Planejamento Anual 2012 Série: 2º ano do Ensino Médio Disciplina

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Planejamento Anual 2012
Disciplina: Filosofia
Série: 2º ano do Ensino Médio
Prof. Alexandre Amaral Rodrigues
Objetivos da Área
- Incitar e subsidiar o pensamento criativo e coerente;
- Proporcionar ao aluno uma formação humanista, voltada para a análise e a
construção de valores e condutas éticas;
- Introduzir o aluno às noções elementares da tradição filosófica;
- Aprimorar as habilidades de escrita e leitura rigorosas.
Programa: Lógica, ciência e crítica ao cientificismo
A Lógica é uma parte da filosofia cujo valor é instrumental: visa suprir-nos com
“ferramentas” (métodos e conceitos) que nos permitam organizar o raciocínio.
Certamente não é necessário estudar lógica para pensar corretamente; mas todo
raciocínio correto se faz com argumentos consequentes. E conhecer as regras que os
regem (isto é, as regras estudadas pela Lógica) significa a um só tempo aguçar o
intelecto para identificar a correção ou incorreção dos argumentos que nos são
expostos todo o tempo; capacitá-lo para ir além do que se apresenta de imediato,
encontrando pressupostos e extraindo conclusões que não estavam explícitas; e,
finalmente, de modo reflexivo, habilitá-lo para construir os próprios argumentos de
modo mais destro e coerente. Daí a importância da lógica para a ciência moderna: é
preciso deduzir coerentemente as consequências das descobertas obtidas pela
observação e pela experimentação. No entanto, como vimos no ano passado, a lógica
não é capaz de chegar a tais descobertas. Estas se fazem por modos variados, a que
chamamos indução, e cujo principal instrumento é o experimento controlado.
O êxito das ciências modernas em explicar coerentemente e prever os fenômenos
naturais conferiu a esse modo de saber predominância sobre todos os demais.
Contudo, isso trouxe um custo elevado: o cientificismo e a sociedade de
competências. Passamos a dar valor acima de tudo ao que é comprovado
cientificamente, e passamos a acreditar num mito: que a ciência pode nos mostrar o
que fazer e como conduzir nossas vidas da melhor maneira. Perde-se, com isso, a
noção de livre-arbítrio em nome de uma ilusão. A ciência pode apenas constatar e
prever, mas não pode nos determinar o que fazer. O médico pode diagnosticar uma
doença e prescrever o medicamento para curá-la. Porém, se vamos ou não tomar
esse medicamento é necessariamente uma questão de escolha. Tanto assim que
muitas pessoas não tomam os medicamentos que lhes são prescritos.
Independentemente do juízo que se faça dessa escolha, trata-se inegavelmente de
uma escolha.
Além disso, com a diversificação e complexificação das ciências, não temos mais
como conhecer todas elas. Mal temos como conhecer uma a fundo. E como achamos
que somente o que é científico é certo e deve nos guiar, ficamos nas mãos dos
especialistas. Isto é, perdemos nossa autonomia. Isso é agravado pelo fato de que o
senso comum julga que as ciências são isentas, não são influenciadas por interesses,
preferências, valores sociais e ideologias – o que a história absolutamente não
comprova. Quem duvida, que verifique o que afirmavam no início do século passado a
frenologia, o Lombrosionismo e o eugenismo. “Ah, mas isso é coisa do passado!” Era
o que pensavam os que viveram na época dessas doutrinas também. A quantas
ideologias não estaremos hoje submetidos sem saber?
Daí a necessidade de recuperar a capacidade crítica e de questionamento do não
especialista – capacidade de reflexão filosófica. Se os ovos de galinha ontem eram um
mal horrendo e hoje são extremamente benéficos, desconfiemos. Como podemos
buscar um mínimo de parâmetros que nos orientem em face desses problemas? É o
tema que pretendemos estudar este ano. Ao fim, veremos que as bases da ciência
nascem de uma questão moral: a busca dos Universais. Com isso, preparamos o
terreno para o tema do próximo semestre: ética e estética.
Conteúdo do 1º bimestre
- Lógica aristotélica: regras do silogismo e da argumentação formal;
- A predição lógica: lógica condicional;
- O método da indução científica: o experimento controlado de Galileu;
- Algumas conquistas das ciências modernas.
Conteúdo do 2º bimestre
Racionalismo e respeito à diversidade: o conceito de tolerância na filosofia moderna.
- As descobertas científicas e sua influência sobre as crenças religiosas;
- Diversidade religiosa, diversidade de pensamento: o nascimento do conceito
moderno de tolerância;
- Tolerância e autonomia;
Racionalismo e preconceito: o cientificismo
- Ciência e ideologia: darwinismo social e eugenismo;
- A sociedade de competências;
- Que posturas podemos adotar diante desse quadro?
Conteúdo do 3º bimestre
Preparação para as Olimpíadas de Filosofia
Conteúdo do 4º bimestre
A origem das questões científicas e racionais:
- pré-socráticos: Parmêmides e Heráclito
- Sócrates e os Sofistas, na visão de Platão;
- Aristóteles: pupilo e dissidente de Platão.
Avaliação:
A avaliação deverá ser contínua e formativa. Para tanto os educandos serão avaliados
de diversas formas, dentre as quais destacam-se:
- avaliação atitudinal (postura em sala, respeito aos colegas e ao professor,
pontualidade, material, entrega de tarefas, participação)
- avaliação individual escrita
- trabalhos individuais e em grupo.
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