Profª. Drª. Ana Hortência Fonseca Castro (Orientadora)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO - PROPEX
Cadernos de Resumo
I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CONSELHO
NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PIBIC/CNPq/UEMG
20 de junho de 2006
Realização:
Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão - PROPEX
PIBIC/CNPq
Coordenador do Programa PIBIC/CNPq
Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
Coordenador dos Programas de Bolsas
Eduardo Augusto dos Reis
Coordenadora de Pesquisa
Luciana Peron Benevenute
Comitê Organizador do Seminário
Profª. Neide Wood Almeida - Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão
Profº. Otávio Luiz Lacombe - Assessor de Pró-Reitor
Belo Horizonte 2006
2
UEMG
Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão/PIBIC/CNPq/UEMG
Prédio da Reitoria
(0xx31) 3295-1500 ramal 221
Rua Rio de Janeiro, 1801
CEP 30.160-042 – Belo Horizonte - MG. – Brasil
FICHA CATALOGRÁFICA – COORDENADORIA DE BIBLIOTECAS DA UEMG
U58s UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRO-REITORIA DE PESQUISA E
EXTENSÃO - PROPEX
I Seminário de Iniciação Científica do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico PIBIC/CNPQ/UEMG, 20 de junho de 2006: caderno de resumos _
Belo Horizonte: UEMG, 2006.
1. Pesquisa – Seminário. 2. Ciência. I. Título.
CDU – 371.34
3
Reitora da Universidade do Estado de Minas Gerais
Janete Gomes Barreto Paiva
Vice-Reitor
Dijon de Moraes Júnior
Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão
Neide Wood Almeida
Pró-Reitora de Ensino
Marília Sidney de Souza Mendonça
Pró-Reitora de Planejamento, Gestão e Finanças.
Maria Celeste Cardoso Pires
Chefe de Gabinete
Ivan Arruda
4
COMITÊ INSTUCIONAL DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃOP CIENTÍFICA DO CNPq
PROFª.DRª. Ana Hortência Fonseca Castro
UNILAVRAS
PROFª.DRª. Batistina Maria de Souza Corgozinho
FUNEDI/UEMG
PROFª.DRª. Dora Suely Barbosa dos Santos
UEMG/BH
PROFª.DRª. Irenice Maria Santos Vieira
UEMG/BH
PROFª.DRª. Isis Abel Bezerra
UNILAVRAS
PROFª.DRª. Maria Ambrosina Cardoso Maia
FESP/UEMG
PROFª.DRª. Rita de Cássia Botelho Weikert de Oliveira
UNIPAN
PROFª.DRª. Sílvia Swain Canoas
FESP/UEMG
PROFª.DRª. Sônia Lúcia Modesto-Zampieron
FESP/UEMG
PROFª.DRª. Vânia Alves Nascimento
PROFº.Drº. Eduardo Sérgio da Silva
FEIT/UEMG
FUNEDI/UEMG
PROFº.Drº. José Osmar de Melo
UNILAVRAS
PROFº.Drº. José Walter Canôas
FESP/UEMG
PROFº.Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves
UNILAVRAS
PROFº.Drº. Pedro Pires Bessa
FUNEDI/UEMG
PROFº.Drº. Wellington Wilian Rocha
FUNEDI/UEMG
5
COMITÊ EXTERNO DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃOP CIENTÍFICA DO CNPq
PROFª.DRª. Janetti Nogueira de Francischi - ICB/UFMG
PROFª.DRª. Janice Guedes de Carvalho – UFLA
PROFª.DRª. Ruth Alvarenga Silvano Brandão – FAFICH/UFMG
6
Apresentação
A realização de pesquisas na Universidade do Estado de
Minas Gerais faz com que ela exerça sua função de geradora de
conhecimento e formadora de recursos humanos. O desenvolvimento
da pesquisa nos diversos campi da UEMG, localizados em diferentes
pontos do Estado: Ituiutaba, Diamantina, Poços de Caldas, Frutal,
Passos, Campanha, Divinópolis, Barbacena, Ubá, Carangola, João
Molevade e Santa Maria do Suaçui, faz com que ela seja um fator de
fundamental importância para o desenvolvimento, não só regional
como de todo o Estado de Minas Gerais.
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE MINAS GERAIS iniciou em 2005 sua participação no
“Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
do PIBIC/CNPq/UEMG” com uma cota de 15 bolsas. Neste
Seminário, os alunos bolsistas apresentaram para as Comissões
Institucional e Externa e para o público em geral as pesquisas
realizadas durante o período de vigência das bolsas.
O I SEMINÁRIO INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO PROGRAMA DE
BOLSAS PIBIC/CNPq/UEMG foi realizado no dia 20 de junho de
2006 no Salão Azul do Centro de Referência do Professor, na Praça
da Liberdade, em Belo Horizonte.
A realização deste Seminário traduziu os esforços da PROPEX e
do CNPq que reuniram 19 pareceristas com doutorado, os quais
analisaram 37 pedidos de bolsas de alunos de graduação ligados a 121
áreas
de
concentração.
Destes
37
pedidos,
os
pareceristas
selecionaram 15 trabalhos de iniciação Científica.
