razões do monopólio

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01– FUNDAMENTOS HISTÓRICOS: FORMAÇÃO E EXPANSÃO ATÉ A 1ªMETADE DO SÉC. XIX.
AS COLONIAS DE POVOAMENTO E DE EXPLORAÇÃO NA AMÉRICA, ANTILHAS E BRASIL
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A ocupação das terras americanas e um episódio de Expansão Comercial da Europa. Não é o
caso de deslocamentos (pressões demográficas).
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As invasões turcas começaram a criar dificuldades ao comércio com o oriente.
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A Espanha então cria Cuba com o intuito de abastecimento e defesa. Já havia o rumor do
Eldorado.
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No primeiro século a ocupação limitou-se a comércio de peles, madeira e luta pela terra.
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Mesmo assim franceses penetram nas Antilhas ( operação militar)
A descoberta das Américas foi um esforço para encontrar novas linhas para o Oriente.
Lenda de riquezas atrai as nações Européias – Espanha e Portugal.
Portugal sente que vai perder novas terras para a França se não ocupá-las.
Mas os recursos de Portugal eram limitados, Espanha tinha mais recursos e a Holanda era o
grande banqueiro.
Mas a Holanda e Inglaterra queriam participar do nosso quinhão. Vamos tirar uma tasquinha...
Espanha concentra esforço para defesa Mexico-Peru – onde havia sido descoberto ouro etc.
{Florida ao Rio de Prata}.
Portugal, para não perder seu território, iniciou a exploração agrícola das terras brasileiras.
América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva européia.
Se os Portugueses não conseguissem êxito agrícola terras brasileiras teriam desmembrado. Este é
um dos principais motivos de nossa extensão territorial.
FATORES DE EXITO DA EMPRESA AGRÍCOLA
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Portugueses produziam açúcar ( ilhas do Atlântico e retinham o segredo do processo industrial )
gerando aumento de produtos e equipamentos. Não se esqueçam que o açúcar era a maior riqueza
da época, e seu processo de refino só era conhecido pelos Portugueses. Nos casamentos da
nobreza era o presente mais cobiçado, tal o seu valor.
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Portugal rompe com Itália e passa a exportar para a Holanda, rompendo monopólio, isto porque
era a Holanda que financiava as navegações portuguesas.
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Flamengos recolhiam produto em Lisboa, refinava e distribuía ( báltico, França, Inglaterra).
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Problemas de cara, dificuldade de transporte, quantidade de comércio com as Índias, aí começo o
trafego escravos, que era mão de obra fácil e barata.
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Sem mão de obra escrava, barata e fácil, as plantações seriam inviáveis financeiramente.
A Colonização do Brasil se deve a quantidade de expansão do mercado do açúcar Séc. XVI.
Holanda era único pais que possuía suficiente organização para distribuição e finanças ($)
O ciclo era o seguinte: Portugal produz – Holanda financiava e distribuía, isto é, ficava com o
lucro.
O êxito da empresa agrícola séc. XVI, é a razão de ser dos portugueses em quantidade/extensão
das terras Americanas. Grandes plantações, grande extensões de terra.
RAZÕES DO MONOPÓLIO
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Bons resultados financeiros da agricultura abriram novas perspectivas para nova terra.
Espanha continua preocupada só com a transferência de metais preciosos para metrópole.
Aumento de importados da Espanha era altamente estimulante para demais economias.
O crescimento Espanhol (devido ao ouro) era altamente estimulante para demais economias.
Com a decadência Espanhola as colônias são prejudicadas, pois fora a exploração nada foi feito.
Espanha só se importava com o ouro e não se preocupava em contrapartida (produtos tropicais,
etc.). Istoé, só tirava, não aplicava nada. Não havia retorno.
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Espanha tinha tudo em mãos (mão de obra barata/terras férteis/poder financeiro/ etc.) e não
soube usar.
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Cabe, portanto admitir que um dos fatores do êxito da expansão agrícola portuguesa foi à
decadência da economia espanhola, a qual se deve a descoberta precoce dos metais preciosos.
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DESARTICULAÇÃO DO SISTEMA
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No século XVIII a Holanda controlava praticamente todo o comércio dos países europeus.
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Esta luta pelo controle de açúcar, causa a ocupação de Pernambuco. Pois os Holandeses aqui
vieram com um único intuito, se Portugal não mais fornecia açúcar, vamos lá e fazemos nós...
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No Brasil Holandeses adquirem conhecimento técnico, e organizacionais da indústria acúcareira.
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Com a concorrência vem a baixa de preços que seguiu durante todo o século seguinte.
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Século XVIII começa a surgir forte economia concorrente dos produtos tropicais na América do
Norte, com a debilitação da potencia espanhola, pois com o fim do ouro acaba também o
interesse.
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Aumenta potência da Holanda, França, Inglaterra.
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A facilidade da mão de obra inglesa constratava-se com a dificuldade Português/Espanhol do
período Colonial.
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As primeiras colônias América Norte deram vultosos prejuízos, daí adveio a procura de artigos que
pudesse ser produzido em pequenas propriedades (veja bem, pequenas propriedades), o que não
foi fácil.
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Isto porque tudo o que podia se produzir na Nova Inglaterra podia ser produzido mais barato na
Europa, logo a vida era dura na nova terra Americana do Norte.
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Algodão/anil/café/fumo – eram os únicos produtos com perspectivas promissoras.
Holanda não abria mão da distribuição de açúcar, pois financiava toda a sua produção.
Espanha se une a Portugal (aqueles casamentos doidos de realeza), e entra em guerra com a
Holanda (que apoiava Portugal). Portugal que não tinha nada a ver com isto entrou bem, pois
dependia da Holanda em tudo.... inclusive a navegação para o Oriente.
Com este conhecimento e o início de plantação de cana no Caribe quebra-se o Monopólio.
Acaba o interesse de produtores portugueses e grupos financeiros portugueses no açúcar
brasileiro, pois Holanda passa a produzir no Caribe.
As colônias de povoamento do hemisfério Norte, diga-se Cuba e América do Norte estão em banho
maria...
Inglaterra e França apoderam-se das Ilhas do Caribe.
Antilhas Inglesas povoaram com maior rapidez que a dos Francesas, e com menos assistência.
Devido a fortes divergências políticas e religiosas foi facilitado a emigração de mão de obra
inglesa.
Nem o Regime de servidão temporária, mão de obra escrava, recrutamento, rapto, criminosos era
suficiente para resolver o problema de custo. A produção e o transporte eram caros.
CONSEQUÊNCIAS DA PENETRAÇÃO DE AÇÚCAR NAS ANTILHAS
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Com o êxito da agricultura tropical do fumo, a solução natural era mão de obra escrava africana.
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Com a queda dos preços as grandes plantações ( mão de obra escrava)
vantajosas é claro...
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Neste ponto voltam-se as vistas para a produção no Brasil devido as grandes extensões de terra
( para plantação da cana de açúcar).
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As Antilhas ficou reservado a pequenas propriedades e outros produtos tropicais.
Surge contraste entre as grandes propriedades (com mão de obra escrava), e a pequena de
população européia e assim aparecem as primeiras distensões sociais.
demonstram ser mais
Com a expulsão dos Holandeses no Brasil eles vão se fixar nas Antilhas, já então, senhores da
técnica de produção do açúcar (que era o grande segredo português), bem aparelhados com
equipamentos para montarem fábricas, chegaram com a técnica nas Antilhas, e tão favorável era
a situação que em lugar de ocupar eles cooperam com os colonos da região ( o Brasil então entrou
em queda livre), Somado a queda do preço do fumo.
