Relatório do Seminário com os Intervenientes na Área de Uso de Terra Apresentação e Discussão dos Resultados do Projecto ACES Autores Maputo, 01 de Abril de 2016 1. INTRODUÇÃO As florestas de miombo e mopane constituem os tipos de vegetação mais dominantes da África. Em Moçambique a floresta de miombo cobre cerca de 2/3 e as florestas de mopane com cerca de 12% do território nacional. Portanto, cerca de milhares das famílias rurais dependem vitalmente dos serviços de ecossistema dessas florestas para a sua sobrevivência. A alta densidade populacional, o rápido crescimento populacional, agricultura itinerante e a dependência de biomassa como fonte de energia são factores que contribuem para a desmatamento e degradação florestal, estimados em taxas entre 0.2 – 1.7 %/ano (Marzoli, 2007) e 2 – 3 %/ano (Ryan et al., 2012), respectivamente. No entanto, as mudanças graduais de uso de terra podem causar mudanças bruscas dos serviços de ecossistema e o sustento das comunidades rurais que dependem dos mesmos serviços para a sua sobrevivência. Alem disso, o país continua na extrema pobreza com cerca de 54% de incidência (UNDP, 2013) com maior prevalência nas zonas rurais, onde cerca de 64% das pessoas são pobres em termos de consumo e 87% pobres em termos de bens (Jones e Tarp, 2012). No entanto, devido a complexidade do sistema, os processos ecológicos e sociais-chave permanecem pouco conhecidos, e como resultado disso, pouco se sabe como as actividades que promovem a perda das florestas afectam o bem-estar das comunidades rurais. Assim, acreditando-se na concepção de que as melhores políticas e práticas de uso de terra requerem evidências empíricas sobre os impactos das mudanças de uso de terra sobre o bem-estar das comunidades rurais, surgiu o projecto de pesquisa intitulado por “Mudanças Bruscas nos Serviços de Ecossistemas e o Bem-estar das Comunidades Rurais (ACES)”. O projecto ACES tem a duração de três anos (2014 – 2017) visando investigar como as mudanças de cobertura de terra devido à exploração florestal e ao desenvolvimento da agricultura comercial estão associadas à promoção ou despromoção dos serviços oferecidos pelos ecossistemas naturais assim como ao bem-estar das comunidades que dependem dos mesmos para a sua sobrevivência. Especificamente o ACES concebeu os seguintes pacotes de trabalho, cada um com objectivo bem definido: • Criar um quadro de análise das relações ente o uso de terra, serviços de ecossistema e bem-estar, através do envolvimento de intervenientes chave (PT1). • Analisar empiricamente as relações entre uso de terra, serviços de ecossistema e bemestar (PT2 e PT3). • Testar hipóteses sobre relações existentes, principalmente se a intensificação do uso de terra implica mudanças bruscas dos serviços de ecossistemas ou ambientais (PT4). • Criar cenários realistas de futuro no uso de terra, os quais articulem formas de aliviar a pobreza através de práticas sustentáveis de uso de terra (PT5). • Desenvolver plataformas de disseminação/comunicação que incluam os resultados em práticas e políticas de uso da terra (Pathways to Impact). O ACES é implementado por uma equipe multidisciplinar, coordenada a nível nacional pela Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane (UEM/FAEF) e ao nível internacional pelo Reino Unido através da Universidade de Edimburgo (UoE), e o Instituto Internacional para Ambiente e Desenvolvimento (IIED) – as principais instituições implementadoras do projecto. Na Suécia está envolvido o Centro Universitário de Lund para Estudos Sustentáveis; no Zimbabué está a Universidade de Harare e Brasil através do Instituto Nacional para Pesquisas Espaciais (INEP). O projecto tem como financiador o ESPA, uma instituição que visa financiar projectos voltados a contribuição de soluções para o alívio a pobreza. O projecto foi implementado na região Norte, Centro e Sul do país, e os locais seleccionados para a realização da pesquisa foram definidos com base em dois vectores de mudança de uso de terra, nomeadamente: a produção de carvão e a agricultura comercial. Em função disso foram escolhidos o distrito de Mabalane na província de Gaza – produção de carvão, distrito do Gurué na província da Zambézia – produção comercial de soja e o distrito de Marrupa na província de Niassa – produção comercial de tabaco. Os dois anos agora completados (2014 – 2015) em colheita e análise de dados, culminou em resultados (preliminares) para o caso do distrito de Mabalane. Neste contexto, no dia 22 de Março de 2016, no Complexo Pedagógico dos Campus Universitário da Universidade Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, realizou-se um seminário que visava apresentar e discutir com os intervenientes de uso de terra, os resultados do projecto sobre Mudanças Bruscas nos Serviços de Ecossistemas e o Bem-estar das Comunidades Rurais (ACES) de modo a engajar os intervenientes na área de uso de terra ao longo de todo o projecto de forma a maximizar a relevância e o impacto a todos os níveis. 1.1. Objectivos Específicos do Seminário • Apresentar os resultados (preliminares) do projecto; • Obter contribuições chave para enriquecer a análise da informação e produção de resultados; e • Analisar o impacto dos resultados do projecto sobre as políticas nacionais relevantes. 