UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA 1. PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA - ENF (CBS 06002) Identificação da Disciplina Nome: PARASITOLOGIA - ENF Código: CBS 06002 Créditos: 03. Pré-requisitos: BIO 10001 (Biofísica aplicada à Enfermagem), CBS 01002 (Bioquímica aplicada à Enfermagem), CBS 05001 (Anatomia – ENF I), CBS 05022 (Histologia Humana). Docentes:, Rafael Lucyk Maurer, Neusa Saltiél Stobbe Colaboradores: Silvia Pavan da Silva, Roberta dos Reis (técnicas de laboratório) e monitores. Horário: 2a-feira das 9:30 às 12:30h. Prédio: Instituto de Ciências Básicas da Saúde – 12101. Aulas teóricas: sala 111-B; aulas práticas: sala 205. 2. Objetivos da Disciplina Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos de morfologia dos parasitos, auxiliando-o a reconhecer os mais importantes em saúde humana e saúde pública, no âmbito de atuação do profissional de Enfermagem. Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos da biologia dos parasitos auxiliando-o a compreender os processos patogênicos assim como os mecanismos de transmissão e os métodos de controle e prevenção das principais parasitíases humanas, no âmbito de atuação do profissional de Enfermagem. 3. Competências e habilidades a serem desenvolvidas: Os alunos, dentro de seu âmbito profissional, deverão estar aptos a: avaliar e relacionar, com base em evidências científicas, as ações de prevenção aplicáveis às enfermidades parasitárias, tanto em nível individual quanto coletivo; reconhecer os principais sintomas das parasitíases humanas e relacioná-los com a ação patogênica dos diversos parasitos; contribuir para promover, manter ou recuperar a saúde de indivíduos acometidos por enfermidades parasitárias; 4. Súmula Origens e definição do parasitismo. Tipos de parasitismo. Ações dos parasitos e reações do hospedeiro. Regras de nomenclatura. Morfologia, biologia, patogenia, epidemiologia, profilaxia e diagnóstico dos principais helmintos, protozoários e artrópodes parasitos do homem. 5. Conteúdo Programático O conteúdo da disciplina será abordado em quatro blocos, como segue. Os parasitos serão estudados quanto à sua sistemática, morfologia, biologia, patogenia, epidemiologia, diagnóstico e profilaxia. Introdução à Parasitologia: modalidades de parasitismo; tipos de hospedeiros e parasitos; vias de penetração e evolução dos parasitos; regras internacionais de nomenclatura zoológica. Helmintologia Cestódeos e trematódeos: gêneros Schistosoma, Taenia, Echinococcus, Hymenolepis; Nematódeos: ascarídeos, ancilostomatídeos, estrongilídeos, filarídeos, larvas migratórias; Outros helmintos de interesse médico. Protozoologia Flagelados: gêneros Giardia, Trichomonas, Trypanosoma, Leishmania Amebas: gênero Entamoeba Coccídios e plasmódios: gêneros Toxoplama, Cryptosporidium, Plasmodium Outros protozoários de interesse médico: Balantidium coli. Acarologia e Entomologia Ácaros, piolhos e moscas parasitos do homem. Moscas, mosquitos, pulgas e barbeiros transmissores de doenças para o homem. 6. Metodologia de ensino-aprendizagem As aulas serão de caráter teórico e se desenvolverão com a exposição oral dos temas e utilização de recursos audiovisuais. A participação e o raciocínio dos alunos serão estimulados mediante a apresentação e discussão de situações hipotéticas. Sempre que possível, as aulas teóricas serão complementadas com atividades práticas em laboratório, quando os alunos poderão identificar os parasitos e suas formas evolutivas através do uso de microscópios e lupas. O uso de avental branco é obrigatório nas aulas práticas, não sendo permitida a entrada de alunos no laboratório sem o uso desta proteção. 7. Avaliação Serão realizadas três avaliações compostas por três provas sobre o conteúdo teórico e prático e um trabalho*. Cada prova terá valor máximo igual a 10 (dez) e o trabalho nota máxima igual a 3 (três). A nota do trabalho será divida por 3 e igualmente distribuída entre as 3 avaliações. Desse modo, a nota de cada avaliação será calculada como segue: Avaliação=(nota da prova do conteúdo teórico e prático) + (um terço da nota do trabalho). A nota mínima, em cada avaliação, é 7 (sete), e a nota final (NF) será obtida através da média aritmética das três avaliações, como segue: NF = (A1+A2+A3)/3 onde: A1 = Nota da 1a avaliação; A2 = Nota da 2a avaliação; A3 = Nota da 3a avaliação. ___________________________________________________________________________ Rua Sarmento Leite, 500, sala 158, Porto Alegre-RS, CEP 90050-170 - Fone / fax 3316.3584 1 O aluno que obtiver nota inferior a 7 em uma ou mais avaliações deverá recuperar a(s) área(s) deficiente(s) através de uma prova envolvendo a(s) área(s) em que está deficiente. A nota da prova de recuperação substituirá a nota da prova anteriormente conferida, deste modo, alterando a NF. Outros métodos de avaliação poderão ser adotados, a critério do professor, para compor a nota final. As avaliações, o trabalho, a freqüência, a participação e o comportamento em aula auxiliarão a elaborar o conceito definitivo do aluno, que é, segundo o Regimento Geral da Universidade (RGU), de competência e responsabilidade exclusiva do Professor Regente da disciplina. Assim: O aluno que obtiver NF maior ou igual a 9 poderá ter conceito A; O aluno que obtiver NF maior ou igual a 8 e inferior a 9 poderá ter conceito B; O aluno que obtiver NF maior ou igual a 7 e inferior a 8 poderá ter conceito C; O aluno que obtiver NF menor do que 7 poderá ter conceito D; O aluno que apresenta, após a última avaliação, freqüência inferior a 75% das aulas obtém conceito FF. Aprovação: os alunos que obtiverem conceito A, B ou C no período normal de avaliação ou após a recuperação serão aprovados. Reprovação: serão reprovados todos os alunos que obtiverem conceito D no período normal de avaliação ou após a recuperação e todos os alunos que apresentarem conceito FF (reprovação por falta de freqüência, independente da nota final e sem direito à recuperação). *O trabalho deverá ser entregue por escrito e apresentado em forma de pôster em data estabelecida no cronograma da disciplina. O trabalho poderá ser feito individualmente ou em grupo de no máximo TRÊS integrantes, e consistirá na análise de um artigo científico sobre qualquer uma das parasitíases que acometem o ser humano. As normas para a confecção do trabalho e do pôster ficarão à disposição dos alunos no material de aula fornecido no início do semestre e no site da disciplina www.ufrgs.br/parasito. Solicitações da turma: qualquer solicitação que vise alterar cronograma ou andamento da disciplina deverá ser encaminhada, por escrito, pelo representante discente, com a concordância documentada de todos os alunos. Dúvidas: quaisquer dúvidas em relação à disciplina poderão ser solucionadas com os professores da disciplina no Setor de Parasitologia, sala 206 do ICBS ou pelo ramal 3584 ou ainda pelo correio eletrônico: [email protected] 8. 9. Bibliografia Básica *NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2000. *REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Bibliografia Complementar BEAVER, P. C.; JUNG, R. C.; CUPP, E. W. Clinical Parasitology. Philadelphia: Lea & Febiger, 1984. CARRERA, M. Insetos de Interesse Médico e Veterinário. Curitiba: Editora da UFPR, 1991. DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001. GARCIA, L. S.; BRÜCKNER, D. A. Diagnostic Medical Parasitology. 3rd. ed. Washington D. C.: ASM, 1997. GOULART, G. G.; COSTA LEITE, I. Moraes: Parasitologia e Micologia Humana. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1978. *LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R. Parasitologia Médica: Texto e Atlas. 4. ed. São Paulo: Editora Premier, 1997. *PESSOA, S. B.; MARTINS, A. V. Parasitologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. *REY, L. Parasitologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Procedimentos Laboratoriais em Parasitologia Médica. São Paulo: Editora Santos, 1994. *ZAMAN, V. Atlas Color de Parasitologia Clínica. 2. ed. Buenos Aires: Panamericana, 1988. * OS MAIS RECOMENDADOS. 10. Outras Fontes de Informação Periódicos: *American Journal of Tropical Medicine and Hygiene *Cadernos de Saúde Pública *International Journal of Parasitology *Memórias do Instituto Oswaldo Cruz *Parasitología latinoamericana *Revista Brasileira de Medicina Tropical *Revista de Saúde Pública *Tropical and Medical Parasitology Advances in Parasitology Brazilian Journal of Medical and Biological Sciences Critical Reviews of Parasitology Experimental Parasitology Parasitology Revista da Oficina Panamericana de Saúde (OPS) Revista do Instituto Adolfo Lutz The Journal of Parasitology Trends in Parasitology (originalmente Parasitology Today) * OS MAIS RECOMENDADOS. Páginas de Internet: *www.ufrgs.br/parasito : página do setor de parasitologia desta universidade com Atlas de parasitologia e divulgação de notas, cronograma, etc. *www.cdfound.to.it/HTML/atlas.html : atlas de parasitologia médica *www.dpd.cdc.gov/dpdx/Default.htm : página do Center for Disease Control and Prevention com imagens e textos sobre parasitos de importância em saúde pública *www.periodicos.capes.gov.br : página de busca de artigos científicos. *http://www.who.int/tdr/media/image.html : site da organização mundial da saúde (OMS) *http://freebooks4doctors.com/fb/special.htm : site de livros médicos completos com acesso gratuito. www.martin.parasitology.mcgill.ca/JIMSPAGE/WORLDOF.htm : parasitos no mundo ___________________________________________________________________________ Rua Sarmento Leite, 500, sala 158, Porto Alegre-RS, CEP 90050-170 - Fone / fax 3316.3584 2 www.life.sci.qut.edu.au/LIFESCI/darben/paramast.htm :lista de imagens sobre parasitologia www.biosci.ohio-state.edu/~parasite/home.html : imagens de parasitos http://www.medicine.cmu.ac.th/dept/parasite/image.htm : imagens de parasitos. www.mic.ki.se/Diseases/c3.html : indicações de links sobre parasitologia www.icb.usp.br/~marcelocp : artrópodes parasitos do homem e dos animais www.ent.iastate.edu/List/Medical_Entomology.html : índice de entomologia médica www.asp.unl.edu : página da sociedade Americana de parasitologistas www.bio.net/hypermail/PARASITOLOGY : grupos de discussão em parasitologistas http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/petri-mann/movies/movies.cfm : site com filmes sobre Entamoeba sp. http://www.sumanasinc.com/scienceinfocus/scienceinfocus.html : animações sobre Plasmodium