MICROBIOLOGIA Micro = muito pequeno Bio = vida, organismos vivos Logia = estudo Portanto, a microbiologia é o estudo de organismos vivos muito pequenos, chamados de microorganismos. E quais são estes microorganismos? Bactérias, fungos, vírus, algas e protozoários. Sendo que estudaremos apenas as bactérias, fungos e vírus. Acelular: Vírus. Celular: Bactérias e fungos (além dos outros que não serão estudados...). *Seres Procariontes = Reino Monera = Bactéria. **Estruturas de uma célula procarionte: Cápsula, P.C., M.C., citoplasma, nucleóide, mesossomo, ribossomos e inclusões citoplasméticas, flagelo e fímbrias. Podem produzir ou se transformar em esporos, para sobrevivência. *Seres Eucariontes = Reinos Protista, Fungi, Animal e Vegetal = onde focalizaremos apenas os fungos. **Estruturas de uma célula eucarionte: M.C., núcleo verdadeiro, citoplasma, diversas organelas, algumas podem ter P.C., flagelos e cílios. - A maioria só é vista ao microscópio. - Uma baixa porcentagem destes microorganismos é considerada patogênica, ou seja, capaz de causar doenças (3%). Os outros são benéficos, oportunistas ou não prejudiciais (97%). - Há os microorganismos presentes na superfície ou no interior de um organismo normalmente saudável, formando a microflora ou microbiota endógena. Traz de benefício o impedimento, a redução ou a inibição do crescimento dos patógenos no seu ambiente. Não é de interesse da microbiota ter um competidor ameaçando seu espaço e seu alimento. Além disto, naturalmente, a microbiota secreta substâncias, toxinas e antibióticos, decorrente de seu próprio metabolismo e que são úteis para combater os tais patógenos. - Quando a resistência do organismo ou hospedeiro está baixa (imunodeprimido) e as condições de crescimento são favoráveis, a própria microbiota, até então normal, invade o lugar errado (que não é o dela), causando as doenças infecciosas, sendo chamados de patógenos oportunistas. Os microorganismos também têm a sua utilidade pública, principalmente no comércio de alimentos e fármacos, na agricultura, na biotecnologia, no tratamento de esgotos dentre outros. Todos os profissionais da área da saúde devem ter uma elevada consciência de seu papel quanto a não disseminação de microoganismos de risco: - Profissionais passam para pacientes; - Pacientes passam para outros pacientes; - Aparelhagem, instrumentos, sondas e seringas contaminadas podem passar tanto para os profissionais quanto para os pacientes. Assim como as roupas de cama, de vestir, de banho, pratos e alimentos. - E do próprio paciente para o profissional. VIROLOGIA - Seres sub-microscópicos (somente visualizados em microscópio eletrônico). - Seres acelulares (não é composto por células). - Vírus são minúsculos piratas biológicos (genes móveis), pois invadem as células vivas e utilizam o complexo metabolismo celular para produzir mais vírus. - Formado por um ácido nucléico (DNA ou RNA), envolto por uma capsídeo protéico, apresentando-se sob várias formas: oval, esférica, cilíndrica, poliédrica ou bastonete. - Por ser incapaz de realizar as funções vitais, é sempre um parasita intracelular obrigatório, ou seja, necessita de um animal, planta ou bactéria para multiplicar-se e desenvolver-se. - Na reprodução dentro da célula hospedeira, qualquer modificação no DNA ou no RNA pode acontecer, provocando uma mutação e gerando novos tipos de vírus. Ao se reproduzir dentro desta célula, acaba lesando-a, o que permite a liberação destes vírus produzidos em seu interior. - O cultivo de vírus só pode ser feito em células. - Atacam um ou poucos tipos celulares, devido à especificidade dos vírus às moléculas receptoras na superfície da célula hospedeira. Viroses Grande parte das doenças infecciosas é causada por vírus, como a Aids , a catapora, a dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de saliva ou muco,sangue e/ou produtos sanguíneos) e indireto (utensílios, água e alimentos contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem o vírus acabam por destruir também a célula do hospedeiro. Algumas doenças causadas por vírus podem ser prevenidas com vacinas. A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos. TIPOS DE CICLOS VIRAIS Ciclo Reprodutivo de um Bacteriófago (fago): Adere à P.C. por meio de proteínas específicas. Enzimas digestivas para perfurar a P.C. e introduzir o DNA viral. Ocorre transcrição e tradução. Indução da multiplicação do DNA viral e inibição do funcionamento do cromossomo bacteriano. Lise bacteriana. Ciclo Reprodutivo de um Vírus da Gripe: Adere à superfície celular por meio de moléculas receptoras. A partícula viral penetra inteiramente. Capsídeo digerido no interior da célula, liberando o RNA no citoplasma. Ocorre duplicação e tradução, dando origem aos componentes protéicos do capsídeo. Ciclo Reprodutivo de um Retrovírus: Possui a enzima Transcriptase reversa (t.r.). Fusão entre as membranas do retrovírus e da célula hospedeira. Capsídeo viral penetra por inteiro, o qual é digerido. RNA viral livre produz uma molécula de DNA (t.r.), que penetra no núcleo, recombinando-se ao DNA celular (provírus). Ocorre transcrição e tradução. Muitos retrovírus possuem ONCOGENES, que induzem a célula hospedeira à uma divisão descontrolada, com a formação de tumores cancerosos. MICOLOGIA - Os fungos são seres eucariontes unicelulares e pluricelulares, tais como as leveduras, o mofo, o bolor de alimentos e os cogumelos. - Já foram classificados, erroneamente, como vegetais. Posteriormente notou-se que sua Parede Celular é constituída por quitina, molécula presente também nos insetos e que não se encontra entre as plantas (celulose). - Seres heterotróficos e aclorofilados, retirando nutrientes do meio a partir de matéria orgânica. - São absortivos e fazem Digestão intracelular. - Armazenam glicogênio e trealose. - Podem ser benéficos ou nocivos: Benefícios: Saprófitas ou decompositores. Produção de queijos, iogurtes, cerveja, vinhos e outros alimentos. Produção de medicamentos e antibióticos. Alguns podem fazer parte da Microbiota humana normal. Podem associar-se à plantas, causando doenças (pragas agrícolas) e também pode fazer parte de adubos, beneficiando a plantação. Genética: uso como vetores em biotecnologia e biologia molecular. Riscos: Encontrados onde existe vida, embora consigam sobreviver e deteriorar materiais adversos, como o couro, o plástico e alimentos. Causadores de doenças em animais e vegetais. - Para fins didáticos, é possível dividir os fungos em dois grandes grupos: MACROFUNGOS: Representados pelos COGUMELOS. Importantes tanto na alimentação quanto na toxicologia. Há estudos verificando indícios de atividade imunomoduladora, para futuro uso terapêutico complementar. MICROFUNGOS: Representados pelos BOLORES e LEVEDURAS. As leveduras possuem inúmeros aspectos importantes para o homem. Principal Classificação Dos Fungos: Basidiomicetos: Cogumelos e mofos. Muitos são deliciosos, porém, outros são extremamente tóxicos, causando danos permanetes ao cérebro ou até a morte. Deuteromicetos: A maioria dos fungos são patogênicos, além das leveduras. Oomicetos: Mofos mais comuns em vegetais. Zigomicetos: Mofo de pão. Ascomicetos: Mofos e leveduras como a principal fonte de antibióticos. Reprodução: - Varia conforme a espécie. Podem se reproduzir por brotamento/gemulação, alongamento de hifa ou por esporos. - Os esporos de fungos são bem resistentes, sendo levadas ao vento e resistindo ao calor, ao frio, a ácidos, a bases e outros produtos químicos. *Algumas leveduras são patogênicas ao ser humano: uma delas é a Candida albicans, que também faz parte da flora vaginal naturalmente. * Um pequeno número de fungos patogênicos podem apresentar dimorfismo, ou seja, alteração morfológica de acordo com as condições de cultivo. Como exemplos temos: Histoplasma, Sporothrix, Coccidioides e o Blastomyces. Doenças Fúngicas: - Perante o grande número de fungos existentes, poucos são patogênicos para a espécie humana e a grande maioria é encontrada na classe dos Deuteromicetos. - Chamadas de Micoses, que podem ser superficiais, cutâneas, subcutâneas ou sistêmicas. BACTERIOLOGIA Células Procariontes Bactérias Membrana Plasmática. Parede Bacteriana. Cápsula (pode ter ou não). Nucleóide (1 ou mais). Flagelos (movimento). Fímbrias. Cápsula: - Composição variada e consistência mucosa. - Possui antígenos potentes, causando uma resposta imunológica no hospedeiro. - Confere à bactéria patogênica certa resistência à fagocitose e ao ataque de outros elementos de defesa do organismo. Parede Bacteriana: - É rígida e responsável pela forma celular. - Confere proteção quanto à ruptura e contra a penetração de vírus. - É permeável. - Contém moléculas antigênicas que servem para a identificação das bactérias. GRAM + : Parede simples, formada apenas por peptideoglicanos, situados entre a M.P. e a Cápsula, responsáveis pela rigidez e resistência da parede. Possui ácido teicóico. GRAM - : Parede mais complexa, formada pelas seguintes camadas (de dentro para fora): peptideoglicanas (+ fina), lipoproteínas, membrana externa (similar à M.P.) e lipopolissacarídeos (LPS). LPS: Proteção e impermeabilidade (porinas) à bactéria. Nucleóide: - Um filamento circular de DNA (cromossomo bacteriano), próximo ou ligado à M.P.. - Constituído por duas cadeias em hélice super espiralizadas, para caber na bactéria, contendo todos os genes necessários para a sobrevivência da célula bacteriana. Plasmídeos: - Filamento circular de DNA, extracromossômico, menor e independente do cromossomo bacteriano, embora possa integrar-se à ele. - Contém informação genética para sua própria replicação e tb para beneficiar a bactéria hospedeira, sem ser essencial à vida dela. - Ocorrem em cópias múltiplas, aumentando a eficiência. As bactérias não se dividem por mitose e sim por FISSÃO. Com frequência ocorre transferência de informação genética (DNA) de uma bactéria para outra, através de processos chamados Transformação, Conjugação e Transdução. Fímbrias: - Filamentos rígidos de origem protéica. - Mais finos e mais curtos que os flagelos. FÍMBRIAS COMUNS: Promovem a aderência das bactérias às células eucariontes agredidas, estando envolvidas na patogenicidade bacteriana. FÍMBRIAS SEXUAIS: Mais longas e responsáveis pela fixação de bactérias doadoras durante o processo de conjugação. Nas bactérias receptoras existe macromoléculas que facilitam a fixação delas. Formas básicas 1) Esféricas - cocos - isolado - um par = diplococo - em "colar" = estreptococos, são muito sensíveis, não se multiplicando muito em meio mais ou menos sólido. - "cacho de uvas" = estafilococos - micrococos sp. = em forma de cubo ou tétrade. - Organização é decorrente da multiplicação e do grau de ligação da bactéria. - De acordo com o ambiente, por exemplo, estreptococos pode virar diplococo. menor bactéria : Mycoplasma (não possuem parede celular, só membrana celular). - pode ser : GRAM + OU GRAM 2) Cilíndricas - bacilos - muito pequeno, não costuma se agrupar como os cocos: 80% vive isolado. em "corrente" = estreptobacilos em letra chinesa = "quebrados" empaliçada = um do ladinho do outro bacilos curvos = vibrião (vírgula) - GRAM + : ficam azuis, pois não permitem a entrada do agente diferenciador. 3) Espiraladas – espiroquetas - não faz nenhum agrupamento. Treponema sp = gênero muito importante. - pleomorfismo = bactérias que apresentam formas variáveis. Bactéria velha pode sofrer mudanças morfológicas como forma de involução e não pleomorfismo. - GRAM -: ficam vermelhas, pois permite entrada do agente diferenciador. GRAM + são mais suscetíveis à penicilina do que as GRAM -. Nota: Proteínas porinas possuem função importante na regulação do transporte de pequenas moléculas hidrofílicas para o interior da célula, funcionando de modo como um canal. Estruturas internas 1) Núcleo: DNA agrupado e disperso o citoplasma. Não há núcleo e sim nucleóide sem membrana nuclear. 