UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO - PROPEX Cadernos de Resumo I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO PIBIC/CNPq/UEMG 20 de junho de 2006 Realização: Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão - PROPEX PIBIC/CNPq Coordenador do Programa PIBIC/CNPq Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu Coordenador dos Programas de Bolsas Eduardo Augusto dos Reis Coordenadora de Pesquisa Luciana Peron Benevenute Comitê Organizador do Seminário Profª. Neide Wood Almeida - Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão Profº. Otávio Luiz Lacombe - Assessor de Pró-Reitor Belo Horizonte 2006 2 UEMG Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão/PIBIC/CNPq/UEMG Prédio da Reitoria (0xx31) 3295-1500 ramal 221 Rua Rio de Janeiro, 1801 CEP 30.160-042 – Belo Horizonte - MG. – Brasil FICHA CATALOGRÁFICA – COORDENADORIA DE BIBLIOTECAS DA UEMG U58s UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRO-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO - PROPEX I Seminário de Iniciação Científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico PIBIC/CNPQ/UEMG, 20 de junho de 2006: caderno de resumos _ Belo Horizonte: UEMG, 2006. 1. Pesquisa – Seminário. 2. Ciência. I. Título. CDU – 371.34 3 Reitora da Universidade do Estado de Minas Gerais Janete Gomes Barreto Paiva Vice-Reitor Dijon de Moraes Júnior Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão Neide Wood Almeida Pró-Reitora de Ensino Marília Sidney de Souza Mendonça Pró-Reitora de Planejamento, Gestão e Finanças. Maria Celeste Cardoso Pires Chefe de Gabinete Ivan Arruda 4 COMITÊ INSTUCIONAL DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃOP CIENTÍFICA DO CNPq PROFª.DRª. Ana Hortência Fonseca Castro UNILAVRAS PROFª.DRª. Batistina Maria de Souza Corgozinho FUNEDI/UEMG PROFª.DRª. Dora Suely Barbosa dos Santos UEMG/BH PROFª.DRª. Irenice Maria Santos Vieira UEMG/BH PROFª.DRª. Isis Abel Bezerra UNILAVRAS PROFª.DRª. Maria Ambrosina Cardoso Maia FESP/UEMG PROFª.DRª. Rita de Cássia Botelho Weikert de Oliveira UNIPAN PROFª.DRª. Sílvia Swain Canoas FESP/UEMG PROFª.DRª. Sônia Lúcia Modesto-Zampieron FESP/UEMG PROFª.DRª. Vânia Alves Nascimento PROFº.Drº. Eduardo Sérgio da Silva FEIT/UEMG FUNEDI/UEMG PROFº.Drº. José Osmar de Melo UNILAVRAS PROFº.Drº. José Walter Canôas FESP/UEMG PROFº.Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves UNILAVRAS PROFº.Drº. Pedro Pires Bessa FUNEDI/UEMG PROFº.Drº. Wellington Wilian Rocha FUNEDI/UEMG 5 COMITÊ EXTERNO DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃOP CIENTÍFICA DO CNPq PROFª.DRª. Janetti Nogueira de Francischi - ICB/UFMG PROFª.DRª. Janice Guedes de Carvalho – UFLA PROFª.DRª. Ruth Alvarenga Silvano Brandão – FAFICH/UFMG 6 Apresentação A realização de pesquisas na Universidade do Estado de Minas Gerais faz com que ela exerça sua função de geradora de conhecimento e formadora de recursos humanos. O desenvolvimento da pesquisa nos diversos campi da UEMG, localizados em diferentes pontos do Estado: Ituiutaba, Diamantina, Poços de Caldas, Frutal, Passos, Campanha, Divinópolis, Barbacena, Ubá, Carangola, João Molevade e Santa Maria do Suaçui, faz com que ela seja um fator de fundamental importância para o desenvolvimento, não só regional como de todo o Estado de Minas Gerais. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS iniciou em 2005 sua participação no “Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq/UEMG” com uma cota de 15 bolsas. Neste Seminário, os alunos bolsistas apresentaram para as Comissões Institucional e Externa e para o público em geral as pesquisas realizadas durante o período de vigência das bolsas. O I SEMINÁRIO INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO PROGRAMA DE BOLSAS PIBIC/CNPq/UEMG foi realizado no dia 20 de junho de 2006 no Salão Azul do Centro de Referência do Professor, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. A realização deste Seminário traduziu os esforços da PROPEX e do CNPq que reuniram 19 pareceristas com doutorado, os quais analisaram 37 pedidos de bolsas de alunos de graduação ligados a 121 áreas de concentração. Destes 37 pedidos, os pareceristas selecionaram 15 trabalhos de iniciação Científica. 7 ÍNDICE I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC/CNPq/UEMG 20 de junho de 2006 ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE DOIS PROCESSOS DE SECAGEM DAS FOLHAS DE Copaifera langsdorffii desf. (FABACEAE: CAESALPINOIDEAE) SOBRE Streptococcus mutans.................................................................................................................................... 10 Adriana Maria de Castro (Bolsista)............................................................................. 10 Profº.Drº. Cássio Vicente Pereira (Orientador) ....................................................... 10 Profª.Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co-Orientadora) .............................. 10 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIFÚNGICAS E ANTIBACTERIANAS DO CRAVODA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum l.) ................................................................................. 11 Ariely Oliveira Boaventura (Bolsista) ........................................................................ 11 Profª. Drª. Ana Hortência Fonseca Castro (Orientadora) ..................................... 11 Profª. Drª. Maria Cristina Mendes-Costa (Co-Orientadora) .................................. 11 Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Co-Orientadora) .................................... 11 LEVANTAMENTO DA PERCEPÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO A SEUS FILHOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DA SATISFAÇÃO COM A ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA. ........................................................................................ 