c1 a c5 – bilinguismo na ed. infantil

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TEXTO INFORMATIVO
BILINGUISMO NA ED. INFANTIL
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE AS VANTAGENS E CARACTERÍSTICAS
1) Quais as vantagens em ser bilíngue?
Pesquisas recentes indicam que estudantes bilíngues desenvolvem melhor suas habilidades
nas áreas cognitivas. Essa talvez seja a explicação da razão pela qual esses estudantes geralmente
apresentem um melhor desempenho em testes de inteligência verbal, no pensamento global e na
solução de problemas.
2) Por que crianças dessa faixa-etária devem aprender uma segunda língua?
De acordo com estudos atuais, quanto mais cedo a criança começa a aprender uma segunda
língua, mais efetiva será sua aquisição. Isso porque a criança mais nova possui habilidades mais
generalizadas e tende a preocupar-se menos em cometer erros. Além disso, são mais propensas a
iniciar a comunicação com outros, independente do código linguístico.
3) O ensino bilíngue é aplicável a todas as crianças? E aquelas que apresentam
dificuldades de aprendizagem?
A criança bilíngue não possui nenhuma habilidade cerebral diferente, nem qualquer processo
mental específico diverso daqueles encontrados em uma criança monolíngue. Por isso, geralmente,
o aluno não apresenta dificuldades no aprendizado de um segundo idioma.
4) Como se dá o processo de aprendizado de um segundo idioma? A criança
entende antes de falar?
Pesquisas indicam que há um desenvolvimento sequencial consistente neste processo.
Primeiramente há um período no qual a criança continua a usar sua língua nativa nas situações
onde a segunda língua é aplicada. A seguir, a maioria das crianças entra num período não-verbal ou
de “silêncio”. Depois disso, começam a usar frases “telegráficas” e “frases feitas”, e finalmente,
passam a produzir frases mais completas.
Durante o período de “silêncio”, elas estão trabalhando ativamente na compreensão e no
sentido do segundo idioma. Os professores devem estabelecer rotinas e planejar atividades lúdicas
para que a construção do aprendizado da segunda língua seja de forma natural e prazerosa, para
que a criança possa progressivamente ir se tornando familiar com o novo idioma. Durante o período
“silencioso”, as crianças utilizam também a linguagem não-verbal, como gestos e mímicas, para se
comunicar. Gradualmente, elas começam a repetir os sons que ouvem.
“Frases feitas” surgem depois que a criança memorizou frases inteiras. Essas frases são
muito úteis por permitir às crianças interagirem em situações de brincadeiras com falantes da
segunda língua. Frases como “I want to play with you” ou “May I have a ...” são exemplos de
como os alunos compreendem e adquirem significados para se comunicar.
Após o período de frases pré-formuladas, se inicia uma linguagem mais elaborada, quando a
criança começa a desenvolver um entendimento da sintaxe e da estrutura gramatical da língua (o
que não significa que nesse estágio ela conheça as regras de sintaxe ou a nomenclatura gramatical,
mas sim que já estabelece um método para usá-las). Por meio da comparação e da ampliação ou
abandono das frases pré-formuladas e, juntamente com o desenvolvimento e a aplicação das regras
da sintaxe da língua, as crianças chegam a um controle na produção da nova língua. Elas iniciam,
então, seus próprios usos e progridem a partir daí, ampliando o vocabulário e as estruturas
gramaticais.
5) Quanto tempo as crianças levam para se expressar na segunda língua?
Como em todo processo de aprendizagem, existem diferenças individuais de como cada
criança progride. Quando aluno percebe que não pode ou não deve falar sua língua nativa no
período de aula do segundo idioma – esse é o ponto em que ele irá se decidir a fazer um esforço
para o aprendizado. A motivação desempenha um importante papel, mas somente a exposição,
logicamente, não é suficiente. Querer se comunicar com pessoas que falam aquela língua é crucial
para que a aquisição ocorra.
De um modo geral, crianças que estão verdadeiramente interessadas, que procuram
oportunidades para ouvir e usar a nova língua e que se sentem confortáveis na situação de
interação social tendem a progredir mais fácil e rapidamente nesse aprendizado. Por outro lado,
crianças que rejeitam a nova língua e se isolam não irão, logicamente, fazer um progresso similar
em sua aquisição. Dessa forma, valorizar o aprendizado do inglês dando oportunidades para que a
criança o use é primordial. Da mesma forma, proporcionar oportunidades desse uso também fora da
escola é muito importante.
A maioria das crianças que está iniciando um programa bilíngue começa a usar linguagem
telegráfica e frases pré-formuladas depois de alguns meses. Uma produção mais elaborada,
provocada pelas diversas oportunidades de uso, aparece durante o decorrer do processo dessa
aprendizagem.
6) É normal para a criança mostrar alguns sinais de ansiedade enquanto
aprende uma segunda língua?
É absolutamente compreensível que isso aconteça. As crianças em situações em que têm
certa dificuldade podem achar que não estão conseguindo aprender. Os professores entendem que
elas algumas vezes precisam usar sua língua nativa para se comunicar, mas eles sempre tentarão
ligar essa comunicação de alguma forma com o inglês.
7) Vantagens do bilinguismo segundo Saunders.
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Segundo Saunders (1988), as vantagens do bilinguismo são:
Quando adquirido na infância, faz com que a criança tenha um sotaque como de um nativo.
Naturalmente deve-se ter em conta que a criança imitará seu padrão linguístico, ou seja, seu
pai, sua mãe ou outro referencial;
Bilinguismo desde a infância faz com que a criança desenvolva superioridade em habilidades
em geral;
Saunders observou diversas vezes que o Q.I. de seus filhos ou o grau de aprendizado era
superior àquele de crianças monolíngues;
A criança vai adquirir, desde a infância, proficiência nas duas línguas, não sendo necessário
processo formal de aprendizado.
(Texto selecionado pela equipe pedagógica do Colégio Brazilian International School)
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