Apresentação do PowerPoint

Propaganda
BIBLIOGRAFIA
LEMOS FILHO, Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências
Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do
Direito. 6ª edição. Campinas, Ed. Alínea, 2014
LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem
ibidem
COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade.
4ªedição.São Paulo:Ed. Atual, 2010
OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século
XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010
BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo.
São Paulo: Thomson Learning, 2007
SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006
GIDDENS, Anthony., 6ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2012
BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de
Sociologia. Rio, Fundação Getulio Vargas ,2010.
OS MACACOS E AS BANANAS
Veja no youtube:
https://youtu.be/iOJkTPiU3XY
‘Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro pôs
uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo
tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da
tentação das bananas. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente
retirado pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo
integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o
mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na
surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo
dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de
cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a
bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a
algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a
resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”
(Texto atribuído a Albert Einstein)
In Sociologia para jovens do século XXI, Luiz F. de Oliveira/Ricardo C.
Costa, Ed, Novo Milenio, 2ª edição, 2010)
OS SÁBIOS E O ELEFANTE
https://youtu.be/PTa_weeOPP4
Os sete sábios cegos Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como seus conselhos eram sempre
excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam. Embora fossem amigos, havia certa
rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio. Certa noite, depois
de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão
aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna na montanha. Disse aos companheiros: - Somos
cegos para que possamos ouvir e compreender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E, em
vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição.
Não agüento mais! Vou-me embora. No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num
elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele. O
primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou: - Trata-se de um ser gigantesco e muito forte!
Posso tocar os seus músculos e eles não se movem; parecem paredes... - Que bobagem! - disse o
segundo sábio, tocando na presa do elefante - Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de
guerra... - Ambos se enganam - retrucou o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este
animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa
e macia... - Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia as orelhas do elefante Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse
uma enorme cortina ambulante... - Vejam só! - Todos vocês estão completamente errados! - irritou-se o
sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante - Este animal é como uma rocha com uma cordinha
presa no corpo. Posso até me pendurar nele. E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios.
Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os
contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo.
Agradeceu ao menino e afirmou: - Assim os homens se comportam diante da verdade. Pegam apenas
uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos...! Lenda Hindu. Aletriam – Contos e Histórias
O que a história dos macacos
e a história dos sábios e o
elefante têm a ver com a
Sociologia
E o que a Sociologia tem a ver
comigo ou com a minha vida?
Veja no site: TEXTOS/SOCIOLOGIA
GERAL
OS MACACOS E AS BANANAS
INTERPRETAÇÃO DA FABULA DOS CEGOS
A Verdade
Autor: Carlos Drummond de Andrade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com o mesmo perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
(do livro "O corpo", editora Record)
A Sociologia se debruça sobre fenômenos
sociais que nos afetam em nosso dia a dia.
Por que a vida em sociedade é como é?
Por que uns têm tanto e outros têm
pouco?
Por que obedecemos ou contestamos?
Por que as pessoas se reúnem ou se
tornam rivais?
O que nos é proibido e o que nos é
imposto por obrigação?
Por que os governos se organizam de
uma forma ou de outra?
Para que estudar sociologia?
Por que estudar a sociedade
em que vivemos?
Não basta vivê-la?
É possível conhecer a
sociedade cientificamente?
A Sociologia serve para quê?
Os “achados” da Sociologia não nos
dizem nada além do que já sabemos
ou, o que é pior, vestem com linguagem
técnica o que é perfeitamente familiar
na terminologia de todos os dias”.
A Sociologia trata do que todo mundo
já sabe em uma linguagem que
ninguém entende.
Anthony Giddens
A Sociologia é a “ciência do obvio”
Nelson Rodrigues
“O negocio dos cientistas é mesmo
lidar com o obvio. O que a ciência faz é
ir tirando os véus, desvendando a
realidade, a fim de revelar a obviedade
do óbvio.” (Darcy Ribeiro)
A função da Sociologia, como a de todas
as ciências, é revelar o que está
escondido
( Pierre Bourdieu)
põe em duvida as certezas que temos
questiona nossas opiniões mais
arraigadas
SOCIOLOGIA
modifica nossa percepção sobre
o que vivemos em nossa rotina
contribui para alterar a maneira de
vermos nossa própria vida e o mundo
que nos cerca.
A natureza da sociedade em que vivemos influencia nosso
comportamento social, afetando praticamente cada aspecto de nossa
vida
A Sociologia é o estudo de como os indivíduos se comportam em
grupos e como seu comportamento é moldado por esses grupos.
O campo da Sociologia vai desde o estudo teórico dos processos,
estruturas e sistemas sociais até a aplicação dessas teorias como
parte de política social. Portanto, as teorias sociológicas têm
aplicações praticas e podem ser usadas para melhorar a sociedade
em que vivemos.
Há uma conexão entre as estruturas da sociedade com o
comportamento dos indivíduos. A Sociologia foca portanto as
instituições e organização da sociedade em grupos e estratificações
bem como a interação e as experiências entre os indivíduos.
“A maior parte do tempo, o sociólogo aborda
aspectos da experiência que lhe são perfeitamente
familiares, assim como à maioria dos seus
compatriotas e contemporâneos. Estuda grupos ,
instituições, atividades que os jornais falam todos os
dias. Mas as suas investigações comportam outro
tipo de paixão da descoberta. Não é a emoção da
descoberta de uma realidade familiar mudar de
significação aos nossos olhos. A sedução da
sociologia provem de ela nos fazer ver sob uma outra
luz o mundo da vida cotidiana no qual todos
vivemos.
Peter Berger
Século XXI
Preocupações da
sociologia, enquanto
ciência
mundo inundado de mudanças, tensões,
enormes conflitos e divisões sociais e ataque
destrutivo da tecnologia moderna ao
ambiente natural.
Por que nossas condições de vida são tão
diferentes daquelas de nossos pais e avós?
Possibilidades de controlar o nosso
destino e moldar nossas vidas muito
maiores do que as gerações anteriores.
Que direção as mudanças tomarão no
futuro?
porque somos o que somos e
porque agimos como agimos?
Sociologia
aquilo que encaramos como
natural, inevitável, bom ou
verdadeiro pode não ser bem
assim
os “dados” de nossas vidas
são influenciados por forças
sociais e históricas
O aumento da automação e da informatização
O crescimento do setor de serviços
As inovações
tecnológicas
trouxeram mudanças
sociais comparáveis
às produzidas pela
Revolução Industrial
o consumismo
Os avanços na comunicação e na mobilidade
As desigualdades sociais
A identidade cultural
Os efeitos da globalização
CRISE
MARCAS DO
NOSSO TEMPO
as constantes e rápidas
transformações provocam
rupturas, incertezas e desafios
cotidianamente.
MARCAS DO
NOSSO TEMPO
CRISE
Leia:
política,
ética,
social,
econômica,
ambiental
jurídica.
As crises podem ser muito úteis
para rever pressupostos e
paradigmas consolidados,
apontar erros, acertos, bem
como dimensionar e propor
saídas e novas alternativas.
a dinâmica da crise também
pode nos colocar em
armadilhas e encruzilhadas
difíceis de sair, tanto do ponto
de vista teórico-interpretativo,
quanto das situações
concretas.
http://professorcabrera.blogspot.com.br/
MARCAS DO
NOSSO TEMPO
PÓSVERDADE
uma crise na esfera social resulta em fracasso
dos esquemas interpretativos, o que
corresponde a uma superficialidade nos
discursos e perda de significados.
Se a crise é o paradigma que desmonta uma
estrutura consolidada, ela pode romper com
os significados anteriormente estabelecidos,
emergindo como um período de transição
marcado por anomias
As categorias perdem seus significados
anterior e, portanto, seu conteúdo, e o
processo de ressignificação é, em muitos
casos, conturbado evidenciando uma
profunda crise conceitual.
Os significados e significações deixam de ser
fenômenos que carregam uma unicidade de
sentido e passam a se tornar maleáveis às
interpretações pessoais de cada pessoa ou
grupo (sem haver necessariamente
correspondência com a realidade)
O dicionário Oxford escolheu "pós-verdade" como palavra
do ano de 2016. A definição é "circunstâncias em que os
fatos objetivos têm menos influência sobre a opinião
pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais". O
conceito é de que a verdade perdeu o valor, e acreditamos
não nos fatos, mas no que queremos acreditar que é
verdade.
PÓSVERDADE
Perdemos um pouco da sociologia da verdade, ou de um
critério mais amplo de validação do verdadeiro. No século
18 era o Iluminismo: o método racional que tornava algo
aceito como verdade. No 19, foi a ciência e o método
empírico para distinguir falso de verdadeiro.
Hoje o critério é a vontade individual. "A água ferve a 100
graus centígrados ao nível do mar". Verdade? A resposta
seria diferente no (século) 19 e hoje. Com a ascensão
absoluta do indivíduo, o que ele considerar verdade será
para ele. (Leandro Karnal)
Qual sua avaliação sobre essa "nova era" e novo
comportamento, que acaba reforçado pelas redes
sociais?
REFLEXÃO SOCIOLÓGICA
Vidas humanas têm valor intrínseco, e, para que eu me regozijasse com o
desaparecimento de alguém, seria preciso que o morto fosse um monstro ou me tivesse
causado dano irreparável.
Uma passeada pelos comentários que circularam na internet depois que a notícia do
internamento da esposa do Lula foi divulgada revela não só que muita gente se alegrou
com isso como ainda fez questão de lançar publicamente impropérios contra Marisa e a
família.
Por quê?
A resposta tem a ver com política. Parte da humanidade não resiste à lógica do nós
contra eles, que, nas versões fortes, prega que toda desgraça que recair sobre o grupo
adversário é uma bênção para o nosso. Mas não é só. Muitos dos que vituperam só o
fazem porque estão interagindo, não com pessoas de carne e osso, mas com as teclas
de um computador. Arrisco até prognosticar que se, num passe de mágica, esses
indivíduos fossem teletransportados para o velório de seu objeto de execração,
apresentariam, genuinamente comovidos, condolências à família.
Meu ponto é que nosso aparato emocional, e também o intelectual e o moral, foi
concebido para funcionar num mundo em que as interações entre pessoas eram ao vivo e
em cores, não remotas e semianônimas. E isso, