AMEI escolar Ciências Naturais 8º ano – Resumo nº 6 - Desflorestação A desflorestação é a vasta destruição de áreas florestais. As suas causas principais são: o abate das árvores para criação de terrenos agrícolas e cultivo para a alimentação humana e animal; a extracção de madeira para comercialização de madeira e outros fins, tais como combustível e fabrico de papel e mobiliário; a construção de infra-estruturas como estradas e aglomerados populacionais que rasgam as florestas; as chuvas ácidas e os incêndios florestais que dizimam vastas áreas de floresta. As consequências da desflorestação podem ser muito variadas e graves: quando numa determinada área não há vegetação há um aumento da erosão do solo dessa área pois, como não há raízes ou folhas, quando chove o solo e diversos detritos são arrastados; provocação de alterações climáticas, contribuindo para o aquecimento global; destruição de habitats com consequente eliminação de inúmeras espécies, podendo levar à sua extinção; diminuição da capacidade de renovação do ar pois, devido a uma drástica diminuição das árvores numa dada área, o dióxido de carbono, geralmente retirado da atmosfera por essas árvores durante a fotossíntese, começa a acumular-se. Algumas estratégias para combater a desflorestação: diminuir o abate de árvores; Conteúdos 1- Desflorestação 2- Agricultura Intensiva 3- Espécies Exóticas e Invasoras 4- Recursos Naturais Renováveis e Não Renováveis 5- Recursos Biológicos proteger a floresta, limpando-a antes da estação quente e seca, evitando, desse modo, os incêndios; investir na reflorestação; reabilitar áreas florestais degradadas. - Agricultura Intensiva A agricultura intensiva é praticada com o objectivo de aumentar a produção de alimentos, devido ao aumento populacional. Como todo o tipo de exploração exaustiva, a agricultura intensiva tem várias desvantagens: necessidade de aumentar o número de terrenos agrícolas que leva à desflorestação; como a necessidade de produção de alimento é elevada, os terrenos são explorados até à sua capacidade máxima. Isto conduz a um esgotamento dos nutrientes e o solo torna-se saturado. uso de adubos e fertilizantes químicos que poluem o solo e posteriormente e água; necessidade superior de água para irrigação de um maior número de terrenos agrícolas. Para tal são construídas mais barragens, o que tem como consequência um alagamento dos terrenos e destruição dos habitats aí existentes. Uma das alternativas à agricultura intensiva é a agricultura biológica. Vocabulário: - Espécies exóticas e invasoras Em ecologia, espécies exóticas são espécies que são introduzidas num habitat onde não existiam antes. Uma espécie exótica pode transformar-se numa espécie invasora, sendo esta uma espécie que se expande naturalmente, sem a intervenção directa dos humanos, em habitats naturais ou seminaturais, crescendo descontroladamente e produzindo alterações significativas ao nível da composição, estrutura ou processos dos ecossistemas. As espécies exóticas podem afectar os ecossistemas de diferentes maneiras: diminuição da biodiversidade - as comunidades passam a ser essencialmente constituídas pelas espécies invasoras; extinção de espécies - devido à competição entre as espécies nativas e as invasoras; alteração das áreas ardidas - as espécies invasoras podem invadir áreas depois de ardidas; transformação geral de uma comunidade devido ao crescimento populacional incontrolado das espécies exóticas; alteração das cadeias alimentares - devido à competição, as espécies invasoras, por vezes, podem tornar-se predadoras das espécies nativas; Espécie exótica - o mesmo que introduzida ou espécie alóctone. É uma espécie que se fixa para além da sua área de distribuição natural, depois de ser transportada e introduzida intencional ou acidentalmente pelos humanos. Espécie nativa - o mesmo que espécie indígena, espontânea ou autóctone. Ser vivo que é natural (próprio) da região em que vive, ou seja, que cresce dentro dos seus limites naturais incluindo a sua área potencial de dispersão. diminuição da quantidade de água disponível - devido à exigência elevada das espécies invasoras; alteração da disponibilidade de alimento devido à competição entre as espécies nativa e exóticas. Muitas vezes as espécies exóticas não sobrevivem nos locais onde são introduzidas (pois os factores abióticos não lhes são favoráveis). Contudo, quando a instalação no seu novo habitat é feita com sucesso, estas espécies podem chegar a provocar a extinção das espécies nativas. As invasões de espécies exóticas ameaçam a biodiversidade em todo o Mundo e têm como consequência graves prejuízos económicos. - Recursos Naturais Renováveis e Não Renováveis Os recursos naturais são extraídos da Terra. Os recursos renováveis são aqueles cuja velocidade de produção é maior ou igual que a velocidade de consumo. A água, o Sol e o vento são alguns exemplos de recursos renováveis. Os recursos renováveis são aqueles cuja velocidade de produção é menor ou igual que a velocidade de consumo. O carvão e o petróleo são exemplos de recursos não renováveis. - Recursos Biológicos Os recursos biológicos são materiais e energia que podem ser obtidos a partir de seres vivos. São considerados recursos renováveis. Os recursos biológicos são explorados na agricultura, na pesca, na caça e na pecuária. Destas actividades retiramos os produtos para a nossa alimentação e as matérias-primas para a produção de vestuário, calçado, produtos medicinais, mobiliário, papel, … A utilização de adubos químicos na agricultura, o sobrepastoreiro, a introdução de espécie exóticas, a poluição e a sobreexploração dos recursos biológicos levaram a uma diminuição da biodiversidade. Deste modo, a criação de áreas protegidas tornou-se indispensável.