UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ALEXANDRE DE ALENCAR MOREIRA PIERRE (113209533), FELIPE RICARDO GÜNTENSPERGER SOUSA (111306795), VICTOR LAMOSA BAUER (111275164), VICTOR PEDRO RODRIGUES LISBOA (113102692) CORRENTE CONTÍNUA, ALTERNADA E TENSÕES CORRESPONDENTES RIO DE JANEIRO 2014 ALEXANDRE DE ALENCAR MOREIRA PIERRE (113209533) FELIPE RICARDO GÜNTENSPERGER SOUSA (111306795) VICTOR LAMOSA BAUER (111275164) VICTOR PEDRO RODRIGUES LISBOA (113102692) CORRENTE CONTÍNUA, ALTERNADA E TENSÕES CORRESPONDENTES Trabalho apresentado ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro como primeiro teste do período na disciplina de Circuitos Lógicos Orientador: Adriano Joaquim de Oliveira Cruz RIO DE JANEIRO 2014 Introdução Há dois tipos de correntes elétricas e tensões: alternada e contínua. Ambas são utilizadas e cada uma conserva vantagens e desvantagens no que diz respeito às mais diversas aplicações. Corrente elétrica Uma corrente elétrica consiste no movimento ordenado de partículas eletrizadas (elétrons ou íons) através de um condutor elétrico, que só ocorre quando há uma diferença de potencial elétrico (capacidade que um corpo energizado tem de atrair ou repelir outras cargas elétricas) entre as extremidades da corrente. Uma boa maneira de se pensar é como se fosse água passando por uma mangueira. O condutor, por sua vez, é o meio que facilita a passagem da corrente elétrica (como, por exemplo, o cobre). Devemos ressaltar algumas propriedades de uma corrente elétrica: tensão é a diferença de potencial elétrico entre as extremidades da corrente e resistência é a dificuldade que a corrente enfrenta para atravessar um condutor. Corrente Alternada (CA) e Corrente Contínua (CC) A partir do conceito apresentado acima, vamos nos aprofundar mais. A corrente elétrica pode ser de dois tipos: alternada e contínua. Corrente contínua é aquela que segue apenas uma direção (positiva ou negativa) e pode ser constante, mesma intensidade sempre, ou pulsante, que oscila periodicamente, ou seja, ela não é necessariamente constante em um determinado intervalo de tempo. Já a corrente alternada é caracterizada pelo seu movimento de “vai-e-vem” de elétrons, ou seja, em um mesmo intervalo de tempo ela pode ser tanto negativa quanto positiva. Vale notar que a corrente pulsante não é igual a corrente alternada. A primeira pode alterar seu valor periodicamente, mas o sentido da corrente não muda. Já a segunda, sim. Abaixo, mostramos uma tabela comparando os dois tipos de correntes: Corrente alternada Corrente contínua Quantidade de Segura para transferir por Sua voltagem não consegue energia que pode ser maiores distâncias da cidade e viajar muito longe sem perder transmitida pode fornecer mais energia. energia. Causa da direção do Ímãs de rotação ao longo do fio. Magnetismo constante ao fluxo dos elétrons longo do fio. Frequência Sua frequência pode ser de Frequência nula. 50Hz ou 60Hz dependendo do país. Direção Inverte sua direção enquanto Percorre apenas em uma percorre o circuito. direção no circuito. Corrente É a corrente de intensidade É a corrente de intensidade variável. constante. Fluxo de elétrons Elétrons trocam de direção: ida Elétrons se movem e volta. continuamente em uma direção ou “em frente”. Obtidas de Geradores de correntes Pilhas e baterias. alternadas e alimentação. Parâmetros passivos Impedância.* Fator de poder Alterna entre 0 e 1. Tipos Senoidal, trapezoidal, triangular e quadrada. Somente resistência. É sempre 1. Pulsante e contínua pura. *Impedância é uma resistência que não dissipa calor, mas sim possui uma natureza de fluxo magnético. Conversão de CA em CC Sabendo que, em geral, a CA é usada para o transporte da energia elétrica do local de produção para os locais onde será usada e CC para o uso final dessa energia, por exemplo, em aparelhos eletrônicos, percebe-se que é necessário que haja uma forma de converter CA em CC. Para isso existem os Circuitos Retificadores. Os Circuitos Retificadores são circuitos que permitem a