FORMAS NOMINAIS Infinitivo Gerúndio Particípio O QUE SÃO FORMAS NOMINAIS? São formas verbais que podem se comportar como nomes, ou seja, como substantivos, adjetivos e advérbios em certas situações. Sendo assim, trata-se de verbos que deixam de se comportar como tal para funcionarem como nomes. INFINITIVO A forma nominal INFINITIVO pode ser reconhecida através de sua desinência –r. Assim, temos as terminações –ar, -er ou –ir, que indicam, portanto, a forma nominal INFINITIVO. O INFINITIVO pode ser pessoal (flexionado) ou impessoal (não flexionado). Como impessoal, o processo verbal não é restrito a um ser em particular. Ex.: Estudar é dever de cada cidadão. Quando se emprega o pessoal, o processo verbal é relacionado a algum ser. Ex.: Perguntei-lhe se havia algo para eu ler. Nesse segundo exemplo, pode-se notar que o infinitivo ler se refere ao mesmo ser a que se refere a forma perguntei: eu. No primeiro exemplo, não há qualquer referência desse tipo: trata-se do processo verbal considerado em si mesmo. INFINITIVO IMPESSOAL Indica a ação verbal propriamente dita, pois é a forma empregada para nomear os verbos (forma que aparece nos dicionários). Pode ser usado como substantivo pelo emprego de um determinante (artigo, pronome), em virtude disso, pode também apresentar flexão de número: “O falar nordestino”. “O Brasil tem muitos falares.” Pode ter o valor de substantivo, por ser equivalente a ele. Por exemplo: Ler é a obrigação de qualquer cidadão. = A leitura é a obrigação de qualquer cidadão. Pode ser empregado em lugar de imperativo (comando, ordem): Favor fechar a porta! = Feche a porta! INFINITIVO PESSOAL Pode flexionar-se para concordar em número e pessoa com o ser a que se refere: Há algo para comermos? Essa flexão pode ocorrer até mesmo em situações em que o infinitivo tenha papel nominal, de substantivo. Veja: O comermos muito pode acarretar mal-estar. É muito importante saber diferenciar o infinitivo pessoal do futuro do subjuntivo de verbos regulares. GERÚNDIO A forma nominal GERÚNDIO pode ser reconhecida através de sua desinência –ndo. Sendo assim, temos: -ando, -endo, -ondo e –indo, conforme as três conjugações. Pode expressar a ideia de ação acontecendo. Ex.: Estou ouvindo o cd que você me deu. Pode expressar um processo contínuo. Ex.: Ele está estudando para melhorar profissionalmente. Pode, também, expressar uma ideia imperativa. Ex.: Andando! (Ande!); Vamos rápido, correndo pra cama! (Corra!). É importante reconhecer o emprego do gerúndio com a função de advérbio, indicando circunstâncias, como: Gritando muito, a criança chamava pelo pai. (circunstância de modo).Só estudando você conseguirá êxito na vida. (circunstância de condição). Trabalhando é possível concretizar sonhos. (circunstância de fim, objetivo). O gerúndio também pode ter valor de adjetivo, embora seja raro esse emprego, isso ocorre quando ele se liga a um substantivo, caracterizando-o: Serviram-me uma sopa borbulhando ( = sopa borbulhante); Eu vi o aluno colando ( = aluno colador); O menino chorando atrapalhou a reunião ( = menino chorão). A forma composta (verbo auxiliar no gerúndio + verbo principal no particípio) equivale a um ação já concluída no momento em que se fala ou escreve. Por exemplo, expressões como: Tendo feito o trabalho, retirou-se da sala. É muito importante evitar o gerundismo. PARTICÍPIO Observe alguns casos do emprego do particípio: O prédio será vendido. Não há nada que possa ser descartado. Atualmente, poucos alunos têm atuação destacada na escola. Nos dois primeiros exemplos temos o particípio exercendo a função verbal, pois faz parte de locução verbal e de tempo composto. No terceiro exemplo temos o particípio exercendo a função de adjetivo, pois caracteriza o substantivo “atuação’. Sendo assim, quando exerce a função de adjetivo, o particípio concorda em gênero e número com o substantivo. Ex.: “atuações destacadas”. É importante lembrar que as terminações da forma nominal particípio são – ado, - edo, - ido, quando regular; já quando irregular, não possui terminação específica.