7
ÍNDICE
I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC/CNPq/UEMG 20 de junho de 2006
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE DOIS PROCESSOS DE SECAGEM DAS FOLHAS DE
Copaifera langsdorffii desf. (FABACEAE: CAESALPINOIDEAE) SOBRE Streptococcus
mutans.................................................................................................................................... 10
Adriana Maria de Castro (Bolsista)............................................................................. 10
Profº.Drº. Cássio Vicente Pereira (Orientador) ....................................................... 10
Profª.Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co-Orientadora) .............................. 10
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIFÚNGICAS E ANTIBACTERIANAS DO CRAVODA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum l.) ................................................................................. 11
Ariely Oliveira Boaventura (Bolsista) ........................................................................ 11
Profª. Drª. Ana Hortência Fonseca Castro (Orientadora) ..................................... 11
Profª. Drª. Maria Cristina Mendes-Costa (Co-Orientadora) .................................. 11
Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Co-Orientadora) .................................... 11
LEVANTAMENTO DA PERCEPÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO A SEUS FILHOS
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DA SATISFAÇÃO COM A
ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA. ........................................................................................ 13
Daniela Maria Rezende (Bolsista) .............................................................................. 13
Profº. Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves (Orientador) ......................................... 13
SOLUÇÕES ESTACIONÁRIAS ESTÁVEIS EM SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE REAÇÃO E
DIFUSÃO ................................................................................................................................ 14
Fernando Parreira Moraes (Bolsista) ....................................................................... 14
Profº. Drº. João Carlos Moreira (Orientador) ......................................................... 14
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA DO EXTRATO VEGETAL E DO ÓLEO
ESSENCIAL DE Thymus vulgaris. ....................................................................................... 15
Guilherme Henrique Campos de Souza (Bolsista) ................................................. 15
Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Orientadora) ......................................... 15
Profª. Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co-orientadora)............................. 15
Profª. Drª. Maria Cristina Mendes-Costa (Co-orientadora) .................................. 15
Profº. MSC Alex de Oliveira Ribeiro (Co-orientador) ............................................. 15
SUINUCULTURA FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS: ESTUDO SOBRE A
ADEQUAÇÃO DAS FAZENDAS INTEGRADAS ÀS NORMAS AMBIENTAIS
BRASILEIRAS ......................................................................................................................... 16
Gustavo Luz Gil (Bolsista).......................................................................................... 16
Profº. Drº. Leosino Bizinoto Macedo (Orientador) ................................................ 16
Profª. Drª. Sônia Maria da Silva (Co-Orientadora) ................................................ 16
PADRONIZAÇÃO E ANÁLISE DO MEL PRODUZIDO E COMERCIALIZADO EM PATOS
DE MINAS E REGIÃO, POR MEIO DE TÉCNICAS E NORMAS LABORATORIAIS. ........ 17
Helber Moreira Machado (Bolsista) .......................................................................... 17
Profº. Drº. Regildo Márcio Gonçalves da Silva (Orientador) ............................... 17
8
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E NUTRIÇÃO MINERAL DA MEXERIQUEIRA
PONKAN SOB DIFERENTES LÂMINAS DE ÁGUA E DIFERENTES ADUBAÇÕES VIA
SOLO ....................................................................................................................................... 18
Leonardo, Bernardino Seixas (Bolsista) .................................................................. 18
Profº. Drº. Wellington Willian Rocha (Orientador) ............................................... 18
EFEITO ANTICARCINOGÊNICO DA FOLHA DA GRAVIOLA (Annona muricata) POR
MEIO DO TESTE PARA DETECÇÃO DE CLONES DE TUMOR(WARTS) EM Drosophila
melanogaster) ....................................................................................................................... 19
Maria Isabel de Faria (Bolsista) ............................................................................... 19
Profº. Drº. Júlio César Nepomuceno (Orientador) ............................................... 19
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE
ITAÚNA ................................................................................................................................... 20
Maria Tereza Barbosa Campos (Bolsista) .............................................................. 20
Profº. Drº. Eduardo Sergio da Silva (Orientador) ................................................ 20
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE
AMORA (Rubus rosifolius sm. e Morus nigra l.) ............................................................... 22
Rafaella Moísa Alvarenga (Bolsista) ........................................................................ 22
Profª. Drª. Ivana Aparecida Silveira (Orientadora) .............................................. 22
DIVERSIDADE E VARIABILIDADE DE FUNGOS ENDÓFILOS EM CANDEIA NA
RESERVA BOQUEIRÃO INGAÍ/MG...................................................................................... 23
Rogério Velloso Missagia (Bolsista)......................................................................... 23
Wagner Carlos Santos Magalhães (Bolsista), ........................................................ 23
Profº. Drº. Fernando Antônio Frieiro Costa (Orientador) .................................... 23
DIVERSIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS A Eremanthus
erythropappus (DC) macleish EM CERRADO LATO SENSO............................................ 24
Thiago Donato Vieira Lucas (Bolsista) .................................................................... 24
Profª. Drª. Maria Cristina Mendes Costa (Orientadora) ..................................... 24
EFEITO DO SILÍCIO SOBRE A INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda e Doru
luteipes NA CULTURA DO MILHO EM PATOS DE MINAS – MG..................................... 26
Viviane Pereira Atanazio (Bolsista) ........................................................................ 26
Profª. Drª. Rosângela Cristina Marucci (Orientadora) ....................................... 26
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE QUIABO NO SISTEMA
ORGÂNICO DE CULTIVO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG. ..................................... 27
Warner Gasparini Cardoso (Bolsista) ..................................................................... 27
Profª. Drª. Célia Tacaco Arimura (Orientadora) ................................................. 27
Profº. Ms. José Maria Franco de Assis (Co-Orientador) .................................... 27
Profº. Ms. Ismael Ferreira (Co-Orientador) ......................................................... 27
9
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE DOIS PROCESSOS DE SECAGEM DAS
FOLHAS DE Copaifera langsdorffii desf. (FABACEAE:
CAESALPINOIDEAE) SOBRE Streptococcus mutans
Adriana Maria de Castro ( Bolsista)
Profº.Drº. Cássio Vicente Pereira ( Orientador)
Profª.Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral ( Co-Orientadora)
A clorexidina é o antisséptico mais utilizado na Odontologia, por seu poder de redução
significativa do biofilme bacteriano. Apesar de sua eficácia no controle de
microrganismos bucais e sua baixa toxicidade, essa substância pode apresentar efeitos
colaterais que dificultam o seu uso de longa duração, o que torna imprescindível a
busca de novas substâncias que combatam as bactérias associadas à etiologia da cárie
como os estreptococos do grupo mutans.
