Visualização do documento SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.doc (238 KB) Baixar SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, guerra ocorrida entre 1939 e 1945. Fez mais vítimas, custou mais dinheiro, arrasou mais propriedades, afetou mais pessoas e provavelmente provocou maiores mudanças do que qualquer outra guerra ao longo de toda a história. A Segunda Guerra Mundial inaugurou a era atômica e modificou radicalmente os métodos de combate. Soldados de infantaria eram rapidamente transportados em caminhões para a frente de batalha depois que o bombardeio aéreo, os tanques gigantescos e a artilharia de precisão enfraqueciam o inimigo. Os bombardeiros e mísseis balísticos exterminavam igualmente soldados, marinheiros e civis. Os aviões, os navios de guerra e as forças terrestres realizavam operações sincronizadas em ataques anfíbios. As forças de pára-quedistas saltavam dos aviões ou desembarcavam de planadores. É incalculável o número de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas entre setembro de 1939 e setembro de 1945. Mais de dez milhões de soldados aliados e cerca de seis milhões de militares dos países do Eixo morreram nessa guerra, que custou mais de 1.150.000.000.000 de dólares. Mais de 50 países participaram da guerra, e suas conseqüências foram sentidas no mundo inteiro. Em quase todas as partes do mundo travaram-se combates. Os principais campos de batalha foram a Ásia, a Europa, o norte da África, os oceanos Pacífico e Atlântico, e o mar Mediterrâneo. Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha atacou a Polônia. Após o sucesso deste primeiro teste dos métodos de Blitzkrieg, a máquina de guerra alemã, no ano de 1940, esmagou em três meses seis países Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos e França. Adolf Hitler, o ditador da Alemanha, fracassou em suas tentativas de vencer a Grã-Bretanha por meio de bombardeios e bloqueios submarinos. Em 1941, os exércitos de Hitler conquistaram a Iugoslávia e a Grécia que a Itália havia atacado em 1940, após entrar na guerra contra a França e em seguida marcharam em direção à U.R.S.S. Os planos expansionistas do Japão em relação ao extremo oriente levaram esse país a atacar Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, provocando, assim, a entrada dos E.U.A. na guerra. Após uma série de reveses, os Aliados tomaram a ofensiva, e o avanço dos países do Eixo foi detido em três pontos: em El Alamein, no norte da África; nas ilhas Midway do Pacífico; em Stalingrado (atual Volgogrado), na União Soviética. As invasões anfíbias das ilhas do Pacífico colocaram os Aliados às portas do Japão. Na Europa, os exércitos dos Aliados desembarcaram na Itália e na França, e em seguida invadiram a Alemanha. A Itália rendeu-se em 3 de setembro de 1943, a Alemanha, em 7 de maio de 1945, e o Japão, em 2 de setembro de 1945. Uma paz apreensiva, mais semelhante a um cessar-fogo, voltou a reinar em um mundo fatigado pela guerra. Os Aliados chamaram o conflito de guerra pela sobrevivência . Antes mesmo do término das hostilidades, surgiram novas ameaças à paz mundial. Entretanto, a bomba atômica e o míssil balístico passaram a advertir que qualquer guerra futura seria ainda mais destruidora do que a Segunda Guerra Mundial. Causas do Conflito As três causas principais da Segunda Guerra Mundial foram: (1) os problemas gerados pela Primeira Guerra Mundial que ficaram sem solução, (2) a ascensão das ditaduras, com o apoio de países liberais capitalistas e (3) o desejo da Alemanha, Itália e Japão de aumentar seus territórios. Os historiadores discordam quanto à data exata em que teve início a Segunda Guerra Mundial. Muitos consideram a invasão alemã da Polônia em 1º de setembro de 1939 como sendo o começo da guerra. Uns afirmam que a guerra começou quando os japoneses invadiram a Manchúria, em 18 de setembro de 1931. Outros consideram a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais como partes de um mesmo conflito, separadas apenas por um intervalo de tempo. O mundo não desfrutou de uma paz total entre 1918 e 1939. Atos de agressão e "pequenas guerras" ocorreram durante esse período, e surgiram ditaduras em vários países, como a Itália e a Alemanha. Problemas Gerados Pela Primeira Guerra Mundial O Tratado de Versalhes. Muitos historiadores remontam as causas da Segunda Guerra Mundial ao Tratado de Versalhes e outros acordos de paz que se seguiram à Primeira Guerra. Os Aliados ocuparam parte da Alemanha e obrigaram-na a desarmar-se, a ceder territórios, a pagar indenizações e a admitir sua culpa na deflagração da guerra. A Alemanha enfrentou o desemprego generalizado, a inflação e a escassez de alimentos e matérias-primas provocados pelo bloqueio dos Aliados. Para os alemães, foi fácil responsabilizar o Tratado de Versalhes pelos seus problemas. O tratado foi por eles chamado Ditame de Versalhes . A Alemanha estabeleceu uma forma republicana de governo em Weimar, em 1919. Muitos alemães, porém, culparam o novo governo pela aceitação do execrável tratado. Os trabalhadores que não conseguiam encontrar emprego ingressavam nos partidos Comunista e Nacional-Socialista. Os membros desse último partido reivindicavam abertamente a revisão do tratado e a derrubada da república de Weimar. A Liga das Nações foi criada pelos tratados que puseram fim à Primeira Guerra Mundial. Os chefes dos países-membros desejavam que a Liga ajudasse as nações a resolverem pacificamente suas disputas. Mas a Liga não dispunha de uma polícia internacional capaz de exterminar os indícios de guerra, embora chegasse a resolver algumas divergências. Em 1926, a Alemanha tornou-se membro da Liga. Os E.U.A., porém, não ingressaram na Liga, e a organização foi-se enfraquecendo de ano para ano. A maioria dos países da Europa ocidental encontrava-se por demais ocupada com seus próprios problemas para dar uma atenção maior à Alemanha, embora as autoridades desse país clamassem por ajuda. O povo alemão concluiu que seu governo nada podia fazer para ajudá-lo. Este descontentamento geral e a depressão mundial que teve início em 1929 apressaram a queda da república. Com o enfraquecimento do governo, Adolf Hitler e seu Partido Nacional-Socialista, ou Nazista, tornaram-se mais fortes. Tentativa de Desarmamento. Os Aliados desarmaram a Alemanha após a Primeira Guerra Mundial e prometeram lutar pelo desarmamento geral. Em 1921, a conferência Naval de Washington concordou em limitar o número e o tamanho dos grandes navios de guerra das principais potências navais. Conferências navais realizadas em 1927 e 1930 obtiveram menos êxito, e nada foi feito em relação ao desarmamento geral. Muitos países realizaram debates sobre o desarmamento, mas nenhum deles tomou medidas positivas. Em 1932, a Liga das Nações organizou uma conferência de 60 países em Genebra, na Suíça. O chanceler da Alemanha, Heinrich Brüning, anunciou que seu país estaria disposto a manter o nível de desarmamento estabelecido pelo Tratado de Versalhes, caso os outros países reduzissem seus armamentos àquele mesmo nível. A França, porém, se recusou a aceitar o desarmamento, a menos que pudesse ser criado um sistema de policiamento internacional. A conferência de Genebra redundou em fracasso. O governo de Brüning caiu. Oito meses depois, Hitler tornou-se chanceler da Alemanha e quase que imediatamente retirou seu país da conferência e da Liga das Nações. Os Problemas Econômicos foram uma das causas fundamentais da Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, a Itália e o Japão julgavam-se injustamente prejudicados na tentativa de competir com outras nações por mercados, matérias-primas e colônias. Acreditavam que países como a Bélgica, a França, a Grã-Bretanha, os Países Baixos e os E.U.A. controlavam de maneira desleal a maior parte da riqueza e da população mundiais. Nos tempos de prosperidade, a Alemanha, a Itália e o Japão conseguiam encontrar mercados para seus produtos. Entretanto, esses mercados foram fechados na época da depressão econômica. Outros governos impuseram tarifas elevadas às importações e baixaram as cotas dos produtos importados. Assim, a Alemanha, a Itália e o Japão procuraram conquistar territórios para garantir aquilo que julgavam ser a sua parcela das riquezas e dos mercados mundiais. O problema das dívidas e indenizações de guerra afligiu vários países durante esse período. Na Primeira Guerra Mundial, os países aliados haviam tomado dinheiro emprestado uns com os outros para financiar a guerra. Algumas nações começaram a exigir que esses empréstimos fossem pagos. A Alemanha e os outros países derrotados tinham que pagar indenizações pelos prejuízos que haviam causado durante a guerra. Os Aliados exigiam 33 bilhões de dólares em indenizações, somente por parte da Alemanha. A Ascensão das Ditaduras Vários países tiveram governos liberais e democráticos após a Primeira Guerra Mundial. Durante as décadas de 1920 e 1930, porém, a ascensão de ditaduras destruiu os direitos democráticos. Governos totalitários foram estabelecidos na União Soviética, na Itália, na Alemanha e em outros países. O Socialismo na União Soviética chegou ao poder com a revolução de novembro de 1917. Os comunistas, liderados por Lenin, implantaram a ditadura do proletariado, ou seja, dos trabalhadores. Inicialmente Lenin e depois Stalin governaram a União Soviética. O governo se apossou de todos os tipos de propriedade privada e declarou ilegais todos os partidos políticos, com a exceção do Partido Comunista. Esse quadro assustava os governos liberais capitalistas, que temiam o avanço soviético e revoluções socialistas, incentivadas pela União Soviética, em seus países. O Fascismo na Itália. Benito Mussolini fundou o Partido Fascista em 1919. Após tornar-se primeiro-ministro da Itália, em 1922, Mussolini rapidamente enfeixou em suas mãos todos os poderes governamentais e transformou o país em um Estado totalitário. Na época em que foram feitos os acordos de paz da Primeira Guerra Mundial, muitos italianos haviam culpado o governo liberal de não impor as reivindicações da Itália no sentido de obter mais territórios. O país enfrentava problemas causados pela inflação e por uma elevada dívida pública. Mussolini prometeu restituir à Itália a antiga grandeza do tempo em que Roma era o centro de um poderoso império. O Nazismo na Alemanha. O Partido Nacional Socialista, ou Nazista, assumiu o poder em 1933. Adolf Hitler revelara claramente seus planos em 1925, no seu livro Minha luta ( Mein kampf ). Ele recomendava o emprego das forças armadas para remover as restrições do Tratado de Versalhes. Em um programa adotado pelo seu partido em 1920, Hitler pedia o rearmamento e a união de todos os povos de língua alemã em uma "Alemanha maior". Tão logo tornou-se chanceler da Alemanha, Hitler esmagou toda a oposição política e começou a reconstruir o poderio militar alemão. As escolas alemãs, a partir dos jardins de infância, começaram a ensinar às crianças as glórias do poderio militar. Rapazes e moças foram obrigados a ingressar nos grupos da Juventude de Hitler , nos quais se dava ênfase à disciplina militar. O Militarismo no Japão há muito tempo já fazia parte das tradições do país. O povo tinha na mais alta conta os samurais. A guerra e as conquistas, segundo os militaristas japoneses, eram as mais altas realizações humanas. O Japão tivera um governo liberal durante um curto período na década de 1920. Mas, por volta de 1931, os militaristas começaram novamente a dominar o governo. Os chefes militares japoneses consolidaram seu poder invadindo a Manchúria em 18 de setembro de 1931. Vários historiadores consideram este ato como o verdadeiro início da Segunda Guerra Mundial, já que a agressão não pôde ser detida. A Marcha das Agressões Manchúria. Os japoneses tinham um interesse especial pela Manchúria devido à abundância de suas riquezas naturais. Da Manchúria, o Japão poderia partir para a conquista de todo o norte da China. Depois que tivesse consolidado sua liderança na China, o Japão poderia expandir-se em outras partes. Os japoneses atacaram em uma época em que a maioria dos países estava mais preocupada com a depressão do que com uma invasão na longínqua China. A Liga das Nações nada fez senão condenar formalmente o Japão. Os E.U.A. introduziram a doutrina do não-reconhecimento, declarando simplesmente que não reconhecia a conquista do Japão. China. Os japoneses invadiram a China nas proximidades de Xangai, em 1932. No entanto, retiraram-se mais tarde. Iniciaram então uma campanha econômica contra o comércio chinês. O conflito estourou em 7 de julho de 1937, depois que os japoneses simularam um "incidente" perto de Pei-Ping (atual Pequim). A guerra não declarada entre o Japão e a China estendeu-se à maior parte do leste da China. Por volta de dezembro de 1938, os japoneses dominavam a maioria dos principais portos e centros industriais e ferroviários da China. Tchong-King, a capital chinesa durante a guerra, estava situada no alto rio Yang-Tse. O Japão impôs à China um bloqueio econômico. Alguns países ofereceram ajuda e solidariedade à China, mas a maioria continuou a vender provisões de guerra ao Japão. Etiópia e Espanha. Em 1935, as tropas de Mussolini invadiram a Etiópia. Os italianos massacraram as forças etíopes, mal equipadas e insuficientemente treinadas. Em 1936 completaram a conquista. A Liga das Nações votou sanções econômicas contra a Itália; entretanto, retirou-as mais tarde. A Guerra Civil Espanhola estourou em 1936. Tanto Mussolini como Hitler enviaram homens e provisões para ajudar as forças rebeldes de Francisco Franco. A União Soviética ofereceu ajuda aos legalistas espanhóis. Franco derrubou o governo espanhol e, em 1939, estabeleceu uma ditadura absoluta semelhante às existentes na Alemanha e na Itália. Os historiadores muitas vezes se referem à guerra na Espanha como sendo o campo de provas da Segunda Guerra Mundial , pois nela os alemães, italianos e soviéticos testaram alguns armamentos e táticas militares. Renânia. Em 1935, Hitler estabeleceu o recrutamento militar para todos os homens alemães, criou uma força aérea e começou a construir submarinos. O Tratado de Versalhes impôs um limite de 100 mil homens ao Exército alemão, mas em pouco tempo Hitler contava com 600 mil soldados. Alguns governos europeus protestaram contra essas violações do tratado. Mas a Grã-Bretanha concordou em desprezar as limitações do Tratado de Versalhes e permitiu que a Alemanha formasse uma força aérea e uma marinha. Em uma outra violação do tratado, Hitler enviou tropas para os distritos desmilitarizados que ficavam a oeste do rio Reno, em março de 1936. Esse ato trouxe os soldados alemães para a fronteira francesa. Alguns líderes franceses quiseram enviar tropas para forçar o recuo dos alemães. Mas sentiu-se que tal medida poderia provocar uma guerra total, e a Europa não quis correr o risco. Com isto, Hitler saiu ganhando mais uma vez. No final de 1936, a Alemanha e o Japão assinaram um pacto anti-Comintern de oposição ao comunismo. Em 1937, a Itália assinou o pacto. Os três países aliaram-se no que ficou conhecido como Eixo Roma-Berlim-Tóquio . Em 1940, a Alemanha, a Itália e o Japão assinaram um pacto de ajuda militar. Áustria. Confiante no êxito, Hitler voltou-se para o seu próximo objetivo: unificar a Áustria e a Alemanha. Os acordos de paz de 1919 haviam proibido essa unificação. Hitler sustentou falsamente que a Alemanha "não tinha vontade nem intenção...de anexar ou unir-se à Áustria". Mas Hitler, secretamente, encorajara e apoiara um movimento revolucionário nazista na Áustria. Em 1934, conspiradores nazistas haviam assassinado o chanceler da Áustria, Engelbert Dollfuss, sem conseguir porém conquistar o país. Em março de 1938, as tropas alemãs entraram triunfantes na Áustria. Tchecoslováquia. A rápida e incruenta conquista da Áustria atemorizou a Tchecoslováquia. Os alemães defrontavam-se agora com os tchecos em três lados. No país viviam três milhões e meio de alemães dos Sudetos, muitos dos quais haviam ingressado em um partido pró-alemão que recebia ordens de Hitler. Hitler exigiu que os alemães dos Sudetos fossem colocados sob seu domínio. Mas os tchecos prepararam-se para lutar. A França prometeu cumprir as obrigações do tratado e ficar ao lado dos tchecos. A União Soviética fez o mesmo. A Grã-Bretanha comprometeu-se a apoiar a França. Com a Europa às vésperas da guerra, Hitler declarou que a região dos Sudetos era "a última reivindicação territorial que tenho a fazer na Europa". O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Neville Chamberlain, e o primeiro-ministro da França, Edouard Daladier, conferenciaram com Hitler e Mussolini em Munique. Os alemães não permitiram a participação de representantes da Tchecoslováquia na conferência. Chamberlain e Daladier finalmente cederam às exigências dos ditadores. Pelo Acordo de Munique, feito em 29 de setembro de 1938, a Tchecoslováquia perdeu para a Alemanha a região dos Sudetos. Quando regressou a Londres, Chamberlain afirmou que o pacto significava "paz para a nossa época". Polônia. Hitler quebrou então a sua promessa fazendo outra "última reivindicação". Ordenou secretamente que a Polônia cedesse uma faixa de território através do Corredor Polonês para ligar a Alemanha à Prússia oriental. Hitler desejava também anexar Danzig (atual Gdansk) à Alemanha. Em março de 1939, o exército de Hitler ocupou o resto da Tchecoslováquia. Em seguida tomou Memel (atual Klaipeda) da Lituânia. Em abril, a Itália ocupou a Albânia. No oeste, os alemães trabalhavam em um ritmo frenético para concluir as fortificações da Linha Siegfried, destinada a fazer face à Linha Maginot dos franceses. As promessas quebradas por Hitler finalmente convenceram a Grã-Bretanha e a França de que a Alemanha pretendia conquistar toda a Europa oriental. A política de apaziguamento revelara-se um completo fracasso. Quando Hitler novamente exigiu Danzig e uma faixa do Corredor Polonês, Chamberlain anunciou que a Grã-Bretanha ajudaria a Polônia caso esta resistisse a um ataque alemão. Hitler queixou-se de que as garantias dadas por Chamberlain à Polônia encorajavam os poloneses a serem "insensatos". Os jornais alemães destacavam os "terríveis maus tratos" impostos aos povos de língua alemã na Polônia. Hitler rejeitou um tratado de amizade com a Polônia, e aumentaram os conflitos entre alemães e poloneses em Danzig. A tensão crescia à medida que se espalhavam os rumores de guerra. Início da Guerra. Em setembro de 1939, Hitler decidiu-se finalmente a atacar a Polônia. Seu alto comando traçou os planos para a invasão. Os ingleses e os franceses vinham mantendo negociações com os soviéticos no sentido de obter apoio para os poloneses. Na mesma época, a União Soviética procurava melhorar suas relações comerciais com a Alemanha. Alguns historiadores acreditam que a União Soviética soube, na primavera ou no início do verão de 1939, que a Alemanha planejava invadir a Polônia em setembro. Ciente disso, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha em 23 de agosto. Os soviéticos prometeram permanecer neutros no caso de a Alemanha entrar em guerra. Além disso, firmaram em segredo um acordo para dividir a Polônia com os alemães após a conquista. Hitler supôs que a Grã-Bretanha e a França não entrariam na guerra para ajudar a Polônia. Na madrugada de 1º de setembro de 1939, as tropas alemãs invadiram o país. A Grã-Bretanha e a França imediatamente ordenaram a Hitler que retirasse suas forças, advertindo que entrariam em guerra caso ele não obedecesse. Hitler não deu atenção. Em 3 de setembro, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha. Homens e Estratégia Tal como na Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha, a França e os países que estavam a seu lado ficaram conhecidos como Aliados . Os Aliados totalizaram cerca de 50 nações durante a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha e seus oito aliados eram conhecidos como Eixo . No início da guerra, os países do Eixo levaram vantagem, pois haviam treinado forças militares mais poderosas que as dos Aliados e organizado fábricas para produzir material bélico. Mas depois que a guerra tornou-se um conflito global, em 1941, os Aliados passaram a cooperar uns com os outros para vencer os países do Eixo nos campos de batalha e suplantá-los na produção das fábricas. Líderes Durante a Guerra Os Aliados. Os chefes de governo da China, da Grã-Bretanha, da União Soviética e dos E.U.A. ficaram conhecidos como os Quatro Grandes . Duas dessas potências tiveram os mesmos chefes de governo durante toda a guerra. Chang Kai-Chek governou a China, e Iosif Stalin dirigiu a atuação da União Soviética na guerra. Na GrãBretanha, Winston Churchill substituiu Neville Chamberlain como primeiro-ministro em 1940, e Clement Atlee sucedeu a Churchill em julho de 1945. Franklin Roosevelt foi reeleito presidente dos E.U.A. em novembro de 1944, mas morreu em abril de 1945. O vice-presidente Harry Truman sucedeu a Roosevelt. Durante a guerra, os líderes das Quatro Grandes potências conferenciaram várias vezes. Churchill encontrou-se com Roosevelt em Washington, Casablanca, Malta e Quebec. Os dois conferenciaram com Chang Kai-Chek no Cairo e com Stalin em Teerã e Ialta. Churchill, Atlee, Stalin e Truman reuniramse em Potsdam. Após 1942, oficiais do estado-maior da Grã-Bretanha e dos E.U.A. traçaram a estratégia geral da guerra. Dentre os oficiais norte-americanos que fizeram parte desse grupo durante quase toda a guerra estavam os generais George Marshall e Henry Arnold, e os almirantes William Leahy e Ernest King. Representando a GrãBretanha, os marechais-de-campo Sir John Dill e Sir Alan Brook, o marechal da Força Aérea Real Sir Charles Portal e os almirantes Sir Dudley Pound e Sir Andrew Cunningham. Os principais comandantes dos Aliados foram os marechais-de-campo Sir Harold Alexander e Henry Wilson no Mediterrâneo, o general Dwight Eisenhower no norte da África e Europa, o general Douglas MacArthur no sudoeste do Pacífico, o almirante lorde Louis Mountbatten no sudeste da Ásia, o almirante Chester Nimitz no Pacífico central e o marechal soviético Georgi Zhukov. Chang Kai-Chek e Stalin haviam recebido das forças militares o título de generalíssimos . O Eixo. Nas três principais potências do Eixo, somente o imperador Hirohito do Japão governou durante toda a guerra. O Japão teve vários primeiros-ministros. O general Hideki Tojo, o mais importante deles, exerceu poderes ditatoriais de outubro de 1941 a julho de 1944. Vítor Emanuel foi o rei da Itália durante a guerra, mas o verdadeiro chefe do governo, Benito Mussolini, renunciou em 1943. Adolf Hitler, o chanceler alemão, suicidou-se em abril de 1945. Os principais comandantes do Eixo foram os marechais-de-campo Karl Gerd von Rundstedt, Albert Kesselring e Erwin Rommel da Alemanha; o marechal Rodolfo Graziani da Itália; o general Tomobumi Yamashita e o almirante Isoroku Yamamoto do Japão. Estratégia da Guerra Guerra Global. Os historiadores não encontraram provas de que a Alemanha, a Itália e o Japão tivessem em comum quaisquer planos estratégicos formais para vencer a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha pretendia construir um poderoso império ocupando territórios a leste e ao sul. Em seguida, após derrotar a França, esperava empregar ataques aéreos para forçar a Grã-Bretanha a assinar a paz. As tropas alemãs derrotariam então a União Soviética, tomariam os campos petrolíferos do Cáucaso e organizariam o plano de Hitler para uma nova ordem européia. A Itália esperava tirar vantagem dos êxitos alemães para obter territórios para si mesma. O Japão pretendia destruir a esquadra norte-americana do Pacífico em Pearl Harbor e depois invadir a Tailândia, a Malásia, as Filipinas e as Índias Holandesas. Em seguida, completaria a conquista da China e colocaria toda a Ásia oriental sob seu domínio. O Japão esperava que uma guerra em dois oceanos esgotasse os Aliados, que então o deixariam conservar os territórios conquistados. O Japão não tinha planos para invadir o continente norte-americano. "Alemanha Primeiro." Os Aliados concordaram quanto a uma estratégia básica logo que a guerra teve início. Roosevelt e Churchill, em sua primeira conferência de guerra, realizada em dezembro de 1941, decidiram concentrar suas ações inicialmente sobre a Alemanha e depois sobre o Japão. Eles consideravam a Alemanha o maior e o mais próximo inimigo. Os Aliados planejavam invadir a Europa ocidental para desafogar a pressão alemã sobre os soviéticos. Avançando para leste, os exércitos dos Aliados prensariam a Alemanha contra as forças soviéticas em marcha para o oeste. Os Aliados planejavam eliminar a Itália da guerra invadindo-a a partir das bases situadas no norte da África. Para derrotar o Japão, os Aliados planejavam tomar as ilhas situadas em pontos estratégicos do Pacífico e construir bases de bombardeiros na China. Utilizando a China e as ilhas do Pacífico como trampolins, os Aliados poderiam então invadir o Japão. Mobilização Quando a guerra começou, em 1939, a Alemanha teve a vantagem de estar substancialmente mobilizada. O país já havia organizado suas fábricas para atender às necessidades do tempo de guerra. Os Aliados, depois que estourou a guerra, tiveram que recrutar e treinar homens para as forças armadas, adaptar as fábricas à produção de provisões de guerra e adotar planos estratégicos. Hitler tinha uma bem equilibrada Wehrmacht , ou força militar, de 106 divisões de combate providas de tanques poderosos, veículos motorizados e artilharia pesada. A Grã-Bretanha, a França e a Polônia tinham maiores reservas de efetivos militares, mas seus exércitos não eram tão bem treinados e equipados como o dos alemães. A Alemanha tinha aproximadamente 12 mil aeronaves militares contra cerca de oito mil dos Aliados. Os Aliados tinham maiores forças navais, com cerca de 5t de navios para uma dos alemães. Mas os Aliados tinham também que patrulhar vastas áreas do mundo, e a Alemanha podia restringir suas atividades navais ao mar do Norte e ao Atlântico. Além disso, os submarinos alemães ameaçavam seriamente os navios aliados que transportavam tropas e material bélico. Do dia em que a Alemanha atacou a Polônia até a rendição do Japão seis anos depois, o Eixo mobilizou cerca de 30 milhões de homens e mulheres em suas forças armadas. Os Aliados mobilizaram cerca de 62 milhões de homens e mulheres. Primeiras Etapas da Guerra O poderio irresistível do Eixo conquistou uma série de importantes vitórias nos dois primeiros anos de guerra. Polônia, Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, Noruega, França, Iugoslávia e Grécia caíram sucessivamente diante da máquina de guerra do Eixo. A Alemanha obteve como ativos aliados Itália, Hungria, Romênia e Bulgária. Os alemães tentaram bombardear a Grã-Bretanha para que esta se rendesse, mas fracassaram. Os exércitos alemães, então, invadiram a União Soviética. Polônia Vencida. O alto comando alemão planejou a campanha polonesa com grande cuidado. Nessa campanha foi introduzido um novo método de combate chamado Blitzkrieg , ou seja, guerra relâmpago. Em 1º de setembro de 1939, os Stuka bombardeiros de mergulho alemães atacaram as tropas polonesas, e outros bombardeiros mais pesados destruíram fortificações e fábricas. Em terra, os tanques e a infantaria romperam as linhas polonesas. Os ingleses e franceses não puderam prestar auxílio direto aos poloneses. Em agosto, a Alemanha e a União Soviética haviam concordado secretamente em dividir a Polônia. Em 17 de setembro, com os exércitos poloneses quase batidos, as tropas soviéticas invadiram o leste da Polônia enfrentando pouca resistência. Os soviéticos afirmaram que desejavam "proteger suas próprias fronteiras". A maior parte da resistência polonesa cessou em três dias. Mas o povo de Varsóvia continuou lutando. Sem alimentos e provisões, a cidade teve que se render em 27 de setembro. No dia seguinte, a Alemanha e a União Soviética dividiram a Polônia. Após a campanha polonesa de 1939, durante sete meses, os alemães e os Aliados não travaram quaisquer batalhas terrestres importantes. Os franceses entrincheiraram-se na Linha Maginot, e os alemães ficaram atrás da Linha Siegfried aguardando a próxima ordem para atacar. Cada lado empreendia pequenos ataques, tirava fotografias aéreas e lançava folhetos de propaganda. Os jornais referiam-se à guerra no oeste como um embuste. Mas no oceano Atlântico os navios de guerra alemães Admiral Graf Spee e Deutschland atacavam os comboios dos Aliados. A Dinamarca e a Noruega dispunham de excelentes bases, de onde os submarinos podiam operar no mar do Norte. Nessas águas navegavam os navios que transportavam minério de ferro da Suécia para a Alemanha. Os alemães decidiram invadir a Dinamarca para facilitar uma invasão da Noruega. Na madrugada de 9 de abril, navios de guerra alemães transportando soldados entraram em Copenhague, na Dinamarca, e em Bergen, Oslo e outras cidades costeiras da Noruega. A Dinamarca rendeu-se quase que imediatamente. As tropas alemãs se apoderaram de campos de aviação em Oslo e perto de Stavanger. Uma quinta coluna norueguesa de espiões e outros simpatizantes da Alemanha, comandada por Vidkun Quisling, ajudou os invasores. Quisling tornou-se chefe do governo títere na Noruega. Após o primeiro impacto causado pela invasão, os noruegueses começaram a reagir. A Grã-Bretanha e a França enviaram t... Arquivo da conta: pedroassisteixeira Outros arquivos desta pasta: engenheiros da vitória - os responsveis pela reviravolta na segunda guerra mundial - paul kennedy.pdf (5622 KB) o espião de hitler - john humphries.pdf (1446 KB) Um episódio da resistência.docx (23 KB) a segunda guerra mundial os 2.174 dias que mudaram o mundo martin gilbert.pdf (27904 KB) James Bond(1).docx (17 KB) Outros arquivos desta conta: CRUZADAS DESCOBRIMENTOS FEUDALISMO - IDADE MÉDIA HISTÓRIA DA AMÉRICA HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br