Curso - modulo 2 - Centro Científico Conhecer

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CENTRO CIENTIFICO CONHECER
www.conhecer.org.br
CURSO:
GEOGRAFIA DO BRASIL
MÓDULO - II
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Classificação do relevo brasileiro
Existem várias classificações do relevo brasileiro, destacando-se as dos professores
Aroldo de Azevedo, Aziz Nacib Ab'Saber e Jurandyr Ross, sendo esta a mais recente.
Uma das classificações enfatiza o chamado nível altimétrico, onde a classificação de
Aroldo de Azevedo é a mais tradicional. Leva em conta, principalmente, o nível altimétrico
como fator de determinação do que seja um planalto ou uma planície.
A mais antiga divisão do relevo brasileiro foi feita na década de 1940 pelo professor
Aroldo de Azevedo e serviu de base para todas as outras divisões feitas posteriormente.
Ao elaborar sua divisão, ele levou em conta principalmente as diferenças de altitude.
Conforme isso, as planícies foram classificadas como as partes do relevo relativamente
planas com altitudes inferiores a 200 metros. Por sua vez, os planaltos foram
considerados as formas de relevo levemente onduladas, cujas altitudes superam 200
metros.
Essa classificação divide todo o território brasileiro em planaltos, cuja área total ocupa
59% de toda a superfície do país, e planícies, que ocupam os 41% restantes.
No final da década seguinte, de 1950, o geógrafo e professor Aziz Nacib Ab’ Saber
aperfeiçoou a divisão do professor Aroldo de Azevedo, introduzindo critérios
geomorfológicos, especialmente as noções de sedimentação e de erosão. As áreas nas
quais o processo da erosão é mais intenso do que o de sedimentação foram chamadas
de planaltos. As áreas em que o processo de sedimentação supera o de erosão foram
denominadas planícies.
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Percebe-se assim, que essa classificação não leva em conta as cotas altimétricas do
relevo, mas os aspectos de sua modelagem, ou seja, a geomorfologia.
Já o professor Jurandyr Ross, precisamente em 1989, elaborou uma outra classificação
do relevo, dessa vez usando como critério três importantes fatores geomorfológicos:



A morfoestrutura – origem geológica;
O paleoclima – ação de antigos agentes climáticos;
O morfoclima – influência de atuais agentes climáticos.
OBS: Essa divisão é considerada inovadora, uma vez que conjuga o passado geológico e
o passado climático com os atuais agentes escultores do relevo.
Baseado nisso, o professor Ross identifica três tipos de relevo:
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


Planaltos – porções residuais salientes do relevo, que oferecem mais resistência
ao processo erosivo;
Planícies – superfícies essencialmente planas, nas quais o processo de
sedimentação supera o de erosão;
Depressões – áreas rebaixadas por erosão que circundam as bordas das bacias
sedimentares, impondo-se entre estas e os maciços cristalinos.
Hidrografia Brasileira
Ao observarmos o mapa abaixo, vamos constatar que o Brasil contém um importante
potencial hidráulico, devido a correlação existente com o relevo. Isso porque há 59% da
superfície do nosso país situa-se acima dos 200 m de altitude, e essa imensa área é
percorrida por extensos rios de planalto.
Outro fator preponderante é que a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira, a São
Franciscana, é de grande importância sócio-econômica para o nosso país.
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Bacia Amazônica
A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com uma drenagem de 5,8
milhões de km², sendo 3,9 milhões no Brasil. Suas nascentes estão localizadas na
Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. No Brasil, abrangem os Estados do Amazonas,
Pará, Amapá, Acre, Roraima Rondônia e Mato Grosso. Como é atravessado pela linha do
Equador, o rio Amazonas apresenta afluentes nos dois hemisférios do Planeta. Entre os
principais afluentes da margem esquerda encontram-se o Japurá, o Negro e o Trombetas;
na margem direita, o Juruá, o Purus, o Madeira, o Xingu e o Tapajós.
Essa bacia é fundamentalmente influenciada
pelo aspecto sazonal das chuvas: elas
começam entre novembro-dezembro na
região ao sul do Equador e uns meses mais
tarde ao norte do Equador e se estendem
por 4 a 5 meses.
Com 6.500km de extensão, o rio Amazonas
é responsável por 20% da água doce
despejada
anualmente
nos
oceanos.
