Mecânica dos Fluidos I Aula 4 Turma 3305 Prof. António Sarmento Tel. 21 8417405 Email: [email protected] Problema 9.4 (Problema 4.34 do Fluid Flow) Um jacto bidimensional e estacionário de um fluido incompressível e sem atrito, de massa volúmica , incide obliquamente com uma velocidade V sobre uma placa fixa. A espessura do jacto não perturbado é h e o ângulo que faz com a normal à placa é . Despreze as forças mássicas e admita que a velocidade do jacto quando abandona a placa é tangente a esta e tem uma velocidade V igual à velocidade não-perturbada. O jacto e placa estão imersos em ar em repouso à pressão atmosférica. a) Determine a força total sobre a placa e as espessuras a e b do jacto à saída da placa, b) Determine a distância l ao longo da placa entre o centro de pressões e o ponto 0 (o centro de pressões é o ponto em que a placa pode ser apoiada sem que seja necessário exercer qualquer momento). V h l a b V V 0 Notas: 1. Como em grande parte dos escoamentos de fluidos incompressíveis é necessário aplicar o princípio de conservação de três grandezas: massa, quantidade de movimento linear e quantidade de movimento angular (para determinar o centro de pressões). 2. O fluxo de quantidade de movimento angular por unidade de volume é dado por r V em que r é o vector de posição do ponto onde a velocidade é V . O cálculo do caudal de quantidade de movimento angular pode ser efectuado com a expressão indicada na aula anterior. 3. O princípio de conservação de qualquer grandeza genérica B pode ser traduzido matematicamente pela seguinte equação: d V .n dS F P B t VC SC em que o termo (F-P)B representa a diferença entre as fontes e os poços da grandeza em estudo. No caso da massa este termo é inexistente, no caso da quantidade de movimento o termo representa as forças que actuam no volume de controlo (VC) e no caso da quantidade de movimento angular o termo representa o momento resultante aplicado ao VC. 4. Dado ser um problema bidimensional, neste caso apenas interessa o balanço de quantidade de movimento angular em torno do eixo 0, pelo que RVez em que R é o braço da linha de acção da velocidade em torno do eixo 0 (alinhado com ez ). II (Exemplo 3.19 do White) Através da turbina de uma central hidroeléctrica escoam 30 m3/s de água que são descarregados para a atmosfera a uma velocidade V2=2 m/s. A cota da albufeira de jusante é Z1 =100 m e a de jusante Z2 =0 m. Admitindo que a perda de carga (dissipação de energia mecânica em energia interna por acção do atrito interno por unidade de peso de fluido circulante) é hf =100 m, calcule a potência extraída pela turbina W. Admita que o escoamento é estacionário (isto é que o nível das superfícies livres das albufeiras e o caudal na turbina se mantêm aproximadamente constantes). Notas: 1. A dissipação de energia na tubagem e a energia aproveitada na turbina são poços de energia. 2. A energia mecânica é dada por p 1 V 2 gz por unidade de volume. 2 3. A velocidade do fluido na superfície livre da albufeira de montante é muito pequena e a sua energia cinética desprezável. Metodologia: Aplique o balanço de massa e de energia num volume de controlo formado pelas superfícies livres das duas albufeiras e pela tubagem que as liga.