ATENÇÃO Caso o seu veículo publique – parcialmente ou na íntegra – esta matéria de serviço, envie-nos uma cópia da edição. O endereço é o SRTVN Qd. 701 – Centro Empresarial Norte, Bl.A, Sl. 735 – Cep.: 70.710-200 - Brasília/DF. Obrigado. Campanha vacina idosos contra a gripe Este ano, Ministério da Saúde quer vacinar cerca de 11 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais O Brasil tem atualmente uma população de 15,7 milhões de idosos. Essa é a faixa etária mais vulnerável a doenças comuns como a gripe, que pode trazer sérias complicações à saúde. Por isso, o Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, realiza da próxima segunda-feira (24) a 5 de maio a oitava edição da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. Nesse período, as pessoas maiores de 60 anos também poderão receber as vacinas contra difteria, tétano, febre amarela e pneumococos (bactérias que podem causar pneumonia). A campanha espera proteger a população idosa das possíveis complicações causadas pela gripe, uma vez que o sistema imunológico dessas pessoas é mais vulnerável às doenças de modo geral. “Em razão da baixa imunidade, uma gripe que acomete um idoso pode desencadear o aparecimento de pneumonias viral e bacteriana, levando à internação ou até mesmo à morte”, lembra o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Em 2006, a campanha pretende vacinar 11 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais; o que equivale a 70% dos 15,7 milhões de idosos em todo o território nacional. O Ministério da Saúde estima que a imunização pode evitar cerca de 40 mil internações por conta de complicações causadas pela gripe, além de reduzir o número de mortes. Caso alguém tenha apresentado reações alérgicas à dose recebida anteriormente em outras campanhas ou seja alérgico à proteína do ovo, o Ministério da Saúde recomenda que essa pessoa procure orientações médicas antes de receber a vacina. Uma das etapas de produção da vacina é realizada em embriões de galinha. Em 2006, o Ministério da Saúde vai investir na campanha R$ 130,5 milhões. Do montante, R$ 118,3 milhões são para a compra de 18,6 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza; R$ 523 mil na compra de 240 mil doses da vacina contra pneumococos; R$ 1,2 milhão para quatro milhões de doses contra difteria e tétano; e R$ 838 mil na aquisição de um milhão de doses contra febre amarela. Para garantir o bom resultado da vacinação, serão mobilizadas 251,3 mil pessoas em todo o país, entre servidores e voluntários, distribuídos em 73,7 mil postos de vacinação. Para o trabalho serão utilizados também 27,7 mil veículos, incluindo carros e barcos, para a locomoção das equipes, além de uma aeronave. “Caberá às secretarias municipais de Saúde a organização de equipes móveis. Elas irão até asilos e hospitais para vacinar os idosos que não podem comparecer aos postos de saúde”, informa Jarbas Barbosa. Vacina – A dose contra a gripe é produzida com base nas três cepas (subtipo de vírus) de maior circulação no Hemisfério Sul. Essa combinação eleva a capacidade de proteção do imunizante. A vacina diminui o risco de se contrair a doença e suas complicações. A dose deve ser tomada todos os anos. Vale ressaltar que os vírus presentes na vacina estão inativos. Isso impede que a pessoa pegue a doença porque foi vacinada. “A vacina não causa gripe. Se o paciente tiver sintomas da doença depois de tomar a dose, é porque se contaminou antes de ser imunizado”, observa Jarbas Barbosa. Deve-se lembrar também que os sintomas da gripe podem ser confundidos com os de outras doenças que atingem o aparelho respiratório como o resfriado e a alergia. A vacina que será aplicada protege os idosos de vírus que já estão circulando entre humanos e não tem nenhuma relação com o vírus aviário (H5N1), que infecta aves e, raramente, contamina humanos. Quando isso ocorre, é porque a pessoa convive intensamente com as aves, muitas vezes deixando que elas circulem pela casa, algo muito comum no interior de países como a China. A vacina proporciona proteção contra vírus transmitidos entre humanos. Milhões de pessoas são vacinadas contra a gripe todos os anos no Brasil desde 99, ano em que foi iniciada a Campanha Nacional de Vacinação de Idosos. Em 2005, o país superou a meta e conseguiu imunizar 83,9% dessa parcela da população. O Brasil é um dos poucos países que oferece a vacina gratuitamente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Estudos internacionais indicam que a vacina contra a gripe é responsável pela redução da mortalidade em até 50% entre a população acima dos 60 anos. Além disso, consta no resultado dessa pesquisa que a época ideal para a vacinação contra a gripe corresponde aos meses de março e abril, período da campanha, já que o pico da atividade endêmica do vírus se dá entre os meses de maio e setembro. A Campanha de Vacinação dos Idosos segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de priorizar as pessoas acima de 60 anos, pois a gripe entre os jovens em condições saudáveis não representa problema de saúde pública. Sintomas – A forma e a gravidade da gripe variam muito. Os principais sintomas são febre, calafrios e mal-estar generalizado, freqüentes nos primeiros dias. A rinite e a faringite também podem ocorrer na gripe. Quando os sintomas iniciais diminuem, aparecem problemas respiratórios, como dor de garganta, tosse seca, coriza e congestão nasal. A gripe é curada espontaneamente em cerca de uma semana. Os pacientes idosos mantêm, em geral, a infecção por semanas e podem apresentar complicações. As mais freqüentes são a pneumonia bacteriana, a pneumonia viral primária e o agravamento de doenças crônicas pré-existentes. A gravidade da manifestação da doença aumenta com a idade. Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de doenças como a gripe, que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias e em seu bem-estar. A Campanha Nacional de Vacinação do Idoso reafirma o compromisso do Ministério da Saúde com a integralidade e equidade da atenção à saúde e assegura os direitos sociais das pessoas com 60 anos ou mais de idade. Também dá condições para autonomia e integração dessas pessoas na sociedade.