pólen - URI - Campus Santiago

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PÓLEN
http://www.lea.esalq.usp.br/polen
O QUE É O PÓLEN?
• O pólen (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") é o
conjunto dos minúsculos grãos produzidos
pelas flores das angiospermas (ou pelas pinhas
masculinas das gimnospermas);
• Pólen é o elemento reprodutore masculino
ou microgametófito, onde se encontram
os gametas que vão fecundar os óvulos, que
posteriormente irão se transformar em sementes;
• O estudo do pólen é a palinologia.
CARATERÍSTICAS DO PÓLEN
• Os grãos de pólen são normalmente arredondados, embora
os dos pinheiros sejam alados, e podem ser muito pequenos,
apenas alguns micra.
• O menor grão de pólen conhecido é o do Myosotis, com cerca
de 6 μm (0.006 mm) de diâmetro.
• A forma e ornamentação dos grãos de pólen é típica de cada
família ou mesmo espécie de plantas.
Composição do pólen
• O pólen contém uma grande proporção e proteínas (16
a 40 %) contendo todos os aminoácidos conhecidos,
assim como numerosas vitaminas, principalmente as
vitaminas C e PP, sendo a principal fonte
de alimentação das abelhas;
• Outro importante produto fabricado com pólen é
a geleia real;
• Esta composição do pólen pode ser responsável
pelas alergias que lhe são atribuídas.
PÓLEN
• Pesquisas recentes indicam que o pólen é o alimento mais completo e
valioso da natureza, pois além de conter todos os aminoácidos essenciais
ao organismo humano, também é rico em oligoelementos minerais, fibras,
hormônios vegetais e vitaminas
• O pólen também estimula o funcionamento de todos os órgãos internos,
melhorando, inclusive, o desempenho sexual
• Tem valor nutritivo muito superior à carne ou à proteína de soja
• Possui propriedade antioxidante, antianêmica e auxiliar no tratamento
preventivo da prostatite.
• Pode ser utilizado no tratamento de anemias profundas visto que eleva
rapidamente a taxa de hemoglobina no sangue.[
ESTRUTURA DO GRÃO DE PÓLEN
•
Os grãos de pólen são produzidos por meiose no microsporângio das plantas angiospermas, que é
o estame, ou a escama masculina das gimnospérmicas.
•
Cada grão de pólen é um gametófito que contém dois núcelos haplóides, um maior que
corresponde a uma célula vegetativa e outro menor que irá formar os gametas, que
irão fecundar a oosfera e célula média, gametas femininos encerrados dentro do óvulo.
•
Esta estrutura bicelular encontra-se dentro de numa parede de celulose, a intina, recoberta por um
invólucro muito resistente de esporopolenina, um biopolímero ligado a ceras e proteínas.
Esta camada externa é denominada exina e é composta de três partes:
• tectum, que contém os elementos esculturais que dão a forma exterior ao grão de pólen;
• columelas, uma estrutura em forma de colunas; e
• base, uma estrutura sólida formada sobre a intina.
• Este invólucro possui ainda pequenas aberturas (pontos de menor resistência) por onde sairá
o tubo polínico, que penetra no estigma para fecundar o óvulo.
•
•
Monossulcado
Um grão de pólen monossulcado é aquele que apresenta apenas uma abertura na
sua exina. É o tipo polínico predominante entre as Monocotiledôneas e alguns
grupos basais de Dicotiledôneas. Acredita-se que seja o tipo mais primitivo de grão
de pólen, do qual todos os outros teriam sido originados. Esta teoria é corroborada
pela paleontologia, que constata a presença deste tipo de grãos de pólen e sua
predominância desde os primórdios da história evolutiva dasAngiospermas.
•
•
Trissulcado
Grão de pólen trissulcado é aquele que apresenta 3 sulcos em sua exina. É o tipo
polínico predominante entre as Dicotiledôneas, sendo raros entre algumas famílias
basais, em outras famílias como Asteraceae e Malvaceae, e entre
as Monocotiledôneas.
•
A possibilidade do tubo polínico desenvolver-se a partir de 3 pontos diferentes do
grão de pólen parece facilitar a fertilização dos pistilos, o que leva a crer que o
pólen com 3 aberturas teria sido um aprimoramento de um modelo polínico mais
primitivo, com 1 abertura, observado em tais famílias basais.
