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Filosofia da Educação
O CONHECIMENTO, A LÓGICA, A
METAFÍSICA E A CIÊNCIA
A imaginação é mais importante que o
conhecimento.
Prof. Ivan Claudio Guedes
[email protected]
Albert Einstein
Físico teórico – Alemão
1879-1955
O Conhecimento
O conhecimento e os primeiros filósofos
Os primeiros filósofos – os pré-socráticos –
dedicavam-se a um conjunto de indagações
principais: Por que e como as coisas existem?
O que é o mundo? Qual a origem da Natureza
e quais as causas de sua transformação? Essas
indagações colocavam no centro
a pergunta: o que é o Ser?
Desde os seus começos, a Filosofia preocupouse com o problema do conhecimento, pois sempre
esteve voltada para a questão do verdadeiro.
Desde o início, os filósofos se deram conta de que
nosso pensamento parece seguir certas leis ou
regras para conhecer as coisas e que há uma
diferença entre perceber e pensar. Pensamos a
partir do que percebemos ou pensamos negando o
que percebemos? O pensamento continua, nega
ou corrige a percepção? O modo como os seres
nos aparecem é o modo como os seres realmente
são?
Sócrates e os sofistas
Os sofistas, diante da pluralidade e do
antagonismo das filosofias anteriores, ou dos
conflitos entre as várias ontologias, concluíram
que não podemos conhecer o Ser, mas só
podemos ter opiniões subjetivas sobre a
realidade.
Platão e Aristóteles
• Sócrates fez a Filosofia preocupar-se com nossa
possibilidade de conhecer e indagar quais as causas
das ilusões, dos erros e da mentira;
• Definir as formas de conhecer e as diferenças entre o
conhecimento verdadeiro e a ilusão;
• Platão e Aristóteles introduziram na Filosofia a idéia
de que existem diferentes maneiras de conhecer ou
graus de conhecimento e que esses graus se
distinguem pela ausência ou presença do verdadeiro,
pela ausência ou presença do falso.
Princípios gerais
•
•
•
•
•
•
Com os filósofos gregos, estabeleceram-se alguns
princípios gerais do conhecimento verdadeiro:
as fontes e as formas do conhecimento: sensação,
percepção, imaginação,
memória, linguagem, raciocínio e intuição
intelectual;
a distinção entre o conhecimento sensível e o
conhecimento intelectual;
o papel da linguagem no conhecimento;
a diferença entre opinião e saber;
a diferença entre aparência e essência;
• A definição dos princípios do pensamento verdadeiro
(identidade, não contradição, terceiro excluído,
causalidade), da forma do conhecimento verdadeiro
(idéias, conceitos e juízos) e dos procedimentos para
alcançar o conhecimento verdadeiro (indução,
dedução, intuição);
• A distinção dos campos do conhecimento verdadeiro,
sistematizados por Aristóteles em três ramos:
teorético (referente aos seres que apenas podemos
contemplar ou observar, sem agir sobre eles ou neles
interferir), prático (referente às ações humanas:
ética, política e economia) e técnico (referente à
fabricação e ao trabalho humano, que pode interferir
no curso da Natureza, criar instrumentos ou
artefatos: medicina, artesanato, arquitetura, poesia,
retórica,etc.).
Os filósofos modernos e a teoria do
conhecimento
• A teoria do conhecimento tornou-se uma disciplina
específica da Filosofia somente com os filósofos
modernos (a partir do século XVII);
• A questão do conhecimento foi considerada anterior
à da ontologia e pré-condição ou pré-requisito para a
Filosofia e as ciências.
• Essa mudança de perspectiva dos gregos para os
modernos, deve-se à instalação do cristianismo,
trazendo problemas que os antigos filósofos
desconheciam.
A Filosofia precisou enfrentar três
problemas novos:
1. Como, sendo seres decaídos e pervertidos, podemos
conhecer a verdade?
2. Sendo nossa natureza dupla (matéria e espírito),
como nossa inteligência pode conhecer o que é
diferente dela? Como seres corporais podem
conhecer o incorporal (Deus) e como seres dotados
de alma incorpórea podem conhecer o corpóreo
(mundo)?
3. Os filósofos antigos consideravam que éramos entes
participantes de todas as formas de realidade: por
nosso corpo, participamos da Natureza; por nossa
alma, participamos da Inteligência divina. O
cristianismo, ao introduzir a noção de pecado
original, introduziu a separação radical entre os
humanos (pervertidos e finitos) e a divindade
(perfeita e infinita). Com isso, fez surgir a pergunta:
como o finito (humano) pode conhecer a verdade
(infinita e divina)?