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Tudo ajuda as colônias do norte, devido à guerra às dificuldades econômicas eram grandes e as
Antilhas estavam isoladas.
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Possibilidade de comércio com os holandeses veio na hora certa (crédito oferecido, etc.).
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O advento da economia açucareira Antilhano veio beneficiar as Colônias Inglesas no Norte com a
retirada de grande número de colonos das Ilhas Caribeanas para o Continente que foram instalarse nas Colônias do Norte. (já nasceram com o sorte...).
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As grandes usinas mataram as produções de subsistências, e tornou as ilhas dependentes do
Norte, além disso, a Ilha passou a depender do continente de animais, madeira, alimentos, etc.
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Nasceu então um fluxo comercial que tornou rentável a Construção Naval nas Colônias
continentais, isto é, América do Norte (mais uma vez a sorte favoreceu...), ai floresceu uma
grande indústria naval que passou a abastecer até a Inglaterra, e o mundo...
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Nasce a destilação alcoólica neste caso com as Antilhas francesas ( que não podiam usar a matéria
prima para não concorrer com a Metrópole)
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As Colônias do Norte se desenvolvem, fim XVII inicio XVIII, como parte integrante de um sistema
maior, de comercio, dentro do qual o elemento dinâmico são as regiões Antilhanas.
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Este ciclo marca o inicio de uma nova etapa na ocupação econômica das terras americanas,
beneficiado pelo longo período de guerra civil inglesa. Vocês se lembram que por causa da guerra
a Inglaterra transferiu para a colônia grande parte de suas indústria de base, por segurança.
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Não fosse a guerra civil Inglesa os colonos americanos não teriam fincado pé no próspero,
mercado das ilhas antilhanas, pois devido a esta guerra os Ingleses transferiram sua fábricas,
principalmente de navios, para a América do Norte.
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Inicia logo apos a expulsão dos franceses antilhanos os atritos dos ingleses com Americanos.
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Desta forma criou-se uma economia de pequenas comunidades agrícolas auto-subsistentes e
pouco sujeitas as variações econômicas, não voltadas para a metrópole. Viram? A colônias do
Norte eram formadas por pequenas fazendas, que produziam para sustento e vendiam o
excedente, isto é, criaram a tal poupança interna.
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A economia Antilhana, de grandes culturas de exportação era mais voltadas para a metrópole.
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Encerramento da etapa Colonial na América do Norte, enquanto isto nos vivíamos (?) presos a
grandes fazendas, barões, e Portugal.
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Portugal ao desvencilhar-se da Espanha havia perdido o melhor dos entrepostos Orientais.
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Com estas concepções e permissões Portugal conseguiu manter as Colônias americanas.
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No entanto devido a acordos comerciais 1.703 Portugal renuncia a todo desenvolvimento
manufatureiro e transferiu para Inglaterra o impulso dinâmico da produção do ouro no Brasil, isto
é, o ouro Brasileiro ia para os Ingleses e não para os Portugueses... como todo mundo pensa!
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No ciclo do ouro coube a Portugal a simples posição de entreposto.
A indústria açucareira floresce imediatamente, a população européia decresce e escrava aumenta.
Tratou-se de introduzir atividades manufatureiras que na época era proibido.
A expansão açucareira destrói as pequenas propriedades nas Antilhas francesas.
No entanto o desaparecimento das colônias de povoamento nas ilhas contribui para tornar
economicamente viáveis as colônias desse tipo que os ingleses estabeleceram ao Norte. Ai os
atuais Estados Unidos ganharam de presente de Natal, um sistema econômico viável e rentável...
Começa também a tornar viável na imaginação européia um sistema baseado no trabalho escravo
temporário (servidão temporária).
Surge assim na colônia Americana grupos capazes de interpretar seus verdadeiros interesses, e
não refletir as ocorrências do centro econômico dominante. Só podia dar em Emancipação do
País.
Perdido o Oriente, desorganizado, e sem força no mercado do açúcar, sem meios de defender-se,
conclui acordos com Inglaterra nos quais aliena sua sabedoria e perde todo seu poderio
comercial... e nos estamos na rabeira da crise (já tínhamos crise!)
Portugal continua a enfrentar crises com varias desvalorizações monetárias.
Portugal procura então aumentar produção da manufaturas interna.
Surge então o ouro no Brasil com crescente produção a partir de 1.710. E beleza! É a salvação da
lavoura, será???
No ciclo do ouro coube ao Brasil alterações fundamentais na estrutural populacional com o
predomínio Europeu.
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No ciclo do ouro (brasileiro) a Inglaterra desenvolveu o seu parque manufatureiro, e com a
capacidade de importar uma concentração de reservas que fortaleceu o seu sistema bancário.
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Os próprios negros que trabalhavam nas minas tinham que ser vestidos pelos Ingleses, você
sabia? Tudo utilizado na colônia se fosse produzido na Inglaterra tinha que ser comprado lá.
Parece estas reportagens da Globo de trabalho escravo no interior do Brasil atual, não e?
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No fim do Séc. XVIII com a decadência do ouro no Brasil a Inglaterra já estava em plena
Revolução Industrial (a custa de nosso ouro) e ai é que começou a ser criticado toda política
protecionista. A Inglaterra não precisava mais de Portugal... tiau babau...
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Com isto mingua os privilégios aduaneiros e Portugal perde seu mercado de vinhos.
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Os privilégios concedidos à Inglaterra criam sérias dificuldades econômicas. Endivida cada vez
mais o Brasil, que já nasce pobre, e devendo aos banqueiros Ingleses tudo que produzia e muito
mais...
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Pela metade do século o café começa a ocupar posição de destaque.
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Inicia o processo da Ideologia da Solidariedade Continental. Com a América do Norte mandando...
Assim o Brasil ao separar-se de Portugal continua atrelado à Inglaterra e em 1.827 reconhece a
Inglaterra com a potência privilegiada, isto é, continua servil e devendo milhares de dólares a
Inglaterra... já começamos devendo...
EUA passam a ser o principal mercado importador do Brasil. Muda um pouco o mercado
Internacional, pois o Estado Americano já começa a ganhar força e dar os seus pitacos...
A partir disto o Brasil não cede à pressa Inglesa de renovar o tratado de 1.827.
Liquida-se o passivo político da dependência portuguesa, isto é, o Brasil pagou...
O Brasil continua a ser o mesmo país, do ponto de vista econômico de a 3 séculos.
Expansão cafeeira dos fins do século XIX inicia nova fase de tensões e é desta crise que surgirão
os elementos indispensáveis de um sistema econômico autônomo capaz de gerar o seu próprio
impulso de crescimento – Lá vai o Brasil ( pro buraco) de novo...
ECONÔMIA ESCRAVAGISTA DE AGRICUTURA TROPICAL.
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Devido à forma de ocupação da terra, em grandes propriedades, e as dificuldades de mão de obra
recorre-se a mão de obra indígena que ao contrario do que se fala, ajudou muito e muito...
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A captura de mão de obra escrava indígena torna-se a 1a atividade lucrativa da época.
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Nesta etapa havia plena capacidade de autofinanciamento da indústria.
São Vicente sobrevive pela exportação de mão de obra para regiões açucareira.
A mão de obra africana só chegou para a expansão das fazendas e para riqueza dos grandes
proprietários que viviam no mundo da Metrópole...
Os recursos deste autofinanciamento não eram usados na Colônia, tão pouco em outras regiões.
