SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - I E II GUERRAS

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SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, guerra ocorrida entre 1939 e 1945. Fez mais
vítimas, custou mais dinheiro, arrasou mais propriedades, afetou mais pessoas e
provavelmente
provocou maiores mudanças do que qualquer outra guerra ao longo de toda a
história.
A Segunda Guerra Mundial inaugurou a era atômica e modificou radicalmente os
métodos de combate. Soldados de infantaria eram rapidamente transportados em
caminhões
para a frente de batalha depois que o bombardeio aéreo, os tanques gigantescos
e a artilharia de precisão enfraqueciam o inimigo. Os bombardeiros e mísseis
balísticos
exterminavam igualmente soldados, marinheiros e civis. Os aviões, os navios de
guerra e as forças terrestres realizavam operações sincronizadas em ataques
anfíbios.
As forças de pára-quedistas saltavam dos aviões ou desembarcavam de
planadores.
É incalculável o número de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas entre
setembro de 1939 e setembro de 1945. Mais de dez milhões de soldados aliados e
cerca de
seis milhões de militares dos países do Eixo morreram nessa guerra, que custou
mais de 1.150.000.000.000 de dólares. Mais de 50 países participaram da guerra, e
suas conseqüências foram sentidas no mundo inteiro.
Em quase todas as partes do mundo travaram-se combates. Os principais
campos de batalha foram a Ásia, a Europa, o norte da África, os oceanos Pacífico
e Atlântico,
e o mar Mediterrâneo.
Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha atacou a Polônia. Após o sucesso deste
primeiro teste dos métodos de Blitzkrieg, a máquina de guerra alemã, no ano de
1940,
esmagou em três meses seis países Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo,
Países Baixos e França. Adolf Hitler, o ditador da Alemanha, fracassou em suas
tentativas
de vencer a Grã-Bretanha por meio de bombardeios e bloqueios submarinos. Em
1941, os exércitos de Hitler conquistaram a Iugoslávia e a Grécia que a Itália
havia
atacado em 1940, após entrar na guerra contra a França e em seguida marcharam
em direção à U.R.S.S. Os planos expansionistas do Japão em relação ao extremo
oriente
levaram esse país a atacar Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, provocando,
assim, a entrada dos E.U.A. na guerra. Após uma série de reveses, os Aliados
tomaram
a ofensiva, e o avanço dos países do Eixo foi detido em três pontos: em El
Alamein, no norte da África; nas ilhas Midway do Pacífico; em Stalingrado (atual
Volgogrado),
na União Soviética. As invasões anfíbias das ilhas do Pacífico colocaram os
Aliados às portas do Japão. Na Europa, os exércitos dos Aliados desembarcaram
na Itália
e na França, e em seguida invadiram a Alemanha. A Itália rendeu-se em 3 de
setembro de 1943, a Alemanha, em 7 de maio de 1945, e o Japão, em 2 de
setembro de 1945.
Uma paz apreensiva, mais semelhante a um cessar-fogo, voltou a reinar em um
mundo fatigado pela guerra.
Os Aliados chamaram o conflito de guerra pela sobrevivência . Antes mesmo do
término das hostilidades, surgiram novas ameaças à paz mundial. Entretanto, a
bomba
atômica e o míssil balístico passaram a advertir que qualquer guerra futura seria
ainda mais destruidora do que a Segunda Guerra Mundial.
Causas do Conflito
As três causas principais da Segunda Guerra Mundial foram: (1) os problemas
gerados pela Primeira Guerra Mundial que ficaram sem solução, (2) a ascensão
das ditaduras,
com o apoio de países liberais capitalistas e (3) o desejo da Alemanha, Itália e
Japão de aumentar seus territórios.
Os historiadores discordam quanto à data exata em que teve início a Segunda
Guerra Mundial. Muitos consideram a invasão alemã da Polônia em 1º de
setembro de 1939
como sendo o começo da guerra. Uns afirmam que a guerra começou quando os
japoneses invadiram a Manchúria, em 18 de setembro de 1931. Outros
consideram a Primeira
e a Segunda Guerras Mundiais como partes de um mesmo conflito, separadas
apenas por um intervalo de tempo.
O mundo não desfrutou de uma paz total entre 1918 e 1939. Atos de agressão e
"pequenas guerras" ocorreram durante esse período, e surgiram ditaduras em
vários países,
como a Itália e a Alemanha.
Problemas Gerados Pela Primeira Guerra Mundial
O Tratado de Versalhes. Muitos historiadores remontam as causas da Segunda
Guerra Mundial ao Tratado de Versalhes e outros acordos de paz que se
seguiram à Primeira
Guerra. Os Aliados ocuparam parte da Alemanha e obrigaram-na a desarmar-se,
a ceder territórios, a pagar indenizações e a admitir sua culpa na deflagração da
guerra.
A Alemanha enfrentou o desemprego generalizado, a inflação e a escassez de
alimentos e matérias-primas provocados pelo bloqueio dos Aliados. Para os
alemães, foi
fácil responsabilizar o Tratado de Versalhes pelos seus problemas. O tratado foi
por eles chamado Ditame de Versalhes . A Alemanha estabeleceu uma forma
republicana
de governo em Weimar, em 1919. Muitos alemães, porém, culparam o novo
governo pela aceitação do execrável tratado. Os trabalhadores que não
conseguiam encontrar
emprego ingressavam nos partidos Comunista e Nacional-Socialista. Os
membros desse último partido reivindicavam abertamente a revisão do tratado e
a derrubada da
república de Weimar.
A Liga das Nações foi criada pelos tratados que puseram fim à Primeira Guerra
Mundial. Os chefes dos países-membros desejavam que a Liga ajudasse as
nações a resolverem
pacificamente suas disputas. Mas a Liga não dispunha de uma polícia
internacional capaz de exterminar os indícios de guerra, embora chegasse a
resolver algumas divergências.
Em 1926, a Alemanha tornou-se membro da Liga. Os E.U.A., porém, não
ingressaram na Liga, e a organização foi-se enfraquecendo de ano para ano.
A maioria dos países da Europa ocidental encontrava-se por demais ocupada
com seus próprios problemas para dar uma atenção maior à Alemanha, embora
as autoridades
desse país clamassem por ajuda. O povo alemão concluiu que seu governo nada
podia fazer para ajudá-lo. Este descontentamento geral e a depressão mundial
que teve
início em 1929 apressaram a queda da república. Com o enfraquecimento do
governo, Adolf Hitler e seu Partido Nacional-Socialista, ou Nazista, tornaram-se
mais fortes.
Tentativa de Desarmamento. Os Aliados desarmaram a Alemanha após a Primeira
Guerra Mundial e prometeram lutar pelo desarmamento geral. Em 1921, a
conferência Naval
de Washington concordou em limitar o número e o tamanho dos grandes navios
de guerra das principais potências navais. Conferências navais realizadas em
1927 e 1930
obtiveram menos êxito, e nada foi feito em relação ao desarmamento geral.
Muitos países realizaram debates sobre o desarmamento, mas nenhum deles
tomou medidas positivas.
Em 1932, a Liga das Nações organizou uma conferência de 60 países em
Genebra, na Suíça. O chanceler da Alemanha, Heinrich Brüning, anunciou que
seu país estaria
disposto a manter o nível de desarmamento estabelecido pelo Tratado de
Versalhes, caso os outros países reduzissem seus armamentos àquele mesmo
nível. A França,
porém, se recusou a aceitar o desarmamento, a menos que pudesse ser criado
um sistema de policiamento internacional. A conferência de Genebra redundou
em fracasso.
O governo de Brüning caiu. Oito meses depois, Hitler tornou-se chanceler da
Alemanha e quase que imediatamente retirou seu país da conferência e da Liga
das Nações.
Os Problemas Econômicos foram uma das causas fundamentais da Segunda
Guerra Mundial. A Alemanha, a Itália e o Japão julgavam-se injustamente
prejudicados na tentativa
de competir com outras nações por mercados, matérias-primas e colônias.
Acreditavam que países como a Bélgica, a França, a Grã-Bretanha, os Países
Baixos e os E.U.A.
controlavam de maneira desleal a maior parte da riqueza e da população
mundiais. Nos tempos de prosperidade, a Alemanha, a Itália e o Japão
conseguiam encontrar
mercados para seus produtos. Entretanto, esses mercados foram fechados na
época da depressão econômica. Outros governos impuseram tarifas elevadas às
importações
e baixaram as cotas dos produtos importados. Assim, a Alemanha, a Itália e o
Japão procuraram conquistar territórios para garantir aquilo que julgavam ser a
sua
parcela das riquezas e dos mercados mundiais.
O problema das dívidas e indenizações de guerra afligiu vários países durante
esse período. Na Primeira Guerra Mundial, os países aliados haviam tomado
dinheiro
emprestado uns com os outros para financiar a guerra. Algumas nações
começaram a exigir que esses empréstimos fossem pagos. A Alemanha e os
outros países derrotados
tinham que pagar indenizações pelos prejuízos que haviam causado durante a
guerra. Os Aliados exigiam 33 bilhões de dólares em indenizações, somente por
parte da
Alemanha.
A Ascensão das Ditaduras
Vários países tiveram governos liberais e democráticos após a Primeira Guerra
Mundial. Durante as décadas de 1920 e 1930, porém, a ascensão de ditaduras
destruiu
os direitos democráticos. Governos totalitários foram estabelecidos na União
Soviética, na Itália, na Alemanha e em outros países.
O Socialismo na União Soviética chegou ao poder com a revolução de novembro
de 1917. Os comunistas, liderados por Lenin, implantaram a ditadura do
proletariado,
ou seja, dos trabalhadores. Inicialmente Lenin e depois Stalin governaram a
União Soviética. O governo se apossou de todos os tipos de propriedade privada
e declarou
ilegais todos os partidos políticos, com a exceção do Partido Comunista. Esse
quadro assustava os governos liberais capitalistas, que temiam o avanço
soviético e
revoluções socialistas, incentivadas pela União Soviética, em seus países.
O Fascismo na Itália. Benito Mussolini fundou o Partido Fascista em 1919. Após
tornar-se primeiro-ministro da Itália, em 1922, Mussolini rapidamente enfeixou em
suas mãos todos os poderes governamentais e transformou o país em um
Estado totalitário. Na época em que foram feitos os acordos de paz da Primeira
Guerra Mundial,
muitos italianos haviam culpado o governo liberal de não impor as reivindicações
da Itália no sentido de obter mais territórios. O país enfrentava problemas
causados
pela inflação e por uma elevada dívida pública. Mussolini prometeu restituir à
Itália a antiga grandeza do tempo em que Roma era o centro de um poderoso
império.
O Nazismo na Alemanha. O Partido Nacional Socialista, ou Nazista, assumiu o
poder em 1933. Adolf Hitler revelara claramente seus planos em 1925, no seu
livro Minha
luta ( Mein kampf ). Ele recomendava o emprego das forças armadas para
remover as restrições do Tratado de Versalhes. Em um programa adotado pelo
seu partido em
1920, Hitler pedia o rearmamento e a união de todos os povos de língua alemã em
uma "Alemanha maior".
Tão logo tornou-se chanceler da Alemanha, Hitler esmagou toda a oposição
política e começou a reconstruir o poderio militar alemão. As escolas alemãs, a
partir dos
jardins de infância, começaram a ensinar às crianças as glórias do poderio
militar. Rapazes e moças foram obrigados a ingressar nos grupos da Juventude
de Hitler
, nos quais se dava ênfase à disciplina militar.
O Militarismo no Japão há muito tempo já fazia parte das tradições do país. O
povo tinha na mais alta conta os samurais. A guerra e as conquistas, segundo os
militaristas
japoneses, eram as mais altas realizações humanas. O Japão tivera um governo
liberal durante um curto período na década de 1920. Mas, por volta de 1931, os
militaristas
começaram novamente a dominar o governo. Os chefes militares japoneses
consolidaram seu poder invadindo a Manchúria em 18 de setembro de 1931.
Vários historiadores
consideram este ato como o verdadeiro início da Segunda Guerra Mundial, já que
a agressão não pôde ser detida.
A Marcha das Agressões
Manchúria. Os japoneses tinham um interesse especial pela Manchúria devido à
abundância de suas riquezas naturais. Da Manchúria, o Japão poderia partir para
a conquista
de todo o norte da China. Depois que tivesse consolidado sua liderança na
China, o Japão poderia expandir-se em outras partes.
Os japoneses atacaram em uma época em que a maioria dos países estava mais
preocupada com a depressão do que com uma invasão na longínqua China. A
Liga das Nações
nada fez senão condenar formalmente o Japão. Os E.U.A. introduziram a doutrina
do não-reconhecimento, declarando simplesmente que não reconhecia a
conquista do Japão.
China. Os japoneses invadiram a China nas proximidades de Xangai, em 1932. No
entanto, retiraram-se mais tarde. Iniciaram então uma campanha econômica
contra o comércio
chinês. O conflito estourou em 7 de julho de 1937, depois que os japoneses
simularam um "incidente" perto de Pei-Ping (atual Pequim). A guerra não
declarada entre
o Japão e a China estendeu-se à maior parte do leste da China. Por volta de
dezembro de 1938, os japoneses dominavam a maioria dos principais portos e
centros industriais
e ferroviários da China. Tchong-King, a capital chinesa durante a guerra, estava
situada no alto rio Yang-Tse. O Japão impôs à China um bloqueio econômico.
Alguns
países ofereceram ajuda e solidariedade à China, mas a maioria continuou a
vender provisões de guerra ao Japão.
Etiópia e Espanha. Em 1935, as tropas de Mussolini invadiram a Etiópia. Os
italianos massacraram as forças etíopes, mal equipadas e insuficientemente
treinadas.
Em 1936 completaram a conquista. A Liga das Nações votou sanções
econômicas contra a Itália; entretanto, retirou-as mais tarde.
A Guerra Civil Espanhola estourou em 1936. Tanto Mussolini como Hitler
enviaram homens e provisões para ajudar as forças rebeldes de Francisco
Franco. A União Soviética
ofereceu ajuda aos legalistas espanhóis. Franco derrubou o governo espanhol e,
em 1939, estabeleceu uma ditadura absoluta semelhante às existentes na
Alemanha e
na Itália. Os historiadores muitas vezes se referem à guerra na Espanha como
sendo o campo de provas da Segunda Guerra Mundial , pois nela os alemães,
italianos
e soviéticos testaram alguns armamentos e táticas militares.
Renânia. Em 1935, Hitler estabeleceu o recrutamento militar para todos os
homens alemães, criou uma força aérea e começou a construir submarinos. O
Tratado de Versalhes
impôs um limite de 100 mil homens ao Exército alemão, mas em pouco tempo
Hitler contava com 600 mil soldados. Alguns governos europeus protestaram
contra essas violações
do tratado. Mas a Grã-Bretanha concordou em desprezar as limitações do
Tratado de Versalhes e permitiu que a Alemanha formasse uma força aérea e uma
marinha.
Em uma outra violação do tratado, Hitler enviou tropas para os distritos
desmilitarizados que ficavam a oeste do rio Reno, em março de 1936. Esse ato
trouxe os soldados
alemães para a fronteira francesa. Alguns líderes franceses quiseram enviar
tropas para forçar o recuo dos alemães. Mas sentiu-se que tal medida poderia
provocar
uma guerra total, e a Europa não quis correr o risco. Com isto, Hitler saiu
ganhando mais uma vez.
No final de 1936, a Alemanha e o Japão assinaram um pacto anti-Comintern de
oposição ao comunismo. Em 1937, a Itália assinou o pacto. Os três países
aliaram-se no
que ficou conhecido como Eixo Roma-Berlim-Tóquio . Em 1940, a Alemanha, a
Itália e o Japão assinaram um pacto de ajuda militar.
Áustria. Confiante no êxito, Hitler voltou-se para o seu próximo objetivo: unificar
a Áustria e a Alemanha. Os acordos de paz de 1919 haviam proibido essa
unificação.
Hitler sustentou falsamente que a Alemanha "não tinha vontade nem
intenção...de anexar ou unir-se à Áustria". Mas Hitler, secretamente, encorajara e
apoiara um movimento
revolucionário nazista na Áustria. Em 1934, conspiradores nazistas haviam
assassinado o chanceler da Áustria, Engelbert Dollfuss, sem conseguir porém
conquistar
o país. Em março de 1938, as tropas alemãs entraram triunfantes na Áustria.
Tchecoslováquia. A rápida e incruenta conquista da Áustria atemorizou a
Tchecoslováquia. Os alemães defrontavam-se agora com os tchecos em três
lados. No país viviam
três milhões e meio de alemães dos Sudetos, muitos dos quais haviam
ingressado em um partido pró-alemão que recebia ordens de Hitler.
Hitler exigiu que os alemães dos Sudetos fossem colocados sob seu domínio.
Mas os tchecos prepararam-se para lutar. A França prometeu cumprir as
obrigações do tratado
e ficar ao lado dos tchecos. A União Soviética fez o mesmo. A Grã-Bretanha
comprometeu-se a apoiar a França. Com a Europa às vésperas da guerra, Hitler
declarou
que a região dos Sudetos era "a última reivindicação territorial que tenho a fazer
na Europa". O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Neville Chamberlain, e o
primeiro-ministro
da França, Edouard Daladier, conferenciaram com Hitler e Mussolini em Munique.
Os alemães não permitiram a participação de representantes da Tchecoslováquia
na conferência.
Chamberlain e Daladier finalmente cederam às exigências dos ditadores. Pelo
Acordo de Munique, feito em 29 de setembro de 1938, a Tchecoslováquia perdeu
para a Alemanha
a região dos Sudetos. Quando regressou a Londres, Chamberlain afirmou que o
pacto significava "paz para a nossa época".
Polônia. Hitler quebrou então a sua promessa fazendo outra "última
reivindicação". Ordenou secretamente que a Polônia cedesse uma faixa de
território através do
Corredor Polonês para ligar a Alemanha à Prússia oriental. Hitler desejava
também anexar Danzig (atual Gdansk) à Alemanha.
Em março de 1939, o exército de Hitler ocupou o resto da Tchecoslováquia. Em
seguida tomou Memel (atual Klaipeda) da Lituânia. Em abril, a Itália ocupou a
Albânia.
No oeste, os alemães trabalhavam em um ritmo frenético para concluir as
fortificações da Linha Siegfried, destinada a fazer face à Linha Maginot dos
franceses. As
promessas quebradas por Hitler finalmente convenceram a Grã-Bretanha e a
França de que a Alemanha pretendia conquistar toda a Europa oriental. A política
de apaziguamento
revelara-se um completo fracasso. Quando Hitler novamente exigiu Danzig e uma
faixa do Corredor Polonês, Chamberlain anunciou que a Grã-Bretanha ajudaria a
Polônia
caso esta resistisse a um ataque alemão. Hitler queixou-se de que as garantias
dadas por Chamberlain à Polônia encorajavam os poloneses a serem
"insensatos". Os
jornais alemães destacavam os "terríveis maus tratos" impostos aos povos de
língua alemã na Polônia. Hitler rejeitou um tratado de amizade com a Polônia, e
aumentaram
os conflitos entre alemães e poloneses em Danzig. A tensão crescia à medida
que se espalhavam os rumores de guerra.
Início da Guerra. Em setembro de 1939, Hitler decidiu-se finalmente a atacar a
Polônia. Seu alto comando traçou os planos para a invasão. Os ingleses e os
franceses
vinham mantendo negociações com os soviéticos no sentido de obter apoio para
os poloneses. Na mesma época, a União Soviética procurava melhorar suas
relações comerciais
com a Alemanha.
Alguns historiadores acreditam que a União Soviética soube, na primavera ou no
início do verão de 1939, que a Alemanha planejava invadir a Polônia em
setembro. Ciente
disso, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha em
23 de agosto. Os soviéticos prometeram permanecer neutros no caso de a
Alemanha entrar
em guerra. Além disso, firmaram em segredo um acordo para dividir a Polônia
com os alemães após a conquista.
Hitler supôs que a Grã-Bretanha e a França não entrariam na guerra para ajudar a
Polônia. Na madrugada de 1º de setembro de 1939, as tropas alemãs invadiram o
país.
A Grã-Bretanha e a França imediatamente ordenaram a Hitler que retirasse suas
forças, advertindo que entrariam em guerra caso ele não obedecesse. Hitler não
deu
atenção. Em 3 de setembro, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à
Alemanha.
Homens e Estratégia
Tal como na Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha, a França e os países que
estavam a seu lado ficaram conhecidos como Aliados . Os Aliados totalizaram
cerca de
50 nações durante a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha e seus oito aliados
eram conhecidos como Eixo . No início da guerra, os países do Eixo levaram
vantagem, pois
haviam treinado forças militares mais poderosas que as dos Aliados e
organizado fábricas para produzir material bélico. Mas depois que a guerra
tornou-se um conflito
global, em 1941, os Aliados passaram a cooperar uns com os outros para vencer
os países do Eixo nos campos de batalha e suplantá-los na produção das
fábricas.
Líderes Durante a Guerra
Os Aliados. Os chefes de governo da China, da Grã-Bretanha, da União Soviética
e dos E.U.A. ficaram conhecidos como os Quatro Grandes . Duas dessas
potências tiveram
os mesmos chefes de governo durante toda a guerra. Chang Kai-Chek governou
a China, e Iosif Stalin dirigiu a atuação da União Soviética na guerra. Na GrãBretanha,
Winston Churchill substituiu Neville Chamberlain como primeiro-ministro em
1940, e Clement Atlee sucedeu a Churchill em julho de 1945. Franklin Roosevelt
foi reeleito
presidente dos E.U.A. em novembro de 1944, mas morreu em abril de 1945. O
vice-presidente Harry Truman sucedeu a Roosevelt. Durante a guerra, os líderes
das Quatro
Grandes potências conferenciaram várias vezes. Churchill encontrou-se com
Roosevelt em Washington, Casablanca, Malta e Quebec. Os dois conferenciaram
com Chang Kai-Chek
no Cairo e com Stalin em Teerã e Ialta. Churchill, Atlee, Stalin e Truman reuniramse em Potsdam.
Após 1942, oficiais do estado-maior da Grã-Bretanha e dos E.U.A. traçaram a
estratégia geral da guerra. Dentre os oficiais norte-americanos que fizeram parte
desse
grupo durante quase toda a guerra estavam os generais George Marshall e Henry
Arnold, e os almirantes William Leahy e Ernest King. Representando a GrãBretanha,
os marechais-de-campo Sir John Dill e Sir Alan Brook, o marechal da Força Aérea
Real Sir Charles Portal e os almirantes Sir Dudley Pound e Sir Andrew
Cunningham.
Os principais comandantes dos Aliados foram os marechais-de-campo Sir Harold
Alexander e Henry Wilson no Mediterrâneo, o general Dwight Eisenhower no
norte da África
e Europa, o general Douglas MacArthur no sudoeste do Pacífico, o almirante
lorde Louis Mountbatten no sudeste da Ásia, o almirante Chester Nimitz no
Pacífico central
e o marechal soviético Georgi Zhukov. Chang Kai-Chek e Stalin haviam recebido
das forças militares o título de generalíssimos .
O Eixo. Nas três principais potências do Eixo, somente o imperador Hirohito do
Japão governou durante toda a guerra. O Japão teve vários primeiros-ministros.
O general
Hideki Tojo, o mais importante deles, exerceu poderes ditatoriais de outubro de
1941 a julho de 1944. Vítor Emanuel foi o rei da Itália durante a guerra, mas o
verdadeiro
chefe do governo, Benito Mussolini, renunciou em 1943. Adolf Hitler, o chanceler
alemão, suicidou-se em abril de 1945.
Os principais comandantes do Eixo foram os marechais-de-campo Karl Gerd von
Rundstedt, Albert Kesselring e Erwin Rommel da Alemanha; o marechal Rodolfo
Graziani
da Itália; o general Tomobumi Yamashita e o almirante Isoroku Yamamoto do
Japão.
Estratégia da Guerra
Guerra Global. Os historiadores não encontraram provas de que a Alemanha, a
Itália e o Japão tivessem em comum quaisquer planos estratégicos formais para
vencer
a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha pretendia construir um poderoso império
ocupando territórios a leste e ao sul. Em seguida, após derrotar a França,
esperava
empregar ataques aéreos para forçar a Grã-Bretanha a assinar a paz. As tropas
alemãs derrotariam então a União Soviética, tomariam os campos petrolíferos do
Cáucaso
e organizariam o plano de Hitler para uma nova ordem européia. A Itália esperava
tirar vantagem dos êxitos alemães para obter territórios para si mesma.
O Japão pretendia destruir a esquadra norte-americana do Pacífico em Pearl
Harbor e depois invadir a Tailândia, a Malásia, as Filipinas e as Índias
Holandesas. Em
seguida, completaria a conquista da China e colocaria toda a Ásia oriental sob
seu domínio. O Japão esperava que uma guerra em dois oceanos esgotasse os
Aliados,
que então o deixariam conservar os territórios conquistados. O Japão não tinha
planos para invadir o continente norte-americano.
"Alemanha Primeiro." Os Aliados concordaram quanto a uma estratégia básica
logo que a guerra teve início. Roosevelt e Churchill, em sua primeira conferência
de guerra,
realizada em dezembro de 1941, decidiram concentrar suas ações inicialmente
sobre a Alemanha e depois sobre o Japão. Eles consideravam a Alemanha o
maior e o mais
próximo inimigo. Os Aliados planejavam invadir a Europa ocidental para
desafogar a pressão alemã sobre os soviéticos. Avançando para leste, os
exércitos dos Aliados
prensariam a Alemanha contra as forças soviéticas em marcha para o oeste. Os
Aliados planejavam eliminar a Itália da guerra invadindo-a a partir das bases
situadas
no norte da África.
Para derrotar o Japão, os Aliados planejavam tomar as ilhas situadas em pontos
estratégicos do Pacífico e construir bases de bombardeiros na China. Utilizando
a
China e as ilhas do Pacífico como trampolins, os Aliados poderiam então invadir
o Japão.
Mobilização
Quando a guerra começou, em 1939, a Alemanha teve a vantagem de estar
substancialmente mobilizada. O país já havia organizado suas fábricas para
atender às necessidades
do tempo de guerra. Os Aliados, depois que estourou a guerra, tiveram que
recrutar e treinar homens para as forças armadas, adaptar as fábricas à produção
de provisões
de guerra e adotar planos estratégicos.
Hitler tinha uma bem equilibrada Wehrmacht , ou força militar, de 106 divisões de
combate providas de tanques poderosos, veículos motorizados e artilharia
pesada.
A Grã-Bretanha, a França e a Polônia tinham maiores reservas de efetivos
militares, mas seus exércitos não eram tão bem treinados e equipados como o
dos alemães.