Aristóteles
• Todos os homens têm, por natureza, o desejo
de conhecer. O prazer causado pelas
sensações é a prova disso, pois, mesmo fora
de qualquer utilidade, as sensações nos
agradam por si mesmas e, mais do que todas
as outras, as sensações visuais.
O cristianismo, particularmente com santo
Agostinho, trouxe a idéia de que cada ser humano é
uma pessoa. Essa idéia vem do Direito Romano, que
define a pessoa como um sujeito de direitos e de
deveres.
Locke
•
Visto que o entendimento situa o homem
acima dos outros seres sensíveis e dá-lhe toda
vantagem e todo domínio que tem sobre eles,
seu estudo consiste certamente num tópico que,
por sua nobreza, é merecedor de nosso trabalho
de investigá-lo. O entendimento, como o olho,
que nos faz ver e perceber todas as outras coisas,
não se observa a si mesmo; requer arte e esforço
situá-lo à distância e fazê-lo seu próprio objeto.
Bacon e Descartes
• Para os modernos trata-se de compreender e
explicar como os relatos mentais – nossas
idéias – correspondem ao que se passa
verdadeiramente na realidade.
• Antes de abordar o conhecimento verdadeiro,
Bacon e Descartes examinaram as causas e as
formas do erro
• análise dos preconceitos e do senso comum.
Teoria de Bacon: CRÍTICA DOS ÍDOLOS
• Quatro tipos de ídolos ou de imagens que
formam opiniões cristalizadas e preconceitos,
que impedem o conhecimento da verdade:
1- Ídolos da caverna
• as opiniões que se formam em nós por erros e
defeitos de nossos órgãos dos sentidos. São os
mais fáceis de corrigir por nosso intelecto;
2. Ídolos do fórum
• São as opiniões que se formam em nós como
consequência da linguagem e de nossas
relações com os outros. São difíceis de vencer,
mas o intelecto tem poder sobre eles;
3. Ídolos do teatro
• São as opiniões formadas em nós em decorrência dos
poderes das autoridades que nos impõem seus pontos
de vista e os transformam em decretos e leis
inquestionáveis. Só podem ser refeitos se houver uma
mudança social e política;
4. Ídolos da tribo
• São as opiniões que se formam em nós em
decorrência de nossa natureza humana; esses ídolos
são próprios da espécie humana e só podem ser
vencidos se houver uma reforma da própria natureza
humana.
A LÓGICA
A LÓGICA
A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou com o
conhecimento, formulando a esse respeito várias questões:
Qual a origem do conhecimento?
Noções de Lógica
Qual a sua essência?
Introdução
Quais os tipos de conhecimentos?
Qual o critério da verdade?
É possível o conhecimento?
À lógica não interessa nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar
as regras do pensamento correto. A lógica é, portanto, uma
disciplina propedêutica.
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Noções de Lógica
23
Noções de Lógica
Conceito
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicálos à pesquisa e à demonstração da verdade.
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um sistema de
conhecimentos certos, baseados em princípios universais.
Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica se apresenta como
ciência normativa, uma vez que seu objeto não é definir o que é, mas
o que deve ser, isto é, as normas do pensamento correto.
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo que define os
princípios universais do pensamento, estabelece as regras práticas
para o conhecimento da verdade (1).
20/7/2011
Noções de Lógica
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Noções de Lógica
Aristóteles, o Fundador da Lógica
Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da
lógica.
Foi ele, realmente, o primeiro a
investigar, cientificamente, as leis
do pensamento. Suas pesquisas
lógicas foram reunidas, sob o nome
de Organon, por Diógenes
Laércio.
As leis do pensamento
formuladas por
Aristóteles se
caracterizam pelo rigor
e pela exatidão.
Por isso, foram adotadas pelos pensadores antigos e
medievais e, ainda hoje, são admitidas por muitos filósofos.
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Noções de Lógica
25
Noções de Lógica
Objetivo da Lógica
O objetivo primacial da lógica é o estudo da
inteligência sob o ponto de vista de seu uso no
conhecimento.
É ela que fornece ao
filósofo o
instrumento e a
técnica necessárias
para a investigação
segura da verdade.
Mas, para conseguirmos atingir a
verdade, é preciso raciocinarmos
com exatidão e partirmos de dados
exatos, a fim de que o espírito não caia
em contradição consigo mesmo ou
com os objetos, afirmando-os diferente
do que, na realidade, são.
