Cultura Hispânica - HISTORIA - Srnucleo

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Cultura Hispânica
Espanha: Introdução
Madri
Madri é a maior cidade da Espanha e a capital do país. É um grande centro administrativo, financeiro,
comercial e de serviços. Desempenha também uma importante função residencial, cultural e industrial,
particularmente na periferia. Seus numerosos monumentos arquitetônicos, bem como o fato de contar com
uma das maiores pinacotecas do mundo, o Museu do Prado, fazem dela um importante destino turístico, tanto
nacional como internacional.
Espanha, monarquia constitucional da Europa sul-ocidental que ocupa a maior parte da península Ibérica; faz
fronteira ao norte com o mar Cantábrico, França e Andorra; a leste com o mar Mediterrâneo; ao sul com o
Mediterrâneo e o oceano Atlântico e a oeste com Portugal e o oceano Atlântico. A dependência britânica de
Gibraltar está situada no extremo meridional. As ilhas Baleares no Mediterrâneo e as ilhas Canárias no Atlântico
são duas comunidades insulares. Também pertencem ao país, embora estejam situadas em território africano,
as cidades autônomas de Ceuta e Melilha, bem como o Peñón de Vélez de la Gomera e as ilhas de Alhucemas
e Chafarinas. A extensão é de 504.782 km2. Madri é a capital.
Espanha: Território
Fronteiras
A cadeia montanhosa dos Pireneus faz fronteira com a França, ao norte; no extremo sul, o estreito de
Gibraltar separa a Espanha do norte da África. A característica topográfica mais importante é o grande planalto
central, chamado de Meseta, com uma altura média de 610 m. A Meseta é dividida em uma seção norte e
outra sul por cadeias montanhosas irregulares (serra de Guadarrama, serra de Gredos, montes de Toledo). A
planície costeira é estreita e em muitas áreas é interrompida por montanhas que descem até o mar para
formar promontórios rochosos.
Os principais rios são: Douro, Minho, Tejo e Guadiana, que nascem no território espanhol e cortam o território
de Portugal para desembocar no Atlântico; o Guadalquivir, que é o mais profundo e tem grande parte do seu
percurso navegável; e o Ebro, no nordeste, que desemboca no mar Mediterrâneo. O clima é mediterrâneo com
temperaturas extremas exceto no norte, onde as precipitações em geral são insuficientes; as diferenças
fisiográficas determinam importantes diferenças climáticas.
Espanha: População e Governo
La Mancha
Moinhos de vento destacam-se na paisagem da região de La Mancha, Espanha. A área é conhecida como a
terra de Dom Quixote e Sancho Pança, personagens de um romance do autor espanhol Miguel de Cervantes
Saavedra. A obra, considerada o primeiro romance moderno, foi publicada entre 1605 e 1612.
O povo espanhol é uma mistura dos povos indígenas da península com os que foram conquistando
sucessivamente o seu território: os romanos, um povo mediterrâneo; os suevos, os vândalos e os visigodos
(ver Godos), povos germânicos; e elementos semíticos, em especial de origem árabe e judaica. Os ciganos
formam uma importante etnia.
A população (2001) é de 40.037.995 habitantes, com uma densidade demográfica de 79 hab/km2. As cidades
importantes são: Madri (3.029.734 habitantes), a capital; Barcelona, o maior porto e centro comercial
(1.614.571 habitantes); Valência (763.299 habitantes), Sevilha (719.588 habitantes), Zaragoza (607.899
habitantes) e Bilbao (370.997 habitantes) (ver Comunidades autônomas).
A população é majoritariamente católica, embora a Constituição de 1978 tenha criado um Estado sem
preferências religiosas, no qual é total a liberdade de crenças. Há pequenas comunidades de protestantes,
judeus e muçulmanos. O espanhol é o idioma oficial; além dele, são línguas co-oficiais, em suas respectivas
comunidades autônomas, o basco (euskera, língua pré-indo-européia), galego, catalão e valenciano.
