Reavivamento e Seus Resultados

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REAVIVAMENTO E SEUS RESULTADOS
Índice
1
2
3
4
5
6
7
Conversões - Simuladas ou Reais / 7
Como ser um Cristão Renascido / 20
Deus Também Tem Regulamentos / 30
Equilíbrio Entre Fé e Obras / 34
Salvo Unicamente "em Cristo" / 40
Cuidado com as Imitações! / 47
É Ainda uma Luta / 59
Ellen White
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Conversões - Simuladas ou Reais
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Poder da Palavra
Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de
sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era
proclamada com poder. Os pecadores sentiam despertar-lhes a consciência. A "luz... que alumia a todo
homem que vem ao mundo" (João 1:9) iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas
das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do
pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de
aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam:
"Quem me livrará do corpo desta morte?" Rom. 7:24. Ao revelar-se a cruz do Calvário, com seu infinito
sacrifício pelos pecados dos homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a
expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus. Com
fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram
"a remissão dos pecados dantes cometidos". Rom. 3:25. Novo Estilo de Vida Aquelas pessoas produziram
frutos dignos de arrependimento. Creram e foram batizadas, e levantaram-se para
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andar em novidade de vida - como novas criaturas em Cristo Jesus; não para se conformarem aos desejos
anteriores, mas, pela fé no Filho de Deus, seguir-Lhe os passos, refletir-Lhe o caráter, e purificar-se,
assim como Ele é puro. As coisas que antes odiavam, agora amavam; e as que antes amavam, passaram a
odiar. Os orgulhosos e presunçosos tornaram-se mansos e humildes de coração. Os vaidosos e arrogantes
se fizeram graves e acessíveis. Os profanos se tornaram reverentes, sóbrios os ébrios, os devassos puros.
As modas vãs do mundo foram postas de parte. Os cristãos procuravam não o "enfeite... exterior, no
frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no
coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". I Ped. 3:3 e
4. Os reavivamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos
apelos solenes e fervorosos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo
sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus pela salvação de outros. Os frutos de
semelhantes avivamentos eram vistos nas pessoas que não fugiam da renúncia e do sacrifício, mas que se
regozijavam de que fossem consideradas dignas de sofrer dificuldade e provação por amor de Cristo.
Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se
beneficiava por sua influência. ... Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de
genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha
roubado, confessa os pecados e ama a Deus e seus semelhantes, o pecador pode estar certo de que
encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de
reavivamento espiritual. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a
salvação dos homens e para reerguimento da humanidade.
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Reavivamentos Falsos - Qual a Diferença?
Muitos reavivamentos dos tempos modernos têm, no entanto, apresentado notável contraste com aquelas
manifestações de graça divina que nos tempos primitivos se seguiam aos esforços dos servos de Deus. É
verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão, vão às igrejas; não obstante, os
resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento correspondente da verdadeira
vida espiritual. A luz que brilha por algum tempo logo se apaga, deixando as trevas mais densas do que
antes. Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação,
despertando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos
dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e
apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é
atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus,
que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. Para todo indivíduo
verdadeiramente convertido, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objeto da vida. ...
Antes dos juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor tal avivamento da
primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de
Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo, muitos se separarão das igrejas em que o amor
deste mundo suplantou o amor a Deus e a Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão
alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente a fim de
preparar um povo para a segunda vinda do Senhor.
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O inimigo das almas deseja atrapalhar esta obra, e antes que chegue o tempo para tal movimento,
esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder
sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; se manifestará o que será considerado
como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por
elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência
sobre o mundo cristão. Por que ser Enganado? Em muitos dos reavivamentos ocorridos durante o último
meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão
em movimentos mais extensos no futuro. Há um reavivamento apenas emotivo, mistura do verdadeiro
com o falso, muito apropriado para desviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra
de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o
testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar o crente e que
exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é dada a bênção de
Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu - "por seus frutos os conhecereis" (Mat. 7:16) - é evidente
que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus. Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos
homens a revelação de si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de escudo contra os enganos de
Satanás. Foi a negligência dessas verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando
agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista, em grande parte, a natureza e importância da lei de
Deus. Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência da lei divina, tem ocasionado erros
quanto à conversão e santificação, resultando
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em baixar, na igreja, a norma de piedade. Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder
de Deus nos avivamentos de nosso tempo. ... Pode Ser Mudada a Lei de Deus? Muitos ensinadores
religiosos afirmam que Cristo, pela Sua morte, aboliu a lei e, em virtude disso, estão os homens livres de
seus requisitos. Alguns há que a representam como um jugo penoso; e em contraste com a servidão da lei
apresentam a liberdade a ser desfrutada sob o evangelho. Não foi, porém, assim que profetas e apóstolos
consideravam a santa lei de Deus. Disse Davi: "Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos."
Sal. 119:45. O apóstolo Tiago, que escreveu depois da morte de Cristo, refere-se ao Decálogo
como a "lei real" (Tia. 2:8) e a "lei perfeita da liberdade". Tia. 1:25. E o autor do Apocalipse, meio século
depois da crucifixão, pronuncia uma bênção aos que guardam os Seus mandamentos, "para que tenham
direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas". Apoc. 22:14. A declaração de que Cristo
por Sua morte aboliu a lei do Pai, não tem fundamento. Se tivesse sido possível mudar a lei ou pô-la de
parte, não teria sido necessário que Cristo morresse para salvar o homem da pena do pecado. ...
Separado e Reconciliado
É a obra da conversão e santificação reconciliar os homens com Deus, pondo-os em harmonia com os
princípios de Sua lei. No princípio, o homem foi criado à imagem de Deus. Estava em perfeita harmonia
com a natureza e com a lei de Deus; os princípios da justiça lhe estavam escritos no coração. O pecado,
porém, alienou-o do Criador.
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Não mais refletia a imagem divina. O coração estava em guerra com os princípios da lei de Deus. "A
inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode
ser." Rom. 8:7. Mas "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16),
para que o homem pudesse reconciliar-se com Ele. Mediante os méritos de Cristo a humanidade pode se
restabelecer à harmonia com o Criador. O coração deve ser renovado pela graça divina; deve receber
nova vida de cima. Essa mudança é o novo nascimento, sem o que, diz Jesus, o homem "não pode ver o
reino de Deus". João 3:3. O primeiro passo na reconciliação com Deus, é a convicção do pecado. "Pecado
é a transgressão da lei." I João 3:4. "Pela lei vem o conhecimento do pecado." Rom. 3:20. A fim de ver
sua culpa, o pecador deve provar o caráter próprio pela grande norma divina de justiça. É um espelho que
mostra a perfeição de um viver justo, habilitando o pecador a discernir seus defeitos de caráter.
A lei revela ao homem os seus pecados, mas não provê remédio. Ao mesmo tempo que promete vida ao
obediente, declara que a morte é a conseqüência para o transgressor. Unicamente o evangelho de Cristo o
pode livrar da condenação ou contaminação do pecado. Deve ele exercer o arrependimento em relação a
Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo, seu sacrifício expiatório. Obtém assim "remissão dos pecados
dantes cometidos" (Rom. 3:25), e se torna participante da natureza divina. ... Estaria agora na liberdade de
transgredir a lei de Deus? Diz Paulo: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes,
estabelecemos a lei." Rom. 3:31. "Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?"
Rom. 6:2. E João declara: "Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus
mandamentos não são penosos." I João 5:3. No novo nascimento o coração é posto em harmonia com
Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando essa poderosa transformação se efetua no
pecador, passou ele
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da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade.
...
Santificação - Quem Efetua a Obra?
Teorias errôneas sobre a santificação, procedentes da negligência ou rejeição da lei divina, ocupam lugar
preeminente nos movimentos religiosos da época. Essas teorias não somente são falsas no que respeita à
doutrina, mas também perigosas nos resultados práticos; e o fato de que estejam tão geralmente
alcançando aceitação, torna duplamente essencial que todos tenham clara compreensão do que as
Escrituras ensinam a tal respeito. A verdadeira santificação é doutrina bíblica. O apóstolo Paulo, em carta
à igreja de Tessalônica, declara: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." I Tess. 4:3. E roga: "E o
mesmo Deus de paz vos santifique em tudo." I Tess. 5:23. A Bíblia ensina claramente o que é a
santificação, e como deve ser alcançada. O Salvador orou pelos discípulos: "Santifica-os na verdade; a
Tua Palavra é a verdade." João 17:17. E Paulo ensina que os crentes devem ser santificados pelo Espírito
Santo. (Rom. 15:16.) Qual é a obra do Espírito Santo? Disse Jesus aos discípulos: "Quando vier aquele
Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade." João 16:13. E o salmista declara: "Tua lei é a
verdade." Sal. 119:142. Pela Palavra e Espírito de Deus se revelam aos homens os grandes princípios de
justiça incorporados em Sua lei. E desde que a lei de Deus é santa, justa e boa, e imagem da perfeição
divina, segue-se que o caráter formado pela obediência àquela lei será santo. Cristo é um exemplo
perfeito de semelhante caráter. Diz Ele: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10.
"Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29. Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a
Ele - pela graça de Deus devem formar caracteres em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isto é
santificação bíblica.
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Esta obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em
nós. Paulo adverte os crentes: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é O que opera
em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filip. 2:12 e 13. O cristão sentirá as
insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é
necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória
por nosso Senhor Jesus Cristo." I Cor. 15:57.
As Escrituras claramente revelam que a obra da santificação é progressiva. Quando na conversão o
pecador acha paz com Deus mediante o sangue expiatório, apenas iniciou a vida cristã. Deve agora
aperfeiçoar-se; crescer até "à medida da estatura completa de Cristo". Efés. 4:13. ...