Daí as várias divisões da lógica.
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Noções de Lógica
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Noções de Lógica
Extensão e Compreensão dos Conceitos
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, devemos
considerar a sua extensão e a sua compreensão.
Extensão
Quando consideramos um conceito que designa uma classe
de objetos, levamos em conta extensão ou denotação: a
extensão do conceito "filosófico" é maior do que a do
conceito "filosófico brasileiro".
Quando o consideramos por um conjunto de características,
consideramos sua compreensão ou conotação: a
compreensão do conceito "filósofo brasileiro" é maior que a do
"filósofo".
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Noções de Lógica
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Noções de Lógica
Extensão e Compreensão dos Conceitos
Vejamos, por exemplo, o conceito homem.
A extensão
desse conceito
refere-se a todo o
conjunto de
indivíduos aos
quais se possa
aplicar a
designação
homem.
20/7/2011
A compreensão do conceito homem
refere-se ao conjunto de qualidades
que um indivíduo deve possuir para ser
designado pelo termo homem: animal,
vertebrado, mamífero, bípede, racional.
Esta última qualidade é aquela que
efetivamente distingue o homem
dentre os demais seres vivos (2).
Noções de Lógica
28
A METAFÍSICA
O QUE É A VERDADE AFINAL?
• O que você considera verdadeiro em sua vida?
• Existe uma verdade única? Ou múltiplas
verdades?
• Como pode uma mesma imagem suscitar
várias interpretações? Como explicar isso?
• Quais os critérios atuais para validação do
conhecimento verdadeiro?
• Foi sobre perguntas como essas que os filósofos
modernos se debruçaram, tentando resolver os
problemas do conhecimento surgidos após a
Revolução Científica do século XVII.
• Não temos mais verdades absolutas, mas verdades
múltiplas, o que gera um certo receio, uma
sensação de desamparo e insegurança.
• Perdidos entre várias possibilidades, muitas vezes
sentimos falta da zona de conforto oferecida pelas
teorias antigas e medievais.
• E tudo isso gerou o que chamamos de “A CRISE DO
PENSAMENTO METAFÍSICO”.
O QUE SIGNIFICA METAFÍSICA?
• Metafísica" é o título de uma obra de Aristóteles
composta por quatorze livros sobre filosofia geral.
Uma hipótese bastante difundida atribui ao
Andrônico de Rodes (século I a. C) a iniciativa de
chamar esse conjunto de escritos de "Metafísica".
• Ao realizar a primeira compilação e sistematização
dos escritos de Aristóteles, Andrônico o elencou
depois dos oito livros que tratavam da Física, e os
chamou de tà metà tà physiká, ou seja, "os livros
que estão após (os livros da) física".
• A metafísica (do grego: meta = depois, além
de, e physis = natureza ou física) é uma das
principais disciplinas da filosofia.
• Em vez de empregar o termo "metafísica",
Aristóteles usava geralmente a expressão
"filosofia primeira" ou "teologia" (por
contraste com "filosofia segunda" ou "física")
para fazer referência a esses assuntos.
• Concretamente, isso significa que a metafísica
clássica ocupa-se das "questões últimas" da
filosofia, tais como:
• Há um sentido último para a existência do mundo?
• A organização do mundo é necessariamente essa
com que deparamos, ou seriam possíveis outros
mundos?
• Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecêlo? Existe algo como um "espírito"?
• Há uma diferença fundamental entre mente e
matéria?
• Os seres humanos são dotados de almas
imortais?
• São dotados de livre-arbítrio?
• Tudo está em permanente mudança, ou há
coisas e relações que, a despeito de todas as
mudanças aparentes, permanecem sempre
idênticas?
• Essas e outras dúvidas resultaram no
surgimento da metafísica ou ontologia, área
de estudos filosóficos designada por
Aristóteles como Filosofia Primeira, devido à
sua importância e à sua investigação em busca
das causas primeiras de tudo o que existe.
• A partir de duas perguntas: “O que é a
realidade?” e “A realidade pode ser conhecida
na sua essência?”
• Em sua concepção clássica, os objetos da
metafísica não são coisas acessíveis à
investigação empírica; ao contrário, são
realidades transcendentes que só podem ser
descobertas pelas luzes da razão.
• A metafísica também tenta esclarecer as
noções de como as pessoas entendem o
mundo, incluindo a existência e a natureza do
relacionamento entre objetos e suas
propriedades, espaço, tempo, causalidade, e
possibilidade
A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou com o
conhecimento, formulando a esse respeito várias questões:
Qual a origem do conhecimento?
Noções de Lógica
Qual a sua essência?
Introdução
Quais os tipos de conhecimentos?
Qual o critério da verdade?
É possível o conhecimento?
À lógica não interessa nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar
as regras do pensamento correto. A lógica é, portanto, uma
disciplina propedêutica.
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Noções de Lógica
Conceito
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicálos à pesquisa e à demonstração da verdade.
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um sistema de
conhecimentos certos, baseados em princípios universais.
Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica se apresenta como
ciência normativa, uma vez que seu objeto não é definir o que é, mas
o que deve ser, isto é, as normas do pensamento correto.
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo que define os
princípios universais do pensamento, estabelece as regras práticas
para o conhecimento da verdade (1).
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Noções de Lógica
Aristóteles, o Fundador da Lógica
Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da
lógica.
Foi ele, realmente, o primeiro a
investigar, cientificamente, as leis
do pensamento. Suas pesquisas
lógicas foram reunidas, sob o nome
de Organon, por Diógenes
Laércio.
As leis do pensamento
formuladas por
Aristóteles se
caracterizam pelo rigor
e pela exatidão.
Por isso, foram adotadas pelos pensadores antigos e
medievais e, ainda hoje, são admitidas por muitos filósofos.
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Noções de Lógica
Objetivo da Lógica
O objetivo primacial da lógica é o estudo da
inteligência sob o ponto de vista de seu uso no
conhecimento.
É ela que fornece ao
filósofo o
instrumento e a
técnica necessárias
para a investigação
segura da verdade.
Mas, para conseguirmos atingir a
verdade, é preciso raciocinarmos
com exatidão e partirmos de dados
exatos, a fim de que o espírito não caia
em contradição consigo mesmo ou
com os objetos, afirmando-os diferente
do que, na realidade, são.
Daí as várias divisões da lógica.
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Noções de Lógica
Extensão e Compreensão dos Conceitos
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, devemos
considerar a sua extensão e a sua compreensão.
Extensão
Quando consideramos um conceito que designa uma classe
de objetos, levamos em conta extensão ou denotação: a
extensão do conceito "filosófico" é maior do que a do
conceito "filosófico brasileiro".
Quando o consideramos por um conjunto de características,
consideramos sua compreensão ou conotação: a
compreensão do conceito "filósofo brasileiro" é maior que a do
"filósofo".
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Noções de Lógica
Extensão e Compreensão dos Conceitos
Vejamos, por exemplo, o conceito homem.
A extensão
desse conceito
refere-se a todo o
conjunto de
indivíduos aos
quais se possa
aplicar a
designação
homem.
20/7/2011
A compreensão do conceito homem
refere-se ao conjunto de qualidades
que um indivíduo deve possuir para ser
designado pelo termo homem: animal,
vertebrado, mamífero, bípede, racional.
Esta última qualidade é aquela que
efetivamente distingue o homem
dentre os demais seres vivos (2).
Noções de Lógica
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O QUE É A VERDADE AFINAL?
• O que você considera verdadeiro em sua vida?
• Existe uma verdade única? Ou múltiplas
verdades?
• Como pode uma mesma imagem suscitar
várias interpretações? Como explicar isso?
• Quais os critérios atuais para validação do
conhecimento verdadeiro?
• Foi sobre perguntas como essas que os filósofos
modernos se debruçaram, tentando resolver os
problemas do conhecimento surgidos após a
Revolução Científica do século XVII.
• Não temos mais verdades absolutas, mas verdades
múltiplas, o que gera um certo receio, uma
sensação de desamparo e insegurança.
• Perdidos entre várias possibilidades, muitas vezes
sentimos falta da zona de conforto oferecida pelas
teorias antigas e medievais.
• E tudo isso gerou o que chamamos de “A CRISE DO
PENSAMENTO METAFÍSICO”.
O QUE SIGNIFICA METAFÍSICA?
• Metafísica" é o título de uma obra de Aristóteles
composta por quatorze livros sobre filosofia geral.
Uma hipótese bastante difundida atribui ao
Andrônico de Rodes (século I a. C) a iniciativa de
chamar esse conjunto de escritos de "Metafísica".
• Ao realizar a primeira compilação e sistematização
dos escritos de Aristóteles, Andrônico o elencou
depois dos oito livros que tratavam da Física, e os
chamou de tà metà tà physiká, ou seja, "os livros
que estão após (os livros da) física".
• A metafísica (do grego: meta = depois, além
de, e physis = natureza ou física) é uma das
principais disciplinas da filosofia.
• Em vez de empregar o termo "metafísica",
Aristóteles usava geralmente a expressão
"filosofia primeira" ou "teologia" (por
contraste com "filosofia segunda" ou "física")
para fazer referência a esses assuntos.
• Concretamente, isso significa que a metafísica
clássica ocupa-se das "questões últimas" da
filosofia, tais como:
• Há um sentido último para a existência do mundo?
• A organização do mundo é necessariamente essa
com que deparamos, ou seriam possíveis outros
mundos?
• Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecêlo? Existe algo como um "espírito"?
• Há uma diferença fundamental entre mente e
matéria?
• Os seres humanos são dotados de almas
imortais?
• São dotados de livre-arbítrio?
• Tudo está em permanente mudança, ou há
coisas e relações que, a despeito de todas as
mudanças aparentes, permanecem sempre
idênticas?
• Essas e outras dúvidas resultaram no
surgimento da metafísica ou ontologia, área
de estudos filosóficos designada por
Aristóteles como Filosofia Primeira, devido à
sua importância e à sua investigação em busca
das causas primeiras de tudo o que existe.
• A partir de duas perguntas: “O que é a
realidade?” e “A realidade pode ser conhecida
na sua essência?”
• Em sua concepção clássica, os objetos da
metafísica não são coisas acessíveis à
investigação empírica; ao contrário, são
realidades transcendentes que só podem ser
descobertas pelas luzes da razão.
• A metafísica também tenta esclarecer as
noções de como as pessoas entendem o
mundo, incluindo a existência e a natureza do
relacionamento entre objetos e suas
propriedades, espaço, tempo, causalidade, e
possibilidade
A CIÊNCIA
CIÊNCIA
• LATIM
SCIENTIA/sabedoriaconhecimento
• BUSCA DE
CONHECIMENTO
SISTEMÁTICO E SEGURO
DOS FENÔMENOS DO
MUNDO
• OBJETIVOS:
– TORNAR O MUNDO
COMPREENSÍVEL
– CONTROLAR A NATUREZA
– “ HOMEM DOMINA A
NATUREZA PELA
COMPREENSÃO NÃO
PELA FORÇA”
CIÊNCIA
• VISÃO NEGATIVA
• Nietzsche, Adorno,
Horkheimer:poder para
dominar
• Mundo virou um
inferno tecnológico
onde houve regressão
dos valores humanos
• VISÃO POSITIVA
• Matemático Jacob
Bronowski: “através
da ciência o homem
domina a natureza, não
pela forma, mas pela
compreensão.”
AMBIGÜIDADE CIENTÍFICA
MÉTODO CIENTÍFICO
• ENUNCIADO DE UM
PROBLEMA
• FORMULAÇÃO DE
HIPÓTESE
• TESTES EXPERIMENTAIS
• CONCLUSÃO
• META ATRAVÉS
• HODOS: CAMINHO
• NÚCLEO DE
CONHECIMENTO
CHAMADO DE MÉTODO
CIENTÍFICO
ALÉM DO MÉTODO...
• IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE
LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS...
• ANALISANDO FATOS DO MUNDO, PERCEBEMOS A
OCORRÊNCIA DE FENÔMENOS REGULARES
• OBSERVANDO REGULARIDADES, A CIÊNCIA
PROCURA CHEGAR A UMA CONCLUSÃO GERALFORMULANDO LEIS CIENTÍFICAS
• FUNÇÃO: RESUMEM E DÃO VISÃO GLOBAL/
POSSIBILITAM PREVISÃO
• LEIS FAZEM PARTE DE UMA TEORIA CIENTÍFICA
TRANSITORIEDADE DAS TEORIAS
CIENTÍFICAS...
• A CIÊNCIA PROPÕE-SE ATINGIR CONHECIMENTOS
PRECISOS, COERENTES E ABRANGENTES;
• PODEM SER
REFUTADAS;
• Shaw: “ a ciência
Nunca resolve um
problema sem criar
Dez”
A filosofia investiga a ciência...
Filosofia da Ciência
• É o desenvolvimento da
reflexão crítica sobre os
fundamentos do saber
científico...
– Estudo do método de
investigação
– Classificação da ciência
– Natureza das teorias
científicas e capacidade
– Papel da ciência e utilidade
• Saber científico e saber
filosófico
– Não há oposição
– Ciência problema específico
– Filosofia visão global
Caminhos da ciência
• Até século XVII filosofia e ciência estavam
interligadas/ com Galileu separação
• Arché
• Conhecer é conhecer
as causas
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
• PASSAGEM DO
PENSAMENTO
MEDIEVAL PARA A
MODERNIDADE
CIENTÍFICA NÃO FOI
TRANQÜILA
• PERSEGUIÇÕES
GIORDANO BRUNO
• EXEMPLO DE
PERSEGUIÇÃO PELAS
NOVAS IDÉIAS
• FOI CONTRA A
ASTRONOMIA DE
PTOLOMEU, A FÍSICA DE
ARISTÓTELES E
INTERPRETAÇÕES
BÍBLICAS
GEOCÊNTRISMO X HELIOCENTRISMO
•
O UNIVERSO NÃO TEM CENTRO
•
"Se eu, ilustríssimo Cavaleiro, manejasse um arado, apascentasse um rebanho,
cultivasse uma horta, remendasse uma veste, ninguém me daria atenção, poucos me
observariam, raras pessoas me censurariam e eu poderia facilmente agradar a todos.
Mas, por ser eu delineador do campo da natureza, por estar preocupado com o
alimento da alma, interessado pela cultura do espírio e dedicado à atividade do
intelecto, eis que os visados me ameaçam, os observados me assaltam, os atingidos
me mordem, os desmascarados me devoram. E não é só um, não são poucos, são
muitos, são quase todos. Se quiserdes saber por que isto acontece, digo-vos que o
motivo é que tudo me desagrada, detesto o vulgo, a multidão não me contenta.
Somente uma coisa me fascina: aquela em virtude da qual me sinto livre na sujeição,
contente no sofrimento, rico na indigência e vivo na morte. Aquela em virtude da qual
não invejo os que são servos na liberdade, sofrem no prazer, são pobres nas riquezas e
mortos em vida, porque trazem no próprio corpo os grilhões que os prendem, no
espírito o inferno que os oprime, na alma o erro que os debilita, na mente o letargo
que os mata. Não há, por isso, magnamidade que os liberte nem longanimidade que
os eleve, nem esplendor que os abrilhante, nem ciência que os avive."
NICOLAU COPERNICO
• A NATUREZA E O
UNIVERSO PASSAM A
SER VISTOS SOB A
ÓTICA DA LÓGICA E DA
MATEMÁTICA E NÃO A
PARTIR DE DOGMAS
RELIGIOSOS
NOVIDADES....
• KEPLER- 1571- TRÊS
LEIS DA MECÂNICA
• GALILEU 1564PRINCÍPIO DA INÉRCIA
• NEWTON- 1642 FÍSICA
CLÁSSICA
• A CIÊNCIA
RENASCENTISTA DA OS
PRIMEIROS PASSOS NA
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
•
PASSAGEM
LENTA...
“Aquilo que vinte e dois anos atrás profetizei, tão logo descobri os cincos sólidos
entre as órbitas celestes; Aquilo em que firmemente cri, muito antes de haver
visto a Harmonia de Ptolomeu, Aquilo que no título deste quinto livro, prometi
aos meus amigos, mesmo antes de estar certo de minhas descobertas; Aquilo
que, há dezesseis anos atrás, pedi que fosse procurado; Aquilo, por cuja causa
devotei as contemplações astronômicas a melhor parte de minha vida,
juntando-me a Tyho Brahe; Finalmente eu trouxe a luz, e conheci a sua verdade
além de todas as minhas expectativas... Assim, desde há dezoito meses, a
madrugada, desde há três meses, a lua do dia e, na verdade, há bem poucos
dias o próprio Sol da mais maravilhosa contemplação brilhou. Nada me detém.
Entrego-me a uma verdadeira orgia sagrada.Os dados foram lançados.O livro foi
escrito. Não me importa que seja lido agora ou apenas pela posteridade.Ele
pode esperar cem anos pelo seu leitor, se o próprio Deus esperou seis mil anos
para que um homem contemplasse Sua obra.”
• Kepler
CIÊNCIA RENASCENTISTA
• PENSAMENTO
CIENTÍFICO
• ESSÊNCIA HUMANA
• MORAL
• POLÍTICA
• NICOLAU DE CUSA “ O
HOMEM COMO
MICROCOSMO”
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