MEEV 2 – Como percebemos o mundo – Julia

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O Sistema Nervoso e a
Percepção
Por que? Por que? Por que?
Neurociências!
O objetivo da neurociência é
compreender os processos mentais
pelos quais percebemos, agimos
(ação, movimento), aprendemos e
nos
lembramos
(memória)
e
compreender como o cérebro
produz a notável individualidade da
atividade humana.
Era uma vez…
O Sistema Nervoso
• Função: relacionar o ser vivo com o ambiente
interno e externo
O sistema nervoso divide-se em:
Sistema nervoso central (SNC)
Constitui-se pelo cérebro e pela espinha dorsal.
No adulto humano comum, o cérebro pesa 1.3 a 1.4
kg. O cérebro contém aproximadamente 100 bilhões
de células nervosa (neurônios) e trilhões de células
de apoio, chamadas glio.
Sistema nervoso periférico (SNP)
Constitui-se pelo o sistema nervoso somático,
sistema nervoso automático e uma terceira parte
chamada de sistema nervoso entérico.
O Caminho da Informação Sensorial
Informação Sensorial
Para identificar um objeto são necessárias duas
etapas: sensação e interpretação
Na fase de sensação são processadas as
características sensoriais do objeto e na de
interpretação tais características são “comparadas” com
o conceito de objeto existente na memória.
Essas duas etapas dependem de áreas corticais
diferentes, a sensação está associada às áreas
primárias enquanto a interpretação envolve processos
psíquicos mais complexos que dependem da integridade
das áreas de associação.
Ok, e aí?
Percepção
Envolve processos pelos quais
um indivíduo organiza e interpreta
as suas impressões sensoriais, no
intuito de atribuir significado ao seu
meio.
Definição: selecionar, organizar e interpretar as sensações.
“Em nossas experiências cotidianas, sensação e percepção
combinam-se em um processo contínuo.” (Myers, 2006,
p.136)
RECEBER informações SENSORIAIS -> CONSTRUIR PERCEPÇÕES
MOÇA OU IDOSA?
TIGRE OU MULHER?
Tipos de Percepção
Percepção simples:
é a sensação representativa que cada sentido pode
experimentar por si mesmo, independentemente do concurso de outros sentidos. Como
os odores, os sabores, os sons, objetos próprios respectivamente do olfato, do paladar,
da audição, etc.
Limita-se a traduzir em linguagem psicológica a ação dos agentes externos sobre os
Percepção composta:
é tudo aquilo que um sentido
parece perceber fora e além do seu objeto próprio. Alguém pode
dizer que ouve um grande sino que toca na vizinhança, tendo assim a
percepção conjunta do som, do tamanho e de distância, baseado
apenas no som que percebe. As outras percepções (tamanho e
distância) foram consequências de educação, hábito e associação.
As percepções compostas, por serem resultados de
induções ou associações mais ou menos apressadas, nos expõem
mais facilmente ao erro e às falsas interpretações.
QUAL SETA APONTA A ENTRADA DA
FIGURA?
SUBIDA OU DESCIDA PELA ESTRADA?
CUBO GRANDE OU PEQUENO?
POR QUEEEEEEEEEE ????????
Ambiguidade e ilusão
A ambiguidade ocorre quando
falta uma informação fundamental
para a significação da realidade, ou
seja, quando um estímulo em nível
sensorial pode gerar diferentes
interpretações nas etapas de
percepção e identificação.
“Umas das principais propriedades da percepção humana normal é a
tendência a transformar a ambiguidade e a incerteza sobre o
ambiente em uma interpretação clara sobre a qual se pode agir com
segurança.” (Gerrig e Zimbardo, 2005, p 156)
A arte utilizada na capa do filme “O silêncio dos Inocentes” é um
exemplo de ambiguidade complexa. Somente através da reorganização
e reinterpretação de parte da imagem permitirá a percepção dos corpos
femininos formando a caveira.
Ilusão
O outro processo é a ilusão. Ela é
estabelecida
quando
pode
ser
demonstrado erro diante do padrão de
estímulo experimentado pelo homem e
compartilhadas pela maioria das pessoas.
Uma ilusão perceptiva
ocorre quando o sujeito que
percepciona atribui aos
estímulos significações
inadequadas, estabelecendo
certa discrepância entre o
real e a percepção do
mesmo.
A “ilusão de Zollner” dificulta a percepção de que as linhas de fundo são paralelas.
OLHE FIXAMENTE DURANTE UM
MINUTO. DEPOIS, OLHE PARA UMA
SUPERFÍCIE BRANCA.
