Antipsicóticos Milena Pereira Pondé 2012 Avaliação inicial • Afastar organicidade – História: afastar TCE, intoxicação, infecção – Exame físico: sinais vitais – Fatores de suspeição • Início abrupto e primeiro episódio • Paciente geriátrico, condição clínica de base ou lesão • Sintomas neurológicos – Perda de consciência, convulsão, TCE, alteração visual, diminuição da concentração, sonolência, desorientação, déficit de memória, alteração da fala e marcha Distúrbios orgânicos Associados a sintomas psicóticos ou violência Lesão cerebral traumática 70% das pessoas têm agressividade até um ano após 48% dos transtornos severos continuam a ter irritabilidade 10 a 15 anos depois (Caso garçon) Delirium Procurar a causa orgânica Anticolinérgicos para intoxicação por organofosforados (Caso CCI) Endócrinas Hiperparatiroidismo em consequência da hipercalcemia Hipertiroidismo Hipo e hiperglicemia Distúrbios orgânicos Associados a sintomas psicóticos ou violência Distúrbios relacionados ao álcool Intoxicação alcoólica, embriaguês patológica, alucinose e delirium tremens Delirium Tremens - terror, agitação, delírio, alucinações terrorificas, distúrbio da consciência Doença de Hutington Transtorno explosivo intermitente Epilepsias - crises parciais complexas e pós-ictus Violência não direcionada Relatos de violência extrema inter-crítica Esquizofrenia Esquizofrenia paranóide Mais comum Delírios em geral paranóides Perseguição, auto-referência, grandeza Percepções delirantes Alucinações auditivas Ameaças, ordens Esquizofrenia desorganizada Início na adolescência – hebefrênica. Comportamento e discurso desorganizado. Quebra em relação ao funcionamento anterior. Risos imotivados. Inadequação do afeto. Grupo de Catatônicos Kraepelin Fisiopatologia da esquizofrenia VIAS DOPAMINÉRGICAS Via mesolímbica Via mesocortical Via nigroestriatal Via túberoinfundibular Hipótese Dopaminérgica da Esquizofrenia Via mesolímbica hiperativa Sintomas positivos Vias mesocortical hipoativa Sintomas negativos Classificação dos antipsicóticos Antipsicóticos de 1ª geração – típicos Fenotiazinas Alifáticas Piperidínicas Tioridazina Piperazinicas Clorpromazina Levomepromazina Trifluoperazina Flufenazina Butirofenonas Haloperidol Antipsicóticos de 2ª geração – atípicos Clozapina Risperidona Olanzapina Ziprasidona Quetiapina Aripiprazol S E D A Ç Ã O D O P A M I N A Antipsicóticos de 1ª geração Clorpromazina Levomepromazina Periciazina Tioridazina Trifluoperazina Flufenazina Pimozida Haloperidol Efeitos colaterais Sistema nervoso autônomo Anticolinérgico - muscarínico Levomepromazina, clorpromazina e tioridazina Perda da acomodação visual Boca seca Constipação e dificuldade de urinar Bloqueio alfa 1 adrenérgico Hipotensão ortostática Disfunção erétil e retardo na ejaculação Levomepromazina, clorpromazina e tioridazina Efeitos colaterais Sistema neuroendócrino Bloqueio dopaminérgico tuberoinfundibular Hiperprolactinemia Amenorréia Galactorréia Diminuição da libido Infertilidade Bloqueio dopaminérgico meduloperiventricular Aumento do apetite Obesidade Efeitos colaterais Sistema nervoso central Anticolinérgico muscarínico: Psicose tóxica Bloqueio dos receptores histamínicos: Sedação Convulsões: baixa o limiar Efeitos colaterais Sintomas Extra Piramidais (SEP) Sistema nervoso central Bloqueio dopaminérgico nigroestriatal Desequilíbrio dopaminérgico-colinérgico ACH Dopa Parkinsonismo Bradicinesia ou acinesia Tremor fino de extremidades Acatisia Marcha de pequenos passos e robotizada Sinal da roda denteada Sintomas Extra Piramidais Distonia aguda Efeitos agudo Espasmos musculares do pescoço, faringe e língua Protusão da língua Contraturas musculares em região cervical Atenção para metoclopramida (Plasil) e cenerazina. Discinesia tardia Efeito tardio Movimentos bucolinguomastigatórios involuntários e repetitivos. Síndrome neuroléptica maligna 0,5 a 1 % dos pacientes Hipertermia - até 42oC Alteração da consciência: obnubilação até coma Rigidez extrapiramidal Palidez, sudorese, taquicardia, variações de TA e sialorréia Fatal em 10 a 20% Antipsicóticos de 2ª geração Clozapina Risperidona Olanzapina Ziprasidona Quetiapina Aripiprazol Peliparidona AP – 2a geração Dibenzazepinas - Clozapina Sedativo e relaxante muscular Risco de agranulocitose 1 a 2 %, Brasil 0,3% Uso monitorado pelo HMG Convulsão 3 a 4 % Tratamento de discinesia tardia Droga “heróica”: pacientes não responsivos Leponex - 25 e 100 mg AP – 2a geração Risperidona Busca de uma clozapina sem agranulocitose Potente bloqueio D2 Hiperprolactinemia Hipotensão postural AP – 2a geração Ziprasidona Risco de aumento de intervalo QTc Arritmia ventricular – torsade point AP – 2a geração Olanzapina Propriedade anti-muscarínica Obesidade, hipertrigliceridemia, diabetes Zyprexa - 10 mg, droga promissora Quetiapina Perfil semelhante à clozapina Sem afinidade pelos receptores colinérgicos Efeito antidepressivo -> Depressão bipolar AP – 2a geração Aripiprazol Melhora de sintomas negativos Risco de piorar sintomas positivos Abilify – 15, 20 e 30 mg Uso Clínico Esquizofrenia Sintomas positivos: preferir 1ª geração; Sintomas negativos: preferir 2ª geração Refratária: clozapina Autismo e psicoses na infância: 2ª geração Transtorno afetivo bipolar Mania: 1ª geração Modulação: 2ª geração Refratário: clozapina Interação Medicamentosa INDUÇÃO ENZIMÁTICA INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Interações medicamentosas Nenhuma Enzimas que o Aripiprazol afeta Paroxetina Fluoxetina Quinidina Aripiprazol Carbamazepina Cetoconazol Inibidores Indutores 2D6 3A4 Enzimas que metabolizam o Aripiprazol Interações medicamentosas 2D6 – Inibição leve Enzimas que a Olanzapina afeta Probenecida Carbamazepina Olanzapina Ciprofloxacina Cafeína Fluvoxamina Tabagismo Inibidores Indutores UGT1A4 Fluoxetina 1A2 D26 Enzimas que metabolizam a olanzapina Plano de tratamento Plano de tratamento Diagnóstico. Aliança terapêutica. Plano terapêutico. Fase aguda Objetivos Aliança com o paciente e família Trat. Voluntário x Trat. Invonluntário Reduzir agressividade e psicose. Rápido retorno ao melhor funcionamento. Hospitalização Risco de auto ou heteroagressão. Avaliar continência familiar. Fase aguda Promovendo a adesão. Preferir atender o paciente primeiro. Seguir modelo explanatório do paciente. Medicação adequada às queixas do paciente. Explicar a necessidade da medicação. Explicar e minimizar possíveis efeitos colaterais. Fase aguda Agitação. AP ou BZD injetáveis. Haloperidol, clorpromazina, olanzapina, ziprasidona. Midazolam. Fase aguda Escolha da medicação Experiência anterior. Dosagem. 2-4 semanas para resposta inicial. Até seis meses para resposta total. Efeitos terapêuticos máximos e colaterais mínimos. Titular pelos efeitos colaterais e aguardar duas semanas. Fase aguda - algorítimo Boa resposta anterior AP 1ª geração Primeiro episódio AP 2ª geração Evitar 1ª geração e risperidona Ziprasidona, Aripiprazol, quetiapina Não adesão repetida AP depósito Sensibilidade a SEP Hiperprolactinemia Sensibilidade a ganho de peso, hiperglicemia, hiperlipidemia Fase aguda - algorítimo Ideação e/ou Comportamento Suicida Clozapina Sintomas refratários Clozapina Discinesia tardia Depressão com risco de suicídio Clozapina ECT Doses Medicamento Dose Meia vida 300 a 1000 6 Flufenazina 5 a 20 33 Tioridazina 300 a 800 24 15 a 50 24 5 a 20 Clorpromazina Trifluoperazina Haloperidol Aripiprazol 10 a 30 21 75 Clozapina 150 a 600 12 Olanzapina 10 a 30 33 Quetiapina 300 a 800 6 Risperidona 2a8 24 Ziprasidona 120 a 200 7