A concentração de princípios ativos ou fármacos na planta depende do controle
genético e do ambiente. Os estímulos do ambiente podem ser desencadeados em
condições de excesso ou deficiência de fatores na produção como água, nutrientes, luz,
temperatura, entre outros.
Várias pesquisas têm sido realizadas na busca por substâncias de origem natural que
possam ser utilizadas no controle de microrganismos causadores de patologias e não
apresentem efeitos adversos ao organismo humano. De acordo com a literatura, a
atividade do extrato das folhas Copaifera langsdorffii coletadas nos meses de abril,
maio e junho foram inativos contra o S. mutans, porém esses mesmos estudos indicam
uma atividade biológica, sobre a espécie em análise, ocorrendo nos meses de
julho, agosto e setembro que é coincidente com o amadurecimento dos frutos.
Com base nesses pressupostos, a presente pesquisa visou coletar as folhas nos meses
em que o extrato apresenta atividade antimicrobiana e determinar a eficácia de dois
diferentes processos de secagem - secas em estufa a 35oC e secas ao ar livre – e a
influência do período de armazenamento das folhas de Copaifera langsdorffii
biomonitorando, in vitro, a atividade inibitória destes extratos sobre o Streptococcus
mutans.
10
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIFÚNGICAS E ANTIBACTERIANAS DO
CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum l.)
Ariely
Profª.
Profª.
Profª.
Oliveira Boaventura (Bolsista)
Drª. Ana Hortência Fonseca Castro (Orientadora)
Drª. Maria Cristina Mendes -Costa (Co-Orientadora)
Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Co -Orientadora)
O cravo-da-índia é uma planta arbórea, endêmica das Ilhas Moluscas e possui odor
fortemente aromático, sabor ardente e característico. O cravo-da-índia contém 14 a 20%
de um óleo volátil, 10 a 13% de ácido galotânico, ácido oleanólico, vanilina, cromona
eugenina, triterpeno, benzaldéido, ceras vegetais, cetonas, clavicol, resinas, taninos,
ácido gálico, esteróis, esteróis glicosídicos, kaempferol e quercetina. O óleo contém
eugenol livre (70 a 95%), acetato de eugenol e 5 a 8% de β-cariofileno. Juntos esses
componentes constituem cerca de 99% do óleo, mas não são responsáveis pela sua nota
fresca e frutuária. O eugenol ou 4-alil-2-metoxifenol é um fenol e encontra-se largamente
distribuído no reino vegetal, principalmente como constituinte dos óleos essenciais de
plantas. O cravo-da-índia possui ação estomacal, aromática e anti-séptica, sendo usado
também como expectorante, nas bronquites. O óleo costuma ser empregado nas dores
de dente. O eugenol, principal constituinte químico presente na especiaria apresenta
efeitos antiinflamatório, cicatrizante e analgésico. É um composto comumente utilizado
como antimicrobiano e antifúngico, com amplo espectro de ação contra Aspergillus niger,
Sacchacomyces cerevisae, Candida albicans. Streptococus mutans, Mycoderma sp.
Lactobacillus acidophilus e Bacilus cereus, entre outras espécies de fungos, bactérias e
leveduras.
O mecanismo de ação do eugenol ocorre em nível de membrana plasmática, juntamente
com a inativação de enzimas e ou, no material genético celular. É possível que parte do
efeito antimicrobiano do eugenol esteja relacionado com a sua natureza fenólica.
O uso indiscriminado de defensivos agrícolas tem causado perdas irreparáveis ao meio
ambiente e têm direcionado os estudos, para a busca por alternativas naturais no
controle de microrganismos fitopatogênicos. Colletotrichum lindemuthianum é o agente
causador da antracnose no feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.), doença de maior
destaque nesta cultura. Este patógeno causa lesões inicialmente nas folhas e ramos, e
posteriormente atinge as vagens da planta, causando prejuízos irreparáveis à cultura.
Fusarium oxysporum é um fungo que ataca as mamoneiras causando perda da
11
turgescência e necrose em parte da planta, através da obstrução dos vasos, levando em
muitos casos a morte da planta. A murcha é causada pela ação tóxica dos produtos
resultantes da interação patógeno-hospedeiro. O Rhizoctonia solani ataca grande número
de espécies vegetais, causando, comumente, tombamento e podridões de raiz e de colo.
Devido ao baixo custo do cravo-da-índia como anti-séptico natural e ao uso
indiscriminado de defensivos agrícolas, espera-se fornecer informações mais concisas e
ampliar a utilização do óleo e do cravo-da-índia contra outros microrganismos ainda não
relatados em literatura, viabilizando o uso desta espécie como antimicrobiano natural.
12
LEVANTAMENTO DA PERCEPÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO A SEUS
FILHOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DA
SATISFAÇÃO COM A ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA.
Daniela Maria Rezende (Bolsista)
Profº. Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves (Orientador)
O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento da percepção dos pais em
relação aos seus filhos portadores de necessidades especiais e da satisfação destes com
a assistência odontológica oferecida aos mesmos. O projeto foi enviado e aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da UNILAVRAS (SISNEP 005201890005). A amostra da
pesquisa foi constituída por 29 pais de alunos matriculados na Associação dos Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE), do município de Lavras – MG, os quais foram
solicitados a realizarem um desenho livre, que pudesse representar a percepção que
possuem de seus filhos, e a participarem de uma entrevista, para levantar informações
sobre a satisfação com a assistência odontológica oferecida aos alunos. Os dados
obtidos mostraram que a grande maioria (93,1%) dos pais das crianças portadoras de
necessidades especiais, de percepção de negação da alteração ou deficiência física,
evidenciou tendência, ou perfil, de percepção de negação da alteração ou deficiência
física, acompanhada de sentimentos de culpa, inibição e/ou vergonha. Em relação à
satisfação com a assistência odontológica, a grande maioria (89,66%) dos pais das
crianças portadoras de necessidades especiais, por meio da entrevista, relatou estar
satisfeito com a assistência odontológica oferecida a seus filhos, enquanto que 10,34%
disseram estar insatisfeitos.
