universidade federal de campina grande

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Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Engenharia Elétrica e Informática
Departamento de Engenharia Elétrica
____________________________________________________________________________________________________________________
Laboratório de Circuitos Lógicos
Nome: _____________________________________________________________________________________
1o Experimento: Portas Lógicas
Este modelo está de acordo com as regras Como Fazer a Preparação do Relatório e Como Realizar a Montagem e a
Verificação do Funcionamento, que deverão ser seguidas para a preparação dos relatórios dos demais experimentos. O
Relatório deve ser integralmente preparado com antecedência, em papel de tamanho A4, e, no início da aula de laboratório,
deve ser obtido o visto do professor na capa. As partes referentes à parte prática deverão ser completadas durante a
realização dos experimentos, no próprio laboratório e também deverá ser obtido o visto para a verificação de cada montagem.
O relatório completo deverá ser entregue ao final da aula.
Observação: completar as áreas sombreadas.
1. Objetivos








Usar a Lógica e a Álgebra de Boole de 2 Valores para modelar Sistemas Digitais;
Descrever as Funções Lógicas Elementares e as Portas Lógicas correspondentes;
Utilizar Expressões Lógicas, Blocos Funcionais, Diagramas Lógicos, Tabelas da
Verdade, Tabelas de Funcionamento, Diagramas de Pinos e Diagramas Elétricos;
Implementar Funções Lógicas (gerais) a partir de funções lógicas elementares, usando a
Lei da Associatividade;
Descrever as principais características dos Circuitos Integrados Digitais da Família
Lógica TTL e das Subfamílias TTL;
Realizar a Montagem de um Circuito Lógico, a Verificação de seu Funcionamento, e a
Desmontagem desse circuito, tomando os cuidados necessários;
Realizar a Depuração Lógica de um circuito lógico que não funcione como esperado;
Elaborar um Relatório que descreva um experimento de Circuitos Lógicos.
2. Material Utilizado


Módulo de Treinamento. Identificação:
CI’s: 7402, 7408 e 7486.
3. Resumo da Teoria
As variáveis dos Sistemas Digitais Binários (0 e 1), dos Sistemas Lógicos (F e V) e dos
Sistemas Booleanos (0 e 1) podem ser usadas de modo análogo, pois podem assumir apenas dois
valores.
Portas lógicas são dispositivos usados para implementar funções lógicas elementares. As
funções elementares disponíveis são: NEGAÇÃO (Inversor), IDENTIDADE (Buffer), AND, NAND,
OR, NOR, XOR e XNOR. Essas funções/portas podem ser representadas por expressões lógicas,
por tabelas da verdade ou funcionais, e, graficamente, por blocos funcionais lógicos. Os circuitos
integrados usados para implementá-las são representados por diagramas de pinos.
UFCG/DEE — Laboratório de Circuitos Lógicos – 06.2
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Essas portas podem ser associadas para implementar uma função lógica geral, que também
pode ser representada por um Bloco Lógico. Entretanto, esse bloco corresponde a um diagrama de
blocos, que constitui o Diagrama Lógico e representa a associação/interligação de portas que
constitui o Circuito Lógico. Ao Diagrama Lógico deve corresponder, integralmente, um Diagrama
Elétrico, que mostra como os pinos são usados.
Os circuitos integrados usados no laboratório são da família TTL, série 74. Com relação ao
estágio de saída, existem três tipos de implementações para uma porta lógica: saída normal, saída
a coletor aberto e saída triestado. Dentre as várias subfamílias existentes, serão usadas a TTL
padrão, a LS (Schottky de baixa potência) e a L (baixa potência), com estágio de saída normal
(totem-pole).
Ao usar portas lógicas com saída normal é necessário tomar cuidado para não ligar saídas
entre si, o que pode danificar o circuito. Portas lógicas com saída com coletor aberto devem ter
sua saída conectada a uma fonte de tensão através de um resistor externo. Portas lógicas com
saída triestado possuem uma entrada adicional que controla o funcionamento da porta. Quando
essa entrada está ativada a porta funciona normalmente, quando está desativada a saída fica
flutuando.
As principais características de algumas subfamílias TTL são dadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Principais Características das Subfamílias TTL
Definição
7400
74L00
Símbolo
VCC
VOH
VIH
VOL
VIL
IOL
IIL
TD
74LS00
Un.
Tensão de alimentação (NOM)
Tensão de saída em nível alto (MIN)
Tensão de entrada em nível alto (MIN)
Tensão de saída em nível baixo (MAX)
Tensão de entrada em nível baixo (MAX)
Corrente de saída em nível baixo (MAX)
Corrente de entrada em nível baixo (MAX)
Fan-out para a própria subfamília
Tempo de Atraso: TPLH /TPHL (MAX)
4. Montagens
1a Montagem: Porta NOR de duas entradas
a) Descrição do Funcionamento
A porta NOR implementa a função lógica que é a negação do OR, ou seja, o valor da saída é
1 se e somente se os valores de todas as entradas forem 0 . Essa porta pode ser representada pelo
diagrama lógico (que contém apenas um bloco funcional lógico) e pela tabela da verdade dados
abaixo, e corresponde à seguinte expressão lógica: S  A  B .
A
0
0
1
1
Diagrama Lógico
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B
0
1
0
1
S
Tabela da Verdade
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b) Diagrama Elétrico
c) Verificação do Funcionamento
A
0
0
1
1
B
0
1
0
1
S
2a Montagem: Porta AND de três entradas
a) Descrição do Funcionamento
Para esta porta, o valor da saída é 1 se e somente se os valores de todas as entradas forem 1.
Como a função lógica AND é associativa, é possível obter uma função de três variáveis a partir de
duas portas AND de duas entradas, pois S = A.B.C = (A.B).C . Essa expressão corresponde ao
diagrama lógico e à tabela da verdade dados abaixo.
A
0
0
0
0
1
1
1
1
Diagrama Lógico
b) Diagrama Elétrico
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B
0
0
1
1
0
0
1
1
C
0
1
0
1
0
1
0
1
AB
S
Tabela da Verdade
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c) Verificação do Funcionamento
A
0
0
0
0
1
1
1
1
B
0
0
1
1
0
0
1
1
C
0
1
0
1
0
1
0
1
S
3a Montagem: Porta XOR/XNOR
a) Descrição do Funcionamento
Como a função lógica XOR é associativa, a expressão lógica correspondente ao circuito
desta montagem, cujo diagrama lógico é dado abaixo, pode ser escrita da seguinte forma: Z =
(AB) C = _____________________ , ou seja, este circuito corresponde a uma função XOR de
três variáveis obtida a partir de duas portas XOR de duas entradas (modo de operação 1).
Realmente, a tabela da verdade para esse modo, construída abaixo, comprova esse fato, pois a
função XOR, com qualquer número de entradas, pode ser interpretada da seguinte forma: “o valor
da saída é 1 se e somente se for ímpar o número de entradas que valem 1”.
Alternativamente, a entrada C pode ser usada como uma entrada de controle para
selecionar duas diferentes funções para a porta XOR de saída: se C = 0 , ela implementa a função
identidade , ou seja, Z = Y C = _________________ = _______ , enquanto que, se C = 1 , ela
implementa a função negação, ou seja, Z = Y C = ________________ = _______ .
Assim, para C = 0, que corresponde ao modo de operação 2, é possível implementar uma
função XOR de duas entradas, pois, usando a associatividade e a função identidade, Z = A (B0)
=_______________________ = AB . Realmente, a tabela da verdade para esse modo, construída
abaixo, comprova esse fato, pois “a saída vale 1 se as entradas forem diferentes” (caso particular
para o XOR de duas entradas).
Por outro lado, para C = 1, que corresponde ao modo de operação 3, é possível implementar
uma função XNOR de duas entradas (equivalência ou coincidência), pois, usando a associatividade
e a função negação, Z  A  (B  1)  _______________________  A  B . Realmente, a tabela
da verdade para esse modo, construída abaixo, comprova esse fato, pois “a saída vale 1 se as
entradas forem iguais” (caso particular para o XNOR de duas entradas).
Y
Diagrama Lógico
A
0
0
0
0
1
1
1
1
B
0
0
1
1
0
0
1
1
Modo 1
C AB
0
1
0
1
0
1
0
1
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Z
Modo 2
C=0
A B AB
0 0
0 1
1 0
1 1
Z
Modo 3
C=1
A B AB
0 0
0 1
1 0
1 1
Z
5/7
b) Diagrama Elétrico
c) Verificação do Funcionamento
Modo 1
A
0
0
0
0
1
1
1
1
B
0
0
1
1
0
0
1
1
C
0
1
0
1
0
1
0
1
Modo 2
C=0
Modo 3
C=1
Z
A
0
0
1
1
B
Z
0
1
0
1
5. Anexo: Mapa de Planejamento das Montagens
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A
0
0
1
1
B
0
1
0
1
Z
6/7
6. Conclusões
7. Questões
a) Comentar a diferença entre diagrama lógico, diagrama de pinos e diagrama elétrico.



O diagrama lógico é uma maneira gráfica de exibir expressões booleanas ou lógicas, que
fornece uma idéia clara do fluxo de dados ou dos sinais.
O diagrama de pinos mostra, para cada CI, qual a função de cada pino.
O diagrama elétrico representa a implementação física, explicitando com clareza como os
CI’s estão conectados entre si e com os outros dispositivos físicos, incluindo a fonte de
alimentação, bem como as chaves e os leds.
b) Descrever a função obtida se, no circuito da fig. 6.b, forem usadas duas portas NAND no
lugar das portas AND.
A função NAND não é associativa, assim esse circuito deve ser avaliado por meio de uma
tabela da verdade, obtendo-se:
A
0
0
0
0
1
1
1
1
B
0
0
1
1
0
0
1
1
C
0
1
0
1
0
1
0
1
AB
Z
c) Como é possível obter uma função NAND de três entradas a partir de portas NAND de duas
entradas.
Como a função NAND não é associativa, é necessário negar a saída da porta NAND de
entrada, por meio de um inversor, antes de conectá-la à entrada da porta NAND de saída do
circuito. De fato, como duas negações se anulam, obtem-se: Z  (A.B).C  A.B.C
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d) A NEGAÇÃO é uma função lógica unária que é implementada por um dispositivo
denominado de INVERSOR, cujo bloco funcional é dado na fig. 4.a. Descrever o circuito
integrado usado no laboratório para implementar essa função (dar a tabela de
funcionamento).
O circuito integrado usado é o 7404 que implementa seis inversores: Y  A . O diagrama de
pinos e a tabela de funcionamento são os seguintes:
A
Y
L
H
e) Uma outra função lógica unária é a IDENTIDADE, que é implementada por meio de um
dispositivo denominado de BUFFER, cujo bloco funcional é dado na fig. 4.b. Descrever um
circuito integrado que possa ser usado para implementar essa função (dar a tabela de
funcionamento).
Um circuito integrado que pode ser usado é o 7407 que implementa seis buffers, com saída
a coletor aberto: Y = A . O diagrama de pinos e a tabela de funcionamento são os seguintes:
A
Y
L
H
Existem outras opções equivalentes, como por exemplo: o 7417, com saída a coletor
aberto, e o 74125 ou o 74126, com saída triestado.
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