POLINIZAÇÃO
• É a transferência dos grãos de pólen
dos órgãos onde são produzidos até à
estrutura reprodutiva feminina (o carpelo das
angiospérmicas ou a escama feminina das
gimnospérmicas) chama-se polinização.
Melissopalinologia
Pólen de abóbora – ao meio (0,2mm)
POLEN DE “Não me esqueças”
Polén de Acanthus sp
Albizia
Pólen de Maria Mole (Senecio brasiliensis)
Eucalipto saligna
Uva do japão – Hovenia dulcis
Sibipiruna
Pessegueiro
Acácia
Girassol
Ácidos pirrolizidínicos – PAS em
Senecio brasiliensis (Maria Mole) e Echium sp (Flor roxa)
A toxicidade causada por esses gêneros vegetais ocorre devido à presença
dos alcaloides pirrolizidínicos, os quais sofrem biotransformação no fígado, gerando
metabólitos tóxicos: os pirróis. Esses compostos tóxicos podem também ser nocivos
para o homem através do consumo de produtos comestíveis, de origem animal,
contaminados ou pelo uso dessa planta na medicina popular.
Após a absorção, a circulação portal transporta os PAS até o fígado onde são
biotransformados pelas enzimas microssomais hepáticas do citocromo P450,
originando os pirróis, compostos altamente tóxicos. Os processos de
biotransformação dos PAS são realizados por três reações principais: hidrólise,
oxidação e
As duas primeiras reações estão envolvidas com o mecanismo de
detoxificação, enquanto a desidrogenação está relacionada com a formação dos
pirróis, os quais são responsáveis pela toxicidade das plantas do gênero.
Toxicidade em seres humanos
• A principal manifestação da intoxicação por PAS em seres humanos é a
doença veno-oclusiva hepática (DOV), que é caracterizada por dor epigástrica
com distensão abdominal devido à ascite
• Na maioria dos casos a intoxicação ocorre diretamente através do uso
medicinal crônico da planta na forma de chá
• Recentemente, na Europa tem também chamado atenção problemas de
saúde relacionados com hortaliças contaminadas com Senecio, como, por
exemplo, rúcula vendida em supermercados contendo groundsel comum
(Senecio vulgaris)
• Trabalhos recentes sobre os PAS em mel e pólem são bastante preocupantes
pois trazem resultados bastante altos encontrados nestes produtos.
• Sabe-se ainda, que a intoxicação pode ocorrer indiretamente
através do consumo de produtos de origem animal
contaminados por APs, como, por exemplo, leite (DICKINSON
et al., 1976; MOLINEUX; JAMES, 1990; MOLYNEUX et al.,
2011), ovos (EDGAR; SMITH, 2000) ou até mesmo através de
mel (DEINZER et al., 1977; BOPPRÉ et al., 2005).
• Fica, pois, evidente, que o homem está exposto aos APs
através de diferentes fontes, sendo a duração de exposição
fator decisivo para causar toxicidade aguda, sub-aguda ou
crônica.
Alcaloides pirrolizidínicos – estrutura básica
• Os maiores teores de
alcalóides são
encontrados na planta em
floração
• As flores contém mais PAS
do que na folhas e caules
• Os PAS (pirrois) ligam-se
facilmente às moléculas
de DNA
• Inibem a mitose do
hepátocitos - disfunção
hepática – morte,
• Os pirrois circulantes
podem afetar outros
órgãos como os rins e
pulmões,
• Doença Veno-oclusiva
hepática ( DOV) – ascite.
• Intoxicação aguda:
hemorragias, necrose,
hepatomegalia
• 20% das pessoas intoxicadas chegam à óbito,
• 50% recuperam-se dentro de poucas semanas,
• 20% parecem estar clinicamente recuperados mas podem
recidivar culminando com DVO e cirrose em alguns anos,
• Acão teratogênica dos PAS em recém nascidos
CONCLUSÃO
• Fica evidente que a intoxicação por PAS e, em
particular, pela S. brasiliensis é uma
preocupação em saúde pública, não se
restringindo apenas em problema na
agropecuária.
• Momento de reflexão!
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