Embora seja de longe o maior rio do mundo
em volume de água, geralmente não é
considerado o mais longo. No entanto,
considerando-se que, durante o período de
cheia, ele se estende mar adentro,
provavelmente é também o mais longo. O rio
Amazonas é um rio de planície, possuindo
baixa declividade. Sua largura média é de 4 a 5km, mas, em alguns trechos, alcança mais
de 50km. Navios oceânicos de grande porte podem navegar até Manaus, capital do
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Estado do Amazonas, enquanto embarcações menores com até seis metros de calado,
podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru, distante 3.700km do oceano Atlântico.
Entre os afluentes do Amazonas encontram-se rios de águas barrentas (ou brancas,
como as populações locais se referem a eles), de águas claras e de águas pretas. Os rios
de águas barrentas, como o Madeira e o próprio Amazonas, têm essa cor por causa dos
sedimentos, ricos em nutrientes, carreados rio abaixo desde as montanhas andinas. Por
esse motivo são os rios que apresentam maior produtividade.
Bacia do São Francisco
A Bacia do São Francisco tem presença marcante na história do território brasileiro. Foi
através do São Francisco que ocorreu a ocupação das terras mais distantes do litoral.
O "Velho Chico" corre por paisagens muito
diferentes. Em sua nascente e foz o rio
recebe muita água das chuvas, mas, na
maior parte do seu curso, flui por áreas
secas do sertão nordestino e mineiro. Daí a
sua importância para a população sertaneja
que vive perto da sua margem.
No mapa abaixo a área
compreende sua extensão.
destacada
É uma extensa bacia hidrográfica,
responsável
pela
drenagem
de
aproximadamente
7,5%
do
território
nacional. O rio São Francisco, que nasce
em Minas Gerais, atravessa o sertão semiárido mineiro e baiano possibilitando a
sobrevivência da população ribeirinha de
baixa renda, a irrigação em pequenas propriedades e a criação de gado. O São Francisco
é um rio bastante aproveitado para a produção de hidreletricidade. Ele é navegável em
um longo trecho dos estados de Minas Gerais e Bahia, desde que a barragem de Três
Marias não lhe retenha muita água.
A bacia do rio São Francisco é a terceira bacia hidrográfica do Brasil e a única totalmente
brasileira. Drena uma área de 640.000 km² e ocupa 8% do território nacional. Cerca de
83% da bacia encontra-se nos estados de Minas Gerais e Bahia, 16% em Pernambuco,
Sergipe e Alagoas e 1% em Goiás e Distrito Federal. Entre as cabeceiras, na Serra da
Canastra, em Minas Gerais, e a foz, no oceano Atlântico, localizada entre os estados de
Sergipe e Alagoas, o rio São Francisco percorre cerca de 2.700 km.
Sua calha está situada na depressão são-franciscana, entre os terrenos cristalinos a leste
(serra do Espinhaço, Chapada Diamantina e Planalto Nordeste) e os planaltos
sedimentares do Espigão Mestre a oeste, conferindo diferenças quanto aos tipos de
águas dos afluentes. Os rios da margem direita, que nascem nos terrenos cristalinos,
possuem águas mais claras, enquanto os da margem esquerda, terrenos sedimentares,
são mais barrentos.
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O rio São Francisco tem 36 tributários de porte significativo, dos quais apenas 19 são
perenes. Os principais contribuintes são os da margem esquerda, rios Paracatu, Urucuia,
Carinhanha, Corrente e Grande, que fornecem cerca de 70% das águas em um percurso
de apenas 700 km. Na margem direita, os principais tributários são os rios Paraopeba,
das Velhas, Jequitaí e Verde Grande.
A bacia do São Francisco é dividida em quatro regiões: Alto São Francisco, das
nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso – BA;
Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São
Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.
Desde as nascentes e ao longo de seus rios, a bacia do São Francisco vem sofrendo
degradações com sérios impactos sobre as águas e, consequentemente, sobre os peixes.
A maioria dos povoados não possui nenhum tratamento de esgotos domésticos e
industriais, lançando-os diretamente nos rios. Os despejos de garimpos , mineradoras e
indústrias aumentam a carga de metais pesados, incluindo o mercúrio, em níveis acima
do permitido. Na cabeceira principal do rio São Francisco, o maior problema é o
desmatamento para produção de carvão vegetal utilizado pela indústria siderúrgica de
Belo Horizonte, o que tem reduzido as matas ciliares a 4 % da área original. O uso
intensivo de fertilizantes e defensivos agrícolas também tem contribuído para a poluição
das águas. Além disso, os garimpos, a irrigação e as barragens hidrelétricas são
responsáveis pelo desvio do leito dos rios, redução da vazão, alteração da intensidade e
época das enchentes, transformação de rios em lagos, etc. com impactos diretos sobre os
recursos pesqueiros.
As barragens hidrelétricas e para irrigação transformaram o rio São Francisco em alguns
de seus tributários. Atualmente, o rio São Francisco possui apenas dois trechos de águas
correntes: 1.100 km entre as barragens de Três Marias e Sobradinho, com vários
tributários de grande porte e inúmeras lagoas marginais; e 280 km da barragem de
Sobradinho até a entrada do reservatório de Itaparica. Daí para baixo, transforma-se em
uma cascata de reservatórios da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco – CHESF,
(Itaparica, Complexo Moxotó com Paulo Afonso I, II,III,IV e Xingó). Estes dois trechos e os
grandes tributários, onde existem as lagoas marginais, ainda permitem a existência de
espécies de peixes migradores, importantes para as pescarias comerciais e amadoras.
Bacia Platina
A Bacia Platina está entre as maiores do mundo, com cerca de 3,1 milhões de
quilômetros quadrados de superfície, quase metade em território brasileiro (1,4 milhão de
quilômetros quadrados). Esta área está situada na região mais habitada e de maior
desenvolvimento econômico. Produz a maior parte da energia consumida no Brasil e
tende a transformar-se em importante meio de comunicação e de transporte entre os
outros países do Mercosul, que dividem as suas águas.
As nascentes dos principais rios pertencem ao Brasil. Aqui, três bacias compõem a Bacia
Platina: Paraguai, Uruguai e Paraná. Os nomes das bacias correspondem aos três
principais rios que a formam. Clique no mapa abaixo para ver os principais rios da Bacia
Platina:
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A Bacia do Paraguai corre pelas terras
planas no Pantanal. É navegável e tem
como destaque o porto de Corumbá, no
Mato Grosso do Sul que, combinado a
outros meios de transporte, leva ferro e
manganês explorado no Maciço de
Urucum e é porta de entrada de outros
produtos dos demais países da bacia
platina. No entanto, o principal porto é
o de Assunção, situado no Paraguai.
A Bacia do Uruguai tem importância
para os Estados de Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Corre por áreas
elevadas, mas é navegável no trecho
entre as cidades de São Borja, no
Brasil, e Salto, no Uruguai.
É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com 1.397.905 km². Se estende por
Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das hidrelétricas em
operação ou construção do Brasil.
O rio da Prata se origina do encontro dos três principais rios desta bacia: Paraná,
Paraguai e Uruguai. Eles se encontram na fronteira entre a Argentina e o Uruguai.
A bacia do Paraná possui localização geográfica privilegiada, situada na parte central do
Planalto Meridional brasileiro.
O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o segundo em extensão na
América. É formado pela junção dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior
aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina de Itaipu, entre outras. Os
afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande
potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus afluentes vem sendo aumentada
pela construção da hidrovia Tietê-Paraná. A hidrovia serve para o transporte de cargas,
pessoas e veículos, tornando-se uma importante ligação com os países do Mercosul. São
2.400 km de percurso navegável ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em
função de suas diversas quedas, o rio Paraná possui navegação de porte até a cidade
argentina de Rosário. O rio Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo o
centro-sul da América do Sul, desde as encostas dos Andes até a Serra do Mar.
A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de 345.000 km². Atravessa a
Planície do Pantanal e é muito utilizada na navegação.
O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao longo dos territórios brasileiro e
paraguaio. Tem sua origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá (MT). Seus
principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Antes de se juntar
ao rio Paraná para formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha o Paraguai e a
Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância, como o Pantanal mato-grossense.
A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com potencial hidrelétrico, e outro de
planície, entre São Borja e Uruguaiana (RS).
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O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), servindo de divisa
entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, entre Uruguai
e Argentina. Possui uma extensão de aproximadamente 1.500 km e deságua no Estuário
do Prata. Seu curso superior é planáltico e possui expressivo potencial hidrelétrico. Os
cursos médio e inferior são de planície e oferecem condições favoráveis para a
navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto. Fazem parte de sua bacia
os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.
O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco expressivo quer seja em
termos de navegação, quer seja em termos de produção hidrelétrica.
