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Sociologia Clássica
Análises sobre o trabalho
Os três principais
 Karl Marx (1818 - 1883)
 Émile Durkheim (1858 - 1917)
 Max Weber (1864 - 1920)
Karl Marx
Biografia
 Nasceu no dia 5 de maio na cidade de Trier, Alemanha.
 Em 1835 vai estudar direito em Bonn, mas em 1836 transfere-se para Berlin
para estudar filosofia (aproximação do pensamento de Hegel)
 Em 1841 obtém o título de doutor, mas a perseguição do governo alemão
o impede de seguir a carreira de professor universitário
 Em 1842 tornou-se editor do jornal Gazeta Renana, da cidade de Colônia,
na Alemanha
 Como editor, fez violentas críticas ao sistema social, resultando no
fechamento do jornal
 Casou-se com Jenny van Wesphalen e teve seis filhos: Jenny, Laura, Edgar,
Guido, Francisca e Eleanor
Karl Marx
Biografia
 Mudou-se para Paris em 1843
 Em 1844 conheceu Friedrich Engels
 Ao final de 1844 foi expulso de Paris e mudou-se para Bruxelas, na Bélgica
 Tem contato com o movimento dos trabalhadores, participando da
fundação da Liga dos Comunistas para quem escreve o Manifesto do
Partido Comunista, em 1848
 Acompanha insurreições na França e Alemanha em 1849
 Em 1850, Marx é exilado em Londres, onde interrompe as atividades
políticas e se dedica aos estudos
Karl Marx
Principais obras publicadas
 1841: Diferença entre as filosofias
da natureza e de Demócrito e
Apicuro (tese de doutorado);
 1843: Crítica da filosofia do direito
de Hegel;
 1844: A questão judaica;
Brumário
de
Luís
 1857: Esboço de uma crítica da
economia política;
da
econômicos-
 1864: Manifesto de lançamento da
primeira Internacional;
 1845: Teses sobre Feuerbach;
A sagrada família;
 1867: O capital (livro I);
 1875: Crítica
Gotha.
 1847: Miséria da filosofia;
do
 1865: Salário, preço e lucro;
 1871: A guerra civil na França;
 1846: A ideologia alemã;
 1848:
Manifesto
comunista;
 1852: O 18
Bonaparte;
 1859: Contribuição à crítica da
economia política;
Introdução à crítica
filosofia do direito de Hegel;
Manuscritos
filosóficos;
 1850: A luta de classes na França;
partido
ao
programa
de
Trabalho na análise
Marxista
Trabalho é atividade que transforma
a natureza em bens materiais.
Para Marx, compreender relações de
trabalho é questão central para
analisar a sociedade moderna.
O trabalho é a essência dos
humanos, é o que nos diferencia dos
animais.
O trabalho, na sociedade capitalista,
estabelece
uma
relação
de
exploração e alienação entre os
homens.
Trabalho na análise
Marxista
Relação de exploração e alienação
entre os homens.
Exploração: dono da fábrica lucra pela
produção do trabalhador (Mais Valia)
que, por não ter os meios de produção
(fábrica/máquinas) é obrigado a vender
sua força de trabalho para sobreviver.
Mais Valia
Mais Valia absoluta: aumento das horas
de produção (operário trabalha por
mais horas ganhando o mesmo salário)
Mais Valia relativa: aperfeiçoamento
tecnológico (capitalista investe no
maquinário, aumenta a produção e o
operário continua trabalhando como
antes)
Trabalho na análise
Marxista
Alienação: o trabalhador perde o
controle sobre o que e como produz
O produto torna-se alheio
trabalhador e o domina.
ao
A atividade produtiva foge
controle
do
trabalhador.
atividades
não
pertencem
trabalhador, tornando-o alienado
relação a si mesmo.
do
As
ao
em
O trabalho, que é atividade vital e
que distingue os homens dos animais
deixa de ser uma atividade livre e
torna-se um meio para que apenas
sobreviva.
Émile Durkheim
Biografia
 Nasceu em Epinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de 1858
 Em 1882 formou-se em filosofia, sendo nomeado professor em Sens, Saint
Quentin e Troyes
 Em 1887 é nomeado professor de pedagogia e ciência social na
faculdade de Bordeaux – primeiro curso de Sociologia em uma
universidade
 Em 1902 Durkheim é convidado para ser professor suplente da cadeira de
educação na universidade de Sorbonne
 Em 1906 torna-se professor titular da cadeira que, em 1913, passa a
chamar-se de ciência da educação e sociologia
 Na primeira guerra mundial, iniciada em 1914, morre seu filho, André.
Muito abalado, Durkheim falece em Paris, no dia 15 de novembro de 1917
Émile Durkheim
Principais obras publicadas
 1893 - Da Divisão do Trabalho
Social (tese de doutorado);
 1895 - As Regras do Método
Sociológico;
 1897 - O Suicídio;
 1912 - As Formas Elementares da
Vida Religiosa;
 1922* - A Educação e Sociologia;
 1928* - O socialismo;
 1938* - A evolução pedagógica
na França;
 1950* - Lições de sociologia;
 1953* - Montesquieu e Rousseau:
precursores da sociologia;
 1955* - Pragmatismo e sociologia
 1970* – A ciência social e a ação.
 1924* - Sociologia e Filosofia;
 1925* - A Educação Moral;
*Obras póstumas
A Divisão Social do Trabalho
A sociologia de Durkheim partia sempre
do coletivo. Segundo o sociólogo
francês, as explicações estavam no
social e não no individual. Nesse sentido,
o
conceito
de
solidariedade
é
fundamental para o autor.
Solidariedade
Solidariedade mecânica: exemplificado
através das sociedades tribais, os
indivíduos partilham de uma consciência
coletiva. A diversidade de funções
sociais é mínima, não há especialização
no trabalho.
Solidariedade orgânica: nas sociedades
modernas (industrializadas), a divisão
social do trabalho demanda uma nova
consciência coletiva (moral), pois com a
especialização do trabalho os indivíduos
perdem a noção de coletividade
(coesão
social).
Existe,
segundo
Durkheim, um enfraquecimento dos
laços morais.
A Divisão Social do Trabalho
Ocorre que a divisão do trabalho
social transfere o eixo da moralidade
da consciência coletiva para o
indivíduo. Sem essa autonomia e
independência, a divisão do trabalho
não seria possível. Este é o elo de
dever que liga o indivíduo à
sociedade. A individualidade passa a
ser considerada um valor, pois é da
autonomia de cada pessoa que
depende a coesão social.
Nas sociedades modernas há uma
enorme diversidade de tarefas e a
consciência coletiva se enfraquece.
Se a divisão do trabalho não produz a
solidariedade, é porque as relações
entre
os
órgãos
não
são
regulamentadas, é porque estão num
estado de anomia.
Max Weber
Biografia
 Nasceu em Erfurt cidade da Alemanha em 21 de Abril de 1864
 Sua mãe, Helene Fallenstein Weber, mulher culta e liberal, de credo
protestante, tornou-se uma marcante personagem na vida do filho.
 Foi também na casa dos pais que Max Weber conheceu importantes
pensadores do século XIX que frequentavam as reuniões promovidas por eles.
 Até os dezessete estudou de forma relapsa, sem grandes esforços, mas era
reconhecido como possuidor de um talento excepcional. Mesmo depois que
entrou para a universidade de Direito, Weber passava boa parte do tempo a
embriagar-se em círculos de fraternidades.
 Casou-se com Marianne Schnitger, sua prima, em 1893 e passou a trabalhar
como professor em Berlim e exercia uma série de trabalhos relacionados ao
Direito. Nos anos seguintes foi aceito à cátedra de Economia na universidade
de Friburgo, depois em Heidelberg, onde conviveu com seus ex-professores e
onde criou um círculo de amizade bastante fértil intelectualmente.
Max Weber
Biografia
 A partir de 1887 Max Weber começou a apresentar um quadro patológico de doença
mental, passando por diversas internações em centros de reabilitação e a realizar viagens
em busca de repouso e tratamento.
 Ao retornar para seus trabalhos na Alemanha, concluiu a segunda parte de A ética
protestante e o espírito do capitalismo e em seguida, com a Revolução Russa,
acompanhou os acontecimentos pela imprensa russa e os analisava para situá-los na
história cotidiana. Tal atividade lhe rendeu a publicação de diversos ensaios sobre a
Rússia e o conhecimento autodidata da língua.
 Em 1903 Weber funda com Werner Sombart a revista Archiv für Sozialwissenschaft und
Sozislpolitik e em 1908 ajuda a organizar a Associação Alemã de Sociologia, onde
estimulou pesquisas coletivas sobre associações voluntárias, ligas atléticas, seitas religiosas
e partidos políticos. Propôs estudos sobre a imprensa e sobre psicologia industrial.
 Com a Primeira Guerra Mundial, aos cinqüenta anos, tornou-se oficial da reserva
comissionado como administrador de nove hospitais em Heidelberg. De onde vivenciou
um conceito central em sua Sociologia: a burocracia.
 Em 1918 Max Weber deixa suas convicções monarquistas e torna-se um republicano, por
acreditar que esse regime seja mais racional. Recebeu convite de várias universidades
nacionais e estrangeiras, aceitando ficar, em 1919 em Munique. Nesse mesmo ano
adoeceu, sendo diagnosticado com uma pneumonia aguda levando-o à morte em
Junho de 1920.
Max Weber
Principais obras publicadas
 1877 - Do curso da História Alemã;
 1889 - A História agrária romana e
seu significado para o Direito
Público e Privado (tese de
doutorado);
 1891 - História das instituições
agrárias;
 1894 - As tendências na evolução
da situação dos trabalhadores
rurais na Alemanha Oriental;
 1895 - As causas sociais da
decadência da civilização antiga;
 1904/1908 - A ética protestante e o
espírito do capitalismo;
 1909 - As relações de produção na
agricultura do mundo antigo;
 1912 - Ensaio acerca de algumas
categorias da Sociologia
compreensiva
 1914 - A ética econômica das
religiões universais;
 1917 - A ciência como vocação;
 1919 - A política como vocação;
 1918 - Ensaio sobre o sentido da
neutralidade axiológica nas
Ciências Sociológicas e
Econômicas;
 1920* – Economia e sociedade
*Obra póstuma
A ética protestante e o
espírito do capitalismo
A doutrina e as pregações
mostraram a presença de valores
protestantes tais como: disciplina,
poupança, austeridade, vocação,
dever e propensão ao trabalho.
Tais valores formaram a partir da
Reforma Protestante no século XVI
uma nova mentalidade – ethos –
propício ao desenvolvimento do
capitalismo.
Max Weber expõe as relações entre
religião e sociedade e desvenda
particularidades do capitalismo.
Motivação prostestante: trabalho
como dever, como vocação. Não
visando o ganho material como o
objetivo final.
A ética protestante e o
espírito do capitalismo
Como consequência, trabalhadores
protestantes adaptavam-se com
facilidade ao mercado de trabalho,
também eles acumulavam capital
já que a pregação de uma vida
regada
e
sem
usura
era
predominante. Ao acumularem
capital
faziam
poupança
ou
criavam seus próprios negócios
como reinvestimento produtivo.
A ação individual de cada
protestante,
com
o
motivo
relacionado a valores vai além de
sua intenção: virtude e vocação;
Renúncia aos prazeres materiais.
Sofre impacto diretamente no meio
social ao contribuir com as bases
que
promoveram
o
desenvolvimento capitalista.
Concluindo
Marx, Durkheim e Weber viveram um
período conturbado na Europa do
séc. XIX. A sociedade europeia
passava por grandes transformações
que trouxeram novos problemas e
desafios. É nesse contexto que surge
a sociologia, uma ciência social com
métodos e teorias próprias.
MÉTODO
OBJETO MATERIAL
OBJETO FORMAL
Materialismo
Histórico
(Marx)
Produção Social
Infraestrutura e
Superestrutura
Método
Funcionalista
(Durkheim)
Fato Social
Função Social
Método
Compreensivo
(Weber)
Ação Social
Compreensão
MODERNIDADE
MARX
DURKHEIM
WEBER
Características
essenciais
Modo de
produção
capitalista
Divisão social
do trabalho
Racionalismo
da dominação
do mundo
Problemas/
desafios
Exploração
Alienação
Anomia
Egoísmo
Perda de
sentido e
perda da
liberdade
Bibliografia
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MACHADO, Igor. Sociologia hoje. São Paulo: Ática, 2014.
QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos. Belo Horizonte: UFMG, 2011.
SELL, Carlos. Sociologia clássica. Petrópolis: Vozes, 2013
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