2) Mesossomo: Há várias supostas funções, tais como ser uma invaginação da membrana citoplasmática que atua como a origem do septo transverso na divisão celular bacteriana, podendo ser também um sítio de ligação do nucleóide ou mimetizar a organela responsável pela respiração celular. 3) Ribossomo: Sítio para síntese de proteínas; Dispersos no citoplasma; Formados por DNAr + proteínas. Tem tamanho e composição química diferente dos humanos. 4) Inclusões citoplasmáticas: Material de acúmulo ou de reserva, principalmente açúcares em forma de glicogênio e amido. Enxofre (bactéria o oxida para produção de energia, as bactérias sulfaradas). Lipídeos e fosfato inorgânico (granulação metacromática). Estruturas externas 1) Estruturas de fixação: pelas quais as bactérias se fixam em uma superfície. Glicocálix: Promove agregação entre as bactérias sendo uma massa de filamentos de polissacarídeos que fica ao redor da bactéria, revestindo-a e secretadas pelas mesmas. Fímbrias: Pequenos filamentos que ficam ao redor das GRAM - , não estando relacionadas com a locomoção. Aumentam a capacidade de fixação, sendo assim fatores de virulência. Pili ou fímbria sexual: Principalmente em GRAM - . Forma ligação entre o macho e a fêmea durante a conjugação. Faz ligação de bactérias a receptores específicos na superfície de células humanas. Fibrilas: Em GRAM + . Em algumas servem com formas de fixação e são formadas por ácido teicóico. Esporos: Forma de resistência da bactéria em condições adversas. Dois gêneros de bastonetes GRAM + produzem: Bacillus (antrax) e Clostridium (tétano e botulismo). Na esporulação ocorre a condensação do material genético em uma cápsula formada por uma série de camadas protéicas até a condição adversa de crescimento persistir, fazendo com que haja perpetuação da espécie. Portanto, o esporo contém o DNA bacteriano, uma pequena porção de citoplasma, peptideoglicana, muito pouca água e a capa espessa, permitindo uma extrema resistência ao calor, desidratação, radiação e substâncias químicas. Pode permanecer quiescente durante anos até encontrar um ambiente favorável (água e nutrientes) onde sofrerá ação de enzimas específicas dando origem a uma bactéria metabolicamente ativa e capaz de se reproduzir. Devido à alta resistência ao calor e substâncias químicas, a esterilização não pode ser feita por fervura simples, e sim por 30 minutos em vapor sob pressão a 121C (autoclavação). Flagelo: Apêndices longos e normalmente curvos fazendo movimento em chicote. Nas Salmonella sp, por ex, há sua identificação em laboratórios clínicos por anticorpos específicos dirigidos contra proteínas falgelares, característica antigênica. Nutrição Bacteriana 1) Água: 85% de uma bactéria. Faz termorregulação mantendo a temperatura constante e mantém pressão osmótica Nutrientes precisam estar dissolvidos em água para serem absorvidos Bactéria álcool-ácido resitentes resistem à dessecação. Ex: Micobacterium (bacilo de Kock = causador da tuberculose = Mycobacterium tuberculoses parede lipídica espessa impede saída de água, podendo ser transmitido pelo ar). 2) Bactérias fotossintéticas: absorve energia solar pela clorofila ou rodopsina (pigmento vermelho). Reação endergônica: absorve energia da clorofila que absorveu da luz solar. 3) Bactérias quimiossintéticas: energia vem da oxidação de substratos. 4) Paratróficas: Ex - Mycobacterium leprae , Kiccketsia prowazeku (peste negra), Chlamydia trachomatis. Sobrevivem somente dentro de células vivas. 5) Fontes de carbono: existem bactérias que além do CO2 (compostos inorgânicos) precisam de compostos orgânicos. Ex: Neisseria gononholae. 6) Fontes de nitrogênio: grande maioria utiliza amônia. 7) Íons inorgânicos essenciais: Enxofre é necessário em grande quantidade para fazer aminoácido. NaCl geralmente em 0,9%, mas existem bactérias halófilas facultativas 2 15% NaCl e bactérias halófilas extremas 30% NaCl - Ex : Staphylococcus aureus (causam intoxicação alimentar). 8) Fatores de crescimento: alimentos. vitaminas , pH, aeração e umidade. 9) Bactérias aeróbicas: Estritas: precisam de O2, pois seu sistema de geração de ATP é dependente de O2 como aceptor de hidrogênio. Microaerófilas: precisam de O2, só que não na concentração atmosférica. Têm catalase, mas não têm superóxido desmutase . Nota: catalase e superóxido desmutase são as enzimas utilizadas no aproveitamento do O2. Superóxido desmutase: 2 O2 + 2 H H2O2 + O2 Catalase: 2 H2O2 2 H2O + O2 10) Bactéria anaeróbicas: Estritas: algumas suportam a presença de O2, mas não se multiplicam. Outras morrem rapidamente. Não tem superóxido desmutase e catalase. Aceptor final é uma substância inorgânica. Ex :Clostridium sp (tétano) Facultativas: fermentação quando há ausência de O2 suficiente ( importantes, pois diminuem o PH impedindo instalaçãio de outras bactérias / tem bastante na flora intestinal e vagina da mulher adulta) e respiração aeróbica na presença de O2. 11) Curva de crescimento bacteriano: apresenta 4 fases principais - Fase lag ou de espera: Metabolismo altíssimo, mas sem divisão celular. Duração depende do meio de cultura. - Fase exponencial: rápida divisão celular, bactéria vai crescer em PG. É uma reta cuja inclinação vai depender da velocidade de divisão das bactérias. (penicilina atua nessa fase, pois há produção de peptideoglicana). - Fase estacionária: ocorre quando há carência de nutrientes. Número de mortes se iguala ao número de células novas produzidas, resultando em uma situação de equilíbrio na população. - Fase de degradação: declínio no n de células viáveis. Número de catabólitos aumenta até provocar morte de todas células. FORMAS RUDIMENTARES DE BACTÉRIAS - RICKETTSIAS: Todas são Gram - e possuidoras de DNA e RNA. Entretanto, são parasitas intracelulares obrigatórios. Sua M.C. é muito porosa (característica peculiar) e são normalmente trnsmitidos por vetores artrópodes (reservatórios: pulga, carrapato e piolho), pelo ar ou pelo alimento. Ex.: Tifo exantemático. - BARTONELLA: Muito semelhantes às anteriores e estão comumente associadas à arranhadura de gato, à bacteremia e à endocardite. - CLAMÍDIAS: Talvez as mais simples, pois não possuem enzimas importantes para sua sobrevivência, por isto tb são parasitas intracelulares obrigatórios. São transmitidos diretamente pelo hospedeiro, normalmente pela via sexual, causando uretrite, prostatite, salpingite, cistite e outras complicações. - MICOPLASMAS: São os menores microorganismos celulares, podendo ser livres ou parasitas. São patogênicos, onde nos humanos, causam pneumonia primária atípica e muitas outras infecções secundárias. São resistentes à penicilina, pois não possuem P.C. Antigamente eram comparadas aos PPLO, que em gado causa pleuropneumonia e tb não possuem P.C.. Bactérias anaeróbicas: Não necessitam de O2 , mas são divididas conforme a sensibilidade ao gás: FACULTATIVA: Sobrevivem tanto na presença quanto na ausência de O 2 , variando de 0% até 20%. Ex.: Enterobactérias, Estreptococos e Estafilococos. AEROTOLERANTES: Crescem melhor na ausência de O2 . Não requer O2 para seu cultivo, mas podem sobreviver em condições atmosféricas e em incubadores de CO2. OBRIGATÓRIAS: Não cresce no ar, nem em taxas mínimas de O2 nem em incubadores de CO2 (15% de O2). Ex.: Clostridium sp. * BACTÉRIAS CAPNÓFILAS: Crescem melhor em elevadas concentrações de CO2 (12-17% de O2 + 3-5% de CO2 ) – “jarra”. Ex.: Anaeróbicas – Bacteróides sp. e Fusobacterium sp.; Aeróbicas – Neisseria sp. e Campylobacter sp. Cocos gram-positivos: Peptococcus e Peptostreptococcus. Cocos gram-negativos: Veillonella. Bacilos gram-positivos: Clostridium, Actinomyces, Bífido bacterium, Eubacterium e Propionibacterium Bacilos gram-negativos: Bacteróides e Fusobacterium. Infecções de grau variável – predominam sempre as manifestações determinadas pelas toxinas produzidas pela bactéria no foco infeccioso. Mecanismos de virulência: Cápsulas anti-fagocitárias e enzimas das lesões teciduais. Características comuns: 1) Estas bactérias somente causam infecção quando ocorre redução acentuada da tensão de O2 nos tecidos; 2) Com poucas exceções, são membros da flora normal do corpo humano. Assim sendo, estes germes são oportunistas típicos e suas infecções são quase sempre de natureza endógena. Fatores que podem reduzir a tensão de O2: 1) Necrose 2) Traumas cirúrgicos ou de outra natureza 3) Diminuição do fluxo sanguíneo 4) Corpos estranhos 5) Tumores malignos 6) Infecção por bactérias aeróbias... - São infecções polimicrobianas (no foco da infecção encontram-se bactérias anaeróbias e aeróbias). - Doenças específicas: Tétano Botulismo Gangrena gasosa Colite pesudomembranosa - Processos infecciosos: Bacteremia Inflamações Supurações Abscessos Agentes Antibacterianos – Antibióticos - 1929 – Alexander Fleming – fungo Penicillium – estafilocococos. – penicilina. - A antibioticoterapia, em bases empíricas, foi observada há muitos séculos. Os chineses, 2.500 anos atrás, já usavam a papa mofada de soja aplicada como tratamento de rotina no furúnculo, bolhas e infecções superficiais. - O antibiótico ideal: 1. possui ação bacteriana seletiva e potente sobre ampla série de microrganismos (amplo espectro); 2. é bactericida; 3. exerce sua atividade antibacteriana em presença de líquidos do organismo ou exsudatos, não sendo destruído por enzimas tissulares; 4. não perturba as defesas do organismo e, na concentração necessária para afetar o agente infeccioso, não danifica os leucócitos nem lesa os tecidos do hospedeiro; 5. possui um índice terapêutico conveniente e, mesmo em doses máximas durante períodos prolongados, não produz efeitos colaterais graves; 6. não produz fenômenos de sensibilização alérgica; 7. não provoca o desenvolvimento de resistência dos microrganismos sensíveis; 8. a absorção, destruição, destino e excreção são tais que se torna fácil conseguir rapidamente níveis bactericidas no sangue, tecidos, líquidos tissulares, inclusive o cefalorraquidiano e urina, níveis estes que se podem manter pelo tempo necessário; 9. é igualmente eficaz por via oral ou parenteral; 10. pode ser fabricado em grandes quantidades e por preço razoável, de modo que diretrizes sociais, domesticas e políticas não interfiram na sua escolha ou utilização; 11. Deve ser seguro quando empregado no ciclo grávido-puerperal e na lactação, não possuindo propriedades teratogênicas; 12. não deve interagir com outros medicamentos ou substâncias do organismo, o que é difícil, pois cada vez está-se atribuindo uma importância maior ao fenômeno da interação medicamentosa. Mecanismos de Ação dos Antibióticos: 1) antibióticos que atuam sobre a parede celular; 2) antibióticos que atuam sobre a membrana plasmática; 3) antibióticos que atuam sobre a síntese dos ácidos nucléicos; 4) antibióticos que atuam sobre a síntese de proteínas; - Os antibióticos funcionam? O sucesso dos antibióticos só não foi completo porque logo surgiram bactérias resistentes. Isto acontece seguindo pela por descendência, mutação, podendo até ocorrer novas alterações genéticas, que levam ao aparecimento de linhagens ainda mais resistentes. Os processos metabólicos são semelhantes, porém não iguais, aos das células eucariontes. As pequenas diferenças permitem o uso destas substâncias que bloqueiam efetivamente certas vias metabólicas típicas de bactérias, sem prejudicar, pouco, o organismo do doente. - Plasmídio e resistência. - Antibiograma. ou prejudicando