Aspectos físicos e econômicos A regionalização tem vários objetivos: Conhecer com detalhes as partes de um todo (o mundo, um país, um estado, um município). Perceber as semelhanças e diferenças entre as regiões. Auxiliar no planejamento das políticas de governo (nacional, estadual ou municipal) ou de órgãos internacionais, como a ONU, para solucionar problemas existentes. Facilitar o levantamento de dados sobre aspectos populacionais, econômicos, sociais etc. Brasil: divisão políticoadministrativa e grandes regiões (1940) Brasil: divisão políticoadministrativa e grandes regiões (1969) Brasil: divisão políticoadministrativa e grandes regiões (1988) Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger regionalizou o território brasileiro em três complexos ou macrorregiões geoeconômicas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Brasil: macrorregiões geoeconômicas Centro-Sul: região de maior importância econômica e política. Concentra a maioria da população, da riqueza e da produção industrial e agropecuária. Apesar disso, há desigualdades sociais, mais evidentes nas grandes cidades. Nordeste: a maioria da população vive em condições precárias, mesmo com melhorias econômicas apresentadas nos últimos anos. Amazônia: distingue-se pela presença da floresta amazônica e pela ocupação recente do território, que possui baixíssima densidade populacional. O avanço da agropecuária é o principal responsável pelo desmatamento na região. • • • • • • A Região Norte corresponde a 3,8 milhões de Km², 42% do território brasileiro, tendo 14,6 milhões de habitantes (2008), 6,7% da população total do país, escassamente povoada a densidade demográfica é de 3,8 hab/km²; Povoamento e ocupação do solo: A ocupação efetiva pelos portugueses teve início em (1616), com a fundação do forte militar de Belém (Forte do Presépio); Missionários encarregados de catequizar os índios; Ciclo da borracha no século XIX; No século XX: a construção da Estrada de Ferro MadeiraMamóre(1912): os seringais (1928 A 1934); manganês; juta; a chegada dos japoneses no Pará(1929) entre outros fatores. Por volta de 1870 a região amazônica recebeu grande fluxo de migrantes em busca de trabalho no extrativismo. Látex Castanha-do-pará Um dos “motores” da produção e organização do espaço Madeira O período áureo da extração do látex e da borracha natural ocorreu entre 1900 e 1912. A partir de 1940, o extrativismo mineral provocou novos surtos migratórios para a região Norte. A região Norte passou a receber um fluxo maior de migrantes depois que algumas medidas de expansão foram adotadas pelos governos militares. • Cultivo de juta no Amazonas Estrada de Ferro Carajás •A economia da Amazônia ainda se baseia nas atividades primárias: extrativas e na agropecuária, que representam no conjunto as maiores fontes de renda da região; • A pesca, a criação de gado, a soja, a castanha-do-pará, o látex entre outros inúmeros produtos de valor comercial. YANN ARTHUS-BERTRAND/ CORBIS/LATINSTOCK A região Norte é dominada pela região hidrográfica do Amazonas. Formada pelo rio Amazonas e por seus afluentes, essa região hidrográfica é a mais vasta e a de maior volume de água do mundo, com uma área de mais de 7 milhões km2, dos quais 3,8 milhões km2 estão no território brasileiro. Rio Amazonas Região hidrográfica amazônica A área geográfica do Nordeste abrange 1,55 milhão de km², 18% da superfície do Brasil e a divisão política compreende 9 estados: PI – CE – RN – PB – PE – AL – SE – MA e BA, além do Atol das Rocas, Penedos de São Pedro e São Paulo, e o Arquipélago de Fernando de Noronha; • Região de contrastes – apontado como áreas das secas, dos canaviais, estágio atrasado de evolução econômica, possuindo graves problemas sociais. Região que sempre solicita apoio do Governo Federal. • A região Nordeste possui variedade de climas, tipos de solo e vegetação, podendo ser dividida em quatro zonas ou sub-regiões naturais: Agreste Zona da Mata Sertão Meio-Norte • Abrange 7% da área total do Nordeste; Concentra aproximadamente população do Nordeste; • 23% da Características econômicas – destaca-se a cana-de-açúcar, cacau, coco e seringueira além da grande atividade turística • No sertão predominam os minifúndios e a plantação de policulturas de milho, feijão, mandioca entre outros; • A presença de fazendas de gado é outra atividade econômica importante para a região; • Nas áreas mais chuvosas a formação de brejos onde se produzem gêneros alimentícios, fumo, frutas e principalmente o sisal(fibra retirada de folhas). • É a sub-região mais extensa do Nordeste. O clima predominante é o tropical semiárido, com variações locais ou pontuais quanto ao número de meses secos. Na época de seca, os governos federal e estaduais fornecem verbas aos municípios afetados pela falta de chuva, com o objetivo de socorrer a população sertaneja e possibilitar a construção de açudes. Muitas vezes, porém, as verbas são desviadas, impulsionando o processo chamado “indústria da seca”. Principais cidades: São Luís, Teresina, Imperatriz, São José de Ribamar e Alcântara. Até 1960, economia assentava-se na criação de gado, cultura do algodão e arroz, extração do babaçu, produção de açúcar e extração da cera de carnaúba. Entre 1960 e 1970, ocorre a modernização econômica do Meio-Norte. A Região Centro-Sul é a de maior PIB e possui o maior número de habitantes do país, chegando a mais de 110 milhões de habitantes e tendo uma densidade superior a 20 hab/km². É o principal destino dos migrantes nacionais e internacionais. A maior parte do fluxo vem do Nordeste do Brasil. Essa região contrasta com partes que possuem pequena densidade como o interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que chegam de 3 a 5 hab/km². O complexo regional do Centro-Sul possui um parque industrial desenvolvido e diversificado, apresentando um grande dinamismo produtivo. O mesmo abriga grandes empresas nacionais, transnacionais e financeiras, detém uma grande produção industrial e uma eficiente rede de transportes. É no Centro-Sul que se registram as maiores rendas e os melhores Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil. Por ser um país muito extenso o Brasil foi dividido em cinco regiões respectivamente: Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Composta de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Maior macrorregião do Brasil – correspondendo a 45,2% do total territorial do país. Apresenta população absoluta densidade demográfica. pequena e Amazônia (AM) baixa Sua extensão territorial é de 3.853.397,2 Km², sendo a maior região do Brasil, aproximadamente 42% do território nacional. Possui uma população de cerca de 15,8 milhões de habitantes. A economia se baseia no extrativismo vegetal e mineral, destaque para a extração de madeira e para as jazidas de ferro e de manganês na Serra dos Carajás. Indústrias aparecem, sobretudo, na Zona Franca de Manaus – onde se instalaram com incentivos fiscais a partir da década de 60. A Região Nordeste é formada por nove Estados: Ceará, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Sergipe. Abriga uma população de aproximadamente 53.081.950 habitantes, distribuídos em 9 estados. O grande número de cidades litorâneas com belas praias contribui para o desenvolvimento do turismo na região. A economia nordestina é caracterizada pela concentração industrial na faixa litorânea e pelo predomínio das atividades agrícolas no resto da região. Ela tem crescido por conta da migração de empresas do sul e sudeste, mesmo assim, cerca de 40% da população sobrevive com um salário mínimo. A região Centro – Oeste é formada pelos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. Segunda maior região em área e conforme contagem populacional realizada em 2010 (IBGE), a população total é de 14.058.094 habitantes, cuja densidade demográfica é de 8,7 hab./km2. A economia se baseia na agropecuária, principalmente na produção de soja, milho e carne bovina. O cultivo de soja, muito rentável e com grande mercado externo, têm avançado para a floresta amazônica e já tomou grande parte das áreas naturais de cerrado, aumentando o desmatamento da região. A região Sul,formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua população é estimada em 27,3 milhões de hab. Quinta região em área e terceira em população. A economia é diversificada, apresenta o segundo maior parque industrial do país e uma agricultura moderna. Destacam-se a produção de suínos, de gado, de fumo e de soja e também a indústria alimentícia, a têxtil, a metalúrgica e a automobilística. A região sudeste é constituída pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Abriga uma população de 80.364.410 habitantes, correspondendo a aproximadamente 40% do contingente populacional brasileiro. A densidade demográfica é de 87 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a Região mais populosa e povoada do país. A economia é a maior do país e corresponde a metade do PIB nacional, contando com larga produção industrial e grande setor terciário. A agricultura é moderna e muito produtiva, com destaque para a produção de laranja, cana-de-açúcar e milho. Há também produção petrolífera na bacia de Campos e a perspectiva de prospecção na camada Pré-Sal. A região é destaque também por conta da cidade de São Paulo: importante centro financeiro e comercial do mundo. 1. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos-migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondônia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: a) Norte b) Nordeste c) Centro-Oeste d) Sul e) Sudeste 2. (UnB) As jazidas de manganês no maciço de urucum, ao sul de Corumbá, tem importância reduzida quando comparadas com as jazidas do Amapá, em decorrência: a) do teor mais baixo do minério. b) da pequena quantidade de minério. c) das dificuldades de transporte. d) do grande consumo das proximidades. e) n.d.a. 3. (UFF) O interesse dos governos estaduais em instalar indústrias em suas áreas por meio de incentivos fiscais levou-os a travar uma "guerra fiscal". Um dos Estados que há pouco se valeu desse recurso foi o Rio de Janeiro. Assinale a opção que indica corretamente a região do Estado do Rio de Janeiro que mereceu, recentemente, destaque no noticiário dos jornais pela instalação de grande indústria atraída por essa política da "guerra fiscal": a) Turística da costa sul. b) Campos, no norte fluminense. c) Serrana norte. d) Vale médio d rio Paraíba do Sul. e) Suburbana do Grande Rio.