sp. e outras doenças. http://www.wehi.edu.au/education/wehi-tv/movies.html#malaria : animações e vídeos sobre malária e outras doenças. * OS MAIS RECOMENDADOS. Cronograma DATA 07/08 Aula teórica Apresentação da disciplina. Introdução à parasitologia. Helmintologia geral. Classe Nematoda: Ascaris, larva migrans visceral, Trichuris. Aula prática** -x- Ascaris, Toxocara, Trichuris. Turma A: das 11:30h às 12:00h; Turma B: das 12:00h às 12:30h 21/08 Classe Nematoda (continuação): Enterobius, Strongyloides. Enterobius, Strongyloides. Turma B: das 11:30h às 12:00h; Turma A: das 12:00h às 12:30h Ancylostoma, Necator, Wuchereria. 28/08 Classe Nematoda (continuação): ancilostomídeos, larvas migrans cutânea, Wuchereria. Turma A: das 11:30h às 12:00h; Turma B: das 12:00h às 12:30h Taenia solium, T. saginata, Cysticercus, 04/09 Classe Cestoda: Taenia, Hymenolepis. Hymenolepis. Turma B: das 11:30h às 12:00h; Turma A: das 12:00h às 12:30h Echinococcus, Schistosoma . 11/09 Classe Cestoda (continuação): Echinococcus. Classe Trematoda: Schistosoma Turma A: das 11:30h às 12:00h; Turma B: das 12:00h às 12:30h 18/09 Prova 1 – Helmintologia -xBalantidium, Trichomonas, Giardia 25/09 Introdução ao Sub-reino Protozoa. Filo Ciliophora: Balantidium. Filo Sarcomastigophora. Sub-filo Mastigophora Turma B: das 11:30h às 12:00h; (flagelados): Trichomonas, Giardia. Turma A: das 12:00h às 12:30h. Trypanosoma, Leishmania. 02/10 Sub-filo Mastigophora (continuação): Trypanosoma, Leishmania. Turma A: das 11:30h às 12:00h; DATA LIMITE PARA ENTREGA DOS TRABALHOS Turma B: das 12:00h às 12:30h 09/10 Sub-filo Sarcodina: Entamoeba, amebas de vida livre O horário da aula prática será usado para potencialmente patogênicas. a apresentação dos trabalhos. Entamoeba, Cryptosporidium, 16/10 Filo Apicomplexa: Cryptosporidium, Toxoplasma. Toxoplasma. Turma B: das 11:30h às 12:00h; Turma A: das 12:00h às 12:30h Plasmodium. 23/10 Filo Apicomplexa (continuação): Plasmodium. Protozoários emergentes. Turma A: das 10:30h às 11:30h; Turma B: das 11:30h às 12:30h 30/10 Prova 2 – Protozoologia -xTriatoma, Rhodnius, Panstrongylus, Culex, 06/11 Introdução ao Filo Arthropoda. Classe Insecta. Ordem Hemiptera: Triatoma, Rhodnius, Panstrongylus, Cimicidae. Anopheles, Aedes, Lutzomyia, Simulium. Ordem Diptera, Sub-ordem Nematocera: culicídeos, Turma B: das 11:30h às 12:00h; anofelinos, flebotomíneos, Simulidae. Turma A: das 12:00h às 12:30h. 13/11 Sub-ordem Cyclorrhapha: Cochliomyia, Dermatobia, Musca, Cochliomyia, Dermatobia, Stomoxys, Stomoxys, Sarcophagidae, Tabanidae. Ordem Siphonaptera: Musca, Sarcophaga, Tabanus, Pulex,Tunga, Ctenocephalides, Xenopsylla. Pulex,Tunga, Ctenocephalides, Xenopsylla. Turma A: das 11:30h às 12:00h; Turma B: das 12:00h às 12:30h Pediculus, Pthirus. Classe Arachnida. 20/11 Ordem Anoplura: Pediculus, Pthirus. Classe Arachnida. Ordem Acari: Sarcoptes, Demodex, Amblyomma, Ordem Acari: Sarcoptes, Demodex, Rhipicephalus. Amblyomma, Rhipicephalus. Turma B: das 11:30h às 12:00h; Turma A: das 12:00h às 12:30h 27/11 Prova 3 – Entomologia e Acarologia -x04/12 Prova de Recuperação -x** Para as aulas práticas, a turma será dividida em duas sub-turmas de igual tamanho (A e B), seguindo a ordem alfabética. Tal divisão é necessária uma vez que o laboratório de aulas práticas comporta no máximo 30 alunos. 14/08 ___________________________________________________________________________ Rua Sarmento Leite, 500, sala 158, Porto Alegre-RS, CEP 90050-170 - Fone / fax 3316.3584 3