Chytridiomycota Teórica

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CHYTRIDIOMYCOTA
1. MORFOLOGIA
1.1. Estruturas Somáticas
1.1.1. Unicelular
1.1.2. Rizomicélio
1.1.3. Micélio
1.2. Estruturas Reprodutivas
1.2.1. Assexuais: Mitósporos (zóosporos mitóticos)
1.2.1.1. Mitosporângio
1.2.1.1.1. Operculados
1.2.1.1.2. Inoperculados
1.2.2. Sexuais
1.2.2.1. Gametas
1.2.2.1.1. Gametângios
1.2.2.2. Meiósporos (zoósporos meióticos) (raros)
1.2.2.2.1. Meiosporângio (Zoosporângio) (raros)
2. CITOLOGIA
2.1. Septação de Hifas
2.1.1. Não-septadas ou Cenocíticas
2.1.1.2. Pseudoseptos
2.2. Parede Celular
2.2.1. Composição Química
2.2.1.1. Quitina
2.2.1.2. Glicanos
2.4. Flagelo (em células reprodutivas)
2.4.1. Presença
2.5. Centrossomos (centríolos)
2.5.1. Presença
2.5.2. Divisão intranuclear
2.6. Complexo de globúlos microssomos-lipídios (MLC)
2.7. Partículas Gama
2.8. Capa Nuclear
2.9. Rumpossomo
3. REPRODUÇÃO
3.1. Tipos de Reprodução
3.1.1. Assexuada (Somática)
3.1.2. Sexuada
3.2. Formação de Órgãos Reprodutivos
3.2.1. Holocarpia
3.2.2. Eucarpia
3.2.2.1. Monocêntricos
3.2.2.1. Policêntricos
3.3. Tipo de Desenvolvimento Reprodutivo
3.3.1. Endógeno
3.3.2. Exógeno
3.4. Reprodução Assexuada
3.4.1. Mitósporos
3.4.2.1. Tipos de Mitósporos
3.4.2.1.1. Planósporos (móveis, flagelados)
3.4.2.1.1.1. Zoósporos mitóticos
3.3. Reprodução Sexuada
3.5.1. Meiósporos (raro)
3.5.1.1. Tipos de Meiósporos
3.5.1.1.1. Zoósporos meióticos
3.5.2. Processo de Fecundação
3.5.2.1. Gametas
3.5.2.1.1. Planogametas (móveis)
3.5.2.1.1.1. Isogâmica
3.5.2.1.1.2. Anisogâmica
3.5.2.1.2. Planogameta e Aplanogameta
3.5.2.1.2.1. Oogâmica
3.5.2.2. Hifas Gaméticas (gametângios)
3.5.2.2.1.Gametangiogamia
3.5.2.3. Hifas Somáticas ou Esporos
3.5.2.3.1. Somatogamia
3.5.3. Padrões de Sexualidade
3.5.3.1 Monóico
3.5.3.2. Sexualmente Indiferenciado
4. CICLOS DE VIDA
4.1. Haplobiôntico
6.1.1. Haplonte
4.2. Diplobiôntico
5. ECOFISIOLOGIA
5.1. Fatores Ambientais Limitantes
5.1.1. Concentração de Oxigênio (O2)
5.1.1.1. Aeróbicos Obrigatórios (a maioria)
5.1.1.2. Fermentativos Obrigatórios (poucos)
5.1.1.2.1. Anaeróbicos Obrigatórios
6. ECOLOGIA DE COMUNIDADES
6.1. Sapróbios
6.1.1. Decomposição
6.2. Simbiontes
6.2.1. Parasitas (Endobióticos ou Epibióticos)
6.2.1.1. Vegetais
6.2.1.2. Animais
6.2.1.3. Fungos
6.2.1.4. Algas
6.2.2. Mutualistas
6.2.2.2. Animais
6.2.2.2.1. Fungos anaeróbicos do rúmen/ceco
7. BIOGEOGRAFIA
7.1. Biomas Terrestres
7.2. Biomas Aquáticos
7.2.1. Águas Continentais (a maioria)
7.2.2. Águas Marinhas (baixa e média salinidade)
8. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
8.1. Aspectos Negativos
8.1.1. Parasitismo
8.1.1.1. Vegetais de Importância Agrícola
8.2. Aspectos Positivos
8.2.1. Setor Agropecuário
8.2.1.1. Controle Biológico
8.2.1.2.1. Animais
8.2.1.2.2. Vegetais
8.2.1.2.3. Fungos
9. SISTEMÁTICA E FILOGENIA
9.1. Ordem Spizellomycetales
9.2. Ordem Neocallimasticales
9.3. Ordem Chytridiales
9.4. Ordem Blastocladiales
9.5. Ordem Monoblepharidales
O Filo Chytridiomycota compreende fungos com corpo unicelular,
rizomicelial ou micelial, apresentando hifas sempre cenocíticas que podem,
eventualmente, formar pseudoseptos e cujo componente principal da parede
celular é a quitina. Estes fungos sempre apresentam células reprodutivas
flageladas em alguma etapa do seu ciclo de vida, mitose do tipo cêntrica (com
centrossomos) com divisão intranuclear e algumas organelas peculiares nos
zoósporos como (1) complexo de globúlos microssomos-lipídios (MLC) que
ocorrem em todos os zoósporos de Chytridiomycota aeróbicos e, muito
provavelmente, compreende uma reserva energética para a motilidade do
zoósporo e parecem também estar envolvidas na regulação de íons de cálcio; (2)
partículas gama, que provavelmente, funcionam como reserva protéica; (3) capa
nuclear, que é uma agregação de ribossomos próximos ou em torno do núcleo, e
(4) rumpossomo, que é uma estrutura formada por túbulos interconectados e
parece estar envolvida com todo o aparato locomotor do zoósporo. As últimas três
organelas são de distribuição muito mais restrita entre as diversas espécies de
Chytridiomycota.
As estruturas reprodutivas podem ser formadas a partir de todo o corpo do
fungo (holocárpicos) ou apenas de parte do corpo (eucárpicos). Nos
Chytridiomycota eucárpicos, a estrutura de reprodução pode ser única
(monocêntrico) ou podem existir múltiplas estruturas reprodutivas semelhantes
(policêntricos). A reprodução assexuada consiste na produção de zoósporos
uniflagelados (cujo flagelo é do tipo liso e posicionado posteriormente à direção de
movimentação) em mitosporângios. Sob condições ambientais desfavoráveis, os
zoósporos podem se encistar, originando desta forma estruturas de resistência
denominadas de cistos que, ao germinar, originam os novos indivíduos. O
desenvolvimento reprodutivo é do tipo endobiótico quando o núcleo permanece no
cisto e exógeno quando o núcleo migra para o tubo de germinação. A reprodução
sexuada envolve todos os principais processos de reprodução sexuada em
fungos: conjugação de planogametas (zoogametas) isogâmicos e anisogâmicos,
conjugação de um planogameta masculino e um aplanogameta feminino
[produzidos, respectivamente, em gametângios masculino (anterídio) e feminino
(oogônio)], gametangiogamia ou ainda o processo de somatogamia. Os
Chytridiomycota são monóicos ou sexualmente indiferenciados e apresentam
ciclos de vida dos tipos haplobiôntico haplonte ou diplobiôntico. A sistemática do
grupo é baseada na morfologia das estruturas somáticas e reprodutivas.
Os Chytridiomycota são fungos de distribuição cosmopolita, que vivem
principalmente em ambiente aquático, águas continentais e marinhas
(especialmente as de baixa a média salinidade como em estuários) ou no solo
(ambiente terrestre). São predominantemente sapróbios e muitos são parasitas
endo ou epibióticos de algas, vegetais, animais e fungos. Alguns são mutualistas,
habitando o trato digestivo de mamíferos ruminantes, sendo anaeróbicos
obrigatórios. Os parasitas vegetais podem causar sérios prejuízos econômicos em
culturas comerciais. Existe a possibilidade da utilização destes fungos em controle
biológico (de animais, vegetais ou outros fungos que são danosos para a
economia) como também no controle da poluição de águas continentais.
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