O Viver é CRISTO Parte 4 ___________________________________________________________________________________ Ressurreição – O PODER QUE OPERA EM NÓS. 3ª Semana – REGENERAÇÃO. Regenerar = Gerar de novo. A ação do poder regenerador do Espírito Santo significa novo nascimento, e não recuperação. 1º Dia – Nova criatura. II Coríntios 5:17 – “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo”. Aquele que é gerado apenas da/na carne caminha para corrupção e morte, pois, na verdade, já está morto, uma vez que a semente da carne está corrompida (contaminada) pelo pecado. O destino da carne é a degeneração e morte. Enquanto que, o que é gerado do/no Espírito permanece para sempre, pois é gerado de uma semente santa e eterna. Assim é todo o que é nascido de Cristo. Ele usufrui uma nova vida e identidade que é segundo a natureza de Cristo. As coisas próprias da sua velha identidade vão passando (morrendo), e cedendo lugar àquelas que são próprias da sua nova identidade. Para reflexão: O que significa estar morto se o corpo ainda vive? 2º Dia – Gerados de/do novo. I Pedro 1:23 – “Tendo sido regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e é permanente”. Todas as coisas foram criadas pela Palavra de Deus, Ele ordenou e elas se formaram. Esse é o princípio criativo de Deus. A revelação de Cristo se dá segundo o mesmo princípio, pois Ele é a encarnação de toda promessa de Deus. Ele é o Verbo que se fez carne – A Palavra Viva. O que o Espírito Santo faz é plantar essa Palavra em nós, como semente de uma nova vida, de uma nova identidade. O processo de regeneração espiritual se dá pela fecundação e desenvolvimento desta semente. Na medida em que ela se desenvolve vai revelando as características da nova criatura e suplantado a velha que, na verdade, já está morta. Para reflexão: O que dificulta o desenvolvimento da semente, segundo o que está em Mateus 13:1-23? 3º Dia – O homem interior. II Coríntios 4:16; 18 – “Por isso não desfalecemos. Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas”. Um dos segredos de uma vida espiritual bem-sucedida é a convicção de que a natureza de Cristo está plantada em nós. Entender que nosso esforço deve ser para conhecer a natureza desta semente e liberar, sem restrições, o seu desenvolvimento. A verdadeira espiritualidade não está no que podemos produzir da carne para o espírito, mas em quanto do Espírito pode ser revelado através de nós. O esforço não é para produzir o espiritual, mas conter o natural para que se manifeste o espiritual. O fundamento da espiritualidade não está na capacidade empreendedora da carne, mas na disposição de ser sensível e obediente à voz do Espírito Santo, empreendendo segundo Sua capacidade e orientação, para que o homem interior se desenvolva até atingir a estatura plena do homem perfeito que é Cristo. Para reflexão: Como podemos cooperar com o Espírito Santo? 4º Dia – Espírito vivificante. I Coríntios 15:45 – “Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente; o último Adão, Cristo, Espírito vivificante. O primeiro homem sendo da terra é terreno, o segundo homem é do céu”. A natureza de quem é regenerado pelo Espírito Santo, segundo a Palavra de Deus, é a mesma natureza de Cristo. Já não é mais ele quem vive, mas é Cristo que vive em nele, e seu propósito de vida é ver Cristo revelado através dele. Seu esforço é no sentido de ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, mesmo sendo Deus, considerou os outros e seus interesses superiores a Si mesmo. Ele revelou que a maior expressão de amor está na disposição de dar a vida em favor dos seus amigos. Por isso mesmo é que o Pai O amava, pois Ele não retinha Sua vida, antes a entregava em favor dos outros. Ele é o Cristo – o ungido de Deus, porque não buscou Seus próprios interesses e, tampouco, fez defesa de Si mesmo, mas voluntariamente Se deu para que outros vivessem através d’Ele. O Seu Espírito é doador de vida, e esse agora, também, é o nosso Espírito. Para reflexão: Qual é o desafio revelado em Filipenses 2:1-18? 5º Dia – Frutificai e multiplicai! 1 João 15:16 – “Não foram vocês que me escolheram, mas fui Eu que escolhi vocês, e os designei para que vão e dêem fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo o que em meu nome pedirem ao Pai Ele conceda a vocês”. Através do fruto podemos conhecer a identidade e natureza de uma árvore. Temos a identidade e natureza de Cristo, e, ligados a Ele nos Seus propósitos, estamos prontos a ser aqueles através de quem Ele gera Seus frutos. O fruto do Espírito Santo é o amor. Somos frutíferos na medida em que nos dispomos a amar aqueles que Deus quer regenerar, fazendo deles Seus filhos em Cristo. Quem é nascido de Deus ama, e tem a disposição de ser usado por Ele na multiplicação de outros filhos. Nossa disposição não está mais voltada apenas para o que podemos fazer para nós mesmos, mas, principalmente, para o que podemos ser na vida das pessoas, como expressão viva do amor de Deus por elas. Estando certíssimos de que o que Deus prometeu também é poderoso para cumprir, deixamos de lado temores e explicações, que poderiam se vir da constatação de nossas limitações, e, como Abraão, ousamos gerar todos os filhos que Deus quer ter através de nós. Para reflexão: A partir de quando alguém está apto a frutificar? 6º Dia – Segundo a sua espécie. Gênesis 1:12 – “A terra produziu árvores que davam fruto, cuja semente estava nela, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom”. O fruto que podemos produzir para Deus não é segundo a nossa natureza humana, mas segundo a semente do Seu Reino em nós. Nos submetemos a Ele para conhecer Seu dom em nós, e nos dispomos a reproduzir segundo essa espécie. Certos de que somos frutíferos buscamos, de todo coração, conhecer qual é o dom de Deus em nós. O dom segundo o qual quer manifestar-Se. Ele promete dar sabedoria a todos os que Lhe pedirem com sinceridade de coração. Não há como ser eficaz nesse propósito de frutificação sem que haja uma revelação divina. Fazendo sossegar nosso coração diante d’Ele, vamos recebendo discernimento da parte do Espírito Santo, para conhecer qual é, enfim, a nossa espécie. Uma vez convictos desta identidade, nos tornamos ousados, não tendo necessidade de provar aos outros quem somos, ou de fazer defesa da nossa autoridade, pois nossos frutos falarão por nós. Para reflexão: Como saber qual a espécie, segundo Tiago 1:5-8? REVISÃO. 7º Dia – Participantes da Natureza Divina. I Pedro 1:2-4 – “Graça e paz sejam multiplicadas sobre vocês, pelo conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor. O Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por Sua glória e virtude. Desse modo Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornem participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”. O pecado que separou o homem de Deus foi mais do que apenas uma falha de comportamento. O que o homem fez, pecando, revelava uma mudança do seu entendimento a respeito da sua própria identidade e, portanto, da sua relação com Deus e a vida. Ao criar o homem, Deus soprou nas suas narinas – o encheu, logo depois o abençoou, e, só então, lhe disse o que fazer. A relação do homem com a criação seria na perspectiva de alguém cheio e pronto para encher; pois Deus lhe disse: “Frutificai, multiplicai, enchei e sujeitai”. A essência do seu propósito era DAR FRUTO. O diabo, ao falar com o homem, muda e escraviza seu entendimento, apresentando-lhe o fruto como algo apenas bom para ser consumido. O homem rompe com Deus, deixando de lado a suficiência do que já havia recebido, e começa a agir movido por aquilo que deseja. A essência da sua relação com a criação passa a ser COMER O FRUTO. Sua natureza corrompida é dominada pelo desejo permanente de guardar, reter, possuir, consumir. Nossa natureza é transformada quando nos entregamos a Cristo, e nos conscientizamos do que Deus já nos deu através d’Ele. O mesmo Espírito que revelava a Jesus o dom e as promessas de Deus, agora revela a nós. Deixamos de ter uma natureza consumidora, e passamos a partilhar a natureza doadora do nosso Pai, revelada na entrega do Seu Filho. A nossa maturidade espiritual vem pelo conhecimento vivo de Quem é o nosso Pai, qual a nossa identidade e relação com Ele e qual é o Seu propósito a ser cumprido através de nós. Uma vez convictos da Palavra que Ele empenhou conosco, encarnada em Cristo e testificada em nós pelo Espírito Santo, vamos crescendo em fé na plena disposição de repartir de tudo o que d’Ele recebemos. 2