a caminho da conquista 06

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A CAMINHO DA CONQUISTA
É necessário fazer da Fé o seu Escudo
Lição 06
INTRODUÇÃO
“Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual
podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.” Ef 6.15-16
SUGESTÕES PARA QUEBRA-GELO (15 min)
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Qual é a imagem que você tem quando lê esta passagem? Pode descrevê-la?
Qual foi a sua experiência de fé mais marcante em sua vida?
1. Conhecendo a eficácia da Fé como Escudo (15 min)
2. Potencializando a eficácia da fé (15 min)
Material de Estudo – Lição 06
Na lição passada, compreendemos as razões pelas quais os nossos pés necessitam estar calçados com a
preparação do Evangelho. Vimos a necessidade que há em obter direção divina para viver sob a paz e a
comunhão do Senhor, bem como a incumbência de conquistar vidas para Deus
Voltando ao texto, percebemo, mais uma vez, a co-relação existente entre as peças da armadura divina.
Já vimos, em lições anteriores, a forte ligação entre vestir a couraça da justiça e cingir os lombos com a
verdade. Agora, a co-relação é entre estar calçados com preparação do Evangelho da Paz e estar embraçado
com o Escudo da Fé.
Por que afirmamos existir tal co-relação? Porque estes elementos foram arrolados por Paulo em um
ambiente de batalha, havendo um confronto direto do guerreiro de Cristo com o Maligno, a ponto de estarem
sujeitos a ferimentos de dardos inflamados lançados pelo adversário. O “legionário” de Cristo, calçados com
a preparação do Evangelho da Paz, sob o comando e presença do Salvador, é dirigido aos territórios
dominados pelo inimigo para apoderar-se de suas posses em prol do Reino da Luz.
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos
quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr
em liberdade os algemados” Is 61.1
A condição para que os mensageiros da paz saiam ilesos em tais embates é o uso da fé como seu
escudo. Como temos visto nos itens anteriores da Armadura de Deus, a fé não é um tipo de escudo. A
recomendação paulina aos servos do Senhor é para que a fé seja embraçada como um soldado embraça seu
escudo durante uma batalha. É sob estas circunstâncias que a fé torna-se eficaz para apagar quaisquer dardos
inflamados do Maligno.
1. Conhecendo a eficácia da Fé como Escudo (15 min)
As legiões romanas eram temidas por seus adversários face a força e organização de seus ataques. Os
batalhões das legiões, chamadas “coortes”, eram divididos em diversas colunas. Estas coortes formavam
com seus “scutum” verdadeiros blocos sólidos e compactos. O escudo, “scutum”, era empunhado por cada
legionário. Eram de madeira, retangulares, curvados, forrado a couro com reforços metálicos nas bordas e no
centro, para proteger a mão e tinha cerca de 75 cm de largura e 1,5m de altura, em média, dos joelhos ao
queixo.
A função do escudo no campo de batalha era capacitar o exército, como um todo, de forma compacta,
organizada e decisiva avançar sobre a linha inimiga. As colunas tinham os soldados da frente munidos com
grandes lanças de 3m de cumprimento chamadas “pillum”. Estas lanças eram dirigidas aos escudos dos
inimigos. Quando um “pillum” se prendiam ao escudo inimigo o inutilizava porque o guerreiro adversário
não conseguia mais manter seu escudo em posição de defesa. Conseguir tal objetivo a coluna precisava
chegar unidade bem perto da linha inimiga, com a primeira coluna mantendo os escudos à frente, as linhas
das laterais com os escudos nas laterais e as linhas do centro e da retaguarda com os escudos erguidos acima
da cabeça, formando uma grande cobertura para se proteger das flechas inimigas.
Sendo assim, para embraçar a fé como um escudo é preciso unidade de todos os seus soldados. O
Apóstolo já dera esta indicação aos cristãos de Éfeso quando tratou sobre a unidade da fé, a qual se
manifesta na condição de todos andarem em unidade espiritual, na mesma direção, com a mesma disposição
e com os mesmos objetivos. A unidade requer a atenção de todos quanto as necessidades uns dos outros, a
fim de que não haja uma se quer que não seja suprida, comprometendo os demais soldados a darem suporte
a cada parceiro de batalha. Sem unidade, a fé perde sua eficácia como Escudo.
“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo
e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma
só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em
todos.” Ef 2-6
Uma outra condição para conseguir embraçar a fé como um escudo é conhecendo os recursos presentes
no escudo. Escudo no original é “thureos” (
), tem como radical a palavra “thura” (
), que
segundo o Theological Dictionary of the New Testament de Kittel (TDNT) significa “porta; como uma
porta, entrada, caminho ou passagem; via de acesso; oportunidade de fazer algo; condições que devem ser
cumpridas”. Ou seja, para fé ser usada como um escudo ela precisa ser dirigida com a intenção de que seja
capaz de criar acessos à presença de Deus.
Se a fé não estiver voltada para estas funções, direcionada para conversão de vidas, como uma porta de
acesso delas à presença de Deus, ela não será embraçada como escudo, e consequentemente, não terá êxito
em apagar os dardo inflamados do maligno. Da mesma forma, se nossa fé não estiver promovendo a unidade
do Corpo de Cristo, confiança mútua e atenção às necessidades de seu companheiro de batalha, também não
será capaz apagar os dardos inflamados do maligno.
Cabe agora uma reflexão: Acaso você tem dirigido sua fé para a proclamação das boas novas do
Evangelho da Paz? Acaso você está fomentando a unidade do Corpo de Cristo, confiando um ao outro,
pronto a suportar as necessidades dos outros, marchando na mesma direção? Se alguma destas perguntas for
negativa, significa que sua fé não está sendo usada como escudo e por isso ela tem sido ineficaz ante aos
dardos do inimigo.
2. Potencializando a eficácia da fé (15 min)
Há algum elemento que poderia potencializar a ação da fé embraçada como escudo? Sim, a habilidade
adquirida pelo desenvolvimento da fé como um todo. Isso quer dizer que há diferentes níveis de fé? Sim. Há
pessoas que só atingem ao nível da fé redentora para remir os seus pecados e nada mais. O cristão destes que
desenvolve a fé e vive em uma eterna imaturidade espiritual é facilmente conduzido ao engano. Tais
enganos vão desde algumas “esquisitices evangélicas”, muito comum nos dias de hoje, ao abandono da fé
cristã, aderindo algum outro credo. Para fortalecer nossa fé e torná-la mais robusta temos que promover seu
crescimento.
“Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé
cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando” 2Ts 1.3
“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo
vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” Ef 4.14
“Que poderei dizer-te? A quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te
consolar a ti, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua calamidade; quem te acudirá? Os
teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a
tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro.” Lm 2.13-14
Veja a seguir diversas atitudes de fé que podem produzir robustez espiritual e maturidade:
 A fé que nos salva - é aceitar ser justificado por Deus, que vem ao encontro dos que deixam de confiar
em si mesmos.
Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. Hc 2.4
O homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Rm 3.28
Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos
também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória
de Deus. Rm 5.1-2
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Ef 2.8
 A fé que nos anima - é a certeza (sem ansiedade) que Ele fará o melhor, completando o que começou a
realizar em nós, mesmo que ainda não estejamos vendo.
Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em segurança. Deleita-te também
no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e
ele tudo fará. (...) Descansa no Senhor, e espera nele. Sl 37.3-5,7a
Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo
Jesus. Fl 1.6
Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os
campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não
haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Senhor Deus é minha
força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos. Hc 3.17-19
 A fé nos faz ver pelos olhos de Deus - é a fé para ver o que (ainda) não está visível aos olhos dos
homens.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Porque
por ela os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela
palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê. Hb 11.1-3
Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito:
Assim será a tua descendência. Rm 4.18
 A fé que nos leva a orar – quando há fé para aceitar o poder da intercessão e que Deus está atento às
nossas orações.
Está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está doente algum de vós?
Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor, e a oração da
fé salvará o doente, e o Senhor o levantará. Tg 5.13-15a
E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis. Mt 21.22
Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Mc
11.24
E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve e,
se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos
pedido. (1Jo 5.14-15)
 A fé que nos santifica - é a fé prática, vivendo com o que se crê.
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Tg 2.17
Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa
confissão diante de muitas testemunhas. 1Tm 6.12
(...) Para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para
que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim [Jesus]. At
26.18
 A fé que desenvolve à maturidade - é a fé para pedir a ajuda de Deus para ser desenvolvido em nós
plena dependência a Ele, como fruto de um relacionamento constante e crescente.
A fim de viverdes de modo digno do Senhor, m para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e
crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua
glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria. Cl 1.10-11
 A fé que nos faz aceitar a soberania de Deus - é confiar que receberá sempre segundo a vontade de
Deus, que é sempre perfeita
E não vos conformeis com este século, f mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:2
Conclusão
Estar embraçando a fé como um escudo, sem dúvida alguma é um desafio que confronta a todos nós,
sendo necessário sondarmos e avaliarmos o quanto estamos unidos realmente na fé. Talvez, por conta da
ausência de unidade e confiança nas divisas cristãs, haja tantos crentes dizendo que foram atingidos por
setas malignas. Vimos em lições anteriores que o diabo só tem poderes de nos retalhar espiritualmente na
presença de pecados, e a ausência de unidade e confiança configura um estado pecaminoso, e o resultado
não será outro.
O pior é que, mesmo sem estar completamente preparados, de posse de todos os utensílios da Armadura
de Deus, somos enviados à batalha espiritual. Como representantes de Cristo não temos a alternativa de não
cumprir suas ordenanças ou cumpri-la quando acharmos conveniente. O cumprimento tem que ser sempre
imediato e negá-lo corremos o risco de sofrer ainda mais caso haja um rompimento de nossa relação com o
Senhor.
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