passagem da corrente elétrica numa única direção, transformando a CA em CC não constante. Através da análise do Retificador de meia onda é possível perceber como funciona esse tipo de circuito. Circuito Retificador de Meia Onda Na imagem há uma fonte de tensão alternada senoidal, um diodo e um resistor. A retificação é feita utilizando a propriedade dos diodos de serem condutores para corrente num sentido e isolantes no sentido oposto, permitindo que haja variação no módulo da corrente, mas nunca em seu sinal. Nos gráficos abaixo é possível perceber o efeito do diodo sobre o sinal da carga. Enquanto a tensão na fonte gera uma corrente cujo sinal varia periodicamente, o diodo impede o movimento das cargas num dos sentidos, fazendo com que a tensão e corrente no resistor tenham sinais constantes, mesmo com a variação do módulo. Gráfico de Tensão na Fonte Gráfico de Tensão no resistor Outros tipos de retificadores podem diminuir consideravelmente as variações de módulo, permitindo o funcionamento de aparelhos que, na teoria, necessitam de uma corrente de módulo constante. Guerra das Correntes e a utilização da corrente alternada Nos primórdios dos primeiros métodos de fornecimento de eletricidade, o padrão dos EUA era a da utilização de corrente contínua. Tal utilização era defendida por Thomas Edison, que não estava disposto a perder sua patente. Seus adversários publicitários eram George Westinghouse e Nikola Tesla que defendiam o uso da corrente alternada, que era algo novo para a época. Edison argumentava das vantagens da corrente continua como: a corrente contínua funciona bem com lâmpadas incandescestes, responsáveis pela maior parte do consumo diário de energia, e com motores. Tal corrente podia ser diretamente utilizada em baterias de armazenamento, promovendo valiosos níveis de carregamento e reservas energéticas durante possíveis interrupções do funcionamento dos geradores. Os geradores de corrente contínua podiam ser facilmente associados em paralelo, permitindo a economia de energia através do uso de dispositivos menores durante períodos de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade. Contudo, a voltagem da corrente continua não consegue percorrer longas distancias, sendo inviável seu fornecimento para outras cidades, caso sua fonte geradora estivesse longe. A saída para tal problema foi desenvolvida por Tesla, que desenvolveu um sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de corrente alternada. O novo sistema permitia a transmissão e distribuição da energia a longa distancia, sem grandes desperdícios. Conclusão Apesar de suas diferenças, não há como dizer qual corrente é melhor, depende de onde e como são utilizadas. Uma utilização comum atualmente, é de usarmos correntes alternadas para a transmissão de energia de usinas para abastecer diversos lugares. Todas as moradias são abastecidas por essa corrente, mas não significa que todos os aparelhos eletrônicos a utilizam. Maquinas mais robustas, como refrigeradores, chuveiros, ventiladores sim, mas em aparelhos menores e que exijam uma voltagem baixa, normalmente que utilizam baterias, pilhas ou até mesmo um adaptador para corrente alternada, a corrente contínua é usada. Referências http://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_elétrico http://www.mundovestibular.com.br/articles/757/1/CORRENTEELETRICA/Paacutegina1.html http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/caecc.php http://www.diffen.com/difference/Alternating_Current_vs_Direct_Current http://www.dicionarioinformal.com.br/impedância/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_alternada http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/caecc.php http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-a-diferenca-entre-corrente-alternada-ecorrente-continua http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_das_Correntes http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_alternada http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_cont%C3%ADnua