Estudo da Correlação do Fluxo de Raios Cósmicos e Fenômenos

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Trabalho de Conclusão de Curso – Bacharelado em Física
Aluna: Raquel Malta Nunes de Almeida
Prof. Dr. Marcelo Augusto de Oliveira Leigui
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Uma das questões mais intrigantes no estudo
das mudanças climáticas é a relação de tais
mudanças têm com a incidência de raios
cósmicos galácticos.
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Uma das questões mais intrigantes no estudo
das mudanças climáticas é a relação de tais
mudanças têm com a incidência de raios
cósmicos galácticos.
Sabe-se que a variabilidade climática solar tem
sua influência no fluxo de raios cósmicos
galácticos que chegam à Terra
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Uma das questões mais intrigantes no estudo
das mudanças climáticas é a relação de tais
mudanças têm com a incidência de raios
cósmicos galácticos.
Sabe-se que a variabilidade climática solar tem
sua influência no fluxo de raios cósmicos que
chegam à Terra
Experimentos recentes demonstram que
partículas carregadas dão origem a núcleos de
condensação
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Neste trabalho de conclusão de curso
faremos uma revisão da física e da química
atmosférica, dando especial atenção aos
mecanismos físicos através dos quais os raios
cósmicos interferem na formação de núcleos
de condensação. Paralelamente, uma
simulação computacional foi desenvolvida
para estabelecer e quantificar uma possível
correlação que venha a ser encontrada.
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Raios cósmicos galácticos são compostos,
principalmente, por prótons de alta energia
aceleradas por supernovas e outras fontes
energéticas na Via Láctea.
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Raios cósmicos galácticos são compostos,
principalmente, por prótons de alta energia
aceleradas por supernovas e outras fontes
energéticas na Via Láctea.
Basicamente, pode-se descrever o fluxo
como uma lei de potência: dF  E  dE onde
  2, 7 para E  1015 eV
Figura 1: O espectro de energia de raios cósmicos
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Acredita-se que o sol e os planetas tenham se
formado 4,5 bilhões de anos atrás devido ao
colapso de uma fria nuvem de um gás
interestelar e poeira cósmica
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Acredita-se que o sol e os planetas tenham se
formado 4,5 bilhões de anos atrás devido ao
colapso de uma fria nuvem de um gás
interestelar e poeira cósmica
Bombardeamentos gradativamente diminuíram
e por volta de 3,8 bilhões de anos atrás as
condições na Terra se tornaram estáveis o
suficiente para permitir que microorganismos se
desenvolvessem nos oceanos.
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Um dos principais marcos na evolução do
sistema terrestre foi o surgimento do
oxigênio atmosférico.
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Um dos principais marcos na evolução do
sistema terrestre foi o surgimento do
oxigênio atmosférico.
Apenas depois dos minerais presentes na
crosta se oxidarem através de reações
químicas foi possível o acúmulo de oxigênio
na atmosfera. Deste modo, o oxigênio
atmosférico pode ser visto como o
“excedente” do oxigênio presente no sistema
terrestre.
Constituinte
Peso molecular
Concentração
Fracionária por Volume
Nitrogênio (N2)
28,013
78,08%
Oxigênio (O2)
32,000
20,95%
Argônio (Ar)
39,95
0,93%
Vapor de água (H2O)
18,02
0-5%
Dióxido de carbono (CO2)
44,01
380 ppm
Neônio (Ne)
20,18
18 ppm
Hélio (He)
4,00
5 ppm
Metano (CH4)
16,04
1,75 ppm
Criptônio (Kr)
83,80
1 ppm
Hidrogênio (H2)
2,02
0,5 ppm
Óxido nítrico (N2O)
56,03
0,3 ppm
Ozônio (O3)
48,00
0-0,1 ppm
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A densidade do ar no nível do mar é 1,25 kg.m-3.
Pressão p e densidade ρ decrescem
exponencialmente com a altura de acordo com
a expressão:
p  p0e
z
H
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A densidade do ar no nível do mar é 1,25 kg.m-3.
Pressão p e densidade ρ decrescem
exponencialmente com a altura de acordo com
a expressão:
p  p0e

z
H
É útil definir a atmosfera padrão, que vai
representar a estrutura horizontal e temporal
média da atmosfera em função apenas da
altura
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Usando o programa DeV C++ foi criado um
projeto para simular os fenômenos que
acontecem na atmosfera
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Usando o programa DeV C++ foi criado um
projeto para simular os fenômenos que
acontecem na atmosfera
Dentro do programa existem quatro classes
independentes, são elas: Atmosfera, Física,
Shower, e Programa Principal.
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Como ponto de partida tomamos um arquivo
com dados atmosféricos para o ar seco e
outro arquivo que relacionava a pressão de
vapor com a temperatura na atmosfera.
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Como ponto de partida tomamos um arquivo
com dados atmosféricos para o ar seco e
outro arquivo que relacionava a pressão de
vapor com a temperatura na atmosfera.
Combinando os dados obtidos para o ar seco,
como pressão e temperatura, conseguimos
achar a função que descreve esta relação
Pressão de vapor versus temperatura
250
200
Pressão (HPa)
y = 1E-06e0,0578x
150
Series1
100
Expon. (Series1)
50
0
0
50
100
150
200
Temperatura (K)
250
300
350
Energia depositada na atmosfera versus energia do elétron
440
430
420
Energia Depositada (eV/m)
410
400
390
380
370
360
350
340
330
320
310
300
0
200,000,000
400,000,000
600,000,000
Energia do Elétron (eV)
800,000,000
1,000,000,000

Usando dados dos chuveiros atmosféricos
simulados pelo software Corsika
conseguimos calcular a energia depositada
pelo chuveiro para cada nível de altitude
Chuveiro iniciado por próton
E=1014 – 1017 eV
E-γ -> γ=2,7
0<θ<60º
1000 chuveiros
Energia total depositada por um chuveiro iniciado por próton com energia de
1018 eV por nível atmosférico
7E+11
6E+11
Energia total depositada (eV)
5E+11
4E+11
3E+11
2E+11
1E+11
0
0
-1E+11
50
100
150
Nível atmosférico i
200
250

Usando dados da energia de ionização, e
agora usando uma média entre 1000
chuveiros de diversas energias obtemos o
gráfico:
Média de íons formados por nível atmosférico
5.00E+09
4.50E+09
4.00E+09
Número de íons
3.50E+09
3.00E+09
2.50E+09
2.00E+09
1.50E+09
1.00E+09
5.00E+08
0.00E+00
0
50
100
150
Nível atmosférico i
200
250
Mecanismo “ion-aerosol clear-air” para a formação de nuvens
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Baseado no modelo de formação de nuvens
com os dados obtidos através da simulação,
conseguimos estipular a altitude da maior
concentração de íons e ,teoricamente, a
altitude de formação das nuvens.
5.00E+09
4.50E+09
4.00E+09
Número de íons
3.50E+09
3.00E+09
2.50E+09
2.00E+09
1.50E+09
1.00E+09
5.00E+08
0.00E+00
0
50
100
150
Nível atmosférico i
200
250
No intervalo entre os níveis 100-150
temos a maior concentração de íons, o
que corresponde ao intervalo entre
altitude de 3,8-5,6 km.
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Vimos que a partir de dados básicos da
atmosfera, juntamente com a simulação
computacional, conseguimos resultados que
estão acordo com a literatura, obtendo
assim, uma correlação positiva entre o fluxo
de raios cósmicos e a formação de nuvens.
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