13 Daniela Maria Rezende (Bolsista) .............................................................................. 13 Profº. Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves (Orientador) ......................................... 13 SOLUÇÕES ESTACIONÁRIAS ESTÁVEIS EM SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE REAÇÃO E DIFUSÃO ................................................................................................................................ 14 Fernando Parreira Moraes (Bolsista) ....................................................................... 14 Profº. Drº. João Carlos Moreira (Orientador) ......................................................... 14 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA DO EXTRATO VEGETAL E DO ÓLEO ESSENCIAL DE Thymus vulgaris. ....................................................................................... 15 Guilherme Henrique Campos de Souza (Bolsista) ................................................. 15 Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Orientadora) ......................................... 15 Profª. Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co-orientadora)............................. 15 Profª. Drª. Maria Cristina Mendes-Costa (Co-orientadora) .................................. 15 Profº. MSC Alex de Oliveira Ribeiro (Co-orientador) ............................................. 15 SUINUCULTURA FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS: ESTUDO SOBRE A ADEQUAÇÃO DAS FAZENDAS INTEGRADAS ÀS NORMAS AMBIENTAIS BRASILEIRAS ......................................................................................................................... 16 Gustavo Luz Gil (Bolsista).......................................................................................... 16 Profº. Drº. Leosino Bizinoto Macedo (Orientador) ................................................ 16 Profª. Drª. Sônia Maria da Silva (Co-Orientadora) ................................................ 16 PADRONIZAÇÃO E ANÁLISE DO MEL PRODUZIDO E COMERCIALIZADO EM PATOS DE MINAS E REGIÃO, POR MEIO DE TÉCNICAS E NORMAS LABORATORIAIS. ........ 17 Helber Moreira Machado (Bolsista) .......................................................................... 17 Profº. Drº. Regildo Márcio Gonçalves da Silva (Orientador) ............................... 17 8 DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E NUTRIÇÃO MINERAL DA MEXERIQUEIRA PONKAN SOB DIFERENTES LÂMINAS DE ÁGUA E DIFERENTES ADUBAÇÕES VIA SOLO ....................................................................................................................................... 18 Leonardo, Bernardino Seixas (Bolsista) .................................................................. 18 Profº. Drº. Wellington Willian Rocha (Orientador) ............................................... 18 EFEITO ANTICARCINOGÊNICO DA FOLHA DA GRAVIOLA (Annona muricata) POR MEIO DO TESTE PARA DETECÇÃO DE CLONES DE TUMOR(WARTS) EM Drosophila melanogaster) ....................................................................................................................... 19 Maria Isabel de Faria (Bolsista) ............................................................................... 19 Profº. Drº. Júlio César Nepomuceno (Orientador) ............................................... 19 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE ITAÚNA ................................................................................................................................... 20 Maria Tereza Barbosa Campos (Bolsista) .............................................................. 20 Profº. Drº. Eduardo Sergio da Silva (Orientador) ................................................ 20 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE AMORA (Rubus rosifolius sm. e Morus nigra l.) ............................................................... 22 Rafaella Moísa Alvarenga (Bolsista) ........................................................................ 22 Profª. Drª. Ivana Aparecida Silveira (Orientadora) .............................................. 22 DIVERSIDADE E VARIABILIDADE DE FUNGOS ENDÓFILOS EM CANDEIA NA RESERVA BOQUEIRÃO INGAÍ/MG...................................................................................... 23 Rogério Velloso Missagia (Bolsista)......................................................................... 23 Wagner Carlos Santos Magalhães (Bolsista), ........................................................ 23 Profº. Drº. Fernando Antônio Frieiro Costa (Orientador) .................................... 23 DIVERSIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS A Eremanthus erythropappus (DC) macleish EM CERRADO LATO SENSO............................................ 24 Thiago Donato Vieira Lucas (Bolsista) .................................................................... 24 Profª. Drª. Maria Cristina Mendes Costa (Orientadora) ..................................... 24 EFEITO DO SILÍCIO SOBRE A INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda e Doru luteipes NA CULTURA DO MILHO EM PATOS DE MINAS – MG..................................... 26 Viviane Pereira Atanazio (Bolsista) ........................................................................ 26 Profª. Drª. Rosângela Cristina Marucci (Orientadora) ....................................... 26 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE QUIABO NO SISTEMA ORGÂNICO DE CULTIVO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG. ..................................... 27 Warner Gasparini Cardoso (Bolsista) ..................................................................... 27 Profª. Drª. Célia Tacaco Arimura (Orientadora) ................................................. 27 Profº. Ms. José Maria Franco de Assis (Co-Orientador) .................................... 27 Profº. Ms. Ismael Ferreira (Co-Orientador) ......................................................... 27 9 ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE DOIS PROCESSOS DE SECAGEM DAS FOLHAS DE Copaifera langsdorffii desf. (FABACEAE: CAESALPINOIDEAE) SOBRE Streptococcus mutans Adriana Maria de Castro ( Bolsista) Profº.Drº. Cássio Vicente Pereira ( Orientador) Profª.Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral ( Co-Orientadora) A clorexidina é o antisséptico mais utilizado na Odontologia, por seu poder de redução significativa do biofilme bacteriano. Apesar de sua eficácia no controle de microrganismos bucais e sua baixa toxicidade, essa substância pode apresentar efeitos colaterais que dificultam o seu uso de longa duração, o que torna imprescindível a busca de novas substâncias que combatam as bactérias associadas à etiologia da cárie como os estreptococos do grupo mutans. A concentração de princípios ativos ou fármacos na planta depende do controle genético e do ambiente. Os estímulos do ambiente podem ser desencadeados em condições de excesso ou deficiência de fatores na produção como água, nutrientes, luz, temperatura, entre outros. Várias pesquisas têm sido realizadas na busca por substâncias de origem natural que possam ser utilizadas no controle de microrganismos causadores de patologias e não apresentem efeitos adversos ao organismo humano. De acordo com a literatura, a atividade do extrato das folhas Copaifera langsdorffii coletadas nos meses de abril, maio e junho foram inativos contra o S. mutans, porém esses mesmos estudos indicam uma atividade biológica, sobre a espécie em análise, ocorrendo nos meses de julho, agosto e setembro que é coincidente com o amadurecimento dos frutos. Com base nesses pressupostos, a presente pesquisa visou coletar as folhas nos meses em que o extrato apresenta atividade antimicrobiana e determinar a eficácia de dois diferentes processos de secagem - secas em estufa a 35oC e secas ao ar livre – e a influência do período de armazenamento das folhas de Copaifera langsdorffii biomonitorando, in vitro, a atividade inibitória destes extratos sobre o Streptococcus mutans. 10 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIFÚNGICAS E ANTIBACTERIANAS DO CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum l.) Ariely Profª. Profª. Profª. Oliveira Boaventura (Bolsista) Drª. Ana Hortência Fonseca Castro (Orientadora) Drª. Maria Cristina Mendes -Costa (Co-Orientadora) Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Co -Orientadora) O cravo-da-índia é uma planta arbórea, endêmica das Ilhas Moluscas e possui odor fortemente aromático, sabor ardente e característico. O cravo-da-índia contém 14 a 20% de um óleo volátil, 10 a 13% de ácido galotânico, ácido oleanólico, vanilina, cromona eugenina, triterpeno, benzaldéido, ceras vegetais, cetonas, clavicol, resinas, taninos, ácido gálico, esteróis, esteróis glicosídicos, kaempferol e quercetina. O óleo contém eugenol livre (70 a 95%), acetato de eugenol e 5 a 8% de β-cariofileno. Juntos esses componentes constituem cerca de 99% do óleo, mas não são responsáveis pela sua nota fresca e frutuária. O eugenol ou 4-alil-2-metoxifenol é um fenol e encontra-se largamente distribuído no reino vegetal, principalmente como constituinte dos óleos essenciais de plantas. O cravo-da-índia possui ação estomacal, aromática e anti-séptica, sendo usado também como expectorante, nas bronquites. O óleo costuma ser empregado nas dores de dente. O eugenol, principal constituinte químico presente na especiaria apresenta efeitos antiinflamatório, cicatrizante e analgésico. É um composto comumente utilizado como antimicrobiano e antifúngico, com amplo espectro de ação contra Aspergillus niger, Sacchacomyces cerevisae, Candida albicans. Streptococus mutans, Mycoderma sp. Lactobacillus acidophilus e Bacilus cereus, entre outras espécies de fungos, bactérias e leveduras. O mecanismo de ação do eugenol ocorre em nível de membrana plasmática, juntamente com a inativação de enzimas e ou, no material genético celular. É possível que parte do efeito antimicrobiano do eugenol esteja relacionado com a sua natureza fenólica. O uso indiscriminado de defensivos agrícolas tem causado perdas irreparáveis ao meio ambiente e têm direcionado os estudos, para a busca por alternativas naturais no controle de microrganismos fitopatogênicos. Colletotrichum lindemuthianum é o agente causador da antracnose no feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.), doença de maior destaque nesta cultura. Este patógeno causa lesões inicialmente nas folhas e ramos, e posteriormente atinge as vagens da planta, causando prejuízos irreparáveis à cultura. Fusarium oxysporum é um fungo que ataca as mamoneiras causando perda da 11 turgescência e necrose em parte da planta, através da obstrução dos vasos, levando em muitos casos a morte da planta. A murcha é causada pela ação tóxica dos produtos resultantes da interação patógeno-hospedeiro. O Rhizoctonia solani ataca grande número de espécies vegetais, causando, comumente, tombamento e podridões de raiz e de colo. Devido ao baixo custo do cravo-da-índia como anti-séptico natural e ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas, espera-se fornecer informações mais concisas e ampliar a utilização do óleo e do cravo-da-índia contra outros microrganismos ainda não relatados em literatura, viabilizando o uso desta espécie como antimicrobiano natural. 12 LEVANTAMENTO DA PERCEPÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO A SEUS FILHOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DA SATISFAÇÃO COM A ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA. Daniela Maria Rezende (Bolsista) Profº. Drº. Marcelo Rodrigues Gonçalves (Orientador) O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento da percepção dos pais em relação aos seus filhos portadores de necessidades especiais e da satisfação destes com a assistência odontológica oferecida aos mesmos. O projeto foi enviado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNILAVRAS (SISNEP 005201890005). A amostra da pesquisa foi constituída por 29 pais de alunos matriculados na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), do município de Lavras – MG, os quais foram solicitados a realizarem um desenho livre, que pudesse representar a percepção que possuem de seus filhos, e a participarem de uma entrevista, para levantar informações sobre a satisfação com a assistência odontológica oferecida aos alunos. Os dados obtidos mostraram que a grande maioria (93,1%) dos pais das crianças portadoras de necessidades especiais, de percepção de negação da alteração ou deficiência física, evidenciou tendência, ou perfil, de percepção de negação da alteração ou deficiência física, acompanhada de sentimentos de culpa, inibição e/ou vergonha. Em relação à satisfação com a assistência odontológica, a grande maioria (89,66%) dos pais das crianças portadoras de necessidades especiais, por meio da entrevista, relatou estar satisfeito com a assistência odontológica oferecida a seus filhos, enquanto que 10,34% disseram estar insatisfeitos. 13 SOLUÇÕES ESTACIONÁRIAS ESTÁVEIS EM SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE REAÇÃO E DIFUSÃO Fernando Parreira Moraes (Bolsista) Profº. Drº. João Carlos Moreira (Orientador) Equações do tipo reação e difusão aparecem em muitos modelos matemáticos de fenômenos físicos estudados, por exemplo, em reatores químicos e nucleares, dinâmica populacional, formação de camadas de transição de fase, difusão não-lienear de calor, fluxo em meios porosos etc. Tais modelos podem ser estocásticos ou determinísticos. Tais problemas têm sido sistematicamente considerados por pesquisadores nas últimas três décadas. No entanto, devido a vários tipos de dificuldades técnicas, algumas das quais oriundas do fato da equação elíptica considerada ter um pequeno parâmetro multiplicando o operador que envolve as derivadas espaciais (problema de perturbação singular), geralmente somente o caso em que a variável espacial é unidimensional era considerado. Invariavelmente isto é feito usando técnicas de bifurcação, transformações de Prufer, método de sub- e super soluções, sistemas dinâmicos e análise do plano de fase. Vide por exemplo, [9], [15], [16], [31]. Claramente o estudo do caso de sistemas e de domínios N-dimensional necessitava de técnicas mais sofisticadas. 14 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA DO EXTRATO VEGETAL E DO ÓLEO ESSENCIAL DE Thymus vulgaris. Guilherme Henrique Campos de Souza (Bolsista) Profª. Drª. Ivana Aparecida da Silveira (Orientadora) Profª. Drª. Larissa Carvalho Soares Amaral (Co -orientadora) Profª. Drª. Maria Cristina Mendes -Costa (Co-orientadora) Profº. MSC Alex de Oliveira Ribeiro (Co -orientador) A utilização das plantas medicinais aromáticas pelo homem seja na alimentação ou na cura de doenças, tem sido relatada historicamente desde 5000 anos atrás. As antigas civilizações chinesa e indiana foram as primeiras a citarem as ervas aromáticas como princípios de cura e se destacaram pelo comércio de especiarias. Naquela época, as ervas aromáticas eram consideradas moedas correntes e a fortunas das famílias era avaliada pelo seu estoque em pimenta e especiarias (canela, noz-moscada, cravo, gengibre). Mais tarde, com os egípcios, as plantas aromáticas alcançaram seu auge por meio da aromaterapia, medicina holística baseada na cura pelos óleos essenciais, composto responsável pelas ações terapêuticas. Outras civilizações ancestrais como os povos da Grécia e Roma, foram também grandes colaboradoras da ascensão medicinal de tais plantas. Tradicionalmente, a procura por plantas aromáticas sempre girou em torno de seus altos conteúdos de óleo essencial, metabólicos que lhes conferem aroma e sabor, e, portanto, tornam-nas muito utilizadas pela industria alimentar e cosmética. A atual tendência de crescimento do comércio mundial anual, por segmentos é: perfumaria – em torno de 6%; aromatizantes alimentícios – em torno de 8,5%, e óleos essenciais brutos – em torno de 7,5%. A Thymus vulgaris L., conhecida popularmente por tomilho é pertencente à família Lamiaceae, apresenta várias atividades biológicas, reflexos da diversidade química que possui. As Indústrias farmacêuticas e alimentares exploram os extratos e óleos essenciais de Thymus vulgaris graças à comprovada atividade antioxidante. Além disso, o timol e o carvacrol são potentes bactericidas e fungicidas, sendo reconhecidos cientificamente. Outros compostos fenólicos, como taninos e flavonóides também já foram descritos em sua composição e relacionam-se com as atividades antioxidantes, expectorantes, digestivas e antiinflamatórias associadas à planta. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do óleo essencial e do extrato de folhas e ramos de Thymus vulgaris sobre o crescimento de bactérias e fungos visando à utilização em preparações farmacêuticas. 15 SUINUCULTURA FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS: ESTUDO SOBRE A ADEQUAÇÃO DAS FAZENDAS INTEGRADAS ÀS NORMAS AMBIENTAIS BRASILEIRAS Gustavo Luz Gil (Bolsista) Profº. Drº. Leosino Bizinoto Macedo (Orientador) Profª. Drª. Sônia Maria da Silva (Co-Orientadora) O presente trabalho tem como objetivo os resultados finais da pesquisa intitulada “Suinucultura frente às questões ambientais: estudo sobre a adequação das fazendas integradas às Normas Ambientais Brasileiras”, que teve como órgãos de fomento o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e a Universidade do Estado de Minas Gerais, através da Fundação Educacional de Ituiutaba. A pesquisa teve com objetivo geral realizar o levantamento da questão ambiental envolvida pela atividade suinícola. Assim, realizou-se o levantamento do número de suinuculturas do município de Ituiutaba: são 27 granjas em operação das quais 09 possuem algum tipo de licença ambiental e 18 estão operando sem lincença, tendo-se como data de referência o dia 02 de maio de 2006. Destaca-se que o procedimento de licenciamento ambiental é exigido pela legislação brasileira para este tipo de empreendimento, segundo Resolução Normativa número 237 do CONAMA. Destaca-se, ainda, que no Estado de Minas Gerais o órgão responsável pela concessão dessas licenças é o COPAM, órgão que enfrenta problemas de falta de pessoal para a fiscalização dos empreendimentos utilizadores dos recursos ambientais 16 PADRONIZAÇÃO E ANÁLISE DO MEL PRODUZIDO E COMERCIALIZADO EM PATOS DE MINAS E REGIÃO, POR MEIO DE TÉCNICAS E NORMAS LABORATORIAIS. Helber Moreira Machado (Bolsista) Profº. Drº. Regildo Márcio Gonçalves da Silva (Orientador) A criação racional de abelhas constitui-se em uma atividade em que se conseguem obter bons resultados econômicos, ecológicos e sociais. Essa atividade, desenvolvida ao longo do tempo por pequenos e médios produtores, vem despertando o interesse de muitos criadores e instituições do Brasil, sendo sua produção depende da abundância e da qualidade das flores existentes no raio de ação das abelhas, desta forma, deve-se fazer um levantamento do potencial melífero existente na área. O Brasil possui reservas florais que podem proporcionar milhares de toneladas de saboroso mel, de primeira qualidade, aceito pelo mercado mais exigente do mundo. Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os poucos dados confiáveis sobre o assunto são conflitantes. Estima-se que a produção mundial de mel durante o ano de 2001 foi de, aproximadamente, 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (256 mil toneladas). Segundo os dados do IBGE, a produção de mel em 2000 no Brasil foi de 21.865.144 kg, gerando um faturamento de R$ 84.640.339,00. Os maiores exportadores mundiais são: China, Argentina, México, Estados Unidos e Canadá. Juntos, esses países comercializaram durante o ano de 2001 cerca de 242 mil toneladas, movimentando, aproximadamente, US$ 238 milhões. Diante desta representatividade no quadro econômico mundial torna-se fundamental um levantamento ou acompanhamento da qualidade. Também reforça esta idéia o fato do mel ter um alto preço o que estimula a adulteração por produtos mais baratos como o açúcar comercial, especialmente em regiões subdesenvolvidas. No Brasil, não existe uma estrutura eficiente de informação que contabilize a produção real de mel de abelhas, assim como praticamente nada tem sido realizada na fiscalização a qualidade do produto oferecido ao consumo. Apenas alguns levantamentos de qualidade foram realizados nos estados de São Paulo, Santa Catarina; Mato Grosso do Sul e Bahia, por universidades ou centros de pesquisa, não pelos órgãos fiscalizadores. 17 DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E NUTRIÇÃO MINERAL DA MEXERIQUEIRA PONKAN SOB DIFERENTES LÂMINAS DE ÁGUA E DIFERENTES ADUBAÇÕES VIA SOLO Leonardo, Bernardino Seixas (Bolsista) Profº. Drº. Wellington Willian Rocha (Orientador) A irrigação localizada possibilita a aplicação direta de água ao solo, minimizando as perdas por evaporação, deriva e escoamento superficial. Este método, quando adequadamente manejado, possibilita um melhor aproveitamento hidroenergético, pois trata-se de um sistema que tem o potencial de requerer uma menor potencia instalada por unidade de área, quando adequadamente dimensionado em decorrência da menor pressão de operação e baixa vazão dos emissores. A possibilidade de aplicação de produtos como fertilizantes e defensivos na água de irrigação é mais um atrativo para a adoção de sistema. Aliada a eficiência dos sistemas de irrigação soma-se a correta nutrição da cultura que é feita primeiramente pelo acompanhamento do estado nutricional da cultura e aplicações de fertilizantes via solo e foliar com base nas reais necessidades da cultura. Rocha (1994), em estudos com tangerina Murcote irrigada verificou um aumento na produtividade de até 15% em comparação com as plantas não irrigadas. Mexerica Ponkan cultivada sob irrigação localizada por gotejamento, também apresentou um aumento significativo na produção (EMBRAPA, 2002). De acordo com Kampfer & Uexkull (1966) pode-se dentre os macronutrientes a seguinte ordem decrescente de teores foliares no citros: Ca (4,2%) > N (2,22%) > K (1,31%) > Mg (0,25%) ≥ S (0,25%) > P (0,18%). Para os micronutrientes encontra-se a seguinte ordem decrescente de teores no fruto: B > Fe > Mn = Zn > Cu (Storey & Treeby, 2000). Com base no exposto, o objetivo do presente projeto é avaliar o desenvolvimento vegetativo da mexeriqueira ponkan sob duas lâminas de água e diferentes formulações aplicadas via solo 18 EFEITO ANTICARCINOGÊNICO DA FOLHA DA GRAVIOLA (Annona muricata) POR MEIO DO TESTE PARA DETECÇÃO DE CLONES DE TUMOR (WARTS) EM Drosophila melanogaster) Maria Isabel de Faria (Bolsista) Profº. Drº. Júlio César Nepomuceno (Orientador) A graviola (Annona muricata), pertence à família Annonaceae, a qual possui cerca de 125 gêneros e mais de 2.050 espécies. É uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura), com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos. Originária da América Tropical, mais especificamente dos vales peruanos e América Central, a gravioleira é uma planta de grande importância nos mercados frutícolas das Américas Central e do Sul. A casca, as folhas, a raiz da graviola são usados como tradicional remédio em muitos paises. Os extratos de graviola são usados, também, como antiviral, antiparasita, adstringente, antireumático, anti-leishimania. A graviola também pode ser um medicamento eficaz no controle de células tumoral, mas existem poucos estudos sobre os efeitos da graviola nos seres humanos. Em seu trabalho