. 6:8). No relógio de Deus vai alta noite. Somos chamados ao trabalho, nos instantes
proféticos que antecedem a volta de Jesus para arrebatar a sua igreja.
“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaias e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como
poderei entender se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse”
(At. 8:30-31).
Autoria: JLA, Ipatinga-MG, Brasil
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