Jaine Dalva 1305 - escola Marechal Rondon

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História
Brasão de armas mexicano mostrando o sinal para a fundação da capital asteca.
Um guerreiro-jaguar do Codex Magliabecchiano. O jaguar desempenhava um papel cultural na mitologia asteca.
O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100. Gradualmente, os astecas, uma tribo
do norte, assumiram o poder depois de 1200. Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao
grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de mexicas (daí México). Migraram para o vale do México
(ou Anahuác) no princípio do século XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco (depois
todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada
em um cacto, devorando uma cobra.A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades – Texcoco e
Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a conquistar outras cidades do vale durante o século
XV, quando controlavam todo o centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja base econômicopolítica era o modo de produção tributário. No princípio do século XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa,
tendo ao norte os desertos e ao sul o território maia.
Civilização asteca
Sociedade asteca
Idioma • Religião • Mitologia
Sacrifícios humanos • Calendários
Medicina
História asteca
Aztlan • Militarismo asteca
Tríplice Aliança Asteca • Códices astecas
Conquista do Império Asteca • Noite Triste
Queda de Tenochtitlan
Moctezuma II • Hernán Cortés
Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram governados por uma monarquia
eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e
escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico).
Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos: a religião, que demandava sacrifícios
humanos em larga escala, particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada, como a
utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago, com canais divisórios) e a vasta rede de
comércio e sistema de administração tributária.
O império asteca era formado por uma organização estatal que se sobrepôs militarmente a diversos povos e
comunidades na Meso-América. Segundo Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade cultural e isso
justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras comunidades nestas regiões, o que era argumentado por eles
mesmos.
No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio cultural de seus vizinhos de outras etnias.
Por um processo muito específico, numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos das
redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos pelo fato de terem se tornado dominantes por
uma expansão militar, e não por uma suposta sofisticação cultural própria e autônoma.
Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na Mesoamérica, os astecas se destacaram
por fazer deles um pilar de sua sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol,
como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala;
algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu
em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue
escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as
colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.
Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de coragem e de habilidades de guerreiros, e
com o intuito de capturar mais vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não matar.
Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de obsidiana.
Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo do século XVI. Tornaram-se aliados de
Cortés em 1519. O governante asteca Moctezuma II considerou o conquistador espanhol a personificação do Deus
Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas
posteriormente o tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi
assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o último governante asteca, resistiu aos
invasores, mas em 1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não-astecas, submetidos à
Confederação, se uniram aos conquistadores contra os astecas.
A Sociedade
Imagem totem de um guerreiro águia, que junto com o guerreiro-jaguar, compuseram primordialmente as elites de
guerra do antigo império asteca.
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era formada pela família real,
sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar
também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente
(xocoatl) era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos. Havia, também,
escravos (tlacotin).
Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:
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Escravos
maceualli ou calpulli (membro do clã)
artesãos e comerciantes
pochtecas (grandes comerciantes)
sacerdotes, dignitários civis e militares.
O imperador
Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani ("O Grande Orador"), termo também
usado para designar os governantes das altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis
tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo. Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o
imperador mais cruel e o responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou Moctezuma II), tendo
sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em suas decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em
seus domínios, mesmo após a circulação de histórias de que estes teriam massacrado tribos, abalando fatalmente a
solidez de seu império, e finalmente degenerando na sua extinção.
A sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho, sendo estes eleitos por um consenso entre os
membros da nobreza.
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