13
SOLUÇÕES ESTACIONÁRIAS ESTÁVEIS EM SISTEMAS DE EQUAÇÕES
DE REAÇÃO E DIFUSÃO
Fernando Parreira Moraes (Bolsista)
Profº. Drº. João Carlos Moreira (Orientador)
Equações do tipo reação e difusão aparecem em muitos modelos matemáticos de
fenômenos físicos estudados, por exemplo, em reatores químicos e nucleares, dinâmica
populacional, formação de camadas de transição de fase, difusão não-lienear de calor,
fluxo em meios porosos etc. Tais modelos podem ser estocásticos ou determinísticos.
Tais problemas têm sido sistematicamente considerados por pesquisadores nas últimas
três décadas. No entanto, devido a vários tipos de dificuldades técnicas, algumas das
quais oriundas do fato da equação elíptica considerada ter um pequeno parâmetro
multiplicando o operador que envolve as derivadas espaciais (problema de perturbação
singular), geralmente somente o caso em que a variável espacial é unidimensional era
considerado. Invariavelmente isto é feito usando técnicas de bifurcação, transformações
de Prufer, método de sub- e super soluções, sistemas dinâmicos e análise do plano de
fase. Vide por exemplo, [9], [15], [16], [31]. Claramente o estudo do caso de sistemas e
de domínios N-dimensional necessitava de técnicas mais sofisticadas.
14
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA DO EXTRATO VEGETAL
E DO ÓLEO ESSENCIAL DE Thymus vulgaris.
Guilherme Henrique Campos de Souza (Bolsista)
Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Orientadora)
Profª. Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co -orientadora)
Profª. Drª. Maria Cristina Mendes -Costa (Co-orientadora)
Profº. MSC Alex de Oliveira Ribeiro (Co -orientador)
A utilização das plantas medicinais aromáticas pelo homem seja na alimentação ou na
cura de doenças, tem sido relatada historicamente desde 5000 anos atrás. As antigas
civilizações chinesa e indiana foram as primeiras a citarem as ervas aromáticas como
princípios de cura e se destacaram pelo comércio de especiarias. Naquela época, as
ervas aromáticas eram consideradas moedas correntes e a fortunas das famílias era
avaliada pelo seu estoque em pimenta e especiarias (canela, noz-moscada, cravo,
gengibre). Mais tarde, com os egípcios, as plantas aromáticas alcançaram seu auge por
meio da aromaterapia, medicina holística baseada na cura pelos óleos essenciais,
composto responsável pelas ações terapêuticas. Outras civilizações ancestrais como os
povos da Grécia e Roma, foram também grandes colaboradoras da ascensão medicinal
de tais plantas.
Tradicionalmente, a procura por plantas aromáticas sempre girou em torno de seus altos
conteúdos de óleo essencial, metabólicos que lhes conferem aroma e sabor, e, portanto,
tornam-nas muito utilizadas pela industria alimentar e cosmética. A atual tendência de
crescimento do comércio mundial anual, por segmentos é: perfumaria – em torno de 6%;
aromatizantes alimentícios – em torno de 8,5%, e óleos essenciais brutos – em torno de
7,5%.
A Thymus vulgaris L., conhecida popularmente por tomilho é pertencente à família
Lamiaceae, apresenta várias atividades biológicas, reflexos da diversidade química que
possui.
As Indústrias farmacêuticas e alimentares exploram os extratos e óleos
essenciais de Thymus vulgaris graças à comprovada atividade antioxidante. Além disso,
o timol e o carvacrol são potentes bactericidas e fungicidas, sendo reconhecidos
cientificamente. Outros compostos fenólicos, como taninos e flavonóides também já
foram descritos em sua composição e relacionam-se com as atividades antioxidantes,
expectorantes, digestivas e antiinflamatórias associadas à planta.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do óleo essencial e do extrato de
folhas e ramos de Thymus vulgaris sobre o crescimento de bactérias e fungos visando à
utilização em preparações farmacêuticas.
15
SUINUCULTURA FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS: ESTUDO SOBRE
A ADEQUAÇÃO DAS FAZENDAS INTEGRADAS ÀS NORMAS AMBIENTAIS
BRASILEIRAS
Gustavo Luz Gil (Bolsista)
Profº. Drº. Leosino Bizinoto Macedo (Orientador)
Profª. Drª. Sônia Maria da Silva (Co-Orientadora)
O presente trabalho tem como objetivo os resultados finais da pesquisa intitulada
“Suinucultura frente às questões ambientais: estudo sobre a adequação das fazendas
integradas às Normas Ambientais Brasileiras”, que teve como órgãos de fomento o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
e a
Universidade do Estado de Minas Gerais, através da Fundação Educacional de Ituiutaba.
A pesquisa teve com objetivo geral realizar o levantamento da questão ambiental
envolvida pela atividade suinícola. Assim, realizou-se o levantamento do número de
suinuculturas do município de Ituiutaba: são 27 granjas em operação das quais 09
possuem algum tipo de licença ambiental e 18 estão operando sem lincença, tendo-se
como data de referência o dia 02 de maio de 2006. Destaca-se que o procedimento de
licenciamento ambiental é exigido pela legislação brasileira para este tipo de
empreendimento, segundo Resolução Normativa número 237 do CONAMA. Destaca-se,
ainda, que no Estado de Minas Gerais o órgão responsável pela concessão dessas
licenças é o COPAM, órgão que enfrenta problemas de falta de pessoal para a
fiscalização dos empreendimentos utilizadores dos recursos ambientais
16
PADRONIZAÇÃO E ANÁLISE DO MEL PRODUZIDO E COMERCIALIZADO
EM PATOS DE MINAS E REGIÃO, POR MEIO DE TÉCNICAS E NORMAS
LABORATORIAIS.
