PRISCILA GIÁCOMO FASSINI TÍTULO: ESTUDO EXPERIMENTAL DO EFEITO DA PROTEÍNA GLICININA DA SOJA (Glycine Max. L.) NO METABOLISMO DO COLESTEROL. DATA DA DEFESA: 29/11/2010 RESUMO A globulina 11S (glicinina) é a proteína predominante da soja e tem sido extensivamente caracterizada. Além das suas propriedades nutricionais, há evidências de sua participação na redução das concentrações lipídicas do soro. Por outro lado, o fármaco rosuvastatina tem suas ações demonstradas no metabolismo lipídico, por reduzir a fração LDL-colesterol, bloqueando a chave do processo de produção de colesterol hepático. Embora a eficiência do medicamento seja comprovada, é importante considerar a alimentação como uma possível ação somatória, tendo em vista os graves problemas ocasionados pelas alterações lipídicas no organismo. À vista do exposto, a presente pesquisa teve por objetivo estudar o efeito da glicinina isolada da soja em comparação ao fármaco rosuvastatina em animais submetidos à dieta hipercolesterolêmica. Foram elaboradas duas dietas, uma padrão, contendo caseína como proteína (AIN-93M), e outra hipercolesterolêmica, composta pela dieta padrão adicionada de 1% de colesterol e 0.5% de ácido cólico. A proteína glicinina de soja (300 mg/kg de peso corporal) e o fármaco rosuvastatina (10 mg/Kg de peso corporal), ambos solubilizados em solução salina, foram administrados por gavagem. Foram utilizados ratos machos Wistar mantidos em gaiolas individuais sob condições adequadas. Os animais foram separados em cinco grupos (n = 9): 1) grupo padrão (STD) recebeu a dieta padrão; 2) grupo hipercolesterolêmico (HC) recebeu apenas a dieta hipercolesterolêmica; 3) grupo (HC+11S) recebeu a dieta e a proteína glicinina da soja; 4) grupo (HC+ROS) recebeu a dieta e o fármaco; 5) grupo (HC+ROS+11S) recebeu a dieta, a proteína e o fármaco. Ao final de 28 dias os animais foram sacrificados e o sangue removido para análises bioquímicas de colesterol total (CT), HDL-colesterol (HDL-C) e triglicérides (TG) plasmático, CT e TG hepático. Os resultados indicaram que a dieta experimental foi capaz de assegurar o modelo hipercolesterolêmico e que a dose única da proteína isolada simulou, de forma eficiente, a comparação com o fármaco. No grupo HC+11S foi observada a influência da glicinina, especialmente no aumento da lipoproteína HDL-colesterol plasmático e na redução do triglicerídeo hepático. Por outro lado, os resultados do grupo HC+11S+ROS indicaram interação negativa entre o fármaco e a glicinina no metabolismo lipídico, sugerindo continuidade dos estudos para elucidação do mecanismo.