A Alemanha tinha aproximadamente 12 mil aeronaves militares contra cerca de
oito mil dos Aliados. Os Aliados tinham maiores forças navais, com cerca de 5t
de navios
para uma dos alemães. Mas os Aliados tinham também que patrulhar vastas
áreas do mundo, e a Alemanha podia restringir suas atividades navais ao mar do
Norte e ao
Atlântico. Além disso, os submarinos alemães ameaçavam seriamente os navios
aliados que transportavam tropas e material bélico.
Do dia em que a Alemanha atacou a Polônia até a rendição do Japão seis anos
depois, o Eixo mobilizou cerca de 30 milhões de homens e mulheres em suas
forças armadas.
Os Aliados mobilizaram cerca de 62 milhões de homens e mulheres.
Primeiras Etapas da Guerra
O poderio irresistível do Eixo conquistou uma série de importantes vitórias nos
dois primeiros anos de guerra. Polônia, Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos,
Bélgica,
Noruega, França, Iugoslávia e Grécia caíram sucessivamente diante da máquina
de guerra do Eixo. A Alemanha obteve como ativos aliados Itália, Hungria,
Romênia e
Bulgária. Os alemães tentaram bombardear a Grã-Bretanha para que esta se
rendesse, mas fracassaram. Os exércitos alemães, então, invadiram a União
Soviética.
Polônia Vencida. O alto comando alemão planejou a campanha polonesa com
grande cuidado. Nessa campanha foi introduzido um novo método de combate
chamado Blitzkrieg
, ou seja, guerra relâmpago. Em 1º de setembro de 1939, os Stuka bombardeiros
de mergulho alemães atacaram as tropas polonesas, e outros bombardeiros mais
pesados
destruíram fortificações e fábricas. Em terra, os tanques e a infantaria romperam
as linhas polonesas. Os ingleses e franceses não puderam prestar auxílio direto
aos poloneses.
Em agosto, a Alemanha e a União Soviética haviam concordado secretamente em
dividir a Polônia. Em 17 de setembro, com os exércitos poloneses quase batidos,
as tropas
soviéticas invadiram o leste da Polônia enfrentando pouca resistência. Os
soviéticos afirmaram que desejavam "proteger suas próprias fronteiras". A maior
parte da
resistência polonesa cessou em três dias. Mas o povo de Varsóvia continuou
lutando. Sem alimentos e provisões, a cidade teve que se render em 27 de
setembro. No
dia seguinte, a Alemanha e a União Soviética dividiram a Polônia.
Após a campanha polonesa de 1939, durante sete meses, os alemães e os
Aliados não travaram quaisquer batalhas terrestres importantes. Os franceses
entrincheiraram-se
na Linha Maginot, e os alemães ficaram atrás da Linha Siegfried aguardando a
próxima ordem para atacar. Cada lado empreendia pequenos ataques, tirava
fotografias
aéreas e lançava folhetos de propaganda. Os jornais referiam-se à guerra no
oeste como um embuste. Mas no oceano Atlântico os navios de guerra alemães
Admiral Graf
Spee e Deutschland atacavam os comboios dos Aliados.
A Dinamarca e a Noruega dispunham de excelentes bases, de onde os
submarinos podiam operar no mar do Norte. Nessas águas navegavam os navios
que transportavam minério
de ferro da Suécia para a Alemanha. Os alemães decidiram invadir a Dinamarca
para facilitar uma invasão da Noruega. Na madrugada de 9 de abril, navios de
guerra
alemães transportando soldados entraram em Copenhague, na Dinamarca, e em
Bergen, Oslo e outras cidades costeiras da Noruega. A Dinamarca rendeu-se
quase que imediatamente.
As tropas alemãs se apoderaram de campos de aviação em Oslo e perto de
Stavanger. Uma quinta coluna norueguesa de espiões e outros simpatizantes da
Alemanha, comandada
por Vidkun Quisling, ajudou os invasores. Quisling tornou-se chefe do governo
títere na Noruega.
Após o primeiro impacto causado pela invasão, os noruegueses começaram a
reagir. A Grã-Bretanha e a França enviaram t...
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pedroassisteixeira
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