Parte desta renda ia para não residentes, e ficava fora da Colônia, isto é, não ficava no Brasil e por
isto não se criou a tal “poupança interna” como aconteceu lá no Norte, lembra-se?
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO.
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Empresa açucareira teve que operar em larga escala, logo, Os capitais eram importados, idem
equipamentos. Nos não tínhamos Indústrias de Base, como nossos amigos do Norte...
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Instalada a indústria seguia gastos de importação, equipamentos, materiais, mão de obra escrava.
Quebrava uma peça, vamos buscar outra na Inglaterra ou dar um jeitinho nesta (surge ai os
primórdios do famoso jeitinho brasileiro)
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A diferença entre o custo de reposição e de manutenção da mão de obra, e o valor do produto do
trabalho da mesma, era lucro para o império.
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Como os fatores de produção, pertenciam ao império, à renda gerada revertia ao empresário.
A diferença entre o dispêndio da mão de obra e a importações era a entrada liquida de capitais.
O serviço financeiro ficava com não residentes. Não era aplicado no Brasil, ia para a Corte.
O fluxo de renda era entre a unidade produtiva e o exterior, isto é, empresário X exterior. A
simples operações contábeis, reais ou virtuais.
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O regime açucareiro não é feudal como é de supor. Ele “pertencia” ao Império, os donos eram
todos Barões, etc. e tal.... títulos vendidos aos grandes fazendeiros que queriam ser “nobres”.
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Neste quadro crescendo o mercado externo cresce o interno enquanto houver terras disponíveis.
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O empresário nunca perdia, pois diminuindo exportações ele usava mão de obra em outros
serviços. Plantava outros produtos, criava, etc.
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A economia dependia exclusivamente da procura externa, e ao empresário valia pena continuar
produção mesmo com baixo preço só com uma redução muito grande na qual o empresário não
podia repor é que ele perdia, mesmo assim num processo muito lento, logo era fácil manter a
estrutura.
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Por isto a economia açucareira nordeste resistiu a mais de 3 séculos (e no Brasil ta aí até hoje ).
As possibilidades de expansão eram ilimitadas ( muita terra disponível ).
Expansão da economia significa então ocupação de novas terras e aumento importações.
Decadência era redução em importações e diminuição da fatura das fazendas.
No entanto expansão com ocupação de novas terras era anulado pelo mecanismo econômico que
não permitia uma articulação direta entre os sistemas de produção e consumo.
Por isto a economia açucareira resistiu à concorrência Antilhana
Por isto a economia açucareira resistiu à baixa de preço.
Por isto a economia açucareira resistiu à mineira (ouro) e ao aumento da mão de obra (preço)
Por isto a economia açucareira voltou a financiar no século XIX com plena vitalidade.
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUARIA.
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A formação do sistema econômico da alta produtividade em expansão no litoral nordeste
influenciou a defesa e exploração de outras regiões.
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A economia açucareira era um mercado de alta rentabilidade e elevado grau especialização.
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2.- São Vicente voltou-se para o interior (dedicou-se a caça ao Índio) desenvolve a habilidade
exploratória militar dai surgiu os bandeirantes.
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Para evitar conflitos era proibido criar animais na faixa litorânea.
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A necessidade de criações transformou-se em fator fundamental na ocupação do interior.
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A atividade criatória tende a torna-se uma economia de subsistência da população. Para não
morrer de fome, vamos criar galinhas, patos e marrecos...
A diferença entre povoação Nova Inglaterra X São Vicente (América do NortexBrasil) eram:
1.- Nova Inglaterra os colonos que suportaram as dificuldades iniciais voltaram-se a atividades de
baixa rentabilidade( voltou-se para o mar ), dedicaram-se a construção de embarcações/ ao surgir
o mercado Antilhanos tem embarcações próprias e foram então presenteados na época com a
guerra na Inglaterra.
Necessidade de lenha para engenhos foi devastando tudo e tornando mais difícil o suprimento (as
florestas já estavam sendo queimadas). A lenha ficava cada vez mais longe.
No sertão nordestino a terra para criação era ruim.
O que explica a penetração para interior cruzando o São Francisco, Tocantins e Maranhão.
A criação era fácil até mesmo para quem não tinha recursos e o indígena adaptava-se bem a ela.
Logo do lado da oferta não havia fatores limitantes a expansão. Criadores tinham bastante.
Como o aumento da distancia do litoral a produtividade diminui, a renda media da população ia
diminuindo.
FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO
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O sistema criatório e açucareiro tendem a conservar sua forma original de caráter puramente
extensivo, mas em longo prazo as diferenças eram substanciais.
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A diferença era que o criatório não precisava de investimentos e a expansão era negativa.
A atividade criatória absorvia o excedente de mão de obra da açucareira na época de declínio.
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E a transferência da mão de obra para a pecuária intensificava seu aspecto de subsistência.
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Desta forma a economia do nordeste de alta produtividade, foi progressivamente se tornando uma
economia de subsistência. A população dispersa produzindo o necessário para sobreviver, sem
especialização técnica. A formação da população nordestina com sua precária economia de
subsistência estão ligados a este lento processo de decadência da economia açucareira outrora o
negócio mais rentável.
Na região pecuarista a população se alimentava do mesmo produto que exportava.
A população continua a crescer mesmo em período de decadência das exportações.
Isto explica que a população do nordeste continuou a crescer.
Se a economia decresce na verdade a produtividade cresce com o aumento do setor de
subsistência.
CONTRAÇÀO ECONOMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL.
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Invasões holandeses século XVII beneficia Brasil com retenção da renda nas Colônias.
Pernambuco conhece uma era de prosperidade sem igual.
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Encerrada a etapa vem baixa, pois holandeses transferem-se com renda c/know-how para
Antilhas.
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Nesta época, a coroa Portuguesa e Espanhola era uma só, toda terra tropical nas mãos de
Portugueses e Espanhóis.
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Expulsos os Franceses, Holandês, e Ingleses, Portugal ocupa toda foz do Amazonas.
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Jesuítas contam com cooperação dos indígenas o que torna possível exploração de produtos.
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Ao mesmo tempo na região Sulina ( São Vicente) a decadência açucareira, a escassez, a pequena
procura de mão de obra indígena, obrigam a região a aumentar a exportação para o Sul ( couro). O
Norte não estava dando lucro...
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Portugueses em 1680 fundam Colônia Sacramento para combater a crescente atividade na região
do Rio da Prata abrindo novo mercado para produtos diversos...
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Esta Colônia permite aos portugueses reforçar negociar com couro além de abastecer Colônias
Espanholas (Espanha persistia monopólio com Colônias).
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Ao mesmo tempo, quanto maior o crescimento da economia de subsistência mais reduzia a
exportação, e mais difícil o comercio com a metrópole que tem sua economia inflacionada com
desvalorização moeda.
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A importação ficava cara ( uma roupa /ou espingarda custava mais que uma casa)
Esta é um fase difícil para Portugal – Colônias no abandono.
Além dificuldades o solo do Maranhão não era bom para açúcar e o fumo, cultivados na época.
Trafego entre o sul e o Maranhão era difícil devido isolamento e Holandeses em Pernambuco.
Os colonos lutam para sobreviver em regime de subsistência (criar plantar para comer).
Caça ao índio torna-se meio de sobrevivência (contra os Jesuítas que combatiam o trafego )
Jesuítas desenvolvem técnicas de aproximação com os indígenas.
Com o índio foi possível conhecer a
floresta e suas potencialidade etc...
Para começa a esportar cacau, baunilha, canela, cravo, resinas, etc. No entanto a cultura é
precária (mão de obra indígena).
Assim o problema do Maranhão, mais luta de mão de obra indígena, mais exploração florestal tudo
contribuiu para expansão territorial da 1ª metade séc. XVIII.
POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES MERIDIONAIS
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A Colônia empobrece a cada dia, custos de manutenção aumentam.
Inicia-se a procura metais preciosos, o negocio era ganhar na megasena (achar uma mina de ouro).
E os homens de Piratininga conheciam bem interior e as florestas, por causa do comercio.
Desenvolve-se ( séc XVIII) a economia do ouro.
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A economia mineira abre o ciclo migratório europeu ( que até precisa ser contido).
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O animal é necessário para levar ouro e trazer comida – grande mercado organiza-se.
Até os escravos chegam a trabalhar por conta e comprar liberdade.
Abre-se as portas para iniciativa próprias, não havia ligação a terra num grande investimento.
Nos bolsões de ouro eleva-se preços e comércio subsistência cresce.
Pecuária no Sul passa por verdadeira revolução ( necessidade de animais e couro nas minas) para
os mineiros. Afinal todos precisam comer e vestir. Criava-se um novo mundo na região do ouro.
Integra-se assim região Sul/Centro/Norte.
É um equívoco supor que foi a criação que uniu as regiões. Quem as uniu foi à procura de gado
que se irradiava do Centro dinâmico constituído pela economia mineira.
FLUXO DE RENDA
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A economia mineira provocava fluxos e refluxos de população em algumas regiões tornando
possível o desenvolvimento demográfico. No interior (Minas Gerais) aparecem grandes cidades.
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A renda destes núcleos é difícil de calcular pois subia e descia com o ouro.
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Devido a distancias as comunidades mineiras tendiam a torna-se independentes.
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Torna-se evidente que faltou ao Brasil a transferência inicial de uma técnica para desenvolvimento, começa a nascer o sentimento de libertação (igual ao do Norte).
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O ouro atrasa desenvolvimento manufatureiro de Portugal e consequentemente do Brasil, pois a
Realeza vivia de rendimentos.
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Acordo de Methven ponto de referencia na análise desenvolvimento econômico Portugal e Brasil
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Vinho passa a gozar de redução de imposto, mas a Inglaterra pode exportar tecidos. O Comercio
de Portugal com a Inglaterra é deficitário para os portugueses pois os Ingleses tinham privilégios.
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A diferença entre importação vinho X exportação tecido era favorável aos Ingleses.
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Neste ponto começa a fluir o ouro brasileiro que atrasa o desenvolvimento Português. Pois o ouro
era pago a Inglaterra para cobrir o déficit comercial.
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A Inglaterra, entretanto com o ouro do Brasil (pago por Portugal) fermentou e financiou seu
desenvolvimento industrial.
1750 á 1760 apogeu do ouro, mesmo assim a renda média era maior na economia açucareira.
A vantagem é que a renda era menos concentrada e a importação menor. Isto é a quantidade de
garimpeiros era enorme e a de criadores também o que gerava pouca necessidade de produtos de
fora.
O problema era o parque manufatureiro que não se desenvolvia devido à política de Portugal, pois
era proibido qualquer indústria de base na colônia.
Portugal proíbe importações devido dificuldades econômicas.
Ingleses com ajuda dos produtores de Vinhos, interessados na exportação (os ingleses importavam
grande quantidade de vinho dos portugueses) detonam a política de não importação.
Aumenta dificuldades de Portugal que começa a pensar em fomentar manufaturas, isto é,
industrializar-se.
REGRESSÀO ECONÔMICA E EXPANSÃO DA ÁREA MANUFATUREIRA
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Sem a criação na região mineira, de formas permanentes de atividades econômica com o declínio
da mineração vinha a decadência.
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A ilusão de encontrar ouro levava o empresário a gastar até o último centavo no processo.
Assim o sistema ia se atrofiando sem que o empresário se voltasse para atividade mais lucrativa.
A existência do regime escravo foi que impediu no Brasil crise maior no período decadência.
A grande perda foi para quem investiu em escravos.
Com decadência da era do ouro os empresários voltaram à economia de subsistência as cidades e
núcleos dispersaram-se se isolando em pequenos grupos.
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Em poucos lugares se viu uma involução tão grande numa economia principalmente de origem
Européia.
O MARANHÃO E A FALSA EUFORIA DO FIM DA ÉPOCA COLONIAL
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Último quartel séc. XVIII nova fase de dificuldades para Colônia.
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Guerra Independência EUA mais Revolução Industrial Inglesa beneficia Maranhão ( algodão)
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Cresce procura algodão, cresce produção açúcar e a Colônia se beneficia temporariamente.
Açúcar enfrenta novas dificuldades baixa importação queda real de produção.
Aumento populacional, economia era uma constelação de sistemas em torno açúcar.
No Sul pecuária, no norte açúcar, em Minas/SP/Goiás/ Pará e Maranhão decadência e pequenos
latifúndios.
Guerra EUA propicia exportação algodão do Maranhão que vive época de euforia.
No resto da Colônia prostração completa.
Em 1808 abertura portos – gera clima geral de otimismo. Agora vamos! Será?
Para o Brasil com a guerra Independência EUA mais as guerras Napolitanas mais revolta escravos
Haiti abre-se nova perspectiva para o mercado açucareiro.
PASSIVO COLONIAL, CRISE FINANCEIRA E INSTABILIDADE POLITICA.
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Os acontecimentos políticos da Europa acelerou a evolução política do Brasil, mas prolongou a
etapa de dificuldades econômicas.
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França ocupa Portugal e Lisboa deixa o entreposto entre Colônia e a Europa.
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1822 separação definitiva Portugal e em 1827 consolidação do poder da Inglaterra
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A Consciência política veio com o acirramento entre produtores agrícolas Brasil x Ingleses com a
Inglaterra tentando impor o fim de trafego de escravos.
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A necessidade de criar imposto do governo brasileiro estava na dificuldade de taxar a importação
( prejudica senhores de grande agricultura) ou taxas de importação ( Inglaterra), isto é os ricos
não queriam pagar impostos (isto vem de longe).
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Diminui recursos do Governo Central – reduz-se autoridade, aumenta dificuldades.
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Neste meio surge o café como fonte de riqueza que passa a agir como principal centro de
resistência à desagregação do Norte e Sul
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“““O financiamento do ‘déficit” se faz com emissão papel moeda”. Aumenta a inflação com a
desvalorização externa da moeda
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Estes efeitos eram mais sentidos pela população urbana desde que os senhores se autofinanciavam
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Empobrece o povo – revoltas – cresce ódio contra portugueses ( comerciantes)! que nada tem com
isto...
1808 é decretado Abertura dos Portos devido imposição dos acontecimentos.
Segue-se os tratados de 1810 que tornam a Inglaterra privilegiada o que se torna seria limitação à
autonomia do Governo Brasileiro.
1831 termina poder D.Pedro I, assume senhores da agricultura e exportação.
a Independência do Brasil se fez sem grande alarde devido à influência interesse Ingleses.
Não cabe a Inglaterra, entretanto culpa do atraso brasileiro e sim a falta de interesse do capital
Europeu no Brasil.
Bahia/Pernambuco/Maranhão atravessam etapas grande dificuldade econômica.
No Sul a decadência do ouro ( principal mercado para compra do gado). Rebelião Norte e Guerra
no Sul
CONFRONTO COM O DESENVOLVIMENTO DOS EUA
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É evidente as limitações que o acordo com a Inglaterra trouxe ao Brasil.
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Na época da Independência Americana ao contrário do Brasil, a classe dominante era de pequenos
agricultores (lembra das pequenas fazendas), e um grupo de grandes comerciantes urbanos que
enceta a Industrialização.
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No Brasil era o pensamento da pequena classe de grande produtores – deixar como esta para o ver
no que dá...
•
Como não funcionou nos EUA a sistema de agricultura a Inglaterra teve de abrir mão de indústrias
que não competissem com Londres para evitar que a produção da mesma concorresse com a da
Metrópole.
•
No caso do aço a Inglaterra dificulta sua produção mais fomenta a produção de ferro para não
depender dos Países bálticos
•
Por outro lado a dificuldade americana de importar obrigava as famílias a produzir suas
necessidades ( tecidos, couro, etc.) e criar a tal poupança interna...
•
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Por último cabe ressaltar a excepcional desenvolvimento naval.
•
Seguiu-se grandes transtornos na Europa e a única potência naval neutra era os EUA, lembra que
eles desenvolveram sua Indústria Naval e foi justamente isto que os paises precisaram...
•
Com a revolução industrial substitui a lã pelo algodão – EUA maior produtor de algodão (eta
sorte!).
•
EUA tornou-se o maior fornecedor e o algodão constituindo o fator dinâmico do desenvolvimento
EUA na 1ªmetade do séc. XIX.
•
O plantio do algodão permitiu incorporar e colonizar novas terras e povoou o meio oeste
americano, abrindo espaço para grande corrente européia.
•
No inicio a balança era deficitário para os EUA, mas graças à política bem dirigida este déficit
transformou-se em divida a médio e longo prazo formando assim uma corrente de capitais
fundamental ao desenvolvimento do Pais.
Mas não é justo dizer que eles impossibilitaram a industrialização do Brasil.
A economia brasileira na época já atravessa uma fase de fortes desequilíbrios econômicos.
Não é certo também pensar que o Brasil poderia adotar a mesma política dos EUA
O desenvolvimento EUA constituiu um capítulo integrante do desenvolvimento da própria
economia Européia e não devido a medidas internas.
A guerra de Independência cortou todo suprimento de manufatura Inglês e criou forte estímulo a
produção interna.
DECLINIO Em LONGO PRAZO DO NÍVEL DE RENDA
1ª METADE DO SÉCULO XIX
•
A indústria siderúrgica que D.João VI tentou implantar fracassou por falta de mercado,
decadência da mineração. O único mercado existente era a manufaturas, que sofria grande
concorrência dos tecidos Ingleses em baixa de preço. A instalação de parque têxtil era difícil
devido as fortes pressões Inglesas. A grande causa do atraso da economia brasileira na 1 ª metade
do séc. XIX foi o estancamento de suas exportações. Havia na época além de tudo baixa nos
preços dos nossos produtos de exportação, será que demos azar?
•
FIM PARTE 1
2. TRANSIÇÃO PARA ECONOMIA ASSALARIADA ( 1850/1886)
GESTAÇÃO DA ECONOMIA CAFEEIRA
O rápido crescimento demográfico e da população vegetativa e estagnação e decadência ocorre no
séc. XVIII. As técnicas novas ( industrial) não chegam o país. Não se formava capitais que pudessem
ser desviado para outras atividades. A única saída no séc. XIX era o Comércio Internacional. Para
atrair capitais era preciso apresentar projetos atrativos era também preciso retomar ao crescimento
com os próprios meios. Cuba exportava açúcar e EUA exportava algodão, fumo, couro, arroz, cacau
eram produtos menores. Aí surgiu o café que começa a alcançar bons preços causado pelas revoltas
no Haiti. E logo as exportações brasil são baseadas no café, produzidas perto do Rio de Janeiro ( mão
de obra fácil mais terra fácil). Surge fase de gestação cafeeira no terceiro quartel do século XIX. Surge
nova classe empresarial formada de homens com experiência comercial numa luta constante de
aquisição de terras, recrutamento de mão de obra, organização e direção, transporte, comercialização
e interferência na política financeira e econômica subordinando a política financeira e econômica
subordinando a política aos interesses financeiras com objetivo definido. Ao terminar o século XIX o
quadro econômico evoluía com o surgimento de café, produto que permitiria ao país reintegrar-se na
corrente do comércio mundial. Em etapa de financiar-se, restava apenas resolver o problema da mãode-obra.
O PROBLEMA DA MÃO-DE-OBRA
I - Oferta Interna Potencial
•
Na metade do século XIX prevalecia a mão de obra escrava. A crescer a procura com economia
cafeeira intensifica-se o tráfico interno prejudicando a já decadente região algodoeira.
•
Eliminada a fonte africana a questão da mão de obra se agrava. A terra apesar de abundante
estava concentrada na mãos de poucos. Lembra que desenvolvemos grandes fazendas e não
pequenas propriedades rurais (e a reforma agrária????).
•
A roça é à base da economia de subsist6encia que existia na época, e o roceiro estava atado por
vínculo sociais a um grupo dentro do qual se cultivava a mística de fidelidade ao chefe como
técnica de preservação do grupo social.
•
A economia de subsistência estava então de tal forma dispensa e presa em grupos que o
recrutamento nela de mão de obra era tarefa bastante difícil e era necessário a colaboração dos
grandes proprietários de terra.
•
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Na zona urbana era difícil adaptar a disciplina agrícola e classe ociosa.
Pensou-se então importar mão de obra asiática, em regime de semi-servidão como nas Índias
Ocidentais Inglesas e Holandesas tão grave era o problema.
A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA
II – A EMIGRAÇÃO
•
Sem uma política de atração era difícil conseguir a imigração, várias tentativas forma feitas todas
sem sucesso, porque o governo após instalar os imigrantes normalmente os deixava a própria
sorte. Caso como no Sul com alemães. As colônias estão definhavam e atrofiava-se o sistema
econômico que voltava ao de subsistência. A solução veio em 1870 quando o governo passou a
encarregar-se dos gastos de transportes e o fazendeiro cobria os gastos do imigrante no 1º ano de
atividade. Desta forma na etapa de maturação do seu trabalho ele tinha alguma segurança. Era
também colocada a terra a sua disposição para cultivo de subsistência. Assim pela 1 a vez, se
consegui criar na América uma volumosa corrente imigratória de origem européia. Mesmo assim
porque outros fatores concorreram para que isto acontecesse, a saber:
1- Unificação política da Itália, com prejuízo para o Sul com menos grau de desenvolvimento a
pressão social adveio e com ela a válvula de escape – migração – Brasil.
2- Guerra Secessão Americana com aumento procura mão de obra no Norte- Algodão
3- Introdução pagamento misto-colono recebia salário anual mais salário variável ( colheita)
III – TRANSUMÂNICIA AMAZÔNICA
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IV 
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No fim do século XIX ocorrem grandes movimentos migratórios entre a Europa e o Brasil e ao
mesmo tempo na da população nordestino-Amazônica. Desde o fins séc. XVIII a região
amazônica estava com seu sistema econômico desorganizado e desestruturado. Até que em
fins do séc. XIX em virtude da Industrialização cresce o preço é a procura do produto que tem
sua base extrativa na Amazônia, o látex da seringueira, assim enquanto não se inicia uma
solução organizada para o mercado a procura recai na solução em curto prazo – Bacia
Amazônica. Como a indústria era extrativa a produção era uma questão de mão de obra tudo
indica que havia mão de obra disponível no país, e que a corrente migratória Européia poderia
ter sido aqui resolvida. Pois tanto no Sul como no Norte, havia grande número de pessoas
voltada para a escravidão de subsistência, no sul havia abundância de alimento devido
condições do solo, na região central predominava o garimpo no norte a economia desenvolveuse deste o séc. XVII com a cana de açúcar, e alcança sintomas graves no séc. XIX. Iniciada a
corrente transmutante foi fácil faze-la prosseguir com subsídios, foi então fácil crescer a
produção da borracha que podia suprir a economia mundial enquanto era preparada uma
solução em longo prazo. Com relação à corrente Européia e Nordestina verificava-se também
que enquanto Europeu aqui chegava com ajuda do seu governo, gastos pagos, residência e
terra podendo a qualquer hora procurar outra plantação e fugir assim da pressão dos patrões
ao nordestino nada cabia, já começava a trabalhar endividado, pois via de regra pagava sua
passagem etc. e tinha que comprar alimentos do próprio empresário que o empregava, além da
insalubridade da floresta. Isto tudo era devido à ilusão do preço da borracha e a propaganda.
Muitos sem condições de voltar regrediram a condição de subsistência econômica, numa
época em que o Brasil mais necessitava de mão-de-obra produtiva.
ELIMINAÇÃO DO TRABALHO ASSALARIADO
O problema central da economia brasileira na 2ª metade séc. XIX é a inadequada oferta mão de
obra.
Prevalecia a idéia de que o escravo era uma riqueza e a abolição – um desastre.
Escravidão era um sistema secularmente estabelecido e de grande estabilidade estrutural.
No entanto a abolição não cria nem consome riquezas é simples redistribuição.
Semelhante a reforma Agrária a abolição-modificação na forma organizacional da produção.
No norte os escravos tinham grande dificuldade para sobreviver ( pouca terra boa no interior
semi-árida) baixo salários.
No Sul ( café) maior áreas terras férteis mais procura mão de obra mais imigração – maior
salários no que realmente deve ter produzido uma redistribuição de renda.
Com dinheiro ex-escravo torna-se ocioso. A abolição traz efeitos negativos, tal como reduzir
grau utilização da força de trabalho.
Observa-se então que a abolição foi mais uma medida de caráter político e não econômico.
A abolição em moda modificou a organização trabalho/distribuição renda/etc.
O fator de maior relevância ocorrido na economia brasil no fim do séc. XIX foi o aumento
relativo do setor assalariado.
O sistema econômico escravista era estável enquanto o novo é dinâmico, as diferenças são
grandes.
Aumenta procura produtos consumo, melhor utilização dos fatores de produção.
Isto quer dizer: a massa salarial paga no setor exportador é o núcleo da economia de mercado
interno.
Foi fundamental para o assentamento econômico do sistema assalariado, a farta mão de obra
existente, o que não pressionou demasiadamente os salários e facilitou o fluxo de capital. O
baixo salário também permitia atravessar as épocas de baixa, pois não elevava o nível de renda
e não havia grandes pressões sociais com as baixas.
Grande problema do trabalho assalariado era sua dificuldade em adaptar-se ao padrão - ouro
que exigia uma reserva metálica no mínimo suficiente grande para cobrir os déficits
economias.
O Brasil tinha elevada participação relativa no comércio internacional como país exportador
de produtos primários, além do que como sua economia dependia das exportações estava
sujeita a grandes oscilações.
A economia na qual prevalecia à exportação não sofria muito com as oscilações internacionais
o mesmo não acontecia nas outras, desta forma a teoria do ouro (lastro) não funcionava.
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No momento em que deflagrava uma crise no mercado importador o preço do produto
primário cai e reduz a entrada de divisa no país é aí que deve entrar as reservas monetárias ( A
defesa do nível de emprego e da renda.).
As reservas de mão de obra existentes permitiram a economia cafeeira expandir-se sem
aumentar salários.
Como conseqüência o empresário estava mais interessado em expandir suas plantações sem se
preocupar com métodos de cultivo.
Se a terra se esgotava mudava o plantio para outra.
As condições então não induziam o empresário em investir na terra ou na fazenda ou
processos produtivos.
Pode perceber ‘burrice’’ mas ninguém para de extrair petróleo por que ele pode acabar.
O problema residia no sistema econômico.
O problema residia no sistema econômico baseando no padrão – ouro enquanto no sistema
escravista não aparecia muitos problemas o mesmo não acontecia com os reajustes
necessários no sistema assalariado, desta forma quanto variação externa era paga pela
coletividade alcançadas na alta cíclica eram retidos pêlos empresários. Desta forma o lucro
eram retidos pêlos empresários e as perdas nas épocas de baixa eram socializadas ( pêlos
reajustamento da taxa cambial).
Por isto nunca se paralisava a produção do café que tendia a aumentar , procurando-se a todo
custo manter a produção mesmo em época de baixa pois o maior prejuízo seria a parada total.
Defendia-se o nível de emprego e limitava-se os efeitos da crise.
A DESCENTRALIZAÇÃO REPUBLICANA E A FORMAÇÃO DE NOVOS GRUPOS DE
PRESSÃO
•
As transferências de rendas entre setor de subsistência x exportador ( ou beneficio do último) e
entre o próprio setor exportador. A classe mais prejudicada era a urbana
•
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Ao depreciar a moeda a classe assalariada era a mais prejudicada.
•
A forma de operar do sistema fiscal contribui para reduzir o impacto das flutuações externas por
outro agrava a concentração de rendas
•
No último decênio do século a política monetária do regime republicano agravou este desequilibro
interno.
•
A errada política monetária após a proclamação da republica agravou o quadro elevando a divida
externa, além de que o sistema econômico existente no país era inadequado para uma economia
baseada no trabalho assalariado.
•
Deste quadro e da inaptidão do governo de solucioná-lo começam a surgir e crescer as
divergências entre as distintas regiões do país que anteriormente ( apesar das diferenças) lutavam
por mesmos interesses ( tráfego de escravo , escambo, etc.).
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•
Nos últimos decênios do séc. XIX o Sul transforma-se sob influência trabalho assalariado.
•
•
Esta fase desta pressão e intranqüilidade observa-se, nesta época, nos Servidores Militares.
O governo para saldar compromissos externos despendia mais ouro (dividas) e para conservar o
serviço público tinha emitir papel-moeda e para defender o cambio contraia sucessivos e maiores
empréstimos externos, desta forma criou-se um ciclo serviço divida x empréstimos x depreciação
x emissão.
A organização bancária, Serviços Público, Escola, Educação, Saúde são mais urgente no Sul.
O governo Imperialista pouco faz com relação a estes interesses.
Proclamação Republica, 1889 é um movimento de reivindicação destes interesses.
Salienta-se na época a concessão do poder de emissão aos bancos gerou um aumento súbito de
crédito, de febril atividade econômica, e pressões das classe assalariadas.
A partir de 1898 a política de Joaquim Murtinho introduz vários mecanismos de compensação ao
desequilíbrio monetário, com apoio da classe média urbana, empregados do governo, comercio ,
etc. tal política beneficia o mercado interno, pois os nascentes grupos industriais estão mais
interessados em aumentar a capacidade produtiva pois são também prejudicados com a
depreciação cambial.
FIM PARTE II
3 – ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL
3.1.-
Acumulação cafeteira e formação Industrial : o Complexo cafeeiro Paulista
•
Com a destruição dos cafezais no Ceilão e outras dificuldades externas, no último decênio do
séc. XIX a situação era favorável ao Brasil
•
Com a descentralização do governo o problema de imigração passou aos Estados sendo tratado
de forma melhor pelo governador de São Paulo, isto é, pêlos fazendeiros de café.
•
Em vistas das vantagens ( terra, m.obra, exportação) a oferta do café continuava a crescer, só
não caiu o preço pois o Brasil controlava quase todo comércio
•
•
Aos fazendeiros era só manipular a exportação retendo ou não o produto.
•
Aí a partir de 1906 passa-se a adotar uma política de valorização do produto no qual
o governo compraria excedentes para equilibrar oferta procura
o financiamento de compra se faria com empréstimos
sobre cada saca exportada criaria um novo imposto para cobrir o serviço do empréstimos
seria desencorajada novas plantações
•
A polemica foi acalorada sobre o tema na época, principalmente a nível regional onde a
descentralização havia reforçado o poder dos plantadores
•
Liderados por S.Paulo os estados cafeicultores apelam diretamente ao crédito internacional e
o plano de valorização vence. Submete-se o governo ao interesse dos cafeicultores
•
•
•
Na realidade o que se fazia era “rolar” o problema para o futuro.
•
Era inevitável uma baixa de preços em longo prazo, em vista desta política de retenção e
acumulação.
•
Manter elevado o preço era aumentar o desequilibro oferta x procura, mas era difícil pois não
havia alternativa de investimentos e ao fazendeiro só cabia planta.
•
Com a pressão criada pela política de acumulação de estoques e com as fortes entradas de
capital estrangeiro no país ( 27-29) deu lugar a uma situação cambial extremamente boa o que
induzia a governo a embarcar na política de defesa do café apenas serviu para facilitar fuga de
capitais ( tudo errado)
a)
b)
c)
d)
Os estoques se avolumaram. As pressões sobre classe urbana aumentaram, a luta pela
recuperação da taxa cambial começam a pesar a partir de 1987
Este mecanismo funcionou com eficiência até a crise mundial de 29.
Devido ao estímulos artificiais a produção cresceu fortemente entre 25 e 29 enquanto era
constante a exportação. A procura externa também era constante e não era baixando os preços
que os outros países aumentariam o consumo.
MECANISMOS DE DEFESA E A CRISE DE 29
Interessa aqui apontar o caráter contraditório : a produção visando o lucro e a exploração do trabalho
assalariado, isto é, o ritmo de crescimento do mercado produtor não é acompanhado pelo
consumidor causando declínio no lucro do capitalista. A crise de 29 é resultado da superprodução
isto é o capitalista não consegue vender com a mesma lucratividade, aí ele procura através de
mecanismo repassar as perdas, isto é, socializar o prejuízo enquanto por outro lado continua
alimentado a crise. Basta verificar que apesar da crise a produção cresce e é em 1933 na mais aguda
crise que se tem a maior produção de café.
DESLOCAMENTO DO CENTRO-DINÂMICO
Vimos como funcionava a política cafeteira e suas conseqüências na crise de 29 e nos anos de
depressão cai o poder aquisitivo, reduz-se importações e, as ofertas internas tem que cobrir parte
desta redução. Mantendo-se a procura interna o setor passa a oferecer melhores oportunidades que o
exportador.
•
•
Criam-se novas situações no mercado brasileiro e prepondera o setor interno.
•
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A produção industrial recupera-se já em 1933 no nível de 29.
•
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•
Outro fato foi o de poder adquirir equipamento de segunda mão barato no exterior.
•
Estas modificações bruscas na Estrutura Econômica não podia deixar de trazer desequilíbrios a
balança de pagamentos. Na economia tipicamente exportadora de matérias primas a concorrência
entre importadores e produção interna praticamente não existia. As variações da taxa cambial
não alteravam fundamentalmente as estruturas do mercado. Ao começar a concorrer os dois
setores e com a crise de 29 abalaram-se as estruturas, e assim deixou de funcionar o mecanismo
de ajuste e um dos instrumentos de defesa da velha estrutura econômica, com raízes na era
colonial. Esta perda vai repercutir em longo prazo, pois para ultrapassar a crise dos anos 30 a
economia brasileira comprometeu seu mecanismo, e é na economia de guerra da 1 ª metade do
próximo decênio que elas vão aparecer e se manifestar.
Precária situação do setor cafeeiro com baixa rentabilidade afugenta investimentos, e parte dele
outros setores absorvem, particularmente o algodão.
Com restrições a importação, muitos setores puderam até aumentar rentabilidade
Apesar de tudo pode-se aproveitar mais intensamente a capacidade produtiva já instalada no país
o que significa mais rentabilidade
Criou-se também condições de instalações de indústria de bens de capital ( ferro, aço, cimento)
Com isto apesar dos efeitos depressivos externos, a economia encontrou estímulos para fabricar o
necessário a sua manutenção e expansão, e também aumentar a renda per capita ( mais do que
nos EUA)
O DESEQUILIBRIO EXTERIOR E SUA PROPAGAÇÃO
•
No período 38/39 a moeda brasileira estava reduzida a metade de seu poder aquisitivo, isto
permitiu um barateamento das mercadorias de produção interna, e foi sobre esta base que se
desenvolveu o Parque Industrial dos anos trinta. Além do que a transformação deu a taxa cambial
grande importância no cenário econômico, pois sua variação passou a afetar tantos os produtos
importados quanto os produzidos no Brasil. Pois o barateamento ou encarecimento das
mercadorias importadas passariam a influencia na produção interna. No inicio da economia era
impraticável ao ajustamento do Padrão-Ouro, mas superado esta etapa era necessário ajustar o
sistema a padronização internacional para acabar com a indisciplina interna
•
No período posterior a guerra a oferta de divisas era maior que a procura, era inevitável que a
cotação das mesmas baixasse, e que o poder de compra externo aumentasse. Isto significava
preços mais baixos para os produtos exportados e prejuízos para o setor cafeeiro e a contrapartida
seria o barateamento das mercadorias importadas, que teria conseqüência no setor manufatureiro
pelo aumento importações.
•
Assim tanto os produtores internos quanto os exportadores uniram-se para combater a
desvalorização.
•
•
Por isto o governo fixou a taxa cambial, reduzindo qualquer recuperação de poder de compra.
•
Criou-se uma situação de poder de compra em cima de uma contrapartida na oferta de bens de
serviços.
•
No período de guerra a acumulação de divisas era inevitável devido as condições existentes que
era de grande complexidade, e qualquer solução era de conseqüência duvidosos ( incertos).
•
Por outro lado o governo aumentava os gastos militares, reduzindo o produto destinado aos
consumidores além da baixa de produtividade devido transtornos de transportes, etc.
•
Ao iniciar guerra/39 a economia mundial estava em depressão, havia então em todos os países
capacidade produtiva não utilizada criando, desemprego, tensões etc.
•
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A guerra trouxe com o aumento gastos militares utilização da capacidade produtiva parada.
Devido a isto houve fortes deslocamentos de fatores dentro da economia em função de se
produzir artigos exportáveis o que aumenta os desequilíbrios.
Em razão disto foi fácil prever onde se manifestaria o desequilibro, e foram então introduzidos
sistemas de controles bem como orientação dos recursos.
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Como vimos nos anos 30 a economia brasileira recuperou-se sozinha.
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E a tensão suplementar em 40 conduziu automaticamente a uma inflação.
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Iniciado o processo é difícil introduzir controle direto em pontos estratégicos.
•
Em todo este período os preços de exportação estiveram na frente do nível interno de preços , o
que revela que cambio beneficiou este setor .
•
Até 1949 este desnível persistiu desde o inicio dos anos 40. Quando então os preços internos se
elevam intensamente, mas o de importação crescem menos rapidamente.
•
Como conseqüência subverte-se os níveis relativos que havia servido de base para o
desenvolvimento industrial dos anos 30, ao subir os níveis de preço dentro do País e decair os de
importação, houve uma revalorização do cruzeiro e revertia-se a situação de 29.
•
Estas modificações trariam conseqüências profundas para o Sistema Econômico.
Por outro lado a crise de 38 não teve muito efeito sobre o Brasil assim a economia brasileira não
teve a seu favor um período de transição no esforço da guerra como outros países.
Só no 1ºano (42) é que a economia é submetida a uma inflação maior, inflação foi de 18%.
Resolvido o desequilibro com a alta tenta-se aplicar política corretora.
Café é produzido em quantidade superior a procura ( estoque=1 bilhão reais) mas, o déficit do
governo é de 1,5 bilhões de reais, daí vem a base da expansão monetária (meios de pagamentos),
gerando grande disparidade entre oferta real e procura monetária. Este desequilíbrio gera
elevação de preços que tende a disparar. Gerando nova redistribuirão de renda em beneficio de
uns grupos e prejuízo de outros.
A fixação de taxa cambial agiu de forma diversa na economia gerando movimentações internas
que favoreceu de forma desigual a distintos grupos.
REAJUSTAMENTO DO COEFICIENTE DE IMPORTAÇÕES
•
Liberando as importações no após-guerra e regularizando-se a oferta externa o coeficiente de
Importações sobe até alcançar 15% em 47.
•
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Ao contrario do que pareceu isto era um fenômeno muito mais profundo.
•
•
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Adotou-se então uma série de controles seletivos das importações.
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Por isto verificou-se no após guerra uma condição favorável à Industrialização
•
A política cambial acompanhada do controle seletivo de importação resultou, não somente em
concentração na mão do empresário industrial de grande parte do aumento de renda, mas
também em ampliação das oportunidades de inversão, que se apresentavam a esse empresário.
A tendência do povo era voltar ao nível relativo de gastos em produtos importados, o que era
incompatível para a capacidade para importar da época pós-guerra.
Esta medida veio a influir positivamente na industrialização do País.
Desta forma com a política de combater a alta de preços o setor industrial foi beneficiado, por um
lado porque a concorrência externa se reduzia ao mínimo através do controle das importações, e
por outro lado porque a matéria prima podiam ser adquiridos a preços relativamente baixos.
As indústrias transferiam parte do fruto desta melhora para a população
A política cambial, baixando os preços dos equipamentos e assegurando proteção contra
concorrentes externos cria condições de capitalizar para setor industrial este potencial de
produtividade.
OS DOIS LADOS DOS PROCESSO REVOLUCIONÁRIO
•
A aceleração e crescimento da economia brasileira no após guerra esta fundamentalmente ligada
a política cambial e controle seletivo as importações.
•
No entanto a inversão no setor não é causado pela simples redistribuirão de rendas, e portanto
fruto do processo inflacionário ( elevação preços).
•
Estes capitais foram criados através do aumento de produtividade resultado da baixa nos preços
de importação.
•
Existem dois aspectos distintos: a razão pelo qual os preços se elevam persistentemente, e os
efeitos dessa elevação no processo econômico.
•
A 2ª razão é indubitavelmente (entre outros aspectos) a que canalizou para a mãos dos
empresários, uma parte crescente da renda real que o intercâmbio externo havia formada na
economia. Este processo de transformação teria que chegar a um fim.
•
A inflação é fundamentalmente uma luta entre grupos pela redistribuirão de renda real e a
elevação do nível de preços é apenas uma manifestação exterior deste fenômeno.
•
•
O recrudescimento em 49 da inflação foi conseqüência da brusca elevação do preço do café.
•
A inflação não tem sua origem no setor bancário. Resulta da ação de grupos que pretendem
aumentar sua participação na renda real.
Aumenta a procura de bens, a indústria tentam acompanhar, e procurar expandir para isto
procuram os Bancos, os bancos criam os meios necessários, e a expansão pressiona o nível geral
de preços no mercado interno.
PERSPECTIVA DOS PRÓXIMOS DECÊNIOS
•
Assim como no Século XIX a economia era baseada em grandes plantações e na mão de obra
escrava no inicio do Século XX, o sistema econômico estava baseado no trabalho assalariado e
tendo com centro dinâmico o mercado interno.
•
A influencia do comercio externo influi na economia interna de acordo com o seu
desenvolvimento, e de acordo com o tempo, isto é, na 1ª etapa o comercio exterior constitui o
fator dinâmico na determinação da procura efetiva diminuindo o estímulo externo, contra o
interno, podendo até desagregá-lo, esta existiu plenamente na economia brasileira ate a 1ª Guerra
Mundial, , No entanto apesar de diminuir como fator determinante do nível de renda aumenta
como elemento estratégico na formação da capital. Pois a modernização, e a industrialização se
faz através do intercâmbio externo.
•
O desenvolvimento da economia Brasileira a partir da 1ª GUERRA Mundial caracteriza-se por
modificações substanciais na composição das importações, e de uma maior dependência de
ampliação do comércio exterior que constitui neste etapa forte estimulo ao desenvolvimento. É
nesta época que se alcança elevada capacidade para importar o que se consegue o maior ritmo de
crescimento.
•
No 3º Quartel do séc. reduz-se progressivamente a importância relativa do setor externo no
processo de capitalização. Com isto a Indústria de bens de capital e as de equipamentos, tem que
crescer mais que a do setor industrial com isto poderá manter níveis de emprego e ritmo de
crescimento, e adaptar-se mais facilmente a modificações da oferta e procura no mercado
interno.
•
Por outro lado na 1ª metade do Século XX começa a integração das diversas regiões do País. A
região Sul foi a 1ª beneficiar-se com a expansão do mercado interno pois no R.G.do Sul começa as
importações feitas pelo Uruguai/Argentina. A economia nordestina integra-se pela economia
açucareira, por último a Amazônia pela produção de borracha, juta, etc. Por outro lado nesta
época já havia grande disparidade regionais à nível de renda. No inicio da industrialização foi o
Nordeste que se beneficiou sendo que em 1910 o numero de operários desta região se comparava
ao de São Paulo. Durante a 1ª Guerra Mundial época em que houve a aceleração da
industrialização esta se concentrou em S.Paulo sendo que este processo continuou nos pósguerra.
•
Talvez devido a pobreza relativa dos recursos naturais da região diminuiu a produtividade,
diminuiu as inversões e diminuiu o mercado, desta forma até os capitais que se formam nas
regiões mais pobres emigram para a mais rica. Pobre continua mais pobre.
•
•
Uma vez iniciado o processo é difícil estancá-lo
•
Conclui-se então que o processo de integração entre diversas regiões exige a ruptura de estruturas
arcaicas e forte intervenção do Governo. Como no Brasil nada disto foi feito, continuam as
disparidades e aumentam os conflitos sociais.
Desta forma as tensões sociais voltam a apresentar-se e este deve ser uma preocupação política
constante, pois a região mais pobre começa a depender da mais rica, aumenta disparidade
salarial.
Matéria compilada por: Ermindo Gomes Rocio
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