HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA Silvana A. Furtado Ferreira

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HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA
Silvana A. Furtado Ferreira
TEXTO ÁUREO: “Então entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos
aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio” (2Rs 4.4).
VERDADE PRÁTICA:
A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para
suprir todas as necessidades de seus filhos.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda: 2 RS 4.2 – As carências humanas
Terça: Sl 116.5 – A compaixão divina
Quarta: Tg 2.7 – A fé obediente
Quinta: 2Rs 7.1 – O braço divino
Sexta: Mc 1.40-42 – O sofrimento humano
Sábado: At. 3.8 – A glória manifestada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Reis 4.1-7
INTRODUÇÃO:
Nesta lição podemos refletir sobre uma das passagens bíblicas mais surpreendente e conhecida, a qual relata o
milagre que Deus permitiu que seu servo Eliseu realizasse “A multiplicação do azeite na casa da viúva”. (II
Reis 4, 1-7).
Sugiro que como introdução a esta lição façamos uma reflexão que poderá contribuir para ampliar a
nossa visão espiritual a respeito deste milagre:
1. Você está pronto assim como Eliseu para ser um canal de bênçãos nas mãos do Senhor?
2. Os momentos de escassez e/ou difíceis que passamos muitas vezes estão sendo para nos aproximar de
Deus, sem questionamentos do: “por que” e “sim para que” estamos passando por tal situação? E a tua
fé está voltada somente em Deus, crendo que ele proverá em sua vida?
3. Está preparado (a) para esperar o tempo de Deus agir em sua vida nestes momentos?
Creio que após esta rápida reflexão, estaremos na presença de Deus, buscando sabedoria e
discernimento para que possa revelar o seu querer em nossas vidas.
I – A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1. A necessidade humana
2. A misericórdia divina
A necessidade da viúva (II Reis 4.1-7) era humana, mas para suprí-la, ela necessitava da misericórdia
divina de Deus, fez com que ela realizasse um apelo a Eliseu, sendo ela esposa de um dos discípulos dos
profetas do Senhor, o qual morrera, deixando-a desamparada e endividada com seus filhos.
Suas necessidades eram urgentes, pois os credores viriam em breve para levar seus filhos como
escravos, pois a separação iminente dos seus filhos era algo inaceitável a ela.
Este milagre demonstra claramente que para Deus, não existe o impossível em prol daqueles que Nele
crê, mesmo que tudo pareça e/ou esteja perdido aos nossos olhos e para a compreensão humana, “Deus”
poderá operar milagres incomparáveis em nossas vidas, não porque somos merecedores, pois a sua graça nos
basta, mas porque sua bondade infinita nos alcança, quando entregamos todas nossas necessidades, aflições,
angústias, ansiedades e sonhos em suas mãos e confiamos em seu agir (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13).
Assim como o Senhor proveu na vida da viúva, ele certamente é fiel e justo para prover o milagre em prol
daquele que confia e espera Nele, não importa as circunstâncias que estamos, passamos ou iremos passar,
quanto mais entregarmos nosso viver a Ele mais ele agirá.
II – A DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de azeite
Uma fé obediente
Somente um pouco de azeite, foi o que ela possuía de bem material, foi utilizado para juntar a fé obediente
sobrenatural para o milagre acontecer.
Devemos refletir sobre a necessidade de termos sempre uma reserva de azeite em nossas vidas, pois nunca
sabemos quando virá a escassez ou as intempéries, que provarão a nossa fé em Deus. Devemos ser como as
cinco virgens prudentes (Mt 25.1-13).
A primeira coisa que Eliseu disse à viúva foi: "Dize-me que é o que tens em casa”
“Vai, pede emprestadas vasilhas" (II Reis 4.3), o Profeta Eliseu mandou-a pedir emprestadas várias
vasilhas vazias. Os limites do milagre que Deus podia realizar não foram estabelecidos pelo Senhor; foram
determinados pela fé e obediência da viúva. Ela sabia que "Não possuía nada, senão uma botija de azeite" (2
Reis 4.2)..
"Fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos" (II Reis 4.4), alguns milagres são destinados a serem
públicos, outros são milagres particulares, "familiares", cujo processo não deve ser propagado. É possível
confundir os dois, temos que estar atentos a eles, pois para cada um há um propósito de Deus.
"Deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas" (II Reis 4.4), a viúva encheu uma vasilha vazia após
outra, até que todas as vasilhas emprestadas estavam cheias.
"Paga a tua dívida; e... vivei do resto" (II Reis 4.7), devemos lembrar que a viúva pegou todas as
vasilhas disponíveis que conseguiu arrecadar de seus vizinhos, exatamente o suficiente para pagar as dívida e
ter o suficiente para ela e seus filhos viverem.
Muitos poderiam acusá-la de ter demonstrado pequena fé, podendo buscar além das vasilhas de seus
vizinhos, mas ela demonstrou fé suficiente na proporção do agir de Deus, e o que Deus proveu nesse milagre
também foi suficiente para que ela suprisse suas necessidades.
Deus está tão disposto a fazer milagres para nós hoje quanto estava no passado. Mas, quando pedimos
ajuda a Deus, devemos estar dispostos a entregar nossos próprios recursos.
III - OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1. O instrumento humano
2. O instrumento divino
Estamos prontos para ser um instrumento humano usado nas mãos de Deus?
Esta pergunta nos remete a história da Bíblia onde desde o início Deus usa homens fieis para operar
milagres em seu Nome, como podemos observar em (Gn 12; Êx. 4.1-17; At 9.15; 10-11), sendo o maior de
todos, quando Deus, se fez humano para nos salvar, através da pessoa bendita de seu filho Jesus Cristo o
nosso redentor que vive e reina para sempre (Jo 1.1, 18; Fl 2.1-11).
Eliseu foi um instrumento usado nas mãos de Deus, sua nobreza permitiu que Deus atendesse seu
pedido quando pediu porção dobrada de poder em sua vida ao Profeta Elias (II Rs. 2.9), aprendeu que
ninguém conseguirá ser um homem de Deus assim como Elias seu mestre foi, se não possuir valores morais e
espirituais bem definidos e constantes.
Ele agiu com fidelidade a demonstrar a poderosa natureza de Deus, teve uma visão ampliada porque
reconheceu que em Deus havia mais bênçãos a favor da vida, ele sabia que tudo o que somos e temos vem de
Deus.
Portanto, para sermos um canal de bênçãos ou, melhor dizendo, um instrumento, torna-se necessário
estarmos no centro da vontade de Deus, pois Ele chama e prepara pessoas fiéis para sua obra que é
vocacionada, pois sabemos que Deus “não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, não escolhe
desocupados (2 T 1.7; Pr. 2.3-5). Ele conta com cada um de nós, sabendo de nossas necessidades, limitações e
especificidades, para cumprir seu propósito em nosso viver. (Mt 28.19), como estudamos na lição 8 deste
trimestre em nossa revista de lições Bíblicas.
IV - O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento
2. Glorificar a Deus
Mas qual foi o propósito religioso do milagre?
Por um lado, ele testificou o amor compassivo de Deus e a preocupação do seu profeta. Porém, mais
que isso, revelou nitidamente que a fé ainda é um recurso para os desamparados. O Deus que podia derrotar
exércitos, também podia suprir as necessidades dos fracos que confiassem nele.
Podemos observar que o livro de II REIS 4.1-7 mostra claramente a compaixão especial por viúvas e
órfãos (Dt 24.20-21; Pv 15.25). Deus tem uma preocupação especial pelos desamparados, como podemos ver
que este milagre reflete essa preocupação.
Nota-se que os milagres realizados por Eliseu, ocorreram em resposta a uma necessidade humana
oriunda de sofrimento (2Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7) e que o nosso clamor chega ao Senhor ao nosso favor pela
compaixão e misericórdia divina, onde sua Glória se manifesta em nossas vidas.
CONCLUSÃO:
Assim como fez aquela viúva a milhares de anos atrás. Afinal, sabemos verdadeiramente que Deus não
mudou, Ele é o mesmo ontem, hoje e será amanhã.(Tiago 4.10, Mateus 5.4).
O milagre da multiplicação do azeite nos leva a refletir sobre alguns aspectos:
 O mesmo Deus que operou na vida da viúva realizando o milagre, primeiramente operou na vida de
seu servo Eliseu.
 Deus escolheu entre muitos o servo fiel Eliseu (cujo nome significa “Deus é Salvação”, sendo seu
ministério direcionado por Deus de forma mais pessoal e social, como vimos na primeira lição deste
trimestre). Deus sabia da retidão de Eliseu que tinha o coração puro, quebrantado, temente, pronto a
ouvir, obedecer à vontade de Deus e realizá-la, onde o enviasse, pois, esta era a verdadeira razão de
seu viver, usando-o como instrumento para operar o milagre a pobre viúva sem esperança de vida. Era
chamado de “homem de Deus” (2Rs 4.7,9,16; 6.9)
 A viúva mesmo no pior momento de sua vida, passando por necessidades humanas, a perda de seu
marido e correndo o risco de ficar sem seus filhos, pelas dívidas contraídas sem perspectivas de
pagamentos aos seus credores, ela perseverou na fé que tinha em Deus, não colocou dúvida em seu
coração cumprindo por mais absurdo que poderia ser na circunstância que estava, pois, para quem não
tinha nada o mandar de Deus em crer no sobrenatural que haveria de realizar, ela buscou a
misericórdia divina, conhecendo o Deus que servia;
 Em algumas situações Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante
Ele e reconhecer nossa dependência somente dele;
 O pouco com Deus é muito, e que a escassez pode converter-se em abundância;
 A obediência reflete em benção e que a tranquilidade e confiança em Deus nos momentos mais difíceis
em que vivemos e tornem calmaria na presença do Senhor, basta crermos e estarmos prontos a ouvir a
sua voz e praticar o seu querer, que ele terá por nós compaixão divina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Obreiro Aprovado. Rio de Janeiro: CPAD, 2010
,Revista Escola Dominical 1ºtrimestre, 2013
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