Helber Moreira Machado (Bolsista)
Profº. Drº. Regildo Márcio Gonçalves da Silva (Orientador)
A criação racional de abelhas constitui-se em uma atividade em que se conseguem obter
bons resultados econômicos, ecológicos e sociais. Essa atividade, desenvolvida ao longo
do tempo por pequenos e médios produtores, vem despertando o interesse de muitos
criadores e instituições do Brasil, sendo sua produção depende da abundância e da
qualidade das flores existentes no raio de ação das abelhas, desta forma, deve-se fazer
um levantamento do potencial melífero existente na área. O Brasil possui reservas florais
que podem proporcionar milhares de toneladas de saboroso mel, de primeira qualidade,
aceito pelo mercado mais exigente do mundo.
Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os
poucos dados confiáveis sobre o assunto são conflitantes. Estima-se que a produção
mundial de mel durante o ano de 2001 foi de, aproximadamente, 1.263.000 toneladas,
sendo a China o maior produtor (256 mil toneladas). Segundo os dados do IBGE, a
produção de mel em 2000 no Brasil foi de 21.865.144 kg, gerando um faturamento de R$
84.640.339,00. Os maiores exportadores mundiais são: China, Argentina, México,
Estados Unidos e Canadá. Juntos, esses países comercializaram durante o ano de 2001
cerca de 242 mil toneladas, movimentando, aproximadamente, US$ 238 milhões.
Diante desta representatividade no quadro econômico mundial torna-se fundamental um
levantamento ou acompanhamento da qualidade. Também reforça esta idéia o fato do
mel ter um alto preço o que estimula a adulteração por produtos mais baratos como o
açúcar comercial, especialmente em regiões subdesenvolvidas. No Brasil, não existe
uma estrutura eficiente de informação que contabilize a produção real de mel de abelhas,
assim como praticamente nada tem sido realizada na fiscalização a qualidade do produto
oferecido ao consumo. Apenas alguns levantamentos de qualidade foram realizados nos
estados de São Paulo, Santa Catarina; Mato Grosso do Sul e Bahia, por universidades ou
centros de pesquisa, não pelos órgãos fiscalizadores.
17
DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E NUTRIÇÃO MINERAL DA
MEXERIQUEIRA PONKAN SOB DIFERENTES LÂMINAS DE ÁGUA E
DIFERENTES ADUBAÇÕES VIA SOLO
Leonardo, Bernardino Seixas (Bolsista)
Profº. Drº. Wellington Willian Rocha (Orientador)
A irrigação localizada possibilita a aplicação direta de água ao solo, minimizando as
perdas por evaporação, deriva e escoamento superficial. Este método, quando
adequadamente manejado, possibilita um melhor aproveitamento hidroenergético, pois
trata-se de um sistema que tem o potencial de requerer uma menor potencia instalada
por unidade de área, quando adequadamente dimensionado em decorrência da menor
pressão de operação e baixa vazão dos emissores. A possibilidade de aplicação de
produtos como fertilizantes e defensivos na água de irrigação é mais um atrativo para a
adoção de sistema. Aliada a eficiência dos sistemas de irrigação soma-se a correta
nutrição da cultura que é feita primeiramente pelo acompanhamento do estado nutricional
da cultura e aplicações de fertilizantes via solo e foliar com base nas reais necessidades
da cultura. Rocha (1994), em estudos com tangerina Murcote irrigada verificou um
aumento na produtividade de até 15% em comparação com as plantas não irrigadas.
Mexerica Ponkan cultivada sob irrigação localizada por gotejamento, também apresentou
um aumento significativo na produção (EMBRAPA, 2002). De acordo com Kampfer &
Uexkull (1966) pode-se dentre os macronutrientes a seguinte ordem decrescente de
teores foliares no citros: Ca (4,2%) > N (2,22%) > K (1,31%) > Mg (0,25%) ≥ S (0,25%) >
P (0,18%). Para os micronutrientes encontra-se a seguinte ordem decrescente de teores
no fruto: B > Fe > Mn = Zn > Cu (Storey & Treeby, 2000). Com base no exposto, o
objetivo do presente projeto é avaliar o desenvolvimento vegetativo da mexeriqueira
ponkan sob duas lâminas de água e diferentes formulações aplicadas via solo
18
EFEITO ANTICARCINOGÊNICO DA FOLHA DA GRAVIOLA (Annona
muricata) POR MEIO DO TESTE PARA DETECÇÃO DE CLONES DE
TUMOR (WARTS) EM Drosophila melanogaster)
Maria Isabel de Faria (Bolsista)
Profº. Drº. Júlio César Nepomuceno (Orientador)
A graviola (Annona muricata), pertence à família Annonaceae, a qual possui cerca de 125
gêneros e mais de 2.050 espécies. É uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6
metros de altura), com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas,
que nascem no tronco e nos ramos. Originária da América Tropical, mais especificamente
dos vales peruanos e América Central, a gravioleira é uma planta de grande importância
nos mercados frutícolas das Américas Central e do Sul.
A casca, as folhas, a raiz da graviola são usados como tradicional remédio em muitos
paises. Os extratos de graviola são usados, também, como antiviral, antiparasita,
adstringente, antireumático, anti-leishimania.
A graviola também pode ser um medicamento eficaz no controle de células tumoral, mas
existem poucos estudos sobre os efeitos da graviola nos seres humanos. Em seu
trabalho relataram que os alcalóides extraídos da graviola podem causar disfunção
neuronal e degeneração, que conduzem aos sintomas da doença de Parkinson. Os
constituintes da graviola são acetogeninas, quinolines, isoquinolines, annopentocinas e
annomuricinas. Subfrações de coreximine e reticuline são isoladas da casca da raiz.