Comunidades autônomas
A Constituição espanhola de 1978 reconhece e garante o direito à autonomia das nacionalidades e regiões que
integram a nação. Com base neste direito, determinadas províncias com características históricas, culturais e
econômicas comuns, os territórios insulares e as províncias com entidade regional histórica obtiveram seu
autogoverno, constituindo-se em comunidades autônomas conforme o previsto na Constituição e nos
respectivos estatutos de autonomia. É uma monarquia parlamentar regida pela Constituição de 1978. O chefe
de Estado é um monarca hereditário; o poder executivo está nas mãos do chefe de Governo e o legislativo, de
um Parlamento bicameral.
Espanha: Literatura Espanhola
Miguel de Cervantes Saavedra
Miguel de Cervantes Saavedra é considerado uma das figuras fundamentais da literatura universal. Igual
importância nas letras ocidentais adquiriu seu romance Don Quixote de la Mancha, que se converteu no
paradigma do romance moderno. Com uma temática rica e variada, plena de humor e ternura, este livro
alcança vários tipos de leitores.
Literatura da Espanha, escrita em espanhol, desde o século XI até nossos dias. Para mais informações sobre
outras línguas da Espanha e de obras escritas em espanhol fora da Espanha (ver Literatura basca, Literatura
catalã, Literatura galega, Literatura latino-americana e as literaturas de cada país americano de fala
espanhola).
A literatura medieval espanhola se caracteriza pelo desenvolvimento, simultâneo, de temas profanos e
religiosos em diversos gêneros literários. Nela há claras influências das culturas judaica e islâmica que
floresceram na Península Ibérica durante este período.
1 OS SÉCULOS XIII E XIV
No século XIII, os escritores cultos começam a produzir textos onde mesclavam a vida dos santos, lendas
moralizantes e outros relatos em verso castelhano. Esta atividade poética, conhecida como Arte dos Clérigos,
desenvolveu-se nos mosteiros, caracterizando-se, em oposição à Arte dos Jograis, por uma estrita observância
métrica. O poeta mais representativo da Arte dos Clérigos é Gonzalo de Berceo.
Graças à intenção de compilar todo o conhecimento da época recorrendo a fontes islâmicas, judaicas e cristãs
? e como resultado do trabalho de Alfonso X, o Sábio ?, Castela torna-se um dos primeiros estados europeus a
desenvolver uma literatura em prosa. Este trabalho alcança maturidade artística na obra de Don Juan Manuel.
Por volta de 1305, aparece o primeiro livro de cavalaria em espanhol, O Cavaleiro Cifar.
A poesia de Juan Ruiz ? ou Arcipreste de Hita, como também seria conhecido ?, autor do Livro do Bom Amor,
contém exemplos de, praticamente, todas as formas e temas poéticos da Idade Média.
4 O SÉCULO XV
Durante o século XV, destacam-se os poetas Marquês de Santillana, Juan de Mena e, sobretudo, Jorge
Manrique. As histórias dos poemas épicos foram reunidas nos romanceiros, coleções de romances que eram
cantados com acompanhamento instrumental. Neste século, também floresce a literatura satírica e histórica. O
humanista mais importante da época foi Antonio de Nebrija, autor da Gramática da língua castelhana (1492).
Neste período, o romance de cavalaria espanhol conquista seu espaço de forma definitiva, sendo que o mais
famoso e imitado foi Amadís de Gaula (1508).
La Celestina ou Tragicomedia de Calisto e Melibea (1499), escrita por Fernando de Rojas, é uma das obras
mais significativas da literatura espanhola. A mais importante é, provavelmente, Don Quixote de la Mancha, de
Miguel de Cervantes.
5 O RENASCIMENTO E O SÉCULO DE OURO
O Renascimento espanhol se expressa nas obras do filósofo Luis Vives, do teólogo Juan de Valdés e do
historiador frei Antonio de Guevara. Outros historiadores importantes são Diego Hurtado de Mendoza e Juan
de Mariana.