1.2. Sessão de Abertura Oficial do Seminário A abertura do seminário foi procedida por sua excelência o Vice-reitor para Administração e Recursos da Universidade Eduardo Mondlane, Prof. Doutor Ângelo Macuacua, que iniciou a sua intervenção procedeu a abertura oficial do encontro começando por saudar e desejar boas vindas a todos os participantes do seminário. Em seguida recapitulou a nova visão que a UEM assume actualmente de ser uma universidade de referência a nível nacional, regional e internacional, destacando a investigação como alicerce dos processos de ensino-aprendizagem. Ainda fez saber aos participantes que recentemente, a UEM aprovou igualmente as linhas de investigação, as quais pretendem orientar investigação da UEM para áreas relevantes para o desenvolvimento socio-económico sustentável de Moçambique. Na prossecução do discurso, o vice-reitor avançou por afirmar que o sector agrário é a base do desenvolvimento do país, tendo contribuído em 2010 em 23% para o Produto Interno Bruto (PIB) e empregando mais de 80% da população activa moçambicana. O sub-sector de florestas em particular, desempenha um papel relevante socio-económico e ecológico, ao garantir a produção de madeira para a exportação e acima de tudo, a provisão de bens e serviços ambientais, embora estas últimas não sejam contabilizadas nas contas nacionais. Do ponto de vista das comunidades rurais, desempenha um papel importante no seu bem-estar ao providenciar importantes fontes de recursos para a nutrição, saúde e protecção. Contudo, o desenvolvimento económico acelerado de Moçambique, impõem um desafio enorme ao sector agrário, pois a necessidade de conversão de grandes áreas de florestas em áreas de agricultura, habitação ou outros, determina novas formas maneio e gestão dos recursos florestais. Com essas palavras, o Vice-reitor quis transmitir o reconhecimento do contributo do projecto ACES, pela natureza e objectivo do estudo, revelar-se ser de extrema importância para o desenvolvimento de Moçambique, bem como para elevar o nome da UEM a nível nacional, regional e internacional. Portanto, agora que termina o seu segundo ano, projecto com a duração de 4 anos (2014-2017), o Vice-reitor realçou importantes resultados de impacto produzidos até a data, nomeadamente: A capacitação institucional: melhoria da capacidade de realizar investigação, melhoria de infraestrutura e a obtenção de equipamento para a investigação. A formação de recursos humanos a nível nacional: 3 dissertações de mestrado, realização de práticas de estudantes e envolvimento de parceiros de investigação nacional nomeadamente as universidades UniLúrio e Uni Zambeze. O Desenvolvimento de parcerias: com instituições governamentais a nível provincial e distrital, ONGs, comunidades locais e outros. A produção científica relevante: 4 comunicações científicas em eventos internacionais, 2 policy-briefs, 7 artigos científicos em preparação. A ligação com o sector produtivo: através da participação em debates públicos e nos meios de comunicação social. Ao terminar, endereçou os parabéns à FAEF e seus colaboradores, por contribuir sobremaneira para elevar a qualidade científica da universidade e promover a discussão aberta dos resultados da investigação com os seus parceiros. De facto, esta é sem dúvida uma das formas de implementação das linhas de investigação da UEM e da concretização da sua visão. Com estas palavras, o vice-reitor declarou oficialmente aberto o seminário de partilha de resultados do projecto ACES e desejou a todos, votos de um seminário produtivo e discussões frutuosas, apelando para que informem a direção máxima da UEM sobre os resultados do mesmo. 2. METODOLOGIA O seminário foi organizado em sessões em que cada uma tinha a sua respectiva apresentação (em anexo) e tema específico a ser comentado por um representante do sector do Governo, Sector privado e um da ONG. A selecção das instituições foi tida como critério ao papel que a instituição desempenha na intervenção de uso de terra, e que a mesma se ajustasse aos objectivos fulcrais da pesquisa. 3. Resultados Sessão 1: Energias de Biomassa e o impacto sobre o bem-estar das comunidades rurais e as implicações das políticas associadas. Moderador: António Saíde, (PCA do FUNAE). O moderador começou por saudar os participantes e agrade aos organizadores do seminário por ter convidado a ele para moderar a sessão. Posteriormente, avançou com a apresentação dos painelistas que iriam tecer os comentários de cada tópico específico da sessão. Por fim, o mesmo reconheceu que a energia de biomassa é a mais usada, porém, mais mal tratada. Neste âmbito, estudos de natureza podem contribuir para os esforços de tornar a produção e consumo de energias de biomassa seja sustentável. Resumo da Apresentação: Cadeia de valor da produção de carvão vegetal de Mabalane para Maputo: constatações e implicação das políticas. Apresentado por Dra. Sophia Baumert, investigadora do Projecto ACES. A produção de carvão é uma das principais causas do desmatamento da zona Sul do país. A província de Gaza tem o maior número de licença de carvão do país e é o princial local de fornecimento de Maputo. A produção de carvão é uma das principais actividades económicas em Mabalane. A produção de pequena escala sugere que os produtores têm uma área de exploração média de 2,5 há, produzem uma média de 126 sacos de carvão por ano e a maioria vende para grossistas urbanos licenciados. Mais de 80% dos titulares de licença dos produtores e comerciantes de grande escala não são residentes. Um operador externo tem uma área média de exploração de 359 ha. Mais de 80% dos trabalhadores do carvão são da província de Inhambane. No