XXXV Encontro Nacional dos Estudantes de Economia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
ENECO 2009
XXXV ENCONTRO NACIONAL
DE ESTUDANTES
DE ECONOMIA
“INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA
EM TEMPOS DE CRISE”
19 a 24 de julho de 2009
Centro de Cultura e Eventos
Universidade Federal de Santa Catarina
FLORIANÓPOLIS . NOVEMBRO . 2008
ENECO 2009
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ECONOMIA
“INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA EM TEMPOS DE CRISE”
Local de realização:
Centro de Cultura e Eventos, UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina –
Florianópolis – SC - Brasil
Período: 19 a 24 de julho de 2008
Porte: Latino-americano
Número Previsto de Participantes: 2.000
Comissão Organizadora:
Coordenador Geral XXXV ENECO
Guilherme Schwochow Fissmer
(48)9914-7637
Tesouraria:
Bruno Mazzucco
Comissão de Estrutura:
Arland Tassio de Bruchard Costa
Captação de Recursos:
David Dellamatrice
Programação Científica:
Assilio Araujo
Programação Cultural:
Felipe Dias Scott
Comissão de Divulgação:
Samuel Bezerra Barquet
1 - TEMA
Durante vários anos, grande parte dos economistas colocou como único
caminho frente a essa nova ordem “globalizada” da economia mundial, a
liberalização comercial e financeira, a desregulamentação dos mercados e a
“redução” do Estado, idéias que constituíam as bases do pensamento
econômico dominante neoliberal. Aos poucos essas idéias se transformaram em
verdadeiros dogmas, tendo como eixo central a fé inabalável no bom
funcionamento dos mercados. Aqueles que tentassem falar contra eram
rapidamente excluídos do debate e colocados como ideólogos de pensamentos
ultrapassados.
Com o momento de ascensão cíclica da economia mundial, marcado por um
considerável crescimento dos chamados países emergentes nos últimos anos,
formou-se um verdadeiro clima de otimismo nos mercados financeiros. Essa
situação gerou um impulso para a onda de inovações financeiras, comandada
por um processo de securitização sem precedentes na história do capitalismo.
Frente a esse período de tranqüilidade e elevados lucros com especulação,
surge um “problema” no mercado de hipotecas subprime nos Estados Unidos.
Inicialmente isso não representou grande alarde, pois se acreditava que ficaria
restrito ao mercado desses títulos de baixa qualidade. Contudo, essa crença
durou somente até o momento que importantes bancos, bancos de
investimentos e seguradoras norte-americanas, começaram a apresentar
resultados preocupantes, anunciando um sério risco de falência. Nesse
momento instaura-se um clima de muitas dúvidas e começa a aparecer
claramente a incompetência da teoria econômica dominante para a explicação
dessa realidade e para propor soluções frente à grande crise que se anunciava.
Pois essa teoria tradicional considera que a economia caminha do melhor modo
no melhor dos mundos possíveis. Dessa forma, esses teóricos, antes
considerados “gênios financeiros”, já haviam praticamente afastado de suas
análises a possibilidade de uma crise sistêmica nessas proporções.
Restou ao governo norte-americano o seguinte dilema: manter o padrão de
comportamento (neoliberal) que vinha difundindo como ideal para o resto do
mundo ou salvar os grandes bancos evitando ainda maiores efeitos para o
sistema financeiro e para a economia norte-americana como um todo. A opção
adotada ficou muito clara com a estatização de várias empresas e a injeção de
bilhões de dólares na economia, socializando as perdas e desviando-se de toda
a ideologia contra a intervenção estatal nos mecanismos de mercado.
Claro que com a liberalização financeira que se praticou nas décadas anteriores
em escala global, essa crise não ficaria restrita a economia norte-americana e
rapidamente se espalharia para os demais países, com destaque inicialmente
para a Europa e alguns mercados asiáticos. Com os primeiros efeitos dessa
crise sobre o lado real da economia, os países, de maneira geral, começaram a
sentir os impactos. Ocorrendo redução no nível de investimentos e assim
diminuição no número de empregos, o que ainda gerará grandes prejuízos para
a classe trabalhadora em diversas partes do mundo.
No Brasil, apesar do governo e da grande maioria dos economistas (bons
importadores das teorias dos países centrais) anunciarem que essa crise
chegaria apenas como uma marola, pois o nosso país estava blindado, o que
começa a se observar é uma saída expressiva de capitais, deterioração do saldo
da nossa balança comercial e um aumento considerável na remessa de lucros.
Esse desequilíbrio estrutural típico da nossa condição de país subdesenvolvido
e dependente não se manifesta unicamente no lado externo, mas também
através de uma redução no nível de investimentos da economia brasileira,
adiando o tão prometido “espetáculo do crescimento”.