Alucinação
Por vezes, a ilusão pode ir tão longe que percepcionamos algo sem visualizar qualquer
objeto. A este distúrbio da percepção se denomina alucinação. As ilusões devem ser
distinguidas das alucinações porque estas últimas são consideradas crenças erradas, isto é,
são criadas dentro do indivíduo e consideradas, geralmente, como uma evidência de
anormalidade.
As causas das ilusões parecem estar nos três fatores em que se baseia a perceção
sensorial: fatores internos (do nosso organismo), fatores externos (provenientes do
ambiente) e, por último, na reação total da pessoa.
Ou seja, na ilusão a pessoa vê o
objeto só que de forma diferente do
que ele verdadeiramente é (por
exemplo, um galho de árvore é visto
como um monstro), enquanto que na
alucinação a pessoa percebe, escuta,
vê algo que não existe (uma voz, sem
que haja outra pessoa no mesmo
ambiente com ela, por exemplo).
ALUCINAÇÃO – Segundo a definição clássica de Bell, alucinação é a percepção sem
objeto. Enquanto, graças à ilusão, se deforma a realidade percebida, mediante a
alucinação se acredita perceber o que realmente não existe.
Dividem-se as alucinações em fisiogenéticas e psicogenéticas. As primeiras
decorrem de alterações dos órgãos dos sentidos ou do sistema nervoso, as segundas
resultam do mecanismo psíquico puro.
Patologia da Percepção
TRANSTORNOS QUANTITATIVOS: alterações
dos órgãos que resultam em uma desordem dos
sentidos.
Hiperpercepção: multiplicidade e intensidade das
impressões recebidas.
Hipopercepção: Caracteriza-se pela debilidade e
diminuição de impressões.
TRANSTORNOS QUALITATIVOS
Micropsia: os objetos são percebidos reduzidos em seu tamanho.
Macropsia: os objetos parecem bem grandes.
Dismegalopsia: Os objetos apresentam partes bastante aumentadas e reduzidas.
Multipsia: percebe-se um objeto multiplicado várias vezes.
Discromopsia: as cores proporcionadas pela percepção não coincidem o objeto.
Ilusão: É uma desordem da percepção em virtude da qual o objeto é deformado. O
Atenção
"Atenção é um mecanismo cerebral
cognitivo que possibilita alguém
processar informações,
pensamentos ou ações relevantes,
enquanto ignora outros irrelevantes
ou dispersivos."
Atenção Seletiva
Efeito da Festa de Coquetel
(Cherry, 1953)
Qual estímulo é percebido?
Mais alto?
Mais próximo?
O mais interessante...
O que influencia a nossa
atenção?
A percepção é inata ou aprendida?
Os dois!
Percepção inata e aprendida
A percepção contém sempre um componente
aprendido, mas não é exclusivamente uma questão de
aprendizagem.
Como a maioria das atividades
humanas, a percepção resulta de uma
interação complexa entre tendências
inatas, maturação e aprendizagem.
Experiências feitas com recém nascidos
de diversas espécies de animais
inferiores como pintinhos, mostraram
que eles são receptivos e capazes de
discriminar
formas
de
objetos,
escolhendo, para bicar, aqueles objetos
semelhantes a coisas que eles
normalmente comem. No entanto a
precisão da picada dos pintinhos
aumenta com a prática.
Outro tipo de estudo que pode fornecer uma resposta
a questão é o estudo feito com indivíduos
congenitamente cegos, que em resultado de operações
conseguem enxergar pela primeira vez. Tais estudos
mostraram que os indivíduos não puderam reconhecer
formas, objetos nem pessoas familiares com base na
sua aparência visual, logo após a operação.
Memória
Bibliografia
Conteúdo programático da disciplina de Neurologia do 5º e 6º semestre de
Psicologia na Universidade Mackenzie
http://percepsi2.blogspot.com.br/2011/12/aprendizageme-percepcao-apercepcao-eum.html
http://percepsi2.blogspot.com.br/2011/12/estimulos-ambiguos-e-ilusoes.html
http://www.psiquiatriageral.com.br/psicopatologia/01percepcao.htm
http://super.abril.com.br/ciencia/como-os-animais-realmente-enxergam-o-mundo
http://cerebro.weebly.com/percepccedilatildeo.html
http://www.richardgregory.org/experiments/index.htm
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v25s2/a03v25s2.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v25s2/a03v25s2.pdf
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/explicado-o-misterio-do-vestido-azul-e-pretobranco-e-dourado
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