Não Há Lugar Para Arrogância
Os que experimentam a santificação bíblica manifestarão um espírito de humildade. Como Moisés,
depois de contemplarem a augusta e majestosa santidade, vêem a sua própria indignidade contrastando
com a pureza e excelsa perfeição do Ser infinito. O profeta Daniel é um exemplo da verdadeira
santificação. Seus longos anos foram cheios de nobre serviço a Seu Mestre. Foi um homem "mui
desejado" do Céu. Dan. 10:11. Todavia, ao invés de ter a pretensão de ser puro e santo, este honrado
profeta, quando pleiteava perante Deus em prol de seu povo, identificou-se com os que positivamente
eram pecadores em Israel: "Não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças,
mas em Tuas muitas misericórdias. ... Pecamos; procedemos impiamente." Dan. 9:18 e 15. Declara ele:
"Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo." Dan. 9:20.
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Quando Jó ouviu, do redemoinho, a voz do Senhor, exclamou: "Por isso, me abomino e me arrependo no
pó e na cinza." Jó 42:6. Foi quando Isaías viu a glória do Senhor e ouviu os querubins a clamar - "Santo,
Santo, Santo é o Senhor dos exércitos" - que exclamou: "Ai de mim, que vou perecendo!" Isa. 6:3 e 5.
Arrebatado ao terceiro Céu, Paulo ouviu coisas que não era possível ao homem proferir, e fala de si
mesmo como "o mínimo de todos os santos." Efés. 3:8. (II Cor. 12:2-4.) Foi o amado João, que se
reclinou ao peito de Jesus, e Lhe contemplou a glória, que caiu como morto aos pés de um anjo. (Apoc.
1:17.) Não pode haver exaltação própria, orgulhosa pretensão à liberdade do pecado, por parte dos que
andam à sombra da cruz do Calvário. Sentem eles que foi seu pecado o causador da agonia que
quebrantou o coração do Filho de Deus, e este pensamento os levará à humilhação própria. Os que mais
perto vivem de Jesus, mais claramente discernem a fragilidade e pecaminosidade do ser humano, e sua
única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido.
Santificação Falsa - Basta "Crer Tão-somente"?
A santificação que ora adquire preeminência no mundo religioso, traz consigo o espírito de exaltação
própria e o desrespeito pela lei de Deus, que a estigmatizam como estranha a religião da Escritura
Sagrada. Seus defensores ensinam que a santificação é obra instantânea, pela qual, mediante a fé apenas,
alcançam perfeita santidade. "Crede tão-somente," dizem, "e a bênção será vossa." Nenhum outro
esforço, por parte do que recebe, se pressupõe necessário. Ao mesmo tempo negam a autoridade da lei de
Deus, insistindo em que estão livres da obrigação de guardar os mandamentos. Mas é possível aos
homens ser santos, de acordo com a vontade e caráter de Deus, sem ficar em harmonia com os princípios
que são a expressão
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de Sua natureza e vontade, e que mostram o que Lhe é agradável? O desejo de uma religião fácil, que não
exija esforço, renúncia, nem ruptura com as loucuras do mundo, tem tornado popular a doutrina da fé, e
da fé somente; mas que diz a Palavra de Deus? Declara o apóstolo Tiago: "Meus irmãos, que aproveita se
alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? Mas, ó homem vão, queres
tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras,
quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que,
pelas obras, a fé foi aperfeiçoada. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente
pela fé." Tia. 2:14, 20-22 e 24.
O testemunho da Palavra de Deus é contra esta perigosa doutrina da fé sem as obras. Não é fé pretender o
favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; pois
que a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras. Ninguém se engane com a
crença de que pode tornar-se santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de
Deus. Um pecado cometido deliberadamente faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa a
pessoa de Deus. ... Conquanto João em suas epístolas trate tão amplamente do amor, não hesita, todavia,
em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em
que vive a transgredir a lei de Deus. "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos
é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a Sua Palavra, o amor de Deus está nele
verdadeiramente aperfeiçoado." I João 2:4 e 5. Esta é a pedra de toque de toda profissão de fé. Não
podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de
santidade, no Céu e na Terra.
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E a alegação de estarem sem pecado é em si mesma evidência de que aquele que a alimenta longe está de
ser santo. É porque não tem nenhuma concepção verdadeira da infinita pureza e santidade de Deus, ou do
que devem ser os que se hão de harmonizar com Seu caráter; é porque não apreendeu o verdadeiro
conceito da pureza e suprema beleza moral de Jesus, bem como da malignidade e horror do pecado, que o
homem pode considerar-se santo. Quanto maior a distância entre ele e Cristo, e quanto mais impróprias
forem suas concepções do caráter e requisitos divinos, tanto mais justo parecerá a seus próprios olhos.
Santificação - Entrega Total
A santificação apresentada nas Escrituras compreende o ser inteiro: espírito, alma e corpo. Paulo orou
pelos tessalonicenses para que todo o seu espírito, e alma, e corpo fossem "plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". I Tess. 5:23. Outra vez escreve ele aos
crentes: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus." Rom. 12:1. No tempo do antigo Israel, toda oferta trazida como
sacrifício a Deus era cuidadosamente examinada. Se se descobria qualquer defeito no animal apresentado,
era rejeitado; pois Deus ordenara que a oferta fosse "sem mancha". Assim se ordena aos cristãos que
apresentem o corpo "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". A fim de fazerem isto, todas as
faculdades devem ser conservadas na melhor condição possível. Todo uso ou costume que enfraqueça a
força física ou mental, inabilita o homem para o serviço de seu Criador. E agradar-Se-á Deus com
qualquer coisa que seja menos do que o melhor que podemos oferecer? Disse Cristo: "Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração." Mat. 22:37. Os que amam a Deus de todo o coração, desejarão prestarLhe
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o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda faculdade do ser em
harmonia com as leis que os tornarão aptos a fazer a Sua vontade. ...
Vida Transformada
O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. "A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos
e a soberba da vida" (I João 2:16), dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém,
possuem uma vocação mais elevada. ... Aos que satisfazem as condições: "Saí do meio deles, e apartaivos, ... e não toqueis nada imundo", a promessa de Deus é: "Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e
vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." II Cor. 6:17 e 18. É privilégio e dever
de todo cristão ter uma experiência rica e abundante nas coisas de Deus. ... Os brilhantes raios do Sol da
Justiça resplandecem nos servos de Deus, e devem estes refletir os seus raios. Assim como as estrelas nos
falam de uma grande luz no céu, com cuja glória refulgem, assim também os cristãos devem tornar
manifesto que há no trono do Universo um Deus, cujo caráter é digno de louvor e imitação. As graças de
Seu Espírito, a pureza e santidade de Seu caráter, manifestar-se-ão em Suas testemunhas. ...
Não Mais Condenado
Posto que a vida do cristão deva ser caracterizada pela humildade, não deve assinalar-se pela tristeza e
depreciação de si mesmo. É privilégio de cada um viver de tal maneira que Deus o aprove e abençoe. Não
é da vontade de nosso Pai celestial que sempre estejamos sob condenação e trevas. O andar cabisbaixo e
com o coração cheio de preocupações não constitui prova de verdadeira humildade. Podemos ir a Jesus e
ser purificados, permanecendo diante da lei sem opróbrio e remorsos.
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"Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas
segundo o Espírito." Rom. 8:1. Por meio de Jesus os decaídos filhos de Adão se tornam "filhos de Deus".
"Assim O que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não Se envergonha
de lhes chamar irmãos." Heb. 2:11. A vida cristã deve ser de fé, vitória e alegria em Deus. "Todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé." I João 5:4. Com acerto
disse Neemias, servo de Deus: "A alegria do Senhor é a vossa força." Nee. 8:10. E Paulo diz: "Regozijaivos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos." Filip. 4:4. "Regozijai-vos sempre. Orai sem
cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." I Tess.
5:16-18. São estes os frutos da conversão e santificação bíblica.
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Como Ser um Cristão Renascido
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Fé - Crer e Confiar
Quando Deus perdoa ao pecador, afasta o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado,
recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser
justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um
sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias.
Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do
sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange
não só a crença mas também a confiança. ... Muitos concordam que Jesus Cristo seja o Salvador do
mundo, mas ao mesmo tempo se conservam afastados dEle, e deixam de arrepender-se de seus pecados, e
de aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. Sua fé é apenas o assentimento da mente e do juízo à
verdade; mas esta não é introduzida no coração, para santificar a alma e transformar o caráter. ...
Posso Arrepender-me sem Auxílio?
Muitos se acham confundidos quanto ao que constitui os primeiros passos na obra da salvação. O
arrependimento éconsiderado uma obra que o pecador deve realizar por si mesmo, a fim de poder chegar
a Cristo. Pensam que o
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pecador deve por si mesmo conseguir a habilitação para obter a bênção da graça de Deus. Mas, conquanto
seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e
contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para
ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser
resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar
até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo
em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender o homem a esse atrair, vai
ter com Cristo a fim de que se arrependa.
O pecador é comparado a uma ovelha perdida, e uma ovelha perdida jamais volta ao redil a menos que
seja pelo pastor procurada e restituída ao redil. Homem algum pode de si mesmo arrepender-se, tornandose digno da bênção da justificação. O Senhor Jesus está constantemente procurando impressionar o
espírito do pecador e atraí-lo a fim de que O contemple, como Cordeiro de Deus que tira os pecados do
mundo. Não podemos dar um passo na vida espiritual, a não ser que Jesus atraia e fortaleça a alma, e nos
leve a experimentar aquele arrependimento que jamais decepciona. ... Quando perante os principais
sacerdotes e os saduceus, Pedro apresentou claramente o fato de que o arrependimento é dom de Deus.
Falando de Cristo, disse ele: "Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o
arrependimento e remissão dos pecados." Atos 5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a
justificação, é dom de Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido à pessoa por
Cristo. Se somos atraídos a Cristo, é-o por Seu poder e virtude. A graça da contrição vem por meio dEle,
e dEle vem a justificação. ...
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Fé é Mais do que Palavras
A fé que é para salvação não é uma fé casual, não é a simples aprovação do intelecto, é a crença firmada
no coração, que abraça a Cristo como Salvador pessoal, com a certeza de que Ele pode salvar
perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Crer que Ele salve a outros, mas não salvará a vós, não
é fé genuína; mas quando a alma se apóia em Cristo como a única esperança de salvação, então se
manifesta fé genuína. Essa fé leva seu possuidor a colocar em Cristo todas suas afeições; seu
entendimento fica sob o controle do Espírito Santo, e seu caráter é moldado segundo a semelhança divina.
Sua fé não é uma fé morta, mas sim que opera por amor, que o leva a contemplar a formosura de Cristo, e
a tornar-se semelhante ao caráter divino. ... Toda a obra é do Senhor, do princípio ao fim. Pode dizer o
pecador, a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz
Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Mar. 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na Cruz
do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu
para minha justificação, agora me salvará. Aceito o perdão que prometeu." Justo, NEle Cristo é um
Salvador ressurreto; pois, conquanto estivesse morto, ressuscitou, vivendo sempre para fazer intercessão
por nós. Devemos crer com o coração para justiça, e com a boca fazer confissão para salvação. Os que
são justificados pela fé, confessarão a Cristo. "Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou
tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." João 5:24. A grande
obra operada pelo pecador, impuro e maculado pelo mal, é a
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obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor dá ao crente a
justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o
representante, substituto e penhor do pecador. Sobre Cristo coloca Ele a iniqüidade de todo o que crê.
"Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de
Deus." II Cor. 5:21. Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os que se chegarem a Deus
com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou "Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes
sarados". I Ped. 2:24. Nosso pecado foi expiado, removido, lançado nas profundezas do mar. Mediante
arrependimento e fé livramo-nos do pecado, e olhamos para o Senhor, justiça nossa. Jesus sofreu, o Justo
pelos injustos.
Que é o Arrependimento
Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua obediência prestada à lei,
reclama para a pessoa arrependida, o mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é
necessário que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente e
do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e manifestar seu poder por
meio de todas as faculdades do ser; mas o homem não é capaz de originar um arrependimento como esse,
e só o pode experimentar por meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos
homens.
Quem Deve Arrepender-se?
Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele fazer? - Deve ir ter com
Jesus,
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tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir,
para que possa receber. Quando o desejo sincero leva os homens a pedir, eles não orarão em vão. O
Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento para com Deus e fé
para com nosso Senhor Jesus Cristo. O homem orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando
manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a
oração ele misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Ele se
manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam
a afastar de Deus o coração. Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o
arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Certo
disto, o pecador tem de fazer um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas
incansáveis recorrer ao trono da graça, para que possa receber o poder renovador de Deus. Cristo não
perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A
providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de todo crente. As
vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e
crente, e ele poderá dizer: "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus,
porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça." Isa. 61:10.
Maravilhosa Graça!
Abundante graça foi provida para que o crente possa manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com
seus recursos ilimitados, foi posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é
o fim da lei, para justiça a todo aquele que crê.
Em nós mesmos somos pecadores; mas em Cristo somos justos. Tendo-nos
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feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos.
Considera-nos Seus filhos amados. Cristo opera contra o poder do pecado, e onde este abundava, muito
mais abundante é a graça. (Rom. 5:20.) "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus." Rom. 5:1 e 2. "Sendo justificados gratuitamente pela Sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue,
para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que
tem fé em Jesus." Rom. 3:24-26. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é
dom de Deus." Efés. 2:8.
Apto Para Ser Salvo
O Senhor deseja Seu povo sadio na fé - não ignorante da grande salvação que tão abundantemente lhes é
provida. Não devem olhar ao futuro, pensando que em algum tempo vindouro uma grande obra seja feita
em seu favor, pois a obra está agora completa. O crente não é chamado para fazer paz com Deus; isto ele
nunca fez nem pode fazer. Deve aceitar a Cristo como sua paz, pois com Cristo está Deus e a paz. Cristo
pôs fim ao pecado, levando no próprio corpo sua pesada maldição, para o madeiro, e Ele removeu a
maldição de todos aqueles que crêem nEle como Salvador pessoal. Põe Ele fim ao poder dominante
do pecado no coração, e a vida e caráter do crente testificam do genuíno caráter da graça de Cristo. Aos
que Lho pedem, comunica Jesus o Espírito Santo; pois é necessário que todo crente seja liberto da
poluição,
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assim como da maldição e condenação da lei. Mediante a obra do Espírito Santo e a santificação da
verdade, o crente torna-se habilitado para as cortes celestiais; pois Cristo opera em nós, e Sua justiça
sobre nós está. Sem isso, alma alguma terá direito ao Céu. Não desfrutaríamos o Céu a menos que
estejamos qualificados para sua atmosfera santa, pela influência do Espírito e da justiça de Cristo. Para
sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos requisitos da lei: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu
próximo como a ti mesmo." Luc. 10:27. Só podemos fazer isto ao nos apegarmos, pela fé, à justiça de
Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito
Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em caráter.
Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena
estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à maldição do pecado e livra o crente de sua ação e efeito.
Existe Alguma Coisa Entre mim e Deus? Cristo, tão-somente, é capaz de isso fazer, pois "convinha que,
em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de
Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode
socorrer aos que são tentados". Heb. 2:17 e 18. Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira
entre a alma e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do
sacrifício feito por Cristo
pelos homens caídos, Deus pode com justiça perdoar ao transgressor que aceite os méritos de Cristo.
Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam
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fluir, do coração de Deus para o coração do pecador. "Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça." I João 1:9. ... Toda pessoa pode dizer: "Por Sua obediência perfeita satisfez
Ele as reivindicações da lei, e minha única esperança está em olhar para Ele como meu Substituto e
Penhor, que obedeceu perfeitamente à lei por mim. Pela fé em Seus méritos estou livre da condenação da
lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas a exigências da lei. Sou completo nAquele que
introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido
por qualquer instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dados
ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo." Muitos pensam que devem esperar por um impulso
especial a fim de poderem aproximar-se de Cristo; mas só é necessário ir na sinceridade de propósito,
decididos a aceitar os oferecimentos de misericórdia e graça que nos foram feitos. Devemos dizer: "Cristo
morreu para me salvar. O desejo do Senhor é que eu seja salvo, e irei a Jesus tal qual estou, e sem
demora. Agirei confiando na promessa. Ao atrair-me Cristo, atenderei." Diz o apóstolo: "Com o coração
se crê para a justiça." Rom. 10:10. Ninguém pode crer com o coração para a justiça, e obter justificação
pela fé, enquanto continuar na prática das coisas que a Palavra de Deus proíbe, ou enquanto negligenciar
qualquer dever conhecido.
Boas Obras, Frutos da Fé
A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração,
e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus
operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida.
Todo pecado
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deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter
uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da
vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. Os que são justificados pela fé
devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar o homem
justificado pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão. Diz Tiago: "Bem vês que a fé
cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada." Tia. 2:22. A fé que não produz
boas obras não justifica a pessoa. "Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente
pela fé." Tia. 2:24. "Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." Rom. 4:3. ...
Em Suas Pegadas
Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se negligenciam
os órfãos e as viúvas, são vestidos os nus, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e quando
homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos. A
expressão do semblante revela sua experiência, e os homens os conhecem como os que estiveram com
Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o crente tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles
que se acham vitalmente ligados com a Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da
justificadora justiça e da graça santificante. Todos a Ele podem ir e receber Sua plenitude. Diz Ele:
"Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos
aliviarei." Mat. 11:28. Então, por que não lançar de lado toda a incredulidade e atentar para as palavras de
Jesus? Quereis descanso; anelais a paz. Dizei, então, de coração: "Senhor Jesus, eu venho,
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porque Tu me fizeste este convite." Crede nEle, com fé inabalável, e Ele vos salvará. Tendes olhado para
Jesus, que é autor e consumador de vossa fé? Tendes contemplado Aquele que é pleno de verdade e
graça? Aceitastes a paz que só Cristo pode dar? Se não, rendei-vos então a Ele, e pela Sua graça buscai
um caráter que seja nobre e elevado. Buscai um espírito constante, resoluto, alegre. Alimentai-vos de
Cristo, que é o pão da vida, e manifestareis a Sua amabilidade de caráter e espírito.
3
Deus Também Tem Regulamentos
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Nossa Singular Responsabilidade
Como supremo Soberano do Universo, Deus ordenou leis para o governo não só de todos os seres vivos,
mas de todas as operações da Natureza. Todas as coisas, quer grandes quer pequenas, animadas ou
inanimadas, acham-se sujeitas a leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Não há exceções a essa
regra; pois coisa alguma feita pela mão divina foi esquecida pela mente divina. Mas se bem que tudo na
Natureza seja governado pela lei natural, o homem, tão-só, como ser inteligente, capaz de compreender
seus reclamos, é responsável diante da lei moral. Unicamente ao homem, a coroa de Sua criação, Deus
deu uma consciência para reconhecer as sagradas reivindicações da lei divina, e deu-lhe um coração
capaz de amá-la como lei santa, justa e boa. É requerida do homem pronta e perfeita obediência.
Todavia, Deus não o obriga a obedecer; deixa-o como livre agente moral. Poucos, apenas, compreendem
o assunto da responsabilidade pessoal; e no entanto, é questão da maior importância. Podemos, cada qual,
obedecer e viver, ou podemos transgredir a lei de Deus, desafiar-Lhe a autoridade, e receber a punição
devida. Vem, pois, a toda pessoa, com força, a questão: Deverei obedecer à voz do Céu, às dez palavras
proferidas do Sinai, ou seguirei a
multidão que pisa essa lei gravada com fogo? Aos que amam a Deus será o mais alto deleite obedecer a
Seus mandamentos, e fazer as coisas agradáveis a Sua vista. Mas o
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coração natural aborrece a lei de Deus, e guerreia contra suas santas reivindicações. Ao brilhar sobre os
homens a luz divina, recusam-se a andar nela. Sacrificam a pureza de coração, o favor de Deus e sua
esperança do Céu, pela egoísta satisfação do ganho profano. Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita."
Sal. 19:7. Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua amplidão e perfeição é a lei de Jeová! É tão breve
que facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, e todavia tão vasta que exprime toda a
vontade de Deus, e toma conhecimento, não só das ações exteriores, mas dos pensamentos e intentos, dos
desejos e emoções do coração. O que não podem fazer as leis humanas. Só podem tratar das ações
exteriores. Pode um homem ser transgressor, e no entanto esconder dos olhos humanos os seus maus atos;
pode ele ser criminoso - ladrão, assassino ou adúltero - mas enquanto não for descoberto, não o pode a lei
condenar como culpado. A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a
concupiscência e a ambição que emergem da alma, mas não encontraram expressão em ato exterior,
porque faltou ocasião, e não vontade. Essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que
"Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau". Ecl.
12:14.
Obediência Traz Felicidade
A lei de Deus é simples e fácil de se compreender. Há homens que se gabam orgulhosamente de só crer
naquilo que
compreendem, esquecidos de que há mistérios na vida humana e na manifestação do poder de Deus nas
obras da Natureza mistérios que a mais profunda filosofia, as mais extensas pesquisas, são incapazes de explicar. Mas não
existe mistério na lei de Deus. Todos
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podem compreender as grandes verdades que ela encerra. O intelecto mais débil pode apreender essas
regras; o mais ignorante pode reger a vida, e formar o caráter, de acordo com a norma divina. Se os filhos
dos homens, segundo o melhor de sua habilidade, obedecessem a essa lei adquiririam força mental e
poder de discernimento para compreender ainda mais dos propósitos e planos de Deus. E esse progresso
seria contínuo, não apenas durante a vida presente, mas através dos séculos eternos; pois, por muito que
avancemos no conhecimento da sabedoria e poder de Deus, sempre há um infinito além. A lei divina
requer que amemos a Deus supremamente e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício
desse amor, a mais alta profissão de fé é mera hipocrisia. ... É necessária a obediência à lei, não só para
nossa salvação, mas para a felicidade nossa e de todos aqueles com quem nos relacionamos. "Muita paz
têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço" (Sal. 119:165), diz a Palavra inspirada. Todavia
homens finitos apresentam ao povo essa lei santa, justa e boa, essa lei da liberdade, que o próprio Criador
adaptou às necessidades humanas, como um jugo de servidão, jugo que homem algum é capaz de
suportar. É, porém, o pecador que considera a lei como jugo penoso; é o transgressor que não vê beleza
em seus preceitos. Pois a mente carnal "não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Rom.
8:7. ...
Não só o que Praticamos
Vivemos numa época de grande impiedade. Multidões se acham escravizadas por costumes pecaminosos
e hábitos maus, e os grilhões que os prendem são difíceis de romper. A iniqüidade, qual inundação, cobre
a Terra. Crimes quase terríveis demais para serem mencionados, são de ocorrência diária. E todavia
homens que professam ser vigias nos muros de Sião nos ensinam que a lei se destinava
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aos judeus tão-somente, e tornou-se ultrapassada com os gloriosos privilégios que introduziram a
dispensação evangélica. Não haverá uma relação entre a dominante ilegalidade e crime, e o fato de que
pastores e povo mantêm e ensinam que a lei já não está em vigência? O poder condenatório da lei de
Deus estende-se não só às coisas que praticamos, mas às coisas que deixamos de praticar. Não nos
devemos justificar ao omitirmos a prática das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o
mal, mas também aprender a fazer o bem. Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser exercitadas em
boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, certamente seremos considerados servos maus
e negligentes. Podemos não ter cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas
contra nós no livro de Deus; mas o fato de que nossos atos não estão registrados como puros, bons,
elevados e nobres, demonstrando que não usamos os talentos que nos foram confiados, isso nos coloca
sob condenação. A lei de Deus existiu antes de ter sido criado o homem. Adaptava-se às condições de
seres santos; mesmo os anjos eram por ela governados. Depois da queda, não foram alterados os
princípios de justiça. Coisa alguma foi tirada da lei; nem um único de seus santos preceitos era
susceptível de ser aperfeiçoado. E como existiu desde o princípio, assim continuará a existir através dos
séculos eternos. "Acerca dos Teus testemunhos", diz o salmista, "soube, desde a antiguidade, que Tu os
fundaste para sempre." Sal. 119:152.
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Equilíbrio Entre Fé e Obras
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Testemunho Vivo
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam." Heb. 11:6. Há no mundo cristão muitos
que declaram que tudo que é necessário para a salvação é ter fé; as obras nada são , só a fé é necessária. A
Palavra de Deus, porém, nos diz que a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Muitos se recusam a
obedecer aos mandamentos de Deus, mas dão grande importância à fé. Mas a fé tem de ter alicerce. As
promessas de Deus são todas feitas sob condições. Se cumprirmos a Sua vontade, se andarmos na
verdade, poderemos então pedir o que quisermos, e ser-nos-á feito. Enquanto nos empenharmos
fervorosamente em ser obedientes, Deus ouvirá nossas petições; mas Ele não nos abençoará na
desobediência. Se preferirmos desobedecer aos Seus mandamentos, poderemos clamar: "Fé, fé, apenas ter
fé!" e da segura Palavra de Deus virá a resposta: "A fé sem obras é morta." Tia. 2:26. Semelhante fé será
como o metal que soa ou o sino que tine. Para termos os benefícios da graça de Deus, temos de fazer a
nossa parte; temos de trabalhar fielmente, e produzir frutos dignos de arrependimento. Somos coobreiros
de Deus. Não deveis assentar-vos indolentemente a espera de uma grande ocasião a fim de fazerdes uma
grande obra pelo Senhor. Não deveis negligenciar o dever que está justamente no vosso caminho; deveis,
sim, aproveitar
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as pequenas oportunidades que se apresentam em torno de vós. Deveis prosseguir fazendo o melhor que
vos seja possível nas pequenas obras da vida, assumindo de coração e com fidelidade a obra que a
providência de Deus vos designou. Por pequena que seja, deveis fazê-la com toda a perfeição com a qual
faríeis uma obra maior. Vossa fidelidade será aprovada nos registros do Céu. Não precisais esperar até
que vosso caminho seja aplainado a vossa frente; ponde-vos ao trabalho, para aperfeiçoardes os talentos
que vos foram confiados. Nada tendes que ver com o que o mundo pense de vós. Sejam vossas palavras,
vosso espírito, vossos atos, um vivo testemunho em prol de Jesus, e o Senhor cuidará de que o
testemunho para Sua glória, dado por uma vida bem-ordenada e santo trato, se aprofunde e intensifique
em poder. Seus resultados podem jamais ser vistos na Terra, mas se tornarão manifestos diante de Deus e
dos anjos.
Qual é Minha Parte?
Temos de fazer, de nossa parte, tudo que pudermos para combater o bom combate da fé. Devemos lutar,
labutar, empenhar-nos, esforçar-nos desesperadamente por entrar pela porta estreita. Temos de ter sempre
o Senhor perante nós. De mãos limpas, coração puro, devemos procurar honrar a Deus em todos os
nossos caminhos. Foi-nos provido auxílio nAquele que é poderoso para salvar. O espírito da verdade e da
luz nos avivará e renovará por suas misteriosas operações, pois todo o nosso proveito espiritual vem de
Deus, não de nós mesmos. O obreiro fiel terá o auxílio do poder divino, mas o ocioso não será sustentado
pelo Espírito de Deus. Em certo sentido somos lançados sobre nossas próprias energias; devemos lutar
fervorosamente por ser zelosos e arrepender-nos, limpar as mãos e purificar o coração de toda mancha;
devemos alcançar a mais alta norma, crendo que Deus nos ajudará em nossos esforços. Devemos
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buscar, se quisermos achar, e buscar com fé; temos de bater, para que a porta se abra. A Bíblia nos ensina
que tudo que se relaciona com a nossa salvação depende de nosso próprio procedimento. Se perecermos,
a responsabilidade repousará inteiramente sobre nós mesmos. Se foi tomada providência, e se aceitamos
as condições apresentadas por Deus, podemos apropriar-nos da vida eterna. Temos de ir a Cristo com fé,
temos de procurar com diligência confirmar nossa vocação e eleição.
Uma Fé que Nada Faz?
O perdão dos pecados é prometido àquele que se arrepende e crê; a coroa da vida será a recompensa
daquele que é fiel até o fim. Podemos crescer na graça aperfeiçoando-nos pela graça que já possuímos.
Devemos conservar-nos imaculados do mundo, se é que queremos ser achados irrepreensíveis no dia de
Deus. Fé e obras vão de mãos dadas, agem harmoniosamente na obra de alcançarmos a vitória. Obras sem
fé são mortas, e morta é a fé sem as obras. Obras jamais nos salvarão; são os méritos de Cristo que têm
valor. Pela fé nEle, Cristo tornará todos os nossos imperfeitos esforços aceitáveis a Deus. A fé que de nós
é requerido possuir não é uma fé de nada fazer; fé salvadora é a que opera por amor, e purifica a alma.
Aquele que levantar a Deus mãos santas, sem ira nem contenda, andará inteligentemente no caminho dos
mandamentos de Deus. Se é que queremos ter o perdão de nossos pecados, temos de primeiro entender o
que é o pecado, a fim de podermos nos arrepender, e produzir frutos dignos de arrependimento. Temos de
ter um sólido alicerce para nossa fé; ela tem de alicerçar-se na Palavra de Deus, e seus resultados se verão
na obediência à Sua expressa vontade. Diz o apóstolo que sem santificação "ninguém verá o Senhor".
Heb. 12:14.
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Bem-Equilibrados
A fé e as obras nos conservarão bem-equilibrados, e nos trarão êxito na obra de aperfeiçoar um caráter
cristão. Diz Jesus: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que
faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus." Mat. 7:21. Falando do alimento temporal, disse o apóstolo:
"Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não
coma também." II Tess. 3:10. A mesma regra aplica-se ao nosso alimento espiritual; se alguém quiser o
pão da vida eterna, esforce-se por obtê-lo. Vivemos num importante e interessante período da história
terrestre. Necessitamos de mais fé do que jamais tivemos; precisamos maior firmeza, vinda do alto.
Satanás está operando com todo o poder para alcançar vitória sobre nós, pois sabe que lhe resta bem
pouco tempo para trabalhar. Paulo operava sua salvação com temor e tremor; e não deveríamos nós temer
que, tendo-nos sido deixada uma promessa, qualquer de nós deixe de alcançá-la, demonstrando-se
indigno da vida eterna? Devemos vigiar e orar, lutar com desesperado esforço para entrar pela porta
estreita. Não existe desculpa para o pecado, ou para a indolência. Jesus abriu o caminho, e deseja que Lhe
sigamos as pegadas. Ele sofreu, Ele sacrificou-Se como nenhum de nós o pode fazer, a fim de pôr ao
nosso alcance a salvação. Não precisamos desanimar-nos. Jesus veio ao nosso mundo para trazer ao
homem poder divino, a fim de que, por Sua graça, fôssemos transformados em Sua semelhança.
O Melhor Possível e... que Mais?
Se está em nosso coração obedecer a Deus, se fazemos esforços nesse sentido, Jesus aceita essa
disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu mérito divino. Ele
não aceitará, porém,
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os que, alegando ter fé nEle, são desleais ao mandamento de Seu Pai. Ouvimos muito acerca de fé, mas
precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos se iludem, vivendo uma religião fácil,
acomodatícia, sem cruz. Jesus, porém, diz: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo,
tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mat. 16:24. The Signs of the Times, 16 de junho de 1890.
Como Dois Remos
Se formos fiéis em fazer a nossa parte, cooperando com Ele, Deus operará por nós [para cumprirmos] Sua
vontade. Deus não pode, porém, operar por nós se não fizermos esforço algum. Se quisermos alcançar a
vida eterna temos de trabalhar, e trabalhar fervorosamente. ... Não nos iludamos com a afirmação, muito
repetida: "Tudo que se tem que fazer é crer." Fé e obras são dois remos que temos que usar igualmente se
[quisermos] romper rio acima, contra a corrente da incredulidade. "A fé, se não tiver as obras, é morta em
si mesma." Tia. 2:17. O cristão é homem de pensamento e prática. Sua fé fixa firmemente em Cristo as
suas raízes. Pela fé e pelas boas obras conserva ele sua espiritualidade robusta e sadia, e sua força
espiritual aumenta à medida que se empenha em fazer as obras de Deus. Review and Herald, 11 de junho
de 1901.
Uma Mensagem Equilibrada
Sejam meus irmãos muito cuidadosos em como apresentam ao povo o assunto da fé e das obras, para que
não fiquem confundidos. ...
Que homem algum apresente a idéia de que o homem pouco ou nada tem que fazer na grande obra de
vencer; pois Deus nada faz para o homem sem a sua cooperação. Nem digais que, depois de haverdes
feito tudo que de vossa parte seja possível, Jesus vos ajudará. Disse Cristo: "Sem Mim nada podereis
fazer." João 15:5.
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De princípio a fim deve o homem ser coobreiro de Deus. A menos que o Espírito Santo opere no coração
humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços do homem, somente, são nada mais que
nulidade; mas a cooperação com Cristo significa vitória. ... Não deixeis nunca em vossa mente a
impressão de que pouco ou nada haja que fazer da parte do homem; ensinai-o a cooperar com Deus, que
assim poderá vencer. Que ninguém diga que vossas obras nada têm a ver com vossa categoria e posição
diante de Deus. No juízo, a sentença pronunciada será de acordo com o que tenha sido feito ou deixado de
fazer. (Mat. 25:34-40.) Esforço e trabalho são necessários da parte do recebedor da graça de Deus; pois é
o fruto o que torna manifesto qual a espécie de árvore. Embora as boas obras, sem a fé em Jesus, não
sejam de mais valor do que foi a oferta de Caim, contudo, cobertas com os méritos de Cristo, testificam
da dignidade do que as pratica, de herdar a vida eterna. Aquilo que no mundo é considerado moralidade,
não alcança a norma divina e não tem mais mérito diante do Céu do que teve a oferta de Caim.
Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 379-382.
5
Salvo Unicamente "em Cristo"
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"Ele me Salvará Agora"
Pode dizer o pecador a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia
perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Mar. 2:17. Sou pecador, e Ele
morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele
morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu."
Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 392. Aquele que se arrepende de seu pecado e aceita o dom da vida
do Filho de Deus, não pode ser vencido. Apoderando-se, pela fé, da natureza divina, torna-se ele um filho
de Deus. Ele ora, ele crê. Quando tentado e provado, suplica o poder, pelo qual Cristo morreu para
conceder, e vence pela Sua graça. Isso todo pecador deve compreender. Deve arrepender-se de seu
pecado, deve crer no poder de Cristo e aceitar esse poder para salvá-lo e guardá-lo do pecado. Quão
gratos devêramos ser pelo dom do exemplo de Cristo! Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 224.
Por que Preocupar-se?
A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma
constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo. Vossa fraqueza se
acha unida
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à Sua força, vossa ignorância à Sua sabedoria, vossa fragilidade ao Seu eterno poder. ... Não devemos
fazer de nós mesmos o centro, nutrindo ansiedade e temor quanto à nossa salvação. Tudo isto desvia a
pessoa da Fonte de nosso poder. Confiai a Deus a preservação de vossa alma, e nEle esperai. Falai e
pensai em Jesus. Que o próprio eu se perca nEle. Ponde de parte a dúvida; despedi vossos temores. Dizei
com o apóstolo Paulo: "Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne
vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim." Gál. 2:20. Repousai
em Deus. Ele é capaz de guardar aquilo que Lhe confiastes. Se vos abandonardes em Suas mãos, Ele vos
tornará mais que vencedores por Aquele que vos amou. Caminho a Cristo, págs. 70-72.
Pode-se Contar com Isto
Ele, que pela expiação proveu ao homem um infinito tesouro de força moral, não deixará de empregar
esse poder em nosso favor. ... Em todo o poderio satânico não há força para vencer uma única pessoa que
se rende confiante a Cristo. Parábolas de Jesus, pág. 157. Abundante graça foi provida para que o crente
possa manter-se livre do pecado. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 394. NEle temos uma oferta
completa, um infinito sacrifício, um poderoso Salvador, capaz de salvar perfeitamente todos os que por
Ele se chegam a Deus. Com amor vem Ele revelar o Pai, para reconciliar com Deus o homem, fazê-lo
nova criatura, renovado segundo a imagem dAquele que o criou. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 321.
Problema de Pedro
O mesmo mal que levou Pedro à queda [negando a Cristo, quando era julgado] ... torna-se hoje a ruína de
milhares. Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso
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para o ser humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute,
e o mais irremediável. A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo
induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo o caminho descendente até negar a seu
Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos
livres de tentação. Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão,
que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança
e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos aceita não estamos fora do
alcance da tentação. A Palavra de Deus declara: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e
provados." Dan. 12:10. Só aquele que "sofre a tentação... receberá a coroa da vida". Tia. 1:12.
Os que aceitam a Cristo e dizem em sua primeira confiança: Estou salvo! estão em perigo de depositar
confiança em si mesmos. Perdem de vista a sua fraqueza e necessidade constante do poder divino. Estão
desapercebidos para as ciladas de Satanás, e quando tentados, muitos, como Pedro, caem nas profundezas
do pecado. Somos advertidos: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia." I Cor. 10:12.
Nossa única segurança está na constante desconfiança de nós mesmos e na confiança em Cristo.
Parábolas de Jesus, págs. 154 e 155.
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Nunca Estar "Satisfeito"
Há muitos que professam a Cristo, mas nunca se tornam cristãos amadurecidos. Admitem que o homem
caiu, que suas faculdades estão enfraquecidas, que ele está incapacitado para as realizações morais, mas
dizem que Cristo arcou com todo o peso, todo o sofrimento, toda a abnegação, e estão dispostos a deixar
que Ele isso faça. Dizem eles que não há coisa alguma que devam fazer senão crer; Cristo, porém, disse:
"Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mat.
16:24. Jesus guardou os mandamentos de Deus. ... Jamais devemos repousar num estado de satisfação, e
deixar de fazer progresso, dizendo: "Estou salvo." Se é entretida esta idéia, deixam de existir os motivos
para a vigilância, a oração, o esforço sincero em seguir para a frente, rumo de realizações mais elevadas.
Nenhuma língua santificada será encontrada pronunciando essas palavras antes que venha Cristo, e
entremos pelas portas da cidade de Deus. Então, com a maior propriedade, poderemos dar glória a Deus e
ao Cordeiro, pelo livramento eterno. Enquanto o homem estiver carregado de fraquezas - pois por si
mesmo não pode salvar a alma - não deve nunca atrever-se a dizer: "Estou salvo." Não é aquele que se
reveste da couraça que pode orgulhar-se da vitória, pois tem ele pela frente a batalha, e a vitória a ser
alcançada. É o que persevera até ao fim, que será salvo. Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 313-315.
União com Cristo - Pretensa, ou Real?
Há na igreja tanto crentes como descrentes. Cristo apresenta essas duas classes, em Sua parábola da
videira e seus ramos. Exorta Ele a Seus seguidores: "Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si
mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu
sou a videira, vós, as varas;
Pág. 44
quem está em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer." João 15:4 e 5.
Há grande diferença entre uma suposta união e uma união verdadeira com Cristo, pela fé. O professar crer
na verdade põe homens na igreja, mas isso não prova que tenham união vital com a Videira verdadeira.
