Terracap paralisa os estudos para a expansão do setor

Propaganda
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
Terracap paralisa os estudos para a expansão do setor
A Companhia Imobiliária de Brasília - Terracap informou a paralisação dos
estudos e do projeto urbanístico de expansão do Setor Hoteleiro Norte. O projeto previa a
criação de unidades imobiliárias na quadra 901 do Setor de Grandes Áreas Norte e ficará
suspenso até que a questão seja discutida juridicamente.
Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), a área onde a
Terracap propôs a criação da unidade imobiliária é pública. A Promotoria acha que eventual
alteração de natureza da área afrontaria o tombamento de Brasília.
A recomendação que pedia a paralisação das ações de expansão da área foi encaminhada no
dia 4 de novembro. Foi enviada ao Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF
(Conplam), ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), à Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Seduma), mas o MP ainda não teve
resposta.
1
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
O Salão do sonho de consumo
Considerado o maior evento do gênero no Centro-Oeste, Salão WImóveis põe à venda 10 mil
imóveis para todo tipo de cliente. Expectativa é de excelentes negócios
PRISCYLLA DAMASCENO - JOSIANE BORGES
5ª edição do Salão WImóveis reuniu, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães,
autoridades, representantes de entidades, empresários e clientes do mercado imobiliário. O
evento, que se encerra neste domingo (28), representa, para a população do DF e região do
Entorno, oportunidade única para realização do sonho da casa própria.
Cerca de 100 empresas, entre construtoras, incorporadoras, imobiliárias e instituições
financeiras, participam do Salão, em 35 estandes. Dez mil imóveis, entre lançamentos, novos
e de terceiros, em diversas regiões do DF, estão sendo disponibilizados para os clientes.
Trata-se do maior evento do gênero na região Centro-Oeste e o segundo maior do Brasil.
O diretor comercial do WImóveis, Marcelo Ramos, abriu o evento. “É com alegria que
apresentamos o 5º Salão. Podemos testemunhar a grandiosidade e evolução do evento.
Neste ano o Salão vem com algumas inovações, como o aumento do período de duração, que
passou de três para cinco dias; o sistema de credenciamento, que se iniciou 24 dias antes da
abertura, garantindo mais segurança e trazendo um feedback maior para nós, da
organização. Agradeço a todos e neste local podemos comprovar que o investimento em
imóveis sempre foi e será o melhor investimento”, disse Marcelo.
O jornalista Ronaldo Junqueira, presidente do Grupo Comunidade de Comunicação, uma das
mídias do Salão desde sua 2ª edição, enfatizou a pujança do evento e a contribuição do
Jornal da Comunidade para o setor. “É um prazer participar de cada edição do Salão, que
cresce a cada ano. O Jornal da Comunidade, como o maior veículo imobiliário do DF, vem
cumprindo seu papel e agradecemos o apoio de todos. Com 130 mil exemplares, temos a
nossa marca fixa e temos de mantê-la. Sabemos que o mercado imobiliário é importante para
a economia e o setor é forte”, afirmou o jornalista.
O vice-governador eleito, Tadeu Filippelli, esteve presente à abertura do 5º WImóveis e
ressaltou a importância do mercado imobiliário do Distrito Federal para a economia local. “O
Salão se tornou um produto para o DF. Temos a convicção de que a indústria da construção
civil e o segmento de incorporações são fundamentais para o crescimento do DF e têm sido
primordiais para a nossa economia. Parabenizo a todos pelo evento e represento aqui o
compromisso do governador eleito, Agnello Queiroz, de implantar, durante o governo, 100 mil
2
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
unidades habitacionais. Com a ajuda deste segmento e do governo federal, tenho certeza de
que haverá contribuições e esforços para alcançarmos esta meta”, disse Filippelli.
Adalberto Valadão, presidente da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do DF
(Ademi/DF) representou as empresas do setor. Ele se mostrou convicto do sucesso desta 5ª edição
do Salão WImóveis.
“Este é um evento que congrega de maneira positiva todas as entidades do setor. Brasília tem
crescido e isso demanda cada vez mais imóveis, o que é natural, e temos muitas vantagens para as
empresas e clientes. É com qualidade e responsabilidade que atendemos os requisitos legais e
levamos os melhores produtos oferecidos no país”, declarou Valadão.
O vice-presidente do Sindicato da Habitação do DF (Secovi/DF), Ovídio Maia, observou que a
união do mercado para a concretização do evento foi um diferencial. “O todo é mais do que a soma
das partes. O WImóveis representa nada mais que o trabalho dos arquitetos, engenheiros,
incorporadores e todos que compõem o mercado. Agradecemos e desejamos sucesso para os
corretores”,
enfatizou.
O crescimento do mercado de 20% ao ano foi ressaltado pelo presidente do Sindicato da
Construção Civil do DF (Sinduscon/DF), Elson Póvoa. “A indústria imobiliária está mostrando a
pujança e a qualidade do setor. No DF segue à frente até mesmo dos outros estados, de maneira
sólida e confiável. Este ano apresentou crescimento de 20% e acredito que em 2011 vai crescer
ainda mais, com a aprovação de R$ 21 bilhões em linhas de crédito”, acredita Póvoa.
João Teodoro da Silva, presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci),
também falou da grandiosidade do setor. “É uma honra para o Cofeci participar do evento que
confirma a pujança do mercado. Em todo o Brasil o mercado mostrou ter sido superior à crise
econômica mundial. Acreditamos que as medidas tomadas nos últimos anos para o setor têm
surtido efeito positivo e, assim, o cidadão brasileiro poderá realizar o sonho da casa própria”,
destacou o presidente do Cofeci.
3
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
O crescimento e as novidades do WImóveis
Foto:
Alan Santos Novidades tecnológicas proporcionaram atendimento melhor aos clientes
Nesta 5ª edição do Salão WImóveis algumas novidades e inovações procuram levar um
atendimento melhor e satisfação aos clientes e frequentadores do evento. “Temos investido em
pesquisa e equipamentos tecnológicos. Trazemos para esta edição ferramentas inéditas como o
cadastramento, que possibilitará às empresas e ao mercado imobiliário uma amostragem de
quantos clientes procuram por imóveis. Além disso, apresentamos o WView, uma tecnologia
semelhante à do Google View, de mapeamento de 360º (tridimensional) das unidades decoradas
nos estandes, e permite até mesmo a visualização virtual da localização dos empreendimentos
imobiliários”, anunciou Augusto Abdala, diretor da WImóveis.
Além dessas inovações, o evento lançou o Guia WImóveis, que disponibiliza produtos e serviços,
como materiais de construção, ferramentas e até mesmo arquitetos para os clientes do mercado.
“Em 2011, pretendemos apresentar uma nova gestão do sistema imobiliário e a expansão para
outras regiões do país e, assim, renovar o compromisso com o mercado”, completou Abdala.
Outra novidade foi anunciada durante a abertura do Salão pelo presidente da Associação dos
4
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
Notários e Registradores do DF (Anoreg/DF), Allan Guerra. “O corretor poderá requerer a certidão
do imóvel e toda a documentação inicial necessária para a compra no estande da Anoreg. O Salão
é a melhor incorporação imobiliária de Brasília, aqui é a união de todos e se consegue extrair o
melhor de cada um. Nós, dos cartórios, estamos como parceiros do setor, com tabelas a custos
baixos”, relatou o presidente da Anoreg.
Estiveram presentes à cerimônia de abertura do Salão o presidente da Companhia
Imobiliária de Brasília (Terracap), Dalmo Costa, o presidente do Sindicato dos
Gestores e Técnicos Imobiliários do DF (Sindigeci/DF), José Geraldo da Silva, e os representantes
dos bancos, Nilban de Melo Jr., superintendente do Banco de Brasília (BRB), e Luciano Kueiroga,
superintendente regional do Banco do Brasil.
Perspectivas para o país
Sardenberg disse que a economia
brasileira ficou madura
A palestra de abertura do 5º Salão WImóveis foi ministrada pelo jornalista econômico Carlos
Alberto Sardenberg. Com o tema As Perspectivas Econômicas para o Brasil, a palestra durou uma
hora e contou com uma plateia de cerca de 300 pessoas.
Talvez Sardenberg tenha mexido com o orgulho de muitas autoridades do mercado imobiliário e
de representantes de construtoras e imobiliárias ao afirmar que ainda temos muito o que fazer para
ter o mercado imobiliário representando grande parte do Produto Interno Bruto brasileiro, ou seja,
para ter um mercado imobiliário que possa concorrer com países como os Estados Unidos, ou até
mesmo com nossos vizinhos Chile e Argentina.
5
JORNAL DA COMUNIDADE
Caderno Cidades – 27/novembro/2010
Sardenberg deu início à sua palestra falando da história econômica do país. Era 1985 quando o
governo Sarney precisava definir o índice de correção da prestação da casa própria, por causa da
alta inflação. “O índice subiu mais de 100%, o que dobrou o valor das prestações da casa própria, e
Sarney não queria assinar”, contou o jornalista. Mas era necessário o aumento para repor o
‘rombo’ decorrido da inflação do último ano.
A partir de 1994, com a introdução do real, houve sinal de estabilidade, pois os anos anteriores
foram marcados pela inflação e por frequente troca de moeda, o que causou o desaparecimento do
crédito imobiliário. Após este plano foi marcado o início da estabilidade econômica no Brasil, e
com a queda dos juros passou a ser mais negócio emprestar dinheiro. “Com crédito a economia vai
embora”, ressaltou Sardenberg.
Mas, para o fim da inflação, foi necessária a criação de controles para a conta pública,
especialmente, nos anos bons e dívidas externas financiáveis. Sardenberg justificou que “não
temos mais dívida externa e devemos isso ao mundo, principalmente às exportações para a China.
A dívida externa está em US$ 200 bilhões. Mas exportamos US$ 200 bilhões e temos US$ 250
bilhões em caixa. Ou seja, não há dívida, tem dinheiro sobrando”.
“Gostando ou não, todo o mundo tornou-se capitalista”, comentou o jornalista econômico. Ele
disse que o mundo capitalista está cada vez maior, então há mais gente consumindo: maior
circulação de mercadorias e capital. “A economia brasileira está organizada e estável, agora é a
hora de crescer”, enfatizou, referindo-se à potencialidade do mercado imobiliário.
O crédito imobiliário no Brasil hoje pode ser com 25, 30 anos para pagar. “Isso é um sinal
clássico de que a economia ficou madura, chegou a um ponto de verdadeira estabilidade”, afirmou
Sardenberg. “Estamos atrasados em todos os setores. Isso se deve ao atraso de seis, sete anos, para
resolver o problema da inflação. O crédito em geral está chegando a 50% do PIB. É pouco. Nos
EUA isso chega a 80% do PIB”.
6
Download