Slides - Mesopotômia - 1ª série

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Mesopotâmia
Prof. Helton Chaves
Crescente Fértil
 Conceito:
 Criado pelo arqueólogo
James Henry Breasted;
 Região que se estende do
norte da África ao Golfo
Pérsico (500 km²);
 Banhado pelos rios Tigre,
Eufrates, Jordão e Nilo;
 Propícia à agricultura e
sedentarização: agricultura
e criação de animais.
Crescente Fértil
 Primeiras
Vista da cidade mesopotâmica Uruk.
cidades
e
civilizações que se tem
notícia são no: Egito e
Mesopotâmia;
 Apesar
das
grandes
diferenças entre todos esses
povos, alguns elementos
são comuns, como o
sistema produtivo e o
regime político.
Etimologia
 A palavra Mesopotâmia
vem do grego:
 Meso: meio;
 Potamos: água ou rio;
 Os historiadores utilizam essa
expressão significando “terra
entre rios”
 Rios: Tigre e Eufrates.
Geografia e Relevo
Alta
Mesopotâmia
 Planalto de origem vulcânica;
 Terreno sem grandes acidentes;
 Fronteira entre o Ocidente e o
Oriente Médio;
 Divisão:
 Alta Mesopotâmia: Norte e
Baixa
Mesopotâmia
desértica;
 Baixa Mesopotâmia: Sul e
fértil.
Formação das cidades
 As características físicas da região
permitiram a invasão de diversos
povos – fácil acesso;
 Formação
das cidades-Estado
(cerca de 4000 a.c.): São cidades
que ocupam a mesma região e são
independentes politicamente e
economicamente,
mas
são
culturalmente semelhantes: religião
e língua.
 Em alguns momentos, essas cidades
poderiam dominar umas ás outras
formando Impérios.
 Cidades-Estado:
Ur,
Uruk,
Nippur, Kish, Lagash, Eridu,
Umma, entre outros.
Formação das cidades
 Transformações na vida:
 Desenvolvimento
do
comércio;
 Desenvolvimento da caça, da
coleta e, posteriormente, da
agricultura e da criação de
animais;
 Desenvolvimento de uma
complexo sistema hidráulico;
Representação contemporânea dos sistemas de
irrigação mesopotâmicos.
Aspectos Políticos
 Cada cidade-Estado determina sua
estrutura política, entretanto, em
geral o regime político adotado é a
monarquia;
 Teocracia: é o sistema de governo
em que as ações políticas, jurídicas e
policiais são submetidas às normas de
alguma religião. O rei era um
escolhido pelos deuses;
 Laços
Busto de Sargão I, considerado o
primeiro entre os reis mesopotâmicos.
de pessoalidade: A
importância político-social de um
indivíduo era relativa à proximidade
desta à figura do rei.
Aspectos Sociais
 Sociedade altamente hierarquizada, burocratizada e estamental;
“[...] E a situação sempre mais
ou menos/ Sempre uns com
mais e outros com menos / A
cidade não para, a cidade só
cresce/ O de cima sobe e o de
baixo desce/ [...]”.
(Chico Science e Nação Zumbi).
Face da paz do Estandarte de Ur mostrando os diversos grupos sociais como o Rei,
sacerdotes, soldados, escribas, artesãos, camponeses, músicos, além de animais
domesticados.
artigos do
Aspectos Sociais
 Divisão social:
Rei: Centralizava as ações políticas, sociais,
econômicas, militares e religiosas.
Sacerdotes: Responsáveis pelos templos e
cultos religiosos.
Awilu: Proprietários de terras e
funcionários da burocracia palaciana.
Mushkenu: Camponeses e trabalhadores
não escravizados que viviam sob a
dependência do palácio.
Gurush: Trabalhadores sem família que
cultivam os lotes dos templos.
Wardu: escravos (prisioneiros de guerra,
geralmente estrangeiros.
"Diakonoff [historiador que
estuda a antiga Mesopotâmia]
acredita ter ocorrido uma evolução
entre os servidores reais: todos, no
princípio, seria, mushkenu, mas
com o tempo os de mais alta
categoria ter-se-iam convertido em
awilu, talvez através da compra de
terras; concomitantemente, a
situação dos que permaneceram
como como mushkenu se
deteriorou.”
(CARDOSO, Ciro Flamarion.
Trabalho compulsório na
Antiguidade. Rio de Janeiro:
Graal, 2003, p. 48).
Aspectos Econômicos
 Sistema de regadio: dependência
das cheias e vazantes dos Rios, bem
como, de seus canais de irrigação.
“A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar,
tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o
homem à terra”.
(PINSKY, 1994.)
 Terra:
propriedade
dos
deuses,
administrada pelos sacerdotes, mas de uso
coletivo;
 Trabalho: Servidão Coletiva;
 Produtos: Cereais, animais e etc.;
Venerador mesopotâmico de 2.7502.600 a.C.
Diversos Povos
 Povos nômades de diversas regiões
passaram pela Mesopotâmia e ali se
sedentarizaram devido a fertilidade
das terras;
 Os povos que se sucederam na
Mesopotâmia
que
impérios foram:
formaram
 Sumérios.
 Acádios.
 Amoritas (Antigos Babilônios).
 Assírios.
 Caldeus (Neobabilônios).
Shedu, divindade protetora representado por
um touro alado com cabeça humana.
 Sumérios (4000 - 2000 a.C.):
Diversos Povos
 Estiverem na região antes de 2000 a.C.;
 Fundaram as primeiras cidades, sobre as
colinas e fortificadas;
 Desenvolveram a escrita cuneiforme;
 Líder: Patesi (Chefe militar e religioso);
 Já praticavam obras de irrigação e
exerciam domínio da metalurgia do
bronze;
 Acádios (3000 – 2000 a.C.):
 Unificação sob o rei acadiano Sargão I
(os acadianos dominaram os sumerianos);
 “Soberano dos quatro cantos do
mundo” - alusão as cidades: Acade,
Escavações arqueológicas em Tell el-Mukayyar, no
Babel, Uruk e Calné.
Iraque, revelam Ur, a mais importante das cidades  Os acadianos e sumerianos foram
sumérias.
dominados pelos gútios (povos do
monte Zagros, atual Irã e Iraque).
Diversos Povos
 Amoritas (2000 - 1750 a.C.):
 Chamado de Primeiro Império
Babilônico;
 Grande império organizado, com
sede na Babilônia, às margens do
Eufrates;
 Criadores
das Leis escritas –
Código de Hamurábi;
 Edificação da Torre de Babel
(zigurate);
 Desenvolveram um preciso relógio
de sol;
 Sofreram invasões
cassitas e hititas;
dos
povos
Representação amorita de Hamurábi,
principal rei dos Antigos Babilônicos
A Torre de Babel, Pieter
Brueghel, o Velho (1563)
Toda a terra tinha uma só língua, e servia-se das mesmas palavras. Alguns homens, partindo para o oriente,
encontraram na terra de Senaar uma planície onde se estabeleceram. E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos
tijolos e cozamo-los no fogo.” Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de argamassa. Depois
disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso
nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.” Mas o senhor desceu para ver a cidade e a torre que
construíram os filhos dos homens. “Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada
futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. Vamos: desçamos para lhes confundir a
linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.” Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela
face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade. Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque ali o Senhor
confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e dali os dispersou sobre a face de toda a terra.
(Gn 11: 1-9)
Diversos Povos
 Assírios (1300 - 612 a.C.):
 Capital: Nínive;
Jonas pôs-se a caminho e foi a Nínive, segundo a
ordem do Senhor. Nínive era, diante de Deus,
uma grande cidade: eram precisos três dias para
percorrê-la.
(Jonas, 3:3)
 Sociedade altamente expansionista
(conquistou a Mesopotâmia, a
Palestina, a Fenícia e o Egito);
 Exército extremamente grandioso
e cruel;
Assurbanipal, principal rei Assírio, durante uma
caçada.
Diversos Povos
 Caldeus (612 - 539 a.C.):
 Chamados de Segundo Império
Babilônico ou Neobabilônicos;
 Grandes
construtores: Jardins
Suspensos da Babilônia;
 Grande Líder: Nabucodonosor II.
 Conquistou o Reino de Judá, em
Representação de moeda com a
face de Nabucodonosor II.
587 a.C. – iniciando o Cativeiro da
Babilônia
(587-538
a.C),
obrigando os hebreus (judeus) a
trabalharem
forçadamente
nas
construções e obras;
 539 a.C: Domínio persa sobre a
Babilônia;
Representação dos
jardins suspensos da
Babilônia, como
imaginados por Martin
Heemskerck. Na
pintura, a Torre de
Babel aparece ao
fundo.
Seis montes de terra artificiais, com terraços arborizados, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura,
construídos pelo rei Nabucodonosor II, para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis, que nascera na Média, um
reino vizinho, e vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra. Chegava-se a eles por uma escada de mármore.
Foram construídos no século VI a.C.. Os terraços foram construídos um em cima do outro e eram irrigados pela água
bombeada do rio Eufrates. Nesses terraços estavam plantadas árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras.
Arte
 Arquitetura:
 Mais desenvolvida das artes;
 Desenvolveram os tijolos que
possibilitaram a construção de
muralhas grossas e palácios
suntuosos;
 Principais construções:
Zigurates.
Portal de Palácio.
Arte
 Arquitetura:
 Zigurates:
 Construções piramidais
de base redonda ou
retangular;
 Tinha função de Templo
Zigurate de Ur.
Religioso e Celeiro
Real;
 Acreditavam que os
próprios deuses
habitavam-nos.
Arte
Zigurate de Ur.
“Quando a comunidade começou a
ter atividades mais complexas, o
templo expandiu-se para acolhê-las,
porque era ele o centro da vida
comunal – vida não só religiosa,
mas também econômica e política.
Para o mesopotâmico, tal solução
era perfeitamente lógica. O homem
existia tão-só para servir ao deus e,
portanto, todas as atividades eram
devidamente reguladas no lar da
divindade.”
(KRAMER, Samuel Noah.
Mesopotâmia: o berço da
civilização. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1969, p. 147).
Religião
 Politeísta: Idolatram vários
deuses;
 Cultuavam aos elementos da
natureza;
 Deuses com características
humanas;
 Cada cidade cultuava seu
próprio deus.
O deus Marduque e seu dragão mushussu,
de um selo babilônico de um cilindro.
Escrita
 Escrita Cuneiforme:
 Uma das primeiras formas
de escrita da humanidade;
 De origem suméria;
 Feitas em tábuas de argila
com um instrumento em
forma e cunha;
Leis
 Código de Hamurábi:
 Primeiro
conjunto de
escritas da humanidade;
leis
 Produzido durante o Primeiro
Império Babilônico;
 Baseada
no Princípio do
Talião: olho por olho, dente
por dente.
 Defendia
a
vida,
propriedade,
honra
e
família.
O monólito com o Código de Hamurábi
Leis
“É Muito comum dizer-se que a Mesopotâmia
conheceu as primeiras leis da história do homem.
Mas, na verdade, os ‘códigos’ mesopotâmicos eram
muito diferentes das legislações atuais: eles não
tinham leis que estabelecessem as características
de um crime e a pena que deveria se aplicada.
Diferentemente, em geral, parecem ser coletâneas
de sentenças reais, que descreviam uma situação
concreta e particular e diziam o que deveria
acontecer com o acusado. Como, por exemplo,
nesta passagem do famoso ‘código de Hamurabi:
‘Se um pedreiro construiu uma casa para um
homem livre, mas não reforçou seu trabalho e a
casa, que ele construiu, caiu e matou o dono da
casa, então, esse pedreiro será morto’”.
(REDE, Marcelo. A Mesopotâmia. São Paulo:
Saraiva, 1997, p. 38).
O monólito com o Código de Hamurábi
Leis patriarcalistas
“Nas sociedades patriarcais, os homens eram
considerados criaturas superiores. Tinham direitos
legais que as mulheres não possuíam (embora as
leis protegessem as mulheres de alguns abusos,
pelo menos no princípio). Assim, o Código de
Hamurabi, na Mesopotâmia, a partir do segundo
milênio a.C., estabelecia que uma mulher que
não “tenha sido uma dona-de-casa cuidadosa,
tenha vadiado, negligenciado sua casa e
depreciado seu marido” deveria ser “jogada na
água”. Não havia contrapartida disso para os
homens, embora o código estabelecesse que a
esposa poderia abandonar o marido se ele não
provesse suas necessidades.”
(STEARNS, Peter H. História das relações de
gênero. Editora Contexto: São Paulo, 2006, p.
32).
O monólito com o Código de Hamurábi
Leis
 Artigos do Código de Hamurábi :
1- Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar a prova disso, aquele
que acusou, deverá ser morto.
3 - Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e não prova o que disse,
se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.
6- Se alguém furta bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa
furtada também deverá ser morto.
127- Se alguém difama uma mulher consagrada ou a mulher de um homem livre e não pode
provar se deverá arrastar esse homem perante o juiz e tosquiar-lhe a fronte.
128 - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui contrato com ela, essa mulher não é esposa.
132- Se contra a mulher de um homem livre é proferida difamação por causa de um outro homem,
mas não é ela encontrada em contato com outro, ela deverá saltar no rio por seu marido.
195 - Se um filho espanca seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos.
196- Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar o olho.
215- Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o cura ou se ele
abre a alguém uma incisão com a lanceta de bronze e o olho é salvo, deverá receber dez siclos.
Fonte: plenariodojuri. Blogspot. com
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