É-nos dada uma regra pela qual pode ser distinguido o verdadeiro discípulo, daqueles que alegam seguir a
Cristo mas nEle não têm fé. Aqueles produzem fruto; este são infrutíferos. Aqueles são muitas vezes
sujeitos à podadeira de Deus, para que possam produzir mais fruto; estes, como ramos murchos, estão
para ser cortados da Videira viva. ... As fibras dos ramos são quase idênticas às da videira. A
comunicação da vida, força e frutificação, do tronco para os ramos, é constante e sem obstáculos. A raiz
envia seu alimento através dos ramos. Tal é a verdadeira relação do verdadeiro crente para com Cristo.
Permanece em Cristo, e dEle obtém sua nutrição.
Questão Pessoal
Esta relação espiritual só pode ser estabelecida pelo exercício da fé pessoal. Essa fé deve expressar
suprema preferência de nossa parte, perfeita confiança, inteira consagração. Nossa vontade tem de estar
completamente submetida à vontade divina, nossos sentimentos, desejos, interesses e honra, identificados
com a prosperidade do reino de Cristo e a honra de Sua causa, nós constantemente dEle recebendo graça,
e Cristo aceitando nossa gratidão. Formada essa intimidade de relação e comunhão, nossos pecados são
postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos
feitos justiça de Deus. Por Ele temos acesso a Deus; somos aceitos no Amado. ... Foi quando Cristo
estava para Se despedir de Seus discípulos, que Ele lhes deu o lindo emblema de Sua relação com os
crentes. Estivera a apresentar-lhes a íntima união
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com Ele, pela qual podiam manter a vida espiritual quando fosse afastada Sua presença visível. Para
impressionar-lhes o espírito, apresentou-lhes a videira como seu símbolo mais notável e apropriado. ...
Todos os seguidores de Cristo têm nesta lição um interesse tão profundo como o tinham os discípulos que
ouviam Suas palavras. Na apostasia, os homens alienaram-se de Deus. A separação é vasta e medonha;
mas Cristo tomou providência para de novo nos ligar a Ele. O poder do mal acha-se tão identificado com
a natureza humana que homem algum pode vencer a não ser pela união com Cristo. Mediante esta união
recebemos poder moral e espiritual. Se tivermos o espírito de Cristo, produziremos os frutos de justiça,
frutos que hão de honrar e abençoar os homens e glorificar a Deus. O Pai é o podador da vinha. Hábil e
misericordiosamente Ele poda cada um dos ramos que produz fruto. Os que participam dos sofrimentos e
vitupérios de Cristo agora, participarão de Sua glória no além. Ele "não Se envergonha de lhes chamar
irmãos". Heb. 2:11. Seus anjos os servem. No segundo aparecimento Ele virá como o Filho do homem,
identificando-Se assim com a humanidade, mesmo em Sua glória. Aos que se Lhe uniram, declara Ele:
Ainda que uma mãe possa esquecer-se de seu filho, "Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Eis que, na
palma das Minhas mãos, te tenho gravado". Isa. 49:15 e 16. Estás continuamente perante Mim.
Poda dos Ramos
Oh, que maravilhosos privilégios nos são oferecidos! Empenharemos os mais fervorosos esforços para
formar essa aliança com Cristo, mediante a qual, tão-somente, alcançaremos essas bênçãos? Volvendonos ao Senhor, desfaremos os nossos pecados e iniqüidades pela justiça? O ceticismo e a incredulidade
estão por toda parte. Cristo formulou a pergunta: "Quando... vier o Filho do homem, porventura, achará fé
na Terra?" Luc. 18:8. Temos de
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acariciar uma fé viva, ativa. A permanência de nossa fé é a condição de nossa união. A união com Cristo
pela fé viva, é duradoura; qualquer outra união terá de perecer. Cristo nos escolheu primeiro, pagando por
nossa redenção um preço infinito; e o crente verdadeiro escolhe a Cristo como o primeiro e último e
melhor em tudo. Mas esta união nos custa algo. É uma união de completa dependência, efetuada por um
ser orgulhoso. Todos os que formam esta união têm de sentir sua necessidade do sangue expiador de
Cristo. Têm de ter uma mudança de coração. Têm de submeter sua vontade à vontade de Deus. Haverá
uma luta com obstáculos externos e internos. Tem de haver uma dolorosa obra de desligamento, assim
como uma obra de ligamento. Orgulho, egoísmo, vaidade, amor do mundo - o pecado em todas as suas
formas - têm de ser vencidos, se é que queremos entrar em união com Cristo. A razão de acharem muitos
a vida cristã tão deploravelmente árdua, de serem tão inconstantes, tão volúveis, está em procurarem
apegar-se a Cristo sem primeiro desligar-se desses ídolos acariciados. Uma vez formada a união com
Cristo, só pode ser preservada mediante fervorosa oração e esforço incansável. Temos de resistir, temos
de negar-nos, temos de vencer o próprio eu. Pela graça de Cristo, pelo ânimo, pela fé, pela vigilância,
podemos alcançar a vitória. Testimonies, vol. 5, págs. 228-231.
6
Cuidado com as Imitações
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Eis o Teste "À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca verão a alva." Isa.
8:20. O povo de Deus é encaminhado às Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos
falsos ensinadores e poder ilusório dos espíritos das trevas. Satanás emprega todo artifício possível para
impedir os homens de obter conhecimento da Bíblia; pois os claros ensinos desta põem a descoberto os
seus enganos. Em todo avivamento da obra de Deus o príncipe do mal está desperto para atividade mais
intensa; aplica atualmente todos os seus esforços em preparar-se para a luta final contra Cristo e Seus
seguidores. O último grande engano deve logo patentear-se diante de nós. O anticristo vai operar suas
obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro, que
será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho destas
toda declaração e todo prodígio deverão ser provados. O Conflito dos Séculos, pág. 593.
Não Bastam Milagres?
O homem que torna a operação de milagres a prova de sua fé verificará que Satanás pode, por meio de
uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecerão genuínos milagres. Mensagens Escolhidas,
vol. 2, pág. 52.
Satanás é um astuto obreiro, e introduzirá falsidades
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sutis para obscurecer e confundir a mente e extirpar as doutrinas da salvação. Os que não aceitam a
Palavra de Deus tal qual reza, serão apanhados em sua armadilha. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 52.
Os anjos maus estão em nossos calcanhares a cada momento. ... Eles ocupam novo território, e operam
maravilhas e milagres a nossa vista. ... Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de
Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós
apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais
amplamente exibidas? Não serão muitas pessoas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos
preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando
para receber esses milagres de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos
havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e aplicado
praticamente, será nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo.
Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 100.
As Curas Podem Provir de Satanás
Acho-me instruída a dizer que no futuro será necessária grande vigilância. Importa que não haja nenhuma
ignorância espiritual entre o povo de Deus. Espíritos maus acham-se ativamente empenhados em buscar
controlar a mente de seres humanos. Os homens estão-se atando em molhos, prontos a serem consumidos
no fogo dos últimos dias. Os que rejeitam a Cristo e Sua
justiça aceitarão o engano que está inundando o mundo. Os cristãos devem ser sóbrios e vigilantes,
resistindo com firmeza ao adversário, o diabo, que anda em derredor bramando como leão, buscando a
quem possa tragar. Homens, sob a influência de espíritos maus operarão milagres. ... Não precisamos ser
enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em
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breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes,
e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas
obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. Muitos que tiveram grande luz
deixarão de andar na luz, porque não se tonaram um com Cristo. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 53.
Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a
desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, embora tenham à disposição
poder ilimitado, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de
milagres do grande enganador. Ele é transgressor da lei moral, e emprega todo ardil que possa usar para
cegar os homens a seu verdadeiro caráter. Somos advertidos de que nos últimos dias ele trabalhará com
sinais e prodígios de mentira. E continuará esses prodígios até ao fim da graça para que os indique como
prova de que ele é um anjo de luz e não de trevas. Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 50 e 51.
Falsas "Línguas" Identificadas em 1864
O espírito de fanatismo tem dominado certa classe de observadores do sábado ali [no Leste dos Estados
Unidos]; eles não têm bebido senão levemente da fonte da verdade, e não estão familiarizados com o
espírito da mensagem do terceiro anjo. ... Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam
dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm uma linguagem confusa sem sentido a que chamam
língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são
manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso
falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja de Deus. Alguns têm sido
iludidos a esse respeito. ...
O fanatismo e o ruído têm sido considerados indícios
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especiais de fé. Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem
momentos de poder e de alegria. Esforçam-se por isso, e chegam a uma confusão dos sentimentos. A
influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o auge do sentimento, essas pessoas
imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte. As mais
proveitosas reuniões para o bem espiritual, são as que se caracterizam pela solenidade e o profundo
exame do coração, cada um procurando conhecer-se a si mesmo e, com sinceridade e profunda
humildade, buscando aprender de Cristo. ...
Há estrelas errantes que professam ser ministros enviados por Deus, os quais andam pregando o sábado
de lugar em lugar, mas que têm a verdade misturada com o erro, e estão lançando ao povo a massa de
seus discordantes pontos de vista. Satanás os empurrou para dentro a fim de causar desagrado aos
inteligentes e sensatos que não são membros. Alguns desses têm muito a dizer sobre os dons, e são muitas
vezes especialmente agitados. Entregam-se a sentimentos desordenados e produzem sons ininteligíveis, a
que chamam o dom de línguas, e certa classe parece encantada com essas estranhas manifestações. Reina
entre essa classe um espírito estranho, que subjuga e passa por cima de quem quer que os reprove. O
Espírito de Deus não está nessa obra e não acompanha a tais obreiros. Eles têm outro espírito.
Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 161 e 163.
O mundo não será convertido pelo dom de línguas, ou pela operação de milagres, mas pela pregação de
Cristo crucificado.
Testemunhos Para Ministros, pág. 424.
