Aula 1 Prof. José Nilton Cantarino Gil Estudo e Demonstração das Leis Básicas dos Circuitos Elétricos, Análise de Circuitos de Corrente Contínua, Análise de Circuitos de Corrente Alternada. Proporcionar conhecimentos sobre as técnicas de estudos aplicadas à interligação de dispositivos elétricos e das propriedades dos componentes usados em Circuitos Elétricos. Compreender os fenômenos e a aplicação dos métodos relativos aos circuitos elétricos de corrente contínua e de corrente alternada; conhecer os principais instrumentos de medidas elétricas e sua correta utilização; MÓDULO 1 - LEIS BÁSICAS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS. Grandezas Elétricas Básicas. Instrumentos de Medidas Elétricas (Amperímetros, Voltímetros, Ohmímetros, Osciloscópios) Elementos de Circuitos Elétricos (Resistores, Indutores, Capacitores, Fontes) Associação de Resistores Lei de OHM Potência Elétrica Circuito Série e Paralelo Potenciômetro Divisor de Tensão MÓDULO 2 - CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA Leis de Kirckoff Teorema de Thévenin Teorema de Norton Teorema de Superposição Redes Estrela-Triângulo MÓDULO 3 - CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA Definição de Sinal Senoidal (Valor de Pico, Pico a Pico, Eficaz, Freqüência, Período e Freqüência Angular). Formas de representação de um sinal senoidal (Forma de onda, Diagrama fasorial, Expressão trigonométrica e Números complexos). Análise de Circuitos RL, RC e RLC. Potência em Circuitos de Corrente Alternada (Potência Real, Aparente, Reativa, Fator de Potência). Conceitos Básicos de Eletromagnetismo e Máquinas Elétricas (Transformadores, Motores e Geradores). ORSINI, Luiz de Queiroz. Curso de circuitos elétricos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A.. Circuitos elétricos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2003. DORF, Richard C.; SVOBODA, James A.. Introdução aos circuitos elétricos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2003. ALBUQUERQUE, Rômulo Oliveira. Análise de circuitos em corrente contínua. 21.ed. São Paulo: Érica, 2008. ALBUQUERQUE, Rômulo Oliveira. Análise de circuitos em corrente alternada. 2.ed. São Paulo: Érica, 2008. QUEVEDO, Carlos Peres. Circuitos elétricos e eletrônicos.Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2000. MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais.Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1995. CAPUANO, Francisco Gabriel; MARINO, Maria Aparecida M.. Laboratório de eletricidade e eletrônica. 19.ed. Sao Paulo: Érica, 2002. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Apresentação do plano de ensino e bibliografia. Conceitos Básicos de Eletrização. Formas de Eletrização. Conceito de Carga Elétrica e Campo Elétrico. Conceitos de Diferença de Potencial Elétrico, Resistência e Corrente Elétrica. Lei de Ohm. Exercicios de Fixação. Associação série e paralela de resitores. Conceito de resistor equivalente. Exercicios Conceito de trabalho e potência elétrica. Circuitos mistos. Exercicios. Conceito de malha e nó. Leis de Kirchoff para as malhas e nós. Exercicios. Exercicios de fixação. Resolução de diversos exercícios utilizando Leis de Kirchoff aplicadas a circuitos lineares. Resolução de Exercicios sobre circuitos lineares utilizando o método da superposição. Transformaçoes Delta x Y. Exercícios de fixação. Prova – nota 1 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. Exercicios. Resolução da prova em sala. Entrega de resultados. Conceitos de fontes ideais e reais. Associação de fontes. Teorema de Thevenin. Exercicios. Teorema de Norton. Exercicios utilizando teoremas de Norton e Thevenin. Circuitos de Corrente Alternada. Representação de fasores. Transformações coordenadas polares para cartesiana e vice-versa. Exercícios. Conceitos básicos de reatância, impedância, potências ativa, reativa e aparente. Fator de potência. Circuitos RC e RL Série. Cálculo da potência em circuitos indutivos e capacitivos. Exercicios Circuitos RLC Série – Exercicios. Circuitos RC e RL Paralelo – Cálculo de Potencia em circuitos RC paralelo. Circuito RL Paralelo e RLC paralelo. Cálculo de potência em Circuitos RC e RlC paralelos. Prova – Nota II Entrega de Resultados. Exercicios de Fixação visando Prova Final. Prova Final Sabemos que todos os elementos são constituídos de átomos. Cada átomo possui prótons, neutrons e elétrons. Os prótons e elétrons possuem uma propriedade física chamada de carga elétrica. Como as cargas dos prótons e elétrons têm caracteristicas opostas, resolveu-se atribuir sinal algébrico à essas cargas, convencionando-se positivo para as cargas dos prótons e negativo para as dos elétrons. Em um átomo neutro, o número de prótons é igual ao número de elétrons. Se um átomo possui mais elétrons do que prótons ele está carregado negativamente. Caso contrário, isto é, o número de elétrons é menor que o de prótons. Dizemos que um corpo eletricamente carregado está ionizado. A quantidade de carga adquirida por um corpo depende da quantidade de elétrons retirados ou colocados no corpo. Condutores e Isolantes ◦ Condutores elétricos são materiais que possuem muitos elétrons em suas últimas camadas, denominados “elétrons livres”. ◦ Isolantes elétricos possuem elétrons em suas camadas mais distantes muito ligados ao seu núcleo. ◦ Condutores permitem a movimentação ordenada de cargas elétricas utilizando-se dos elétrons livres. ◦ Os termos isolante e condutor, na realidade são relativos, pois sob certas circunstâncias um isolante pode se comportar como um condutor e vice-versa. A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga elétrica possível de existir. É a carga que um elétron carrega, a qual designaremos como qe. Se n elétrons colocados, significa que estamos colocando no corpo uma carga negativa (Q<0). Q = n. qe |qe|=|qp| A unidade de carga elétrica é o Coulomb (C). 1 C = 6,25 . 1018 .qe Atritando uma régua de plástico em um pano de seda, verifica-se a situação da figura 2.8. Atritando-se uma barra de ebonite com um tecido de lã, verifica-se a situação da figura 2.9. Antes de considerarmos esse tipo de eletrização, façamos uma analogia com a hidráulica, já que muitos conceitos são semelhantes. Assim como no circuito hidráulico, podemos pensar em um circuito elétrico onde cada vaso seja um corpo carregado eletricamente com cargas diferentes e existe um condutor que interliga esses corpos. Haverá um fluxo de cargas entre esses corpos interligados eletricamente até que as cargas dos corpos se equilibrem, isto é, que não haja diferença entre elas. Para um corpo eletrizado, define-se uma grandeza denominada de potencial elétrico. O potencial elétrico depende da quantidade de carga que o corpo possui, das suas dimensões e do meio onde está o corpo. O potencial elétrico está relacionado com a capacidade que as cargas armazenadas têm de realizar um trabalho. No caso do corpo ser esférico e de raio R, o seu potencial elétrico é dado pela equação: V= K.Q R onde: Q = carga da esfera, em Coulombs R = raio da esfera em metros K = constante em N.m2/c2 V = potencial da esfera em volts (V) Sejam duas esferas A e B, a primeira eletrizada negativamente (QA<0) e a segunda neutra (QB=0), ligadas por um fio condutor no qual existe uma chave inicialmente aberta. Algumas conclusões podem ser tiradas: a) Só haverá deslocamento de cargas de um condutor para outro (só haverá corrente elétrica) enquanto houver d.d.p. (tensão elétrica) b) Cargas negativas (elétrons no caso) deslocam-se sempre de potenciais menores para potenciais maiores. c) Podemos também pensar que “cargas positivas deslocam-se de potenciais maiores para menores” Na eletrização por indução, ao contrário da eletrização por atrito e contato, não existe contato físico entre as partes. Consideremos a sequência de eventos: ◦ a) Inicialmente os corpos estão muito afastados um do outro, de forma que não há influência mútua entre os dois. O corpo inicialmente carregado é chamado de indutor e o neutro, induzido. ◦ b) Ao aproximarmos os dois corpos, a influência das cargas negativas do corpo A sobre os elétrons livres do corpo B provoca uma separação de cargas (polarização) no corpo B. ◦ c ) Sem afastar os corpos vamos ligar a extremidade negativa de B à terra que pode ser considerada uma esfera condutora com raio infinitamente grande. Como o potencial de uma esfera é dado por V=(K.Q)/R, o potencial da terra é sempre considerado zero. ◦ Como existe uma d.d.p. entre a extremidade do corpo B e a terra haverá deslocamento de elétrons do corpo B para terra, cessando quando o potencial da extremidade de B for igual ao da terra. ◦ d) Sem afastar os corpos cortamos a conexão de B com a terra, fazendo que o corpo B fique carregado positivamente, ◦ e) O corpo A permanece com a mesma carga inicial. A carga adquirida pelo corpo B foi fornecida pela terra. ◦ Ao afastar os dois corpos as cargas distribuem-se pela superficie do corpo B. São aparelhos utlizados para detectar se um corpo está ou não carregado eletricamente. O tipo mais simples é um pendulo elétrico, formado por uma haste que suporta uma esfera de material leve, recoberta por uma camada condutora, presa por um fio isolante. A forma de utilização do pêndulo elétrico para verificar a existência de carga está demostrada na figura abaixo: