Uma vez que não há documentos deste momento

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Fontes do Conhecimento da Pré-História
O estudo formal da Pré-História começou no século XIX em França, Inglaterra e Bélgica, com a análise
da idade das rochas e a relação com fósseis humanos e utensílios antigos que foram encontrados perto dos
restos mortais.
Uma vez que não há documentos escritos deste momento da evolução humana, seu estudo depende do
trabalho de diversos cientistas, que analisam restos humanos e utensílios preservados para determinar o que
acontecia. Mas não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objeto, uma obra, um desenho, uma canção, uma
carta, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. "Todo e qualquer vestígio do passado, de
qualquer natureza", é usado como documento histórico. Existe uma ciência especial, a Heurística, só para
cuidar da verificação e investigação da autenticidade das fontes históricas.
A Arte Pré-Histórica incluía as pinturas em cavernas, gravuras, escultura e arquitetura. A arte
considerada primitiva era notavelmente sofisticada e perceptiva. Encontram-se desenhos de linhas simples,
pinturas policromáticas, gravuras nas pedras, figuras tri-dimensionais, arte funerária, etc. A arte serviu como
meio de comunicação, ritual e para o homem desenvolver o seu espírito criativo e religioso.
O Conhecimento da Pré-História vem da interação de diversas fontes. Vejamos algumas.
Paleontologia
É a ciência que estuda a vida do passado da Terra e seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico.
Um paleontólogo, entre outras coisas, é um biólogo ou geólogo, e estuda restos ou vestígios de diversas
formas de vida (animal, vegetal, etc.) através da análise do que restou delas e da sua atividade biológica: os
fósseis.
Os fósseis humanos têm muita importância porque aos cientistas interessa a relação do ser humano com
outros primatas. Existem semelhanças e diferenças entre crânio e os ossos de diversas espécies. Os primeiros
seres humanos também deixaram outros indícios da sua existência e da sua forma de vida: os objetos
fabricados, utensílios domésticos, cerâmicas, as casas, a arte, instrumentos de caça, etc. Tudo utilizado pelos
paleontólogos em seus estudos científicos.
Pode fazer-se a datação das rochas e objetos através do Carbono 14, além de estabelecer relações entre
rochas de locais distantes que apresentem o mesmo conteúdo fóssil.
Arqueologia
É a ciência que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios
materiais, sejam estes móveis (como um objeto de arte, as esculturas, etc.) ou objetos imóveis (como é o caso
das estruturas arquitetônicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem
no meio ambiente.
A investigação não é só a recolha de artefatos durante uma escavação ou somente a pesquisa
bibliográfica, o contato humano é muito importante. Uma investigação arqueológica começa sempre levantando
de dados históricos com a população local e só depois se dá inicio a escavação propriamente dita.
Podemos definir a arqueologia como a reconstrução da vida no dia-dia pelo estudo sistemático dos
materiais deixados pelo passado da vida humana. Esta ciência utiliza e baseia-se fortemente nos métodos de
datação. Existe dentro da arqueologia vários ramos como a Dendrocronologia (O estudo do crescimento dos
anéis nas árvores), Hidratação Obsidiana (cálculo da idade pelo estudo da grossura dos arcos produzidos pelo
vapor de água difundidos suavemente em superfícies frescas de artefatos feitos de vidro), o Carbono-14 (que
permite datar o tempo de existência dos objetos), Datação do Potássio e Argon (um método usado para datar
rochas), etc.
Zoologia
É a ciência que estuda os animais. Os fundadores de museus foram os primeiros exploradores, coletores
de fósseis, paleontólogos e estudiosos da zoologia.
Há ramos da zoologia como zoofísica, ecologia e morfografia que estudam mecanismos comuns para
plantas e animais. Alguns desses ramos: Entomologia (estudo dos insetos), Ornitologia (estudo das aves),
Malacologia (estudo dos moluscos), Herpetologia (estudo dos répteis e anfíbios), Ictiologia (estudo dos peixes),
Mastozoologia (estudo dos mamíferos) e a Etologia (estudo do comportamento animal).
Biologia
É a ciência que estuda o desenvolvimento dos seres vivos em suas diversas fases. Abrange o
crescimento, o desenvolvimento e a evolução celular.
Geologia
É a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos
que lhe dão forma. O geólogo estuda os recursos naturais, como o petróleo, o carvão e metais como o ferro, o
cobre e o urânio, por exemplo.
Os geólogos, pela sua parte, dedicam-se também ao estudo das rochas, do solo, explicando detalhes
muito importantes sobre o passado humano, como as mudanças climáticas, a antiguidade de certos níveis de
rocha e, por conseguinte, a idade dos objetos nela incrustados.
Epigrafia
É a ciência auxiliar da história, na qual se estudam as inscrições antigas, ou epígrafos, gravados em
matérias sólidas (tais como a madeira, rocha, ossos, metais), visando obter a decifração, interpretação e
classificação das inscrições.
Antropologia
É a ciência que estuda a existência humana abordando os fatores biológicos, sociais e humanísticos,
observando os povos que nos nossos dias vivem em circunstâncias similares á das épocas pré-históricas.
Enquanto os arqueólogos estudam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico
que ajuda a pôr uma data à cultura que utilizou esse objeto, os antropólogos vêm o mesmo objeto como um
instrumento que lhes serve para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que
pertenceram.
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