Tambores, Danças e Ruídos
As coisas que descrevestes, ocorridas em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de acontecer
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imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com
tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode
confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado operação do Espírito Santo. O Espírito Santo
nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir
seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante
verdade para este tempo. ... Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se
devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das agências satânicas misturam-se com o alarido e
barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado operação do Espírito Santo. ... Os que participam do
suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que
sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos.
Corpos Fora de Controle
Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. A mesma espécie de influência se introduziu
depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas espécies de representações. Os homens
ficaram agitados, e eram trabalhados por um poder que pensavam ser o poder de Deus. Viravam e
reviravam o corpo, como se fosse uma roda de carro, afirmando que não seriam capazes de fazer isso a
não ser por poder sobrenatural. Havia a crença de que os mortos haviam ressuscitado e tinham ascendido
ao Céu. O Senhor deu-me uma mensagem para esse fanatismo, pois estavam sendo eclipsados os belos
princípios da verdade bíblica.
Nudez
Homens e mulheres, que supunham ser guiados pelo
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Espírito Santo, realizavam reuniões em estado de nudez. Falavam acerca de carne santa. Diziam estar
para além do poder da tentação, e cantavam, e gritavam, e faziam toda sorte de demonstrações ruidosas.
Esses homens e mulheres não eram maus, mas estavam enganados e iludidos. ... Satanás estava moldando
a obra, e sensualidade era o resultado. A causa de Deus foi desonrada. A verdade, a sagrada verdade, era
nivelada ao pó, por agentes humanos. As autoridades da terra intervieram, e vários dos chefes foram
metidos no cárcere. Os que foram assim confinados na prisão chamaram a isso perseguição por amor da
verdade, e assim a verdade foi envolta em vestes manchadas pela carne. ... Apresentei a reprovação do
Senhor acerca dessa espécie de trabalho, mostrando que sua influência tornava a verdade objetável e
aborrecível à comunidade. ... Apresentei meu testemunho, declarando que esses movimentos fanáticos,
essa algazarra e ruído, eram inspirados pelo espírito de Satanás, que operava milagres para enganar se
possível os próprios eleitos. Carta 132, 1900.
Confusão
Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de
Satanás. O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não agitação e confusão. Mensagens
Escolhidas, vol. 2, pág. 35.
Gritos e cerimoniais confusos e clamorosos não são prova de que o Espírito de Deus esteja operando.
Review and Herald, 5 de março de 1889.
Ordem, ou Impressões e Sentimentos
Há muitos espíritos desassossegados que não se submeterão à disciplina, ao sistema e à ordem. Julgam
que sua liberdade seria restringida, caso tivessem de pôr de parte
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o juízo próprio e submeterem-se ao das pessoas de mais experiência. Não haverá progresso na obra de
Deus, a menos que haja disposição para se submeterem à ordem, e expelirem de suas reuniões o espírito
negligente e desordenado de fanatismo. As impressões e os sentimentos não são provas seguras de que
uma pessoa esteja sendo dirigida pelo Senhor. Se não estivermos apercebidos, Satanás dará sentimentos e
impressões. Estes não são guias seguros. Todos se devem familiarizar plenamente com as provas de nossa
fé, e a grande preocupação deve ser adornarem sua profissão de fé, e produzirem frutos
para glória de Deus. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 162. Escravos de Satanás Por todo lado, busca
Satanás seduzir os jovens para o caminho da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse
caminho, estimula-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma a outra dissipação, até que
suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus.
Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do
ópio, e vão de um a outro estágio de desonra. São escravos do apetite. O conselho que uma vez
respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude orgulhosa, e gabam-se de liberdade quando se
acham servos da corrupção, do apetite e da licenciosidade. Temperança, pág. 274.
"Inspirados" Pelas Drogas
Por algum tempo ele [um paciente do Sanatório de Battle Creek] pensara que estivesse recebendo nova
iluminação. Estava muito doente, devendo morrer em breve. ... Aqueles a quem ele apresentava seus
pontos de vista escutavam-nos ansiosamente, e alguns o consideravam inspirado. ... Para muitos seu
raciocínio parecia perfeito.
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Falavam de sua poderosa exortação em seu quarto de doente. As mais maravilhosas cenas passavam
diante dele. Mas qual era a fonte de sua inspiração? Era a morfina a ele dada para aliviar-lhe a dor.
Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 113.
Panteísmo, Espiritismo e Amor Livre
A teoria que Deus é uma essência que penetra toda a Natureza, é um dos mais sutis artifícios de Satanás.
Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. As teorias panteístas não
são sustentadas pela Palavra de Deus. ... Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação.
Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 269. A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a Natureza
é aceita por muitos que professam crer nas Escrituras; mas, se bem que revestida de belas roupagens, essa
teoria é perigosíssimo engano. Ela representa falsamente a Deus, sendo uma desonra para Sua grandeza e
majestade. E tende por certo não somente a extraviar como a rebaixar os homens. As trevas são o seu
elemento, a sensualidade a sua esfera. ... Seguidas até sua conclusão lógica, essas teorias assolam toda a
dispensação cristã. Removem a necessidade da expiação, tornando o homem seu próprio salvador. A
Ciência do Bom Viver, pág. 428.
Vi as conseqüências desses fantasiosos pontos de vista acerca de Deus, na apostasia, espiritismo e amor
livre. A tendência para o amor livre, que esses ensinos encerram, estava tão disfarçada que a princípio era
difícil tornar claro o seu verdadeiro caráter. Até que o Senhor mo apresentou, eu não sabia como
denominá-lo, mas fui instruída a chamá-lo amor espiritual não santificado. Testemunhos Seletos, vol. 3,
pág. 270.
Como nos dias dos apóstolos os homens procuravam destruir a fé nas Escrituras pelas tradições e
filosofias, assim hoje, pelos aprazíveis pensamentos da "alta crítica",
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evolução, espiritismo, teosofia e panteísmo, o inimigo da justiça está procurando levar as pessoas para
caminhos proibidos. ... Pelo espiritismo, multidões são ensinadas a crer que o desejo é a mais alta lei, que
licenciosidade é liberdade, e que o homem deve prestar contas apenas a si mesmo. Atos dos Apóstolos,
pág. 474.
Procedimento Estranho
A santificação não é uma feliz revoada de sentimento, não é obra de um instante, mas obra de toda uma
vida. Se alguém afirma que o Senhor o santificou, e o tornou santo, a prova de sua pretensão a essa
bênção se verá nos frutos de mansidão, paciência, longanimidade, veracidade e amor. Se a bênção que
receberam os que alegam ser santificados, os leva a confiar em alguma emoção, e declaram não haver
necessidade de examinar as Escrituras para saberem a revelada vontade de Deus, então a suposta bênção é
falsa, pois leva seupossuidor a dar valor a suas próprias emoções e fantasias não santificadas, e fechar
ouvidos à voz de Deus em Sua Palavra. ... A agitação nervosa em questões religiosas não é prova de que
o Espírito de Deus esteja operando no coração. Lemos acerca de frenéticas contorções do corpo, de gritos
e guinchos, na obra de Satanás sobre a mente e o corpo de homens; mas a Palavra de Deus não nos
oferece exemplo de quaisquer dessas manifestações em relação com aqueles sobre os quais Ele derrama
Seu Espírito. É claro que fantasias irritantes, gritos confusos e contorções do corpo são operação do
inimigo. Todavia muitos pensam que a desordem mental, que é intensificada pelo poder de Satanás, seja
garantia de que Deus esteja levando essas pessoas iludidas a agir de maneira tão inconveniente. Todo
espírito e tom da Bíblia condena os homens que procedem sem razão ou inteligência. Quando o Espírito
de Deus opera no coração, leva o fiel e
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obediente filho de Deus a agir de modo que recomende a religião ao bom juízo de homens e mulheres
sensatos. Signs of the Times, 28 de fevereiro de 1895.
Pretensão
Disse Cristo: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a
vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas
maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a
iniqüidade." Mat. 7:21-23. Estes podem professar ser seguidores de Cristo, mas perderam de vista seu
Líder. Poderão dizer: "Senhor, Senhor!" indicando os doentes curados por seu intermédio e outras obras
maravilhosas, afirmando que possuem mais do Espírito e poder de Deus do que manifestam os que
guardam a Sua lei. Mas suas obras são feitas sob supervisão do inimigo da justiça, cujo alvo é iludir
as pessoas, e destinam-se a afastar da obediência, da verdade e do dever. No futuro próximo haverá
manifestações mais assinaladas desse poder operador de milagres; pois dele é dito: "E faz grandes sinais,
de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens." Apoc. 13:13.
Surpreendemo-nos ao ver tantos dispostos a aceitar essas grandes pretensões como genuína obra do
Espírito de Deus; mas os que atentam meramente às obras maravilhosas, e são guiados pelo impulso e
pelas impressões, serão iludidos. ...
Pretensão a Santidade
Ninguém que alegue santidade é de fato santo. Os que se acham registrados como santos nos livros do
Céu não estão apercebidos do fato, e são os últimos a gabar-se de
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sua bondade. Nenhum dos profetas e apóstolos alguma vez professou santidade, nem mesmo Daniel,
Paulo ou João. Os justos nunca fazem semelhante alegação. Quanto mais de perto se assemelham a
Cristo, tanto mais lamentam sua dessemelhança dEle, pois têm consciência sensível, e consideram o
pecado mais como Deus o considera. Têm exaltados pontos de vista acerca de Deus e do grande plano de
salvação; e seu coração, humilhado por uma intuição de sua própria indignidade, está apercebido da honra
de serem considerados membros da família real, filhos e filhas do Rei eterno. Os que amam a lei de Deus
não podem se harmonizar, no culto ou no espírito, com os deliberados transgressores da lei que se
enchem de amargura e maldade quando são ensinadas as verdades claramente reveladas da Bíblia. Temos
um detector que distingue entre o verdadeiro e o falso. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem
segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isa. 8:20. Signs of the Times, 26 de fevereiro de
1885.