A geopolítica no Brasil
No Brasil, o processo de constituição do ambientalismo teve início nos anos 70 e
estruturou-se como um movimento bissetorial constituído por associações ambientalistas
e agências estatais de meio ambiente. Neste início, a atuação das entidades
ambientalistas era baseada em denúncias e na conscientização pública sobre a
degradação ambiental. Porém, a política interna brasileira tinha como pilares a atração de
indústrias poluentes e o incentivo para a migração para a Amazônia.
Em 1972 se realizou, em Estocolmo, na Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre
o Meio Ambiente Humano, selando a maturidade do direito internacional do meio
ambiente. O governo brasileiro posicionava-se com resistência em relação à problemática
ambiental porque havia o pensamento de que os recursos naturais do país eram quase
infinitos e, portanto, deveriam ser explorados para se atingir alta taxa de desenvolvimento
econômico. Da Conferência de Estocolmo resultou a criação do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, a Declaração sobre o Ambiente Humano e o Plano de
Ação Mundial.
Uma das boas conseqüências da Conferência para o Brasil foi a criação da Secretaria
Especial do Meio Ambiente da Presidência da República (SEMA) instituída por decreto
em 1973, e que iniciou suas atividades em 1974.
Na segunda metade da década de 80, o ambientalismo brasileiro transformou-se em um
movimento multissetorial, além das associações e grupos comunitários ambientalistas e
das agências estatais; o socioambientalismo constituído por organizações nãogovernamentais; grupos e instituições científicas de pesquisa dos problemas ambientais;
um reduzido setor de administradores e gerentes que implementam no processo produtivo
iniciativas de gestão ambiental.
Com a publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” (ou Relatório “Brundtland”) da
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987, há a inserção do
conceito de desenvolvimento sustentável cujas bases consensuais se referem ao ideal de
harmonizar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental, e a eqüidade social,
atendendo às necessidades do presente sem comprometer as das gerações futuras.
No Brasil houve a mudança de pensamento, antes economia e ecologia eram percebidas
como duas realidades antagônicas, mas com a disseminação do relatório Brundtland, dos
movimentos sócio-ambientais e críticas ao governo brasileiro, os parâmetros foram
mudando.
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Em 1989, foram extintas a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) e a
Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE) e foi criado o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Em 1992, vinte anos após a Conferência de Estocolmo, o Brasil sediou na cidade do Rio
de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
também conhecida como Eco-92 ou Rio-92, fundamentada na filosofia do
desenvolvimento sustentável. Discutiu-se muito na época, a compreensão de que os
problemas ambientais do planeta estão intimamente ligados às condições econômicas e à
justiça social. Da Rio-92 foram originadas duas convenções multilaterais, a Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima e a Convenção sobre Diversidade
Biológica. Os eixos normativos foram: a Agenda 21, a Declaração do Rio e a Declaração
de Princípio das Florestas.
Impactos ambientais no Brasil
O Brasil vive um momento de intensa expectativa. O fato de abrigar gigantescas reservas
de inúmeros recursos naturais e talvez a mais rica biodiversidade do planeta torna o país
um importante agente da conjuntura econômica internacional.
O tratado sobre biodiversidade firmado por ocasião da ECO-92 (conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada no Rio de janeiro em
1992) previa o estabelecimento de uma forma e royalties pela riqueza natural: seria
repassada para os países pobres parte dos lucros auferidos com a produção e
comercialização de mercado cujos componentes naturais fossem obtidos nesses países.
Na verdade, isso nunca aconteceu.
Os governos brasileiros têm reafirmado a importância estratégica da Amazônia e adotado
medidas para integrá-la efetivamente, mas ainda paira uma forte ameaça sobre a
soberania desse território. Estão ocorrendo inúmeras pressões internacionais pela
preservação da floresta, e a reboque são orquestradas campanhas pela
internacionalização da região amazônica. O tema continua sendo pauta das mais
importantes reuniões internacionais e foi intensamente debatido na campanha eleitoral
pela presidência dos Estados Unidos em 2000.
A preocupação pelos problemas ambientais cresceu continuamente desde 1960. Em
1969, era assinado em Brasília, o Tratado da Bacia do Prata, que regulamentava
aspectos do meio ambiente, promovendo uma ação conjunta no sentido de permitir o
desenvolvimento harmônico e equilibrado, com o aproveitamento racional dos recursos
naturais e assegurando a preservação para as futuras gerações.
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Referência Bibliográfica
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PEREGALLI, Henrique. Como o Brasil ficou assim? São Paulo, Global 1896.
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