19
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO
MUNICÍPIO DE ITAÚNA
Maria Tereza Barbosa Campos (Bolsista)
Profº. Drº. Eduardo Sergio da Silva (Orientador)
Neste projeto demos continuidade aos estudos de distribuição da leishmaniose visceral
canina na região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais, a partir do registro de casos
humanos no município de Itaúna. Para o levantamento e identificação dos insetos
vetores, iniciamos coletas de flebotomíneos utilizando armadilhas luminosas e para o
estudo epidemiológico dos cães soropositivos utilizamos a reação de Imunofluorescência
Indireta para Leishmanioses.
O projeto contou com a colaboração de diversos pesquisadores e instituições como os
laboratórios da Fundação Educacional de Divinópolis, unidade agregada a Universidade
do Estado de Minas Gerais – FUNEDI/UEMG e o Centro de Pesquisas René Rachou Fiocruz.
O projeto faz parte de uma linha de pesquisa sobre a epidemiologia das leishmanioses na
Região Centro Oeste de Minas Gerais, que nos últimos três anos vêm estudando a
distribuição da leishmaniose visceral nos municípios de Divinópolis e Itaúna. Foi realizado
um levantamento sorológico de Leishmaniose visceral no município de Itaúna, através da
aplicação de inquérito clinico / epidemiológico em cães domiciliados.
Foi realizada coleta de sangue em tubos de vacuteiner com anticoagulante (EDTA) e em
papel de filtro para o diagnóstico sorológico, utilizando o teste de imunofluorescência
indireta com o apoio do Centro de Pesquisas René Rachou.
Foram estudados 1383 cães. O teste de imunofluorescencia indireta para leishmaniose
visceral foi realizado em todos os animais, onde 30 (2,17%) apresentaram sorologia
positiva com titulação variando de 1:40 a 1:640, sendo que desses 30 cães positivos 16
(53,34%) eram domiciliados no bairro Cerqueira Lima.
Foram encontrados 22 espécimes de Lutzomyia nos bairros Cerqueira Lima, Belvedere,
Chácara do Quitão, Nova Vila Mozar e Bairro Das Graças. As espécies encontradas
foram L. longipalpis (14,28%), L. sallesi (23,81%), L. whitmani (14,29%), L. cortelezzi
(14,48%) e L. lenti (33,33%).
O encontro de 30 cães com sorologia positiva indica a necessidade de se manter a
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vigilância sorológica canina e entomologia, a fim de detectar precocemente qualquer
alteração na epidemiologia local.
A integração foi benéfica para todas as instituições envolvidas, abriu caminho para uma
maior colaboração entre elas, uma vez que pretendemos dar continuidade a este projeto.
Envolver no projeto outros estudantes de graduação – nível iniciação científica e
estudantes de Pós-graduação – nível lato sensu, oferecer cursos de capacitação de
agentes municipais e estaduais de saúde, além da possibilitar a criação de um laboratório
para diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina na região.
O projeto teve a possibilidade de formar recursos humanos, como 2 estudantes de
Iniciação científica e um estudante de Pós-graduação nível Lato sensu. Espera-se que os
dados obtidos resultantes deste projeto possam alertar os serviços de saúde quanto à
introdução da Leishmaniose Visceral no município de Divinópolis – MG.
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DAS
FOLHAS DE AMORA (Rubus rosifolius sm. e Morus nigra l.)
Rafaella Moísa Alvarenga (Bolsista)
Profª. Drª. Ivana Aparecida Silveira (Orientadora)
A utilização de plantas para fins medicinais, como tratamento, cura e prevenção de
doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade e
permanece até os dias de hoje fazendo parte da cultura de diferentes comunidades
populacionais. As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais
contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais,
mas o seu uso popular não é suficiente para validar eticamente como drogas eficazes e
seguras, pois não diferem de qualquer xenobiótico sintético, e sua preconização ou
autorização deve ser fundamentada em evidências experimentais, comprovando que os
riscos são suplantados pelos benefícios.
A comprovação das propriedades terapêuticas das plantas medicinais envolve
conhecimentos interdisciplinares, assim é possível chegar à dosagem correta para cada
espécie, que está relacionada com as condições de cultivo e com a constituição genética
da planta, fatores que interferem na variação do teor de princípio ativo.
A alternativa de investimento neste setor não é substituir medicamentos registrados e já
comercializados, mas sim aumentar a opção terapêutica dos profissionais da saúde,
considerando-se a redução dos custos .
Em função do crescimento da medicina alternativa, a toxicidade das plantas pelo
emprego incorreto, resolveu-se fazer uma avaliação da ação antibacteriana dos extratos
das folhas de duas espécies Rubus rosifolius e Morus nigra. Pertencem as famílias
Rosaceae e Moraceae respectivamente e apesar das duas espécies serem de fácil
acesso e apresentarem uma vasta aplicação na medicina popular brasileira ainda há
poucos estudos que comprovem suas propriedades terapêuticas.
O uso popular de ambas as espécies e a falta de estudos comprobatórios justificam o
interesse na execução desse projeto, visto que, a citada ação antibacteriana é alvo de
desenvolvimento de possíveis fármacos (gel, pomada, creme, etc) que poderão ser
usados em tantas afecções comuns nos dias de hoje, tais como dermatoses, eczemas,
erupções cutâneas.
Objetiva-se com este projeto avaliar ao longo dos meses a atividade antibacteriana dos
extratos das folhas de duas espécies R.rosifolius e M.nigra às bactérias Gram-positivas
(Staphylococcus
aureus)
e
Gram-negativas
(Proteus
mirabilis
e
Pseudomonas
aeruginosa)
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DIVERSIDADE E VARIABILIDADE DE FUNGOS ENDÓFILOS EM
CANDEIA NA RESERVA BOQUEIRÃO INGAÍ/MG
Rogério Velloso Missagia (Bolsista)
Wagner Carlos Santos Magalhães (Bolsista),
Profº. Drº. Fernando Antônio Frieiro Costa (Orientador)
Estudos realizados até o presente momento levam a crer que grande parte dos vegetais
seja colonizada por fungos endofíticos e que tecidos sadios possam estar acometidos por
infecções assintomáticas, levando a afirmar que a presença desses organismos é um
fenômeno geral e comum.