Em Quem Posso Confiar?
Necessitamos estar ancorados em Cristo, arraigados e fundados na fé. Satanás opera mediante agentes.
Escolhe aqueles que não têm estado a beber das águas vivas, cuja alma está sedenta de novidades e coisas
estranhas, e que estão sempre prontos a beber de qualquer fonte que se apresente. Ouvir-se-ão vozes
dizendo: "Eis que o Cristo está aqui", ou "Eis que está ali"; não devemos crer nisso, porém. Temos
inequívocos sinais da voz do Pastor Verdadeiro, e Ele está nos chamando a segui-Lo. Ele diz: "Tenho
guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Conduz Suas ovelhas em humilde obediência à lei
de Deus, e nunca as anima na transgressão dessa lei. "A voz dos estranhos" (João 10:5) é a voz de alguém
que nem respeita nem obedece à santa, justa e boa lei de Deus. Muitos têm grandes pretensões a
santidade, e gabam-se das maravilhas que operam curando os doentes, quando
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não consideram essa grande norma de justiça. Mas pelo poder de quem são essas curas operadas? Achamse os olhos de ambas as partes abertos a suas transgressões da lei? e tomam eles sua posição como filhos
humildes, obedientes, prontos a obedecer a todas as reivindicações de Deus? ... Ninguém precisa ser
enganado. A lei de Deus é tão sagrada como o Seu trono, e por ela será julgado todo homem que vem ao
mundo. Não há outra norma pela qual provar o caráter. "Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca
verão a alva." Isa. 8:20. Ora, será o caso resolvido segundo a Palavra de Deus, ou hão de as pretensões
dos homens receber crédito? Cristo diz: "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20. Mensagens
Escolhidas, vol. 2, pág. 50.
7
É Ainda uma Luta
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Resultados do Pecado
Necessitamos entender mais claramente o que está em jogo no grande conflito em que nos achamos
empenhados. Precisamos compreender com mais plenitude o valor das verdades da Palavra de Deus, e o
perigo de permitir que nosso espírito seja delas desviado pelo grande enganador. O infinito valor do
sacrifício requerido para nossa redenção revela que o pecado é um tremendo mal. Pelo pecado, perturbase todo o organismo humano, a mente é pervertida, corrompida a imaginação. O pecado tem degradado as
faculdades da alma. As tentações exteriores encontram eco no coração, e os pés se volvem
imperceptivelmente para o mal. Como foi completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a
nossa restauração da desonra do pecado. Nenhum ato de impiedade será desculpado pela lei de Deus;
injustiça alguma lhe pode escapar à condenação. A ética evangélica não reconhece nenhuma norma senão
a perfeição do caráter divino. ...
É Preciso Perseverança
Não se podem endireitar os erros, nem operar reformas na conduta mediante alguns fracos e intermitentes
esforços. A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. A luta pela
conquista do eu, pela santidade e o Céu, é uma luta que
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se prolonga por toda vida. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso nem
ganho da coroa da vitória. A mais vigorosa prova da queda do homem de uma condição mais elevada é o
quanto lhe custa retroceder. O caminho de volta só pode ser conquistado por meio de luta cruel, momento
a momento. A qualquer tempo, por uma ação precipitada, desprecavida, podemos lançar-nos sob o poder
do mal; requer, porém, mais que um momento o quebrar as cadeias e atingir a uma vida mais santa.
Podese formar o desígnio, começar a obra; sua realização, porém, requererá fadiga, tempo, perseverança,
paciência e sacrifício. Não podemos permitir o agir por impulso. Não podemos estar despercebidos nem
por um momento. Assaltados por inúmeras tentações, devemos resistir firmes, ou seremos vencidos. Se
chegássemos ao fim da vida com nossa obra por fazer, isso importaria em perda eterna. A vida do
apóstolo Paulo foi um constante conflito com o próprio eu. Ele disse: "Cada dia morro." I Cor. 15:31. Sua
vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação,
ele fazia a vontade de Deus embora crucificando a própria natureza. Ao fim de sua vida de conflito,
olhando para trás, às lutas e triunfos da mesma, pôde dizer: "Combati o bom combate, acabei a carreira,
guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará
naquele dia." II Tim. 4:7 e 8. A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nesta guerra não há trégua; o
esforço deve ser contínuo e perseverante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as tentações de
Satanás. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia, e mantida com resoluta rigidez de
propósito. Ninguém será levado para o alto sem árduo e perseverante esforço em prol de si mesmo. Todos
têm de se
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empenhar por si nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. ...
Uma Ciência
Há uma ciência do cristianismo a ser dominada - ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer
ciência humana, como os céus são mais elevados do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada,
exercitada; pois nos cumpre fazer o serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com
nossa inclinação inata. As tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas
vezes, a educação e as práticas de toda uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa
tornar aprendiz na escola de Cristo. Nosso coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos
formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para
cima. Os princípios da
Palavra de Deus - princípios tão elevados como o Céu e que abrangem a eternidade - cumpre-nos
compreendê-los em sua relação para com a nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento
deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em harmonia com Cristo, e a Ele sujeito.
As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé
e inabalável confiança no poder de Deus para salvar são adquiridos mediante a experiência de anos. Por
uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino.
Não Há Tempo a Perder
Não temos tempo a perder. Não sabemos quão rápido nosso tempo de graça pode se encerrar. Quando
muito, não teremos senão o curto espaço de uma existência aqui, e não sabemos quão breve a seta da
morte pode nos ferir
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o coração. Não sabemos quão pronto seremos chamados a abandonar o mundo e todos os seus interesses.
Estende-se diante de nós a eternidade. A cortina está a ponto de se erguer. Uns poucos anos apenas, e
para todos os que ora são contados entre os vivos, sairá o decreto: "Quem é injusto faça injustiça ainda; ...
e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apoc. 22:11.
Estamos nós preparados? Conhecemos a Deus, o Governador do Céu, o Legislador, e a Jesus Cristo a
quem Ele enviou ao mundo como Seu representante? Quando a obra de nossa vida terminar, estaremos
aptos a dizer, como Cristo, nosso exemplo: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me
deste a fazer. Manifestei o Teu nome"? João 17:4 e 6. Os anjos de Deus nos estão procurando atrair de
nós mesmos e das coisas terrenas. Não os façais trabalhar em vão. As mentes que têm liberado as rédeas
do pensamento precisam mudar. "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos
conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele
que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede
santos, porque Eu sou santo." I Ped. 1:13-16.
Os pensamentos devem se concentrar em Deus. Devemos exercer diligente esforço para vencer as más
tendências do coração natural. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança devem ser proporcionais
ao infinito valor do objetivo que perseguimos. Unicamente vencendo como Cristo venceu, havemos de
alcançar a coroa da vida.
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A Necessidade de Constante Confiança
O maior perigo do homem está em se enganar si mesmo, em condescender com a presunção, separandose assim de Deus, a fonte de sua força. A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas
tendências naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A menos que nos ponhamos em uma
ligação vital com Deus, não podemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor de nós
mesmos e da tentação para pecar. Para que possamos receber auxílio de Cristo, devemos compreender
nossa necessidade. Cumpre-nos conhecer-nos verdadeiramente. Unicamente ao que se reconhece pecador,
pode Cristo salvar. Só quando vemos nosso inteiro desamparo e renunciamos a toda confiança própria,
lançaremos mão do poder divino. Não é apenas no início da vida cristã que se deve fazer essa renúncia. A
cada passo de avanço em direção ao Céu, deve ela ser renovada. Todas as nossas boas obras são
dependentes de um poder fora de nós; deve haver, portanto, um constante anelo do coração para Deus,
uma contínua e fervorosa confissão de pecado, e humilhação da alma perante Ele. Cercam-nos perigos; e
só estamos a salvo quando sentimos nossa fraqueza, e nos apegamos com a segurança da fé ao nosso
poderoso Libertador.
A Verdade
Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos atraem a atenção. Há assuntos que nos consomem tempo e
suscitam indagações, mas acabam em nada. Os mais elevados interesses exigem dedicada atenção e
energia que são tantas vezes dispensadas a coisas relativamente insignificantes. O aceitar teorias novas
não traz em si nova vida. Mesmo o relacionar-se com fatos e teorias importantes em si mesmos é de
pouco valor a não ser que
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sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar à própria vida
alimento que a nutra e incentive espiritualmente. ... A questão que devemos estudar é: "Qual é a verdade a verdade que deve ser acariciada, amada, honrada e obedecida?" Os adeptos da ciência têm ficado
derrotados e abatidos quanto a seus esforços para encontrar a Deus. O que eles devem perguntar nestes
dias é: "Qual é a verdade que nos habilitará a obter a salvação de nossa vida?"
Possuo eu a Resposta?
"Que pensais vós de Cristo?" - eis a toda-importante questão. Vós O recebeis como um Salvador pessoal?
A todos quantos O recebem, dá Ele poder de se tornarem filhos de Deus. Cristo revelou Deus a Seus
discípulos de modo que lhes operou no coração uma obra especial, tal qual Ele deseja realizar em nosso
coração. Muitos há que, detendo-se demasiadamente na teoria, têm perdido de vista o poder vivo do
exemplo do Salvador. Deixaram de vê-Lo como o humilde e abnegado obreiro. O que eles necessitam é
contemplar a Jesus. Necessitamos diariamente uma nova revelação de Sua presença. Cumpre-nos seguirLhe mais de perto o exemplo de renúncia e sacrifício. Carecemos da experiência possuída por Paulo ao
escrever: "Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora
vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim." Gál.
2:20.
O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo expresso no caráter é uma exaltação superior a tudo mais que
se estime na Terra e no Céu. É a suprema educação. É a chave que abre as portas da cidade celestial.
Deus designa que todos quantos se revestem de Cristo possuam esse conhecimento. A Ciência do Bom
Viver, págs. 451-457.
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