Como destacamos a crise financeira mundial não deve poupar o Brasil, assim
como os demais países latino-americanos. Por isso, esse é um importante
momento para refletirmos não somente sobre novas teorias explicativas da
realidade, mas também para pensarmos na possibilidade real da integração
latino-americana. Contudo, é importante destacar a nossa crença que essa
integração deve ir além de uma negociação de tarifas comerciais ou uma
integração meramente mercadológica, e sim promover uma integração entre os
povos da América Latina, nos seus aspectos culturais, políticos e econômicos.
Portanto, no Encontro Nacional dos Estudantes de Economia vemos a
necessidade de refletirmos sobre a situação econômica atual, debatendo as
possíveis transformações que essa crise trará para a economia mundial e para o
Brasil. Além disso, aproveitarmos esse momento rico em questionamentos sobre
a lógica econômica e as idéias até agora predominantes para colocarmos em
pauta um tema central para o nosso país, que é o da integração latinoamericana.
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2 - EVENTO
Apropriando-se de teorias alheias à nossa realidade, a universidade latinoamericana não produz pensamento próprio nem crítico. Um exemplo disso é a
defasagem dos cursos de economia, que não se preocupam com o real.
Glorificam-se modelos importados, como se esses fossem verdades absolutas e
incontestáveis. Desta forma, elimina-se a crítica, primordial no âmbito de uma
ciência social aplicada. É a partir dessa realidade que acreditamos que a única
forma de superar esse cenário é incentivar e valorizar o pensamento autônomo,
crítico e inovador.
Para tal, o XXXV Encontro Nacional dos Estudantes de Economia que será
realizado entre os dias 19 e 24 de julho de 2009 na Universidade Federal de
Santa Catarina contará com debates, mini-cursos e palestras, com a presença
de economistas das mais diversas correntes teóricas e áreas de atuação
profissional para discutir “A Integração Latino-Americana num contexto de crise
mundial”.
3 - PROGRAMAÇÃO
O XXXV Encontro Nacional de Estudantes de Economia será realizado entre os
dias 19 e 24 de julho de 2009, na Universidade Federal de Santa Catarina. A
programação será dividida entre atividades acadêmicas, culturais e de lazer:
3.1 Cronograma Acadêmico
A programação acadêmica, por ser a principal, é a que tem o calendário mais
extenso, será dividida entre palestras, mesas temáticas, apresentação de
trabalhos e grupos de trabalho conforme o quadro a seguir:
TURNO
8:00/
10:00
10:00/
12:00
12:00/
14:00
14:00/
16:00
16:00/
18:00
18:00/
19:00
19:00/
22:00
19/jul
20/jul
23/jul
24/jul
Grupos de Trabalho
Grupos
de Trabalho
Grupos
de Trabalho
Palestras
Palestras
Palestras
Palestras
Almoço
Almoço
Almoço
Mini-Cursos
Mini-Cursos
Almoço
Plenária
Final
Apresentação
de Trabalhos
Apresentação
de Trabalhos
Apresentação
de Trabalhos
Janta
Mesa
Temática
Janta
Mesa
Temática
Grupos
de Trabalho
Solenidade
Abertura
Janta
Palestra
Abertura Mesa Temática
21/jul
22/jul
Dia
Livre
Mini-Cursos
Janta
3.2 Atividades Culturais
As atividades culturais têm como objetivo a divulgação da cultura nacional e
regional, a descontração dos participantes através de apresentações teatrais,
musicais ou exposições.
3.3 – Atividades de Lazer
Para fins de integração, ao final de cada um dos dias ocorrerá uma
confraternização organizada pelo próprio evento. Já o dia livre está voltado para
o turismo, com a divulgação e orientação aos congressistas para os mais belos
lugares de Florianópolis.
4 - INFRA-ESTRUTURA
O evento contará com a estrutura da Universidade para a realização dos
debates, palestras e mini-cursos (auditórios, salas de aula e laboratórios de
informática), e também com os espaços necessários para acomodar até 3000
pessoas durante a semana do evento (dormitórios, camping, restaurante
universitário), além da equipe de segurança necessária para garantir a
realização do evento.
5 - DIVULGAÇÃO
Com o intuito de trazer o maior número de estudantes, o XXXV ENECO,
promoverá o maior número de atrativos para as diferentes perspectivas que
envolvem o estudante do curso de Ciências Econômicas. Assim sendo, a
divulgação se dará por meio de camisetas, faixas, cartazes, folders e
principalmente pelo site do evento. A distribuição do material gráfico se
estenderá a todos os outros cursos de Ciências Econômicas do Brasil além de
outros da América Latina, como também por todo o campus da UFSC.
INICIATIVA
CALE – Centro Acadêmico Livre de Economia
Centro Sócio Econômico. Campus Universitário - Trindade – UFSC
Florianópolis – SC – Brasil
88040-900
Telefone: (48) 3721-6569
E-mail:[email protected]
Site: www.cale.ufsc.br
FENECO – Federação Nacional dos Estudantes de Economia
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