Os temas e ambientes da poesia pastoril ? junto com formas métricas italianas como o soneto, a oitava, a
canção, o terceto e o verso livre ? foram utilizados, pela primeira vez, por Juan Boscán e Garcilaso de la Vega.
Um novo estilo poético, marcado pela expressão espiritual (mística), aparece com frei Luis de León e São João
da Cruz. Outro poeta importante é Fernando de Herrera, que cultivou o estilo barroco, característico do período
seguinte personificado por Luis de Góngora e Francisco de Quevedo.
Durante os dois últimos terços do século XVI, diversos autores místicos e ascéticos escrevem obras em prosa,
destacando-se frei Luis de Granada e, principalmente, Santa Teresa de Jesus. O filósofo escolástico Francisco
Suárez destaca-se como o teólogo mais importante do século.
Por volta de 1550, surgem vários gêneros literários até então desconhecidos: o romance pastoril, do português
Jorge de Montemayor; o romance mourisco, representado pelo relato anônimo El abencerraje (1598) e o
romance picaresco, subgênero que apresenta uma rica produção, na qual destacam-se três obras: o anônimo
El lazarillo de Tormes (1554), El Guzmán de Alfarache, de Mateo Alemán, e a História de la vida de Buscón, de
Francisco de Quevedo. Em contraste a esta visão deformada da natureza humana, a obra de Miguel de
Cervantes apresenta uma imagem completa da humanidade, refletindo tanto sua grandeza como sua
debilidade.
A influência de Don Quixote de la Mancha estende-se ao longo dos séculos. Outras obras de Cervantes
também ganharam importância: os 12 relatos que compõem as Novelas Exemplares (1613) têm uma grande
força narrativa e sua imaginativa novela Los Trabajos de Persiles e Segismunda (1619) é uma das obrasprimas da prosa barroca espanhola.
As obras não narrativas representam alguns dos principais êxitos do século XVII: Empresas políticas (1640), de
Diego de Saavedra Fajardo, a sátira Los sueños (1627), de Quevedo, e o romance alegórico El Criticón (16511657), de Baltasar Gracián, empregam o estilo denominado conceptismo (estilo literário que utiliza o jogo de
conceitos, em detrimento do jogo de palavras, e se caracteriza pela concisão).
Uma das figuras mais importantes é Francisco de Quevedo, cujos brilhantes escritos analisam males políticos,
econômicos e sociais. Depois do declínio geral sofrido pelo país durante o século XVII, o único escritor de
autêntico mérito, durante a primeira metade do século XVIII, foi Benito Jerónimo Feijoo.
6 OS SÉCULOS XVIII E XIX
Durante o reinado do iluminista Carlos III, a influência francesa conduz à adoção de formas artísticas
neoclássicas, introduzidas por Nicolás Fernández de Moratín e, mais tarde, por seu filho Leandro Fernández de
Moratín acompanhado por Gaspar Melchor de Jovellanos e Juan Meléndez Valdés. José de Cadalso destaca-se
tanto por sua poesia e obra dramática como por seus ensaios. Don Ramón de la Cruz continua a tradição com
seus sainetes, peças em um ato de caráter popular.
Os melhores poetas do primeiro terço do século XIX, como Manuel José Quintana, expressam atitudes
românticas em obras de forma clássica. O romantismo foi introduzido e cultivado por Ángel de Saavedra,
duque de Rivas, pelo poeta e dramaturgo José Zorrilla, por José de Espronceda e Gustavo Adolfo Bécquer que,
possivelmente, compôs os poemas mais delicados da língua espanhola. A prosa romântica de maior qualidade
encontra-se nos escritos dos costumbristas (narrador de costumes) e nos artigos de Mariano José de Larra.
A segunda metade do século XIX foi a época do realismo, que alcança seu máximo esplendor com a obra de
Benito Pérez Galdós. Outros romancistas descrevem a vida em diversas regiões espanholas: José María de
Pereda, Pedro Antonio de Alarcón, Juan Valera e Emilia Pardo Bazán.
Durante a última década do século XIX, a Espanha entra numa fase de inusitada atividade criadora com a
Geração de 98, que inclui figuras tão díspares como Miguel de Unamuno, Ramón del Valle-Inclán e Pío Baroja.
7 O SÉCULO XX
O vigor literário que brota em 1898, arrefeceu no período que envolve a Guerra Civil Espanhola. No entanto,
recuperou seu vigor depois da II Guerra Mundial (ver Literatura de exílio).
Destacados escritores do início do século são Juan Ramón Jiménez, José Ortega y Gasset, Ramón Pérez de
Ayala, Ramón Gómez de la Serna ? autor de As Greguerías ? e o maior expoente do expressionismo na
Espanha, Gabriel Miró.
Nas décadas de 1920 e 1930 floresce a Geração de 27, com Federico García Lorca como máximo expoente.
Outros poetas destacados desta geração foram Jorge Guillén, Rafael Alberti e Vicente Aleixandre, que obteve o
Prêmio Nobel de Literatura em 1977. Ao grupo que, em algumas ocasiões, faz-se referência como Geração de
36 pertencem Germán Bleiberg, Carmen Conde, Luis Felipe Vivanco, Leopoldo Panero, Luis Rosales, Dionisio
Ridruejo e Miguel Hernández.
Nove poetas dominam a geração seguinte: Rafael Morales, Vicente Gaos, Carlos Bousoño, Blas de Otero,
Gabriel Celaya, Victoriano Crémer, José Hierro, Eugenio de Nora e José María Valverde. Na poesia atual
destacam-se José Manuel Caballero Bonald, Ángel Crespo, Jaime Gil de Biedma, Claudio Rodríguez e Félix
Grande. Nos últimos anos surgiram Félix de Azúa, Pere Gimferrer, Antonio Martínez Sarrión e Leopoldo María
Panero, entre outros.
O romance é o gênero mais próspero na literatura contemporânea, com autores como Max Aub, Francisco
Ayala ? que se destaca como crítico e sociólogo, além de romancista ?, Carmen Laforet e Camilo José Cela,
Prêmio Nobel de Literatura em 1989.
Uma variante mais tradicional do Realismo aparece representada nas obras de Ignacio Agustí, José María
Gironella, Miguel Delibes, Ana María Matute, Rafael Sánchez Ferlosio, Juan Goytisolo e Ramón J. Sender. Entre
os autores mais importantes da narrativa atual é preciso citar Alfonso Grosso, Juan Marsé, Juan García
Hortelano, Mercedes Salisachs, Eduardo Mendoza, Aquilino Duque, Lourdes Ortiz, Luis Mateo Díez, Julián Ríos,
Mariano Antolín Rato, Adelaida García Morales, Arturo Pérez-Reverte, Almudena Grandes, Quim Monzó e Rafael
Chirbes.
No ensaio destacam-se Julián Marías, Américo Castro, Dámaso Alonso e Joaquín Casalduero. Entre eminentes
ensaístas contemporâneos encontram-se José Gaos, Pedro Laín Entralgo, José Ferrater Mora, María Zambrano,
José Luis L. Aranguren, Francisco Ayala, Guillermo Díaz Plaja, Ricardo Gullón e Guillermo de Torre.
Dança Espanhola
A Dança galega, originária dos povos habitantes da região da Galícia, no noroeste da Espanha, apresenta-se de
uma forma alegre através dos seus ritmos como Fandangos, muñeiras, rotas, ribeiranas entre outras.
O flamenco, ritmo originário dos povos flamencos, habitantes da região sul da Espanha - região Andaluza, tem
no seu conteúdo toda a alegria e sensualidade atribuida à este povo.
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