processo de distribuição de lucros, os operadores externos e grossistas têm a margem mais alta em relação as comunidades locais. Com a produção dos externos cerca de 8% da receita total é que permanece ao nível da comunidade, e com somente produtores locais e associações o valor pode subir a 45%. A produção de carvão e a distribuição da renda é desigual nas aldeias. Está mais para a "prevenção da pobreza" do que a “redução da pobreza". A produção de carvão vegetal não tem um efeito sustentável sobre o bem-estar das comunidades. A produção de carvão vegetal está sendo trocada por outros serviços do ecossistema. Comentários 1: Implicação política; acção planeada ou em curso sobre a necessidade de fontes alternativas de energias sustentáveis. Por Marcelina Macaveia (Direcção Nacional de Energia). A comentadora começou por mencionar a importância que o estudo tem para a para o sector de energia e a sociedade no geral, pelo facto do mesmo estar a actualizar estudos anteriormente realizados e por realçar os problemas que foram constatados pelo sector. De uma forma geral, a comentadora considerou que este estudo é importante dada a abrangência e a natureza metodológica utilizada para a obtenção dos resultados. No sector de energia, nota-se que a população necessita de iniciativas que visam substituir a energia de biomassa por outras fontes energéticas alternativas como o gás, electricidade e outros, para reduzir a demanda dos combustíveis lenhosos. Em 2009 foi aprovada a política no 10/2009 e 2011 aprovada a estratégia de desenvolvimento de energias novas e renováveis que visa assegurar a disponibilidade de energia a nível nacional para responder aos desafios do desenvolvimento socioeconómico sustentável. Para o caso específico de energias de biomassa, em 2014 foi aprovada a Estratégia de Conservação e Uso Sustentável de Energias de Biomassa tem como objectivo orientar o sector da energia da biomassa a redefinir a actual abordagem às intervenções a altura no novo contexto. Tem em vista acções ou medidas e actividades específicas ligadas a energias de biomassa, como por exemplo, (i) coordenação ou fóruns para introduzir e coordenar actividades no terreno (comissão interministerial de bioenergia), (ii) produção de fogões melhorados para uso doméstico, porém o projecto terminou e nunca teve continuidade, (iii) controlo da cadeia de valor, (iv) reforço do conselho legislativo, (v) criar redes de mercados, (vi) licenciar os consumidores locais em toda a cadeia, (vii) postos de cobrança fiscal, (viii) promover a comercialização, e (ix) revisão dos 20% para as comunidades rurais. Comentários 2: Soluções tecnológicas em vigor sobre a eficiência energética. Por Ricardo Martins (Greenlight). O comentador optou por fazer uma apresentação de 10 min. Sobre a tecnologia que existe, a realidade que temos e o conceito e significado de eficiência energética. Existem fornos fixos ou moveis, de terra, barro ou metal. Existem também tecnologias industriais que visam a utilização da biomassa para produzir energia (carvão vegetal). Determinado estudo da Greenlight revelou que os fornos locais produziram mais carvão que os fornos do tipo “IBKE”. Do estudo conclui-se que pelo mundo fora, soluções menos eficientes são preferidas, mesmo quando vistas como menos eficientes. O comentador apresentou conceitos de eficiência tendo como Eficiência é situacional: depende muito das condições locais, do conhecimento e experiência locais, da curva de aprendizagem; Eficiência tecnológica faz parte de elaborados sistemas socio-tecnológicos: Quem mede? Porque mede? Como mede? Eficiência tecnológica tem sido reduzida à eficiência técnica, ou termodinâmica: parte de um discurso centrado nas visões do doador e não na realidade e prácticas do utilizador; Eficiência tecnológica na produção do carvão não pode ser separada do contexto socio-ecológico e das estratégias de vida e prácticas energéticas das zonas de implementação. Eficiência tecnológica na produção do carvão não equivale obrigatoriamente a redução na deflorestação. Comentários 3: Desafios e intervenções levadas a cabo sobre produção e consumo sustentável de energias de biomassa. Por Leovigilda Moiane (KULIMA). A implementação das leis que regulem a produção e consumo de energias de biomassa são pouco efectivas; As comunidades locais perdem muito no processo na cadeia de valores de energias de biomassa; Para que a produção e consumo de energias de biomassa seja sustentável, é preciso que se reduza os intervenientes na cadeia de valores com vista a proporcionar mais renda aos produtores; Deve-se garantir também a implementação efectiva e continua do plano de educação ambiental a todos os níveis e intervenientes da cadeia de valores do carvão vegetal; A sociedade civil deve continuar a prestar o seu contributo e estar presente a todos os momentos com agenda própria bem definida sem depender na sua totalidade nos doadores; Comentários 4: Será que plantação florestal é uma opção a apostar? Que inovações podem ser adoptadas para a geração de energias com base na biomassa? Por Arlito Cuco (Green Resources). O Director da Green Resources, Arlito Cuco, iniciou a sua explanação em afirmar que uma das perspectivas do sector privado é de assegurar o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. Recapitulando uma das conclusões da apresentação da sessão que refere que o carvão vegetal é o serviço de ecossistema mais importante em Mabalane, mas que a sua produção não é sustentável, o comentador avançou com os seguintes pontos. As plantações florestais podem ser uma boa opção a apostar se as mesmas beneficiarem a todas as partes envolvidas, pois o sistema sugere que os mais informados são os que mais tiram benefícios. Podem ainda ser uma boa opção se adoptar plantações com espécies que têm alto poder calorifico semelhante as espécies nativas Os primeiros reflorestamentos históricos do país datados na década setenta baseavamse exclusivamente em espécies exóticas e não as nativas. Cerca de 1/3 da árvore é desperdiçada durante a exploração florestal, por essa razão torna-se necessária a inovação em tecnologias que permitem o uso integral dos produtos florestais como a produção de briquetes e/ou peletis permitindo desta forma a maximização no aproveitamento dos resíduos provenientes da exploração florestal e serração na geração de energias de biomassa. . Debate em Plenário O debate em plenário foi iniciado pela reação dos convidados, onde foram feitas questões, sugestões e críticas para o estudo apresentado. Será que o estudo não é uma repetição no país? O projecto tem bases para andar? Até que ponto as publicações cientificas produzidas no âmbito do projecto podem apoiar a redução da pobreza? Se foi investigada a qualidade de fiscalização As abrangências do estudo? Qual é o preço do briquete? Para além do projecto trazer os problemas que aparentemente são conhecidos, deveria trazer a discussão questões sobre como sair desta situação? Ou seja, em termos práticos como operacionalizar as recomendações de modo a resolver o problema de pobreza das comunidades rurais mais carenciadas? O preço é apenas um elemento, mas não é único factor que pode determinar o acesso dos briquetes, com que é preciso considerar as preferências das pessoas. Sessão 2: Existem cenários de ganho-ganho na produção de carvão vegetal? – Serviços de Ecossistema e o bem-estar das comunidades rurais em Moçambique. Moderador: Almeida Sitoe (ACES/UEM/FAEF). Resumo da Apresentação: Cenários de uso sustentável de terra: Intervenções para melhorar os serviços de ecossistemas e o bem-estar humano. Isilda Nhantumbo (ACES/IID). Comentários 1: Contributo do sistema de plantações florestais no provisionamento de energia. Comentado por Eurico Cruz (Florestas de Niassa). O comentador iniciou afirmando que nos últimos anos se tem registado um maior aumento da expansão de áreas de plantações florestais de pinhos e eucaliptos de diferentes companhias florestais, no planalto de Lichinga, província de Niassa. Portanto, para comentar este tópico, o comentador preferiu compartilhar as experiências de provisionamento de energia utilizado na companhia florestal em que dirige, Florestas de Niassa. A província de Niassa enfrenta um grande problema de carência de energia e as empresas florestais, por exemplo, Florestas de Niassa, produz a sua própria energia e comercializa a comunidade local. As queimadas são frequentes nas plantações, e as comunidades aproveitam as árvores mortas removidas das plantações para utilizar como fonte de energia (lenha); As árvores das plantações de Florestas de Niassa têm sido utilizadas para a cura de tabaco e produção de energia pelas comunidades que produzem tabaco por contrato. Comentários 2: Relevância dos serviços de ecossistema para o bem-estar das comunidades rurais. Por Roberto Zolho (MITADER). A situação do carvão vegetal é séria e o mato das u.s de acesso a situação piora; Difícil fazer a restauração ecológica destas áreas Abordagem integrada da …. Temos como desafios grandes a conjuntura política favorável Deve-se adoptar medidas voltadas a proibição de cortar em zonas com impossibilidade de regeneração da floresta. Comentários 3: Relação entre o acesso dos recursos naturais e a sobrevivência e o bem-estar das comunidades rurais. Por Helena Mahumane (UNAC). Os camponeses tem acesso do recurso, mas problema o problema é da falta de controlo e segurança; Os grandes investimentos ganham sempre no processo de ocupação de terra, e os camponeses são atribuídos as terras marginais; Uso de produtos químicos nas grandes companhias degrada as terras adjacentes pertencentes aos camponeses; A informação é limitada para que os camponeses façam valer suas obrigações; Regista-se uma fraca clareza na canalização dos 20% da exploração florestal; Tendências de privatização dos recursos hídricos que favorecem os camponeses. Debate em Plenário Como a produção de carvão vegetal pode ser considerado mecanismo de adaptação as mudanças climáticas; Até que nível as plantações florestais não colocam em perigo a disponibilidade de biomassa para as comunidades; Como considerar os aspectos em que se note pessoas que não se associam por acharem que perdem mais ao se associar? Dos cenários considerados no estudo, já se pensou na possibilidade de incluir um 4o cenário o de business as usual? Nesse sistema de produção e consumo de carvão vegetal, será que não estaríamos a transformar o camponês como nosso empregado? Porque o camponês produz o carvão vegetal para fornecer as zonas urbanas; No mapa de cenários, a agricultura e o desmatamento não estão claros; Qual foi o período de análise considerado no cenário? Os cenários não consideram as normas e práticas costumeiras das que permitem a existência harmoniosa entre a floresta e as pessoas; Em parte é necessário políticas fortes e coragem suficiente para banir a produção de carvão; Quais são as alternativas de uso de terra na área de estudo sem que a lenha e carvão vegetal funcione para solucionar os problemas de pobreza? É difícil parar com a produção de carvão com o aumento da densidade populacional, o cenário de produção insustentável de carvão seguiu a seguinte sequencia do passado para a actualidade: Maputo-Changalane-Magude-Chókwè-Mabalane. Quem promove a produção de carvão vegetal é a população carenciada da cidade de Maputo; Precisa ter alternativas de energias diferentes de carvão e lenha nas cidades; Existe uma contradição de políticas quando algumas colocam a prioridade a produção de alimentos e não as florestas. Nota-se que enquanto dissemos proteger as florestas e reduzir o abate, o Ministério de Agricultura diz aumentar as áreas de produção agrícola. Sessão 3: Agricultura Comercial – papel e desafios para o desenvolvimento das comunidades locais. Moderador: Daniel Mate (CEPAGRI) Resumo da Apresentação: O papel de agricultura comercial na economia local e o bem-estar das comunidades locais – o caso de produção de soja em Gurué. Apresentador: Luís Artur (ACES/UEM/FAEF). Gurué e o maior produtor nacional de Soja: Mais de 90% da área agrícola de Gurué é cultivada por pequenos produtores que explora entre 1.5-2.5 ha com baixo uso de insumos; 26% dos agregados entrevistados produzem e vendem soja; Consumo da soja é muito limitado; Área de produção de soja: 0.9-1.1 ha; Proporção da area total de soja: 25-28%; Produtividade da soja: 0.75 – 1.5 t/ha (abaixo da media); Margem de lucro pode variar entre 7,500-14,500 Mt/ha (dependendo da quantidade produzida e do preço) e isto não inclui o preço de mão-de-obra familiar; Grande desafio para os pequenos produtores: acesso a sementes e a flutuação de preços; Os produtores emergentes exploram entre 2-47 ha para produção de soja (acima do pequeno produtor); Rendimento varia: 1.5-2.25 t /ha (acima do pequeno produtor); Usam tractores para preparação de campos; Alguns usam sementes certificadas e inoculantes; Alguns receberam um pacote tecnológico da tecnoserve; Margem de lucros pode variar entre 7,500 – 15,500 Mt/ha (incluindo todos os custos); Grande desafio para os produtores emergentes: Receber crédito a tempo de iniciar e terminar todas as operações necessárias. Comentários 1: Politicas, Estratégias e Desafios na promoção da agricultura comercial. Por Raimundo Matule (MASA) Permanecem os desafios e estratégias no programa de agricultura familiar. O comentador acredita que tem havido divergências no conceito da agricultura comercial; Adequar as políticas a cada realidade aos diferentes tipos de produtos que devem estar interligados; Comentários 2: Agricultura comercial: seria agricultura por contrato ou um modelo de negocio mais integrado? Por António Limbau (MASA) Como fazer com que os produtores se vão transformar na sua actividade para garantirem o mercado; Níveis de produtores com 7 níveis de produção de produto emergentes, envolta deles podem nascer outros produtos; - essa somente é uma referência pois a maior parte de produção é representada por pequenos produtores (área menor de 2 hectares) Educação para apoiar ao sector familiar a chegar a um nível mais alto, e acesso a informação. O Ricardo Martins, acrescentou questionando sobre oque é feito com a soja e porque soja? Nisso existem conflitos inevitáveis, e porque conflitos? A oscilação dos preços no mercado? Como pode ser gerida essa situação? Expansão de áreas de soja; A baixa produtividade coincide com o fim do PROAGRI; Produção de soja vs. consumo, deveria se utilizar os Comentários 3: Papel e desafios da promoção da extensão agrária. Por Carolina Reynoso (CLUSA). Modelos inovadores para as associações dos produtores tornarem-se confiantes e integrados no contexto nacional; Organizar associações, capacitar e ligar ao mercado através dos extensionistas; Associações que têm normas e agendas funcionam melhor sobretudo para as mais pequenas, pois não vêm relação cultural e da responsabilização das comunidades; Debate em Plenário Redução de biomassa a um ritmo acelerado; Sessão 4: Relação entre as actividades económicas e serviços de ecossistema Moderador: Valério Macandza (UEM/FAEF) Resumo da Apresentação: Efeito das actividades económicas sobre os serviços de ecossistemas em florestas de mopane. Natasha Ribeiro (ACES/UEM/FAEF). A produção de carvão nas florestas de mopane em Mabalane ocorre simultaneamente com outros serviços do ecossistema. Existe uma diversidade de espécies e tipos de vegetação que podem providenciar serviços se aqueles onde a produção de carvão ocorre são degradados. Em locais dominados por tipos de vegetação/espécies preferidos para a produção de carvão, a biomassa tende a reduzir especialmente onde ocorre degradação (redução de cobertura de terra/biomassa). Comentários 1: Quais são as principais causas do desmatamento? Que dados existem para monitorar as perdas de biomassa? Macuacua (Direcção Nacional de Florestas – Unidade de Inventário). As principais causas do desmatamento e degradação florestal são dentre elas a agricultura, produção de carvão, exploração florestal madeireira, e entre outras; O governo está preocupado com os actuais níveis do desmatamento no país, e pretende financiar medidas que possam regular a emissão de licenças de produção de carvão vegetal; Comentários 2: Rastreando as mudanças das categorias e mudanças de cobertura de terra. Regina Cruz. Deve-se promover a gestão integrada e não isolada de uso de terra, tendo em vista aos factores e actores da sociedade, principalmente a nível das comunidades, as instituições comunitárias. Comentários 3: Como o desmatamento está afectando a sobrevivência das comunidades? Por Alda Salomão (CTV). Parece que não esteve presente nessa altura. Debate em Plenário Qual foi a técnica usada para a amostragem dos solos; Estabelecer tempo limite para que os líderes comunitários interditar as licenças; Poderia se utilizar a informação de plano de uso de terra para obter informação de solos na área de estudo; Será que onde ocorre o mopane existe mudanças de composição de espécies? Sessão 6: Encerramento do Seminário Destaque das questões-chave levantadas durante o dia e a implicação geral das políticas. Por Luís Artur (ACES/UEM/FAEF). 4. NOTAS CONCLUSIVAS O seminário revelou-se profícuo e de riqueza conspícua notável pela repercussão no seio dos diferentes sectores do Governo, sector privado, ONGs, Sociedade civil e todos presentes no evento. Como nota conclusiva, o Luís Artur avançou por recapitular os objectivos do seminário e logo de seguida começou por apresentar os seguintes grupos de constatações. Relevância das Florestas e Ecossistemas Durante o seminário foi claramente reconhecido que as florestas e ecossistemas são muito relevantes para a sobrevivência das pessoas pelo provisionamento dos serviços de ecossistemas; Constituem a fonte de alimento, renda e espaço socio-cultural. Estudo do ACES Ficou claro que o estudo do ACES é importante por causa da dinâmica socio-cultural, económica e ambiental do país que necessita de estudos que procurem actualizar e abordar assuntos com mais profundeza. Temática de Políticas Notou-se inexistência de algumas políticas, por exemplo, a de proibição de um certo nível de desmatamento; Fraca implementação ou fiscalização das políticas; Contradições entre as políticas. Papel da Ciência e Tecnologia A ciência e tecnologia podem ajudar a definir plantações com espécies mais apropriadas e que ajudem no aproveitamento integral das árvores abatidas; A ciência e tecnologia devem ser inclusivas trazendo as comunidades dentro de produção de novos conhecimentos científicos e novas tecnologias; A ciência e tecnologia podem ajudar a reduzir o preço de energias e assim mais pessoas podem aceder as fontes alternativas reduzindo a pressão das florestas na demanda de carvão e lenha; Cenários de Ganho-Ganho Nota-se que na prática não há ganho-ganho, pois as grandes companhias ganham mais que a comunidade local; No processo de procura e oferta dos serviços de ecossistemas, as populações das cidades é que demandam a energia de biomassa (lenha e carvão), porém a utilização em si não é grande problema, isso se a produção e comercialização forem feitas de forma sustentável. Em todo o caso é preciso procurar formas preferências de energias alternativas com meios de sustento nas zonas de proveniência de carvão e lenha. 5. RECOMENDAÇÕES Para os investigadores do projecto, recomenda-se o seguinte: Explicar melhor as metodologias usadas; Rever os resultados onde possível, sobretudo resultados sobre cenários; Propor recomendações que sejam mais explicativas; Procurar disseminar os resultados a vários níveis. Sessão 6: Encerramento do Seminário O ACES no contexto mais amplo das prioridades de pesquisa da FAEF. Tomás Chiconela (Director da FAEF). O Director da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Prof. Doutor Tomás Chiconela, começou por sumarizar os aspectos que se revelaram relevantes perante a discussão em plenário fazendo a relação com os objectivos do projecto e do seminário. Daí fez menção de que tudo o que foi discutido no seminário vai de encontro à Política e linhas de Investigação da UEM, em particular no que refere a necessidade de contribuição da investigação para o desenvolvimento social e económico do país. De seguida afirmou que com a implementação do projecto ACES, a FAEF, materializou a nova visão da UEM. Além disso, a FAEF materializa também as suas aspirações plasmadas no seu plano de investigação de, em conjunto com os seus parceiros nacionais e internacionais consolidar a investigação colaborativa na tentativa de fazer a ponte entre a ciência e a política tendo também em linha de conta os assuntos de desenvolvimento internacional. O Director realça também a contribuição do Projecto ACES para elevar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem na FAEF, ao envolver os estudantes e docentes através de práticas pedagógicas e trabalhos de culminação de curso. De acordo com o que foi apresentado e debatido em plenário, o Director registrou que a produção de carvão em Mabalane não resulta na melhoria, a longo prazo, das condições de vida dos produtores locais; e de acordo com o Director, no seminário foram trazidas evidências das ligações entre os serviços ecossistémicos e o alívio a pobreza. No entanto, reconhece igualmente que mais pesquisa é necessária para estabelecer não só a magnitude da dependência do bem-estar das comunidades rurais aos serviços de ecossistemas mas também a possibilidade de, através dos serviços ecossistémicos, desenvolver actividades comerciais que galvanizem a quebra do ciclo de pobreza incluindo esquemas de pagamento de serviços do ecossistema. De acordo ainda com o Director da FAEF, a modelação integrada abordada no projecto, permitiu de forma robusta sintetizar processos e variáveis associadas, o que pode contribuir para a melhoria de políticas socorrendo-se de diferentes disciplinas. Trata-se portanto, de um claro exemplo da contribuição da investigação na