ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA III Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana O QUE É? É um programa conjunto dos governos dos 12 países da América do Sul que visa a promover a integração sul-americana através da integração física desses países, com a modernização da infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações. O QUE É? A IIRSA se apresenta como uma iniciativa multinacional, multisetorial e multidisciplinar que contempla mecanismos de coordenação entre governos, instituições financeiras multilaterias e o setor privado. Pretende-se assim, mediante ações conjuntas, estimular a integração política, econômica e sociocultural da América do Sul. SUPORTE FINANCEIRO Esta iniciativa surgiu a partir de uma proposta brasileira, baseada na experiência de planejamento e em estudos desenvolvidos com foco na integração da infraestrutura logística do país, financiados pelo BNDES. Em 2005 o BNDES já financiava projetos que incluem desde a construção de usinas hidrelétricas no Equador e Venezuela, novas rodovias no Paraguai, novos gasodutos na Argentina, e até mesmo, obras de ampliação do metrô em Caracas e Santiago. SUPORTE FINANCEIRO A IIRSA é financiada, desde sua criação, pelo Banco Interamerica de Desenvolvimento (BID), pela Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA). E além destas agências, apartir de 2003, a IIRSA também passou a receber financiamentos oriundos do banco governamental brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS). PROPÓSITO A IIRSA tem como propósito declarado promover o desenvolvimento com qualidade ambiental e social, a competitividade e a sustentabilidade da economia dos países sul-americanos, favorecendo a integração da infra-estrutura. Não apenas da infraestrutura de transportes, ou energia, ou comunicações , mas também a integração da logística regional, integrando os mercados de serviços de logística. Assim, a IIRSA se insere na chamada "era do novo regionalismo", destacando-se pelo foco na infraestrutura física da integração regional. EIXOS EIXOS Eixo Andino (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia): Integração energética, com destaque para a construção de gasodutos. Eixo Interoceânico de Capricórnio (Antofagasta, no Chile - Jujuy, na Argentina Asunción, no Paraguai - Porto Alegre, no Brasil): Integração energética, incorporação de novas terras à agricultura de exportação, biocombustíveis. EIXOS Eixo do Amazonas (Colômbia, Peru, Equador, Brasil): Criação de uma rede eficiente de transportes entre a Bacia Amazônica e o litoral do Pacífico, com vista à exportação. Eixo do Sul (sul do Chile / Talcahuano e Concepción, e da Argentina /Neuquén e Bahía Blanca): Exploração do turismo e dos recursos energéticos (gás e petróleo). EIXOS Eixo Interoceânico Central (Sudeste brasileiro, Paraguai, Bolívia, norte do Chile, sul do Peru): Rede de transportes para exportar produtos agrícolas brasileiros e minerais bolivianos pelo Pacífico. Eixo Mercosul-Chile (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile): Integração energética, com ênfase nos gasodutos e na construção de hidrelétricas. EIXOS Eixo Peru-Bolívia-Brasil: Criação de um eixo transportes envolvendo o Brasil, Bolívia e Peru, com a conexão portuária peruana no Pacífico, permitindo a expansão do comércio destes países com a Ásia. Eixo da Hidrovia Paraguai-Paraná (sul e sudoeste do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai): Integração dos transportes fluviais, incremento na oferta de energia hidrelétrica. EIXOS Eixo do Escudo Guiano (Venezuela, Guiana, Suriname, extremo-norte do Brasil): Aperfeiçoamento da rede rodoviária. Eixo Andino do Sul (região andina da fronteira Chile-Argentina): Turismo, rede de transportes. Novos-ricos do Leste Europeu. Novos-ricos do Leste Europeu. O Leste Europeu é uma região da Europa que compreende 20 países, a saber: Albânia, Bielorússia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, República Tcheca, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estônia, Grécia, Hungria, Letônia, Lituânia, República da Macedónia (ou ex-República Iugoslava da Macedônia), Moldávia, Polônia, Romênia, Rússia, Sérvia e Montenegro e Ucrânia. O que faz o Leste Europeu receber mais investimentos externos que o Brasil? Apenas quinze anos atrás, esses países viviam sob o jugo do comunismo, eram um sistema econômico ineficiente e um parque industrial improdutivo. O cenário atual é inteiramente diferente. Multinacionais instalaram fábricas e escritórios no Leste Europeu. Três fatores transformaram a região na queridinha dos investidores externos. 1º São a abundância e o baixo custo da mão-de-obra qualificada. Os regimes comunistas do Leste Europeu deixaram como herança boas universidades, com foco acadêmico em ciências exatas e na formação de técnicos para o setor industrial. A juventude da Polônia está entre as mais instruídas do mundo. Empresas como IBM, Intel, Motorola e Siemens perceberam as vantagens e instalaram, só na Polônia, trinta centros de pesquisa e desenvolvimento de produtos. O segundo fator que explica o boom econômico são a proximidade geográfica e a integração com a União Européia, que abriu para o Leste um mercado de 500 milhões de consumidores com alto padrão aquisitivo. O terceiro fator são os baixos impostos cobrados das empresas. A média da região é de 19%, contra 29% na Europa Ocidental e 34% no Brasil, o que reflete a preocupação do bloco em atrair capital estrangeiro. Os dez países oferecem ainda estabilidade política, economia desregulamentada e investimentos em infra-estrutura de transporte e de telecomunicações. Nada mais lógico para uma multinacional do que se instalar no Leste para vender a produção na Europa Ocidental. Pelo menos sete fabricantes automobilísticos e outras 400 indústrias de autopeças montaram linhas de produção nos países da região. As facilidades estão estimulando a chegada de empresas voltadas para o setor de serviços e de tecnologia de ponta. Ao passar de exportadores para importadores de mão-deobra, esses países confirmam o sucesso da transição para a economia de mercado. Fábrica de Componentes Eletrônicos na República Checa O Milagre Japonês O Japão foi um país de desenvolvimento tardio que chegara atrasado à repartição do mundo entre as potências colonizadoras européias, ele tem raízes em padrões sociais persistentes ao longo de sua história, que se tornaram relevantes para o desenvolvimento industrial capitalista no século XIX. O país adotou, num primeiro estágio, políticas econômicas orientadas para o mercado interno, com forte presença do Estado como mentor do processo, proporcionando, além de infraestrutura em energia e transportes, os quadros de uma administração pública bem preparada e eficiente. Contradições internas e pressões externas no processo de acumulação e expansão levaram o Japão imperial à participação nos dois grandes conflitos mundiais, em busca de conquistas territoriais. Aliado da Alemanha nazista na Segunda Guerra, foi derrotado e totalmente destruído pelos bombardeios norteamericanos. Sendo dotado de poucos recursos naturais e fontes de energia é impossível explicar a recuperação econômica e os avanços significativos na estabilidade política pelos modelos ou teorias convencionais. Isto nos leva a formular uma hipótese sobre o peso e a relevância do fator humano em suas múltiplas e variadas dimensões, particularmente a força de trabalho, sua formação, treinamento e disciplina, bem como os padrões de comportamento e os valores sociais que regem o convívio e as relações entre os diferentes atores sociais. No período pós-guerra, os japoneses aprenderam com seus concorrentes ocidentais e introduziram profundas transformações nas linhas de produção e nos processos de trabalho de seu país, entre as quais se destacam: A flexibilização das linhas de produção; o controle de qualidade total; A introdução do kanban (suprimento de insumos em tempo real, eliminando a necessidade de se manter grandes estoques); A modificação das relações humanas nas empresas, com base num paternalismo benevolente e num sistema de consulta aos empregados; Uso de tecnologias avançadas; Operários qualificados; abundância de mão-de-obra e fraca pressão sindical permitem elevados lucros, aumento de investimentos em equipamento e aumento das exportações. O Boom Econômico Entre 1955 e 1961 (Poupança, Investimentos, Poucas despesas internas). Entre 1966 e 1971 (Investimentos Privados triplicam, Produção Industrial duplica, Investimentos na Electrónica e Petroquímica). O Japão torna-se uma potência Mundial. O Progresso e as Alterações Culturais no Japão Com esse processo de influência cultural norte-americana a família tradicional japonesa teve seu fim e surgiu assim uma ocidental em seu lugar. Êxodo Rural com a industrialização; Japão sofreu profundas consequências ambientais.