relataram que os alcalóides extraídos da graviola podem causar disfunção neuronal e degeneração, que conduzem aos sintomas da doença de Parkinson. Os constituintes da graviola são acetogeninas, quinolines, isoquinolines, annopentocinas e annomuricinas. Subfrações de coreximine e reticuline são isoladas da casca da raiz. 19 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE ITAÚNA Maria Tereza Barbosa Campos (Bolsista) Profº. Drº. Eduardo Sergio da Silva (Orientador) Neste projeto demos continuidade aos estudos de distribuição da leishmaniose visceral canina na região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais, a partir do registro de casos humanos no município de Itaúna. Para o levantamento e identificação dos insetos vetores, iniciamos coletas de flebotomíneos utilizando armadilhas luminosas e para o estudo epidemiológico dos cães soropositivos utilizamos a reação de Imunofluorescência Indireta para Leishmanioses. O projeto contou com a colaboração de diversos pesquisadores e instituições como os laboratórios da Fundação Educacional de Divinópolis, unidade agregada a Universidade do Estado de Minas Gerais – FUNEDI/UEMG e o Centro de Pesquisas René Rachou Fiocruz. O projeto faz parte de uma linha de pesquisa sobre a epidemiologia das leishmanioses na Região Centro Oeste de Minas Gerais, que nos últimos três anos vêm estudando a distribuição da leishmaniose visceral nos municípios de Divinópolis e Itaúna. Foi realizado um levantamento sorológico de Leishmaniose visceral no município de Itaúna, através da aplicação de inquérito clinico / epidemiológico em cães domiciliados. Foi realizada coleta de sangue em tubos de vacuteiner com anticoagulante (EDTA) e em papel de filtro para o diagnóstico sorológico, utilizando o teste de imunofluorescência indireta com o apoio do Centro de Pesquisas René Rachou. Foram estudados 1383 cães. O teste de imunofluorescencia indireta para leishmaniose visceral foi realizado em todos os animais, onde 30 (2,17%) apresentaram sorologia positiva com titulação variando de 1:40 a 1:640, sendo que desses 30 cães positivos 16 (53,34%) eram domiciliados no bairro Cerqueira Lima. Foram encontrados 22 espécimes de Lutzomyia nos bairros Cerqueira Lima, Belvedere, Chácara do Quitão, Nova Vila Mozar e Bairro Das Graças. As espécies encontradas foram L. longipalpis (14,28%), L. sallesi (23,81%), L. whitmani (14,29%), L. cortelezzi (14,48%) e L. lenti (33,33%). O encontro de 30 cães com sorologia positiva indica a necessidade de se manter a 20 vigilância sorológica canina e entomologia, a fim de detectar precocemente qualquer alteração na epidemiologia local. A integração foi benéfica para todas as instituições envolvidas, abriu caminho para uma maior colaboração entre elas, uma vez que pretendemos dar continuidade a este projeto. Envolver no projeto outros estudantes de graduação – nível iniciação científica e estudantes de Pós-graduação – nível lato sensu, oferecer cursos de capacitação de agentes municipais e estaduais de saúde, além da possibilitar a criação de um laboratório para diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina na região. O projeto teve a possibilidade de formar recursos humanos, como 2 estudantes de Iniciação científica e um estudante de Pós-graduação nível Lato sensu. Espera-se que os dados obtidos resultantes deste projeto possam alertar os serviços de saúde quanto à introdução da Leishmaniose Visceral no município de Divinópolis – MG. 21 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE AMORA (Rubus rosifolius sm. e Morus nigra l.) Rafaella Moísa Alvarenga (Bolsista) Profª. Drª. Ivana Aparecida Silveira (Orientadora) A utilização de plantas para fins medicinais, como tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade e permanece até os dias de hoje fazendo parte da cultura de diferentes comunidades populacionais. As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais, mas o seu uso popular não é suficiente para validar eticamente como drogas eficazes e seguras, pois não diferem de qualquer xenobiótico sintético, e sua preconização ou autorização deve ser fundamentada em evidências experimentais, comprovando que os riscos são suplantados pelos benefícios. A comprovação das propriedades terapêuticas das plantas medicinais envolve conhecimentos interdisciplinares, assim é possível chegar à dosagem correta para cada espécie, que está relacionada com as condições de cultivo e com a constituição genética da planta, fatores que interferem na variação do teor de princípio ativo. A alternativa de investimento neste setor não é substituir medicamentos registrados e já comercializados, mas sim aumentar a opção terapêutica dos profissionais da saúde, considerando-se a redução dos custos . Em função do crescimento da medicina alternativa, a toxicidade das plantas pelo emprego incorreto, resolveu-se fazer uma avaliação da ação antibacteriana dos extratos das folhas de duas espécies Rubus rosifolius e Morus nigra. Pertencem as famílias Rosaceae e Moraceae respectivamente e apesar das duas espécies serem de fácil acesso e apresentarem uma vasta aplicação na medicina popular brasileira ainda há poucos estudos que comprovem suas propriedades terapêuticas. O uso popular de ambas as espécies e a falta de estudos comprobatórios justificam o interesse na execução desse projeto, visto que, a citada ação antibacteriana é alvo de desenvolvimento de possíveis fármacos (gel, pomada, creme, etc) que poderão ser usados em tantas afecções comuns nos dias de hoje, tais como dermatoses, eczemas, erupções cutâneas. Objetiva-se com este projeto avaliar ao longo dos meses a atividade antibacteriana dos extratos das folhas de duas espécies R.rosifolius e M.nigra às bactérias Gram-positivas (Staphylococcus aureus) e Gram-negativas (Proteus mirabilis e Pseudomonas aeruginosa) 22 DIVERSIDADE E VARIABILIDADE DE FUNGOS ENDÓFILOS EM CANDEIA NA RESERVA BOQUEIRÃO INGAÍ/MG Rogério Velloso Missagia (Bolsista) Wagner Carlos Santos Magalhães (Bolsista), Profº. Drº. Fernando Antônio Frieiro Costa (Orientador) Estudos realizados até o presente momento levam a crer que grande parte dos vegetais seja colonizada por fungos endofíticos e que tecidos sadios possam estar acometidos por infecções assintomáticas, levando a afirmar que a presença desses organismos é um fenômeno geral e comum. Relações ecológicas, (ex. mutualismo, competição, parasitismo e simbiose), taxonomia de fungos que produzem estruturas observáveis e fitopatogênicos, têm sido amplamente estudadas, no entanto, poucos estudos foram realizados com relação aos endofíticos, devido ao fato de apresentarem infecções assintomáticas. Devido à ampla aplicabilidade a eles relacionada: controle biológico, produção de compostos químicos para indústria farmacêutica, possível manipulação genética, além da relação desses organismos com conferência de vantagens adaptativas aos vegetais, estes têm recebido maior atenção nos últimos anos. Dessa maneira estudos nessa área são de grande importância científica, devido à sua aplicabilidade em estudos ulteriores, além de seu importante aspecto econômico. Para a realização deste estudo selecionou-se a candeia (Eremanthus erythropappus (DC.) Macleish) importante planta das áreas de Cerrado do Brasil e de grande potencial econômico, principalmente, na produção de óleos essenciais. Na reserva Boqueirão são encontrados 4 espécies do gênero Eremanthus, sendo E. erythropappus a mais abundante. Com esse trabalho espera-se: 1- determinar o padrão de distribuição espacial das espécies do gênero Eremanthus comparando dados provenientes de plantas de diferentes localidades da reserva Boqueirão; 2- verificar se há influência de alguns fatores ambientais, como luminosidade, sobre a taxocenose de fungos endofíticos dessa hospedeira; 3- contribuir com os estudos que têm sido realizados em espécies tropicais, aumentando dessa forma o grande potencial biotecnológico desses ecossistemas. 23 DIVERSIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS A Eremanthus erythropappus (DC) macleish EM CERRADO LATO SENSO Thiago Donato Vieira Lucas (Bolsista) Profª. Drª. Maria Cristina Mendes Costa (Orientadora) O Brasil detém 20% da biodiversidade do planeta. Dentre os organismos que compõem essa riqueza, os fungos contribuem com cerca de 1,5 milhão. Dentre os fungos, apenas 69 mil espécies foram descritas, havendo, portanto, um grande potencial a ser explorado. A cadeira, Eremanthus erythropapus (DC) Macleish é considerada vegetal pioneiro, de grande importância econômica e de maior ocorrência em Minas Gerais. Essas candeias são ricas em óleo essencial, servindo como veículo para certos medicamentos que, aplicados à pelem, impedem a penetração de cercarias de Schistosomas. O óleo exibe propriedades antibacterianas, antifúngicas e é utilizado como cicratizante, antiflamatório e anti-séptico. Em relação à taxocenose dos fungos endofíticos presentes em espécies do gênero Eremanthus pouco foi encontrado na literatura, tornando o isolamento e o estudo desses microorganismos de especial importância. Objetivou-se nesse trabalho, caracterizar a taxocenose de fungos associados a Eremanthus erythropappus, estimar a diversidade dos isolados através de marcadores morfológicos para, posteriormente, se detectar metabólicos secundários com potencial biotecnológico. O estudo no ambiente natural foi conduzido na Floresta Nacional de Passa Quatro – FLONA/MG, localizada no Município de Passa Quatro, sudoeste mineiro, com altitude variando entre 950 e 1300 metros. Em seus 334 ha. Abriga diversas formações vegetais (mata nativa secundária). Fragmentos caulinares e folhas de candeia em ambiente natural foram coletadas a cada três meses. A identificação das espécies fúngicas foi realizada com base nas características macro e micro – morfológicas das estruturas vegetativas e reprodutivas das colônias e confirmadas com base em chaves de identificação. A freqüência de colonização nas partes das plantas pelos fungos, foi definida como sendo o número total de fragmentos contento um determinado fungo em relação ao número total de fragmentos analisados. As coletas foram feitas no centro do candeial e em suas bordas. Foram obtidos 472 isolados, sendo 44 colônias de fragmentos foliares e 178 colônias isoladas de fragmentos caulinares de borda. Do centro do candeial foram obtidas 54 colônias de 24 fragmentos foliares e 179 de fragmentos caulinares. A taxa de colonização total foi de 15,6% para as bordas e de 16,3% para o centro. Dentre os gêneros de fungos recuperados citam-se: Phomopsis, Neurospora, Alternativa, Xilaria, Epicoccum, Phoma, Nigrospora, Aspergillum, Rizoctonia, Colletotrichum e alguns isolados de leveduras. O número de fungos recuperados da candeia foi baixo quando comparado com outras plantas tropicais. Tal diferença pode estar relacionada ao emprego de diferentes metodologias e também à dificuldade de identificar as espécies, devido à ausência de estruturas de reprodução, o que pode gerar uma sub-estimativa da diversidade. 25 EFEITO DO SILÍCIO SOBRE A INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda e Doru luteipes NA CULTURA DO MILHO EM PATOS DE MINAS – MG. Viviane Pereira Atanazio (Bolsista) Profª. Drª. Rosângela Cristina Marucci (Orientadora) Nos dois primeiros meses, o aluno entrou em contato com materiais bibliográficos relacionados com o assunto na biblioteca da UNIPAM, através de periódicos, livros e via Internet. Nessa fase foi possível compreender o papel do silício como indutor de resistência em plantas do grupo das gramíneas. Por se alojar na parede celular da planta, o silício acaba dificultando a alimentação de alguns insetos fitófagos e conseqüentemente, reduzindo o consumo de área foliar, servindo como uma forma alternativa de controle de pragas. Na cultura do milho, as informações existentes sobre o uso do silício como alternativa de controle são muito escassas e contraditórias. Além disso, não existe informação sobre o seu efeito indireto sobre os inimigos naturais. Um exemplo disso é a relação lagarta-docartucho (Spodoptera frugiperda) e o predador tesourinha (Doru luteipes). Embora existam alguns trabalhos relatando o efeito do silício sobre a lagarta-do-cartucho, seu papel sobre a regulação populacional do predador é desconhecido. Um outro ponto importante é a possibilidade de se aproveitar um resíduo da indústria siderúrgica, a baixo custo, para o manejo dos insetos na cultura do milho, abrindo possibilidade de reciclar um resíduo (silicatos de cálcio) e reduzir a contaminação do meio ambiente decorrente do uso de produtos químicos (inseticidas). Selecionou-se uma área de aproximadamente 1,5 ha, na Escola Estadual Agrotécnica “Afonso Queiroz”, para a instalação do experimento. Em setembro, realizou-se a coleta de solo e o envio da mesma para laboratório para determinação dos teores de nutrientes e posterior cálculo da necessidade de calagem e adubação da área (análise em anexo). 26 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE QUIABO NO SISTEMA ORGÂNICO DE CULTIVO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG. Warner Gasparini Cardoso (Bolsista) Profª. Drª. Célia Tacaco Arimura (Orientadora) Profº. Ms. José Maria Franco de Assis (Co-Orientador) Profº. Ms. Ismael Ferreira (Co-Orientador) A agricultura orgânica é hoje apontada como uma alternativa importante para o aumento da sustentação da renda de produção agrícola, além de preservar o meio ambiente e a saúde dos agricultores e consumidores, bem como o sistema de manejo sustentável da unidade de produção com enfoque sistêmico, que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. A ineficiência energética e os impactos ambientais como a erosão e a salinização dos solos, a poluição das águas e dos solos por nitratos (provenientes dos fertilizantes nitrogenados) e por agrotóxicos, a contaminação do homem do campo e dos alimentos, o desflorestamento, a diminuição dabiodiversidade e dos recursos genéticos e a dilapidação dos recursos não renováveis são apontados como os principais fatores que podem tornar insustentáveis os atuais sistemas de produção agrícola. A modernização agrícola aumentou a produtividade das lavouras, por outro lado, além dos impactos ambientais indesejáveis, ampliou a concentração de terras e de riquezas e provocou intensos processos migratórios para os centros urbanos industrializados. Desde a década de 60, com a Revolução Verde, os sistemas de produção agrícola caracterizaram-se pelas monoculturas extensivas e, portanto, com baixo nível de diversidade biológica (ou biodiversidade). As práticas que auxiliam na diversificação das espécies animais e vegetais de um local dão condições para que haja uma luta biológica equilibrada e as plantas desenvolvam seu próprio sistema de defesa natural contra parasitas. Mesmo assim, por mais ecológico que seja a plantação, poderá haver a incidência de pragas e doenças isoladas. De acordo com apesar da disponibilidade de diversos produtos biológicos e técnicas para o controle de doenças de plantas, sua utilização ainda é restrita no Brasil, entretanto, o uso de agentes de controle biológico, bem como produtos alternativos vem aumentando consideravelmente. A preocupação com a 27 qualidade de vida vem motivando e mudando os referenciais dos consumidores modernos quanto à preocupação com a saúde, a preservação ambiental e a sustentabilidade socioeconômica do negócio agrícola. Esses novos paradigmas vêm promovendo o alimento orgânico como fonte geradora de emprego e renda para a pequena produção agrícola e, por outro lado, cada vez mais a sociedade toma conhecimento das conseqüências indesejáveis causadas pela adoção do modelo agroquímico de se produzir alimentos. Além disso, nos Estados Unidos, os alimentos geneticamente modificados provocaram uma corrida dos consumidores aos produtos orgânicos, por terem segurança de que se trata de produtos isentos de modificações genéticas. Uma das justificativas mais consistentes para a necessidade de se empregar o modelo de agricultura orgânica, baseado no uso de recursos naturais (sem emprego de adubos químicos e agrotóxicos), é a proteção da saúde do agricultor, porque ele é quem mais tem sofrido problemas de contaminação e, em alguns casos, até a morte pelo uso de agrotóxicos nas lavouras. O nim, espécie arbórea Azadirachta indica Adr. Juss, cuja família botânica é Meliaceae, que compreende espécies como o mogno, cedro, cinamomo, andiroba, tem demonstrado que seu extrato pode influenciar mais de 200 espécies de insetos, intervindo em várias fases, podendo não matar o inseto instantaneamente, mas restringindo populações através dos efeitos de repelência, inibição alimentar e de postura, pertubação do acasalamento e esterilização, interferência na síntese da ecdisona, inibição da biosíntese da quitina, inibição do crescimento, redução da fecundidade e longevidade, dentre outros. O quiabeiro é uma planta da família das Malváceas, de ciclo vegetativo rápido, fácil cultivo e alta rentabilidade e, devido as suas utilidades, tem sofrido um crescente aumento de consumo. O quiabo encontra no Brasil condições excelentes para o seu cultivo, principalmente no que diz respeito ao clima, pois é sensível ao frio e desenvolve-se melhor em clima quente, sendo popularmente cultivado no Nordeste e Sudeste. Trata-se de uma hortaliça tropical originária da África, cuja introdução no Brasil, bem como no sul dos Estados Unidos, se deveu à iniciativa de escravos africanos e muito consumida por brasileiros de todas as camadas sociais. Situa-se entre as hortícolas de alto valor alimentício e para a alimentação humana é fonte de fibra, proteína e vitamina C. 28