resolução de problemas práticos reais de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, espera que os resultados, disseminados ao nível dos sectores entre os diversos actores e em diferentes formatos atinjam todos os intervenientes relevantes; na perspectiva de que as florestas, ecossistemas e comunidades de Moçambique sejam melhor conhecidas ao mesmo tempo que se incrementem os materiais de ensino em áreas relevantes da FAEF. As palavras de apreço e esperança proferidas pelo Director da FAEF foram finalizadas agradecendo a todos os participantes, investigadores, organizadores do seminário e em especial os caros convidados, moderadores e comentadores que com o seu saber sobejamente reconhecível propiciaram uma análise profunda e providenciaram subsídios aos resultados das investigações o que permitiu almejar com sucessos os objectivos do seminário e que certamente contribuirão para nortear os próximos passos do projecto, da pesquisa na FAEF, de encontro aos desafios do desenvolvimento. Para terminar, desejou aos que vinham de fora um bom regresso à origem. Portanto, com estas palavras deu por encerrado o seminário de apresentação e discussão dos resultados do projecto ACES. AGRADECIMENTOS Os organizadores do seminário gostariam de agradecer inicialmente o Vice-reitor para Administração e Recursos da Universidade Eduardo Mondlane, Prof. Doutor Ângelo Macuacua, por nos ter honrado durante a abertura do seminário. Na mesma ordem agradecer o Director da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Prof. Doutor Tomás Chiconela, por representar-nos pelo mais alto nível perante o Vice-reitor para Administração da UEM. Os nossos agradecimentos vão com maior apreço aos moderadores e os comentadores em primeiro lugar por terem aceitado o convite, pois sem a vossa presença o seminário não aconteceria, e daí agradecer também por terem exercido com zelo e rigor o papel solicitado. Os organizadores agradecem igualmente aos chefes e representantes dos serviços provinciais de Floresta das províncias onde o estudo foi levado a cabo, designadamente província de Gaza, Zambézia e Niassa por terem representado no seminário o seu governo provincial, e pelos valiosos contributos deixados. Por fim, queremos agradecer a todos os participantes do seminário pelas intervenções valiosas durante o debate em plenário. ANEXOS Apresentação 1: Apresentação 2: Apresentação 3: Apresentação 4: AGENDA DO SEMINÁRIO Tempo Sessão 1: Introdução Descrição 8:00 – 8:15 Registo dos Participantes 8:15 – 8:35 Contextualização, objectivos, agenda do seminário e apresentação do ACES 8:35 – 8:50 Abertura Oficial do Seminário Responsabilidades Sá Nogueira, Marlene, Andreia & Muniro Natasha Ribeiro Vice-Reitor Sessão 2: Energias de Biomassa e o impacto sobre o bem-estar das comunidades rurais e as implicações das políticas associadas Moderador: António Saíde (FUNAE) Cadeia de valor da produção de carvão vegetal de 8:50 – 9:10 Mabalane para Maputo: constatações e implicação das Sophia Baumert políticas. Comentários: Implicação política; acção planeada ou Marcelina Macaveia – 9:10 – 9:20 em curso sobre a necessidade de fontes alternativas de Direcção Nacional de Energia energias sustentáveis (DINAE) 9:20 – 9:30 Comentários: Soluções tecnológicas em vigor sobre a Ricardo Martins (Greenlight eficiência energética Company) Comentários: Desafios e intervenções levadas a cabo Leovigilda Moiane 9:30 – 9:40 sobre produção e consumo sustentável de energias de (KULIMA) biomassa Arlito Cuco – (Green Comentários: Será que a plantação florestal é uma Resources) 9:40 – 9:50 opção a apostar? Que inovações podem ser adoptadas para a geração de energias com base na biomassa? 9:50 – 10:20 Debate em plenário 10:20 – 10:50 Café Sessão 3: Existem cenários de ganho-ganho na produção de carvão vegetal? – Serviços de Ecossistema e o bem-estar das comunidades rurais em Moçambique Moderador: Almeida Sitoe (UEM/FAEF) Cenários de uso sustentável de terra: Intervenções para 10:50 – 11:10 melhorar os serviços de ecossistemas e o bem-estar Isilda Nhantumbo humano Comentários: Contributo do sistema de plantações 11:10 – 11:20 Eurico Cruz florestais no provisionamento de energia Comentários: Relevância dos serviços de ecossistema Roberto Zolho (MITADER) 11:20 – 11:30 para o bem-estar das comunidades rurais Comentários: Relação entre o acesso dos recursos 11:30 – 11:40 naturais e a sobrevivência e o bem-estar das UNAC comunidades rurais 11:40 – 12:10 Debate em plenário Sessão 4: Agricultura Comercial – papel e desafios para o desenvolvimento das comunidades locais Moderador: Daniel Mate (CEPAGRI) 12:10 – 12:30 12:30 – 12:40 O papel de agricultura comercial na economia local e o bem-estar das comunidades locais. Comentários: Politicas, Estratégias e Desafios na promoção da agricultura comercial Luís Artur Raimundo Matule – (MASA) Tempo Descrição Comentários: Agricultura comercial: seria agricultura 12:40 – 12:50 por contrato ou um modelo de negocio mais integrado? Comentários: Papel e desafios da promoção da 12:50 – 13:00 extensão agrária. 13:00 – 13:30 Debate em plenário 13:30 – 14:10 Almoço Sessão 5: Relação entre as actividades económicas e serviços de ecossistema Moderador: Valério Macandza (UEM/FAEF) Efeito das actividades económicas sobre os serviços de 14:10 – 14:30 ecossistemas Comentários: Quais são as principais causas do 14:30 – 14:40 desmatamento? Que dados existem para monitorar as perdas de biomassa? Comentários: Rastreando as mudanças das categorias e 14:40 – 14:50 mudanças de cobertura de terra. Comentários: Como o desmatamento está afectando a 14:50 – 15:00 sobrevivência das comunidades? Debate em plenário 15:00 – 15:30 Sessão 6: Encerramento do Seminário Destaque das questões-chave levantadas durante o dia e 15:30 – 15:45 a implicação geral das políticas 15:45 – 16:00 16:00 – 16:30 O ACES no contexto mais amplo das prioridades de pesquisa da FAEF. Lanche Responsável António Limbau (MASA) Carolina Reynoso (CLUSA) Natasha Ribeiro & Casey Ryan Direcção Nacional de Florestas – Unidade de Inventário Regina Cruz Alda Salomão (CTV) Luís Artur Tomás Chiconela – Director da FAEF Lista dos Participantes N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Nome do participante Abreu Imbua Adelaide Macaba Admiro Gamba Cuambe Aide Farão Alberto Siquela Alda Salomão Instituicao FAEF CEMO FAEF DPTADER-Gaza Centro Terra Viva Alex Boma Almeida Sitoe Andreia Massamby Aniceto Chaúque Anifa Mustafá António Limbau António Saíde Arlito Cuco Armindo Salato Arsénio Jorge Baera Bento Moreira Beatriz Massingue Cácia Cuambe Carla Braga Carolina Casey Ryan Catarina Damuna Bacar Daniel Mate Edfonsi Raposo Edgar Henriques FAEF UEM/ACES FAEF UEM ISCISA MASA FUNAE Green Resources ADRA FAEF FLCS MITADER/DNDR FAEF FLSC CLUSA UoE FAEF FAEF CEPAGRI Encubadora UEM Contacto [email protected] [email protected]/82490744 [email protected] 842579495 [email protected] 823051660 820969093 [email protected] [email protected] 823390381 845091667 82/843296430 823071347 [email protected] [email protected] 846611311 845864854 826515376 [email protected]/823095300 872481618 [email protected] 828908900 844708067 827078858 828159348 823390381 Profissão Estudante Geografa Assessor de pesquisa Estudante tecn. Superior de Agropecuária Jurista Estudante Eng. Florestal Estudante Docente Físico Director Gestor Docente Estudante Oficial Nacional Estudante Antropóloga Diretora Docente Eng. Agrónomo Delegado Geografo 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 Elface Albino Elton Zacarias Enoque Bernardo Eugénio Camilo Eurico Cruz Fátima Mustafá Felícia Nhate Germano Lucas Helena Mahumane UEM FAEF UEM FAEF Florestas de Niassa A Politecnica FAEF FAEF UNAC Iassine Selemame Inês Raimundo Isilda Nhantumbo FAEF FLCS IIED/ACES Ivo Madeira João Carlos João Machel Joaquim Macuacua Jorge Brito José José Artur José Trindade LUPA WWF SPFFB-Zambézia DINAF FDUM-UEM UEM ESCIDE ICS Júlio Machine Leonildo Cumbane Leovigilda Moiane Lina Thovele Lionel Dimas Ferro Luís Artur Maibeque Frederico FAEF UEM KULIMA ORAM FAEF FAEF/ACES FAEF Manuel Montrino Manuel Nhanala UEM/FAEF [email protected] 842084479 829742866 823720410 823106540 [email protected]/841249223 [email protected] 826100982 827599660 843440722 84303452 [email protected] 824267300/[email protected] 825348290 825810990 822837410 820666867 825463432 864059030 828709320 [email protected] 847151593 [email protected] 826818816 [email protected] [email protected] 825785490 [email protected] [email protected] Docente Estudante Director Estudante Estudante Técnica Estudante Geografa Técnico Coordenador Técnico Técnico Estudante Estudante Estudante Tec. Social Estudante Estudante Técnica de Projectos Secretaria Estudante Docente Estudante Dir. Nac. Agr. Silvic. Estudante 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 Marcelina Matameia Marlene Valente Maria Muianga Maria Pinho Mariana Carvalho Matola Salímo Milton José MIREME-DNE FAEF Terra Firma WCS ACES-FAEF/UEM FAEF Incubadora Muino Taqdir Muniro Amade Muri Soares Narciso Bila Natasha Ribeiro Nélio Mabuiangue Nikson Amos Nito Tambo Noémia Utxavo Ornélio Nhaduco Pascoal Jone Phil Kadafi Raimundo Matule Regina Cruz Reinaldo Germano Banco Mundial FAEF FAEF FAEF FAEF/ACES FAEF FAEF FLCS MEF FAEF FAEF UEM/FAEF MASA SPF-Niassa René Machoco Ricardo Martins Roberto Zolho Rogério Mandlate Romana Rombe Bandeira Roselda Sousa Sá Nogueira Lisboa JA-MOZ Greenlight MITADER TIM FAEF/ACES MASA-DINAS ACES [email protected] [email protected] 827421820 [email protected]/824237208 [email protected] 841080195 846075547 [email protected] [email protected] [email protected], 825249168 [email protected] [email protected] [email protected] 824466286 824157158 [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] 844337782 [email protected]/843983270 [email protected] [email protected], 828286842 Eng. Florestal Estudante Eng. Florestal Office Manager Bióloga Estudante Eng. Florestal Estudante Estudante Docente Docente Estudante Estudante Ass. Técnico Economista Docente Estudante Estudante Economista Eng. Florestal Eng. Florestal Eng. Florestal Investigador Ecologista Operador de camera Docente Eng. Florestal Eng. Florestal 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Sadate Mário Saíde Agostinho Sebastião Famba Sebastião Jone Serafim Alberto FAEF Parlamento Juvenil FAEF FLSC DC/UEM Sheila Cuambe Sílvia Maússe-Sitoe Tevine Gregório Timóteo Timbé Tomás Chiconela Valentim Tenguice Valério Macandza Velasco Fahanjane Victoria Cossa Zelino Bunguane FAEF FAEF UEM TIM FAEF/UEM FAEF FAEF INGC-DARIDAS FAEF FAEF 820280510 [email protected] [email protected] 823372682 827534880 [email protected] [email protected]/822832810 825453993 826819814 [email protected] 841636966 [email protected] 827010328 [email protected] [email protected] DR Assistente de programas Hidrólogo Estudante Docente Estudante Eng. Florestal/Investigadora Estudante Jornalista Pesquisador Docente Eng. Florestal Estudante Estudante