Relações ecológicas, (ex. mutualismo, competição, parasitismo e simbiose), taxonomia
de fungos que produzem estruturas observáveis e fitopatogênicos, têm sido amplamente
estudadas, no entanto, poucos estudos foram realizados com relação aos endofíticos,
devido ao fato de apresentarem infecções assintomáticas.
Devido à ampla aplicabilidade a eles relacionada: controle biológico, produção de
compostos químicos para indústria farmacêutica, possível manipulação genética, além da
relação desses organismos com conferência de vantagens adaptativas aos vegetais,
estes têm recebido maior atenção nos últimos anos. Dessa maneira estudos nessa área
são de grande importância científica, devido à sua aplicabilidade em estudos ulteriores,
além de seu importante aspecto econômico.
Para a realização deste estudo selecionou-se a candeia (Eremanthus erythropappus
(DC.) Macleish) importante planta das áreas de Cerrado do Brasil e de grande potencial
econômico, principalmente, na produção de óleos essenciais. Na reserva Boqueirão são
encontrados 4 espécies do gênero Eremanthus, sendo E. erythropappus a mais
abundante. Com esse trabalho espera-se: 1- determinar o padrão de distribuição espacial
das espécies do gênero Eremanthus comparando dados provenientes de plantas de
diferentes localidades da reserva Boqueirão; 2- verificar se há influência de alguns fatores
ambientais, como luminosidade, sobre a taxocenose de fungos endofíticos dessa
hospedeira; 3- contribuir com os estudos que têm sido realizados em espécies tropicais,
aumentando dessa forma o grande potencial biotecnológico desses ecossistemas.
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DIVERSIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS A Eremanthus
erythropappus (DC) macleish EM CERRADO LATO SENSO
Thiago Donato Vieira Lucas (Bolsista)
Profª. Drª. Maria Cristina Mendes Costa (Orientadora)
O Brasil detém 20% da biodiversidade do planeta. Dentre os organismos que compõem
essa riqueza, os fungos contribuem com cerca de 1,5 milhão. Dentre os fungos, apenas
69 mil espécies foram descritas, havendo, portanto, um grande potencial a ser explorado.
A cadeira, Eremanthus erythropapus (DC) Macleish é considerada vegetal pioneiro, de
grande importância econômica e de maior ocorrência em Minas Gerais. Essas candeias
são ricas em óleo essencial, servindo como veículo para certos medicamentos que,
aplicados à pelem, impedem a penetração de cercarias de Schistosomas. O óleo exibe
propriedades antibacterianas, antifúngicas e é utilizado como cicratizante, antiflamatório e
anti-séptico. Em relação à taxocenose dos fungos endofíticos presentes em espécies do
gênero Eremanthus pouco foi encontrado na literatura, tornando o isolamento e o estudo
desses microorganismos de especial importância. Objetivou-se nesse trabalho,
caracterizar a taxocenose de fungos associados a Eremanthus erythropappus, estimar a
diversidade dos isolados através de marcadores morfológicos para, posteriormente, se
detectar metabólicos secundários com potencial biotecnológico. O estudo no ambiente
natural foi conduzido na Floresta Nacional de Passa Quatro – FLONA/MG, localizada no
Município de Passa Quatro, sudoeste mineiro, com altitude variando entre 950 e 1300
metros. Em seus 334 ha. Abriga diversas formações vegetais (mata nativa secundária).
Fragmentos caulinares e folhas de candeia em ambiente natural foram coletadas a cada
três meses. A identificação das espécies fúngicas foi realizada com base nas
características macro e micro – morfológicas das estruturas vegetativas e reprodutivas
das colônias e confirmadas com base em chaves de identificação. A freqüência de
colonização nas partes das plantas pelos fungos, foi definida como sendo o número total
de fragmentos contento um determinado fungo em relação ao número total de fragmentos
analisados. As coletas foram feitas no centro do candeial e em suas bordas. Foram
obtidos 472 isolados, sendo 44 colônias de fragmentos foliares e 178 colônias isoladas
de fragmentos caulinares de borda. Do centro do candeial foram obtidas 54 colônias de
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fragmentos foliares e 179 de fragmentos caulinares. A taxa de colonização total foi de
15,6% para as bordas e de 16,3% para o centro. Dentre os gêneros de fungos
recuperados citam-se: Phomopsis, Neurospora, Alternativa, Xilaria, Epicoccum, Phoma,
Nigrospora, Aspergillum, Rizoctonia, Colletotrichum e alguns isolados de leveduras. O
número de fungos recuperados da candeia foi baixo quando comparado com outras
plantas tropicais. Tal diferença pode estar relacionada ao emprego de diferentes
metodologias e também à dificuldade de identificar as espécies, devido à ausência de
estruturas de reprodução, o que pode gerar uma sub-estimativa da diversidade.
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EFEITO DO SILÍCIO SOBRE A INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda
e Doru luteipes NA CULTURA DO MILHO EM PATOS DE MINAS – MG.
Viviane Pereira Atanazio (Bolsista)
Profª. Drª. Rosângela Cristina Marucci (Orientadora)
Nos dois primeiros meses, o aluno entrou em contato com materiais bibliográficos
relacionados com o assunto na biblioteca da UNIPAM, através de periódicos, livros e via
Internet. Nessa fase foi possível compreender o papel do silício como indutor de
resistência em plantas do grupo das gramíneas. Por se alojar na parede celular da planta,
o
silício
acaba
dificultando
a
alimentação
de
alguns
insetos
fitófagos
e
conseqüentemente, reduzindo o consumo de área foliar, servindo como uma forma
alternativa de controle de pragas.
Na cultura do milho, as informações existentes sobre o uso do silício como alternativa de
controle são muito escassas e contraditórias. Além disso, não existe informação sobre o
seu efeito indireto sobre os inimigos naturais. Um exemplo disso é a relação lagarta-docartucho (Spodoptera frugiperda) e o predador tesourinha (Doru luteipes). Embora
existam alguns trabalhos relatando o efeito do silício sobre a lagarta-do-cartucho, seu
papel sobre a regulação populacional do predador é desconhecido.
Um outro ponto importante é a possibilidade de se aproveitar um resíduo da indústria
siderúrgica, a baixo custo, para o manejo dos insetos na cultura do milho, abrindo
possibilidade de reciclar um resíduo (silicatos de cálcio) e reduzir a contaminação do
meio ambiente decorrente do uso de produtos químicos (inseticidas).
Selecionou-se uma área de aproximadamente 1,5 ha, na Escola Estadual Agrotécnica
“Afonso Queiroz”, para a instalação do experimento. Em setembro, realizou-se a coleta
de solo e o envio da mesma para laboratório para determinação dos teores de nutrientes
e posterior cálculo da necessidade de calagem e adubação da área (análise em anexo).
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DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE QUIABO NO
SISTEMA ORGÂNICO DE CULTIVO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG.
Warner Gasparini Cardoso (Bolsista)
Profª. Drª. Célia Tacaco Arimura (Orientadora)
Profº. Ms. José Maria Franco de Assis (Co-Orientador)
Profº. Ms. Ismael Ferreira (Co-Orientador)
A agricultura orgânica é hoje apontada como uma alternativa importante para o aumento
da sustentação da renda de produção agrícola, além de preservar o meio ambiente e a
saúde dos agricultores e consumidores, bem como o sistema de manejo sustentável da
unidade de produção com enfoque sistêmico, que privilegia a preservação ambiental, a
agrobiodiversidade, os
ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. A ineficiência energética e os impactos
ambientais como a erosão e a salinização dos solos, a poluição das águas e dos solos
por nitratos
(provenientes dos fertilizantes nitrogenados) e por agrotóxicos, a contaminação do
homem do campo e dos alimentos, o desflorestamento, a diminuição dabiodiversidade e
dos recursos genéticos e a dilapidação dos recursos não renováveis são apontados como
os principais fatores que podem tornar insustentáveis os atuais sistemas de produção
agrícola. A modernização agrícola aumentou a produtividade das lavouras, por outro
lado, além dos impactos ambientais indesejáveis, ampliou a concentração de terras e de
riquezas e provocou intensos processos migratórios para os centros urbanos
industrializados. Desde a década de 60, com a Revolução Verde, os sistemas de
produção agrícola caracterizaram-se pelas monoculturas extensivas e,
portanto, com baixo nível de diversidade biológica (ou biodiversidade). As práticas que
auxiliam na diversificação das espécies animais e vegetais de um local dão condições
para que haja uma luta biológica equilibrada e as plantas desenvolvam seu próprio
sistema de defesa natural contra parasitas. Mesmo assim, por mais ecológico que seja a
plantação, poderá haver a incidência de pragas e doenças isoladas. De acordo com
apesar da disponibilidade de diversos
produtos biológicos e técnicas para o controle de doenças de plantas, sua utilização
ainda é restrita no Brasil, entretanto, o uso de agentes de controle biológico, bem como
produtos alternativos vem aumentando consideravelmente. A preocupação com a
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qualidade de vida vem motivando e mudando os referenciais dos consumidores
modernos quanto à preocupação com a saúde, a preservação ambiental e a
sustentabilidade socioeconômica do negócio agrícola. Esses novos paradigmas vêm
promovendo o alimento orgânico como fonte geradora de emprego e renda para a
pequena produção agrícola e, por outro lado, cada vez mais a sociedade toma
conhecimento das conseqüências indesejáveis causadas pela adoção do modelo
agroquímico de se produzir alimentos. Além disso, nos Estados Unidos, os alimentos
geneticamente modificados provocaram uma corrida dos consumidores aos produtos
orgânicos, por terem segurança de que se trata de produtos isentos de modificações
genéticas.
Uma das justificativas mais consistentes para a necessidade de se empregar o modelo
de agricultura orgânica, baseado no uso de recursos naturais (sem emprego de adubos
químicos e agrotóxicos), é a proteção da saúde do agricultor, porque ele é quem mais
tem sofrido problemas de contaminação e, em alguns casos, até a morte pelo uso de
agrotóxicos nas lavouras.
O nim, espécie arbórea Azadirachta indica Adr. Juss, cuja família botânica é Meliaceae,
que compreende espécies como o mogno, cedro, cinamomo, andiroba, tem demonstrado
que seu extrato pode influenciar mais de 200 espécies de insetos, intervindo em várias
fases, podendo não matar o inseto instantaneamente, mas restringindo populações
através dos efeitos de repelência, inibição alimentar e de postura, pertubação do
acasalamento e esterilização, interferência na síntese da ecdisona, inibição da biosíntese
da quitina, inibição do crescimento, redução da fecundidade e longevidade, dentre outros.
O quiabeiro é uma planta da família das Malváceas, de ciclo vegetativo rápido, fácil
cultivo e alta rentabilidade e, devido as suas utilidades, tem sofrido um crescente
aumento de consumo.
O quiabo encontra no Brasil condições excelentes para o seu cultivo, principalmente no
que diz respeito ao clima, pois é sensível ao frio e desenvolve-se melhor em clima
quente, sendo popularmente cultivado no Nordeste e Sudeste. Trata-se de uma hortaliça
tropical originária da
África, cuja introdução no Brasil, bem como no sul dos Estados Unidos, se deveu à
iniciativa de escravos africanos e muito consumida por brasileiros de todas as camadas
sociais. Situa-se entre as hortícolas de alto valor alimentício e para a alimentação
humana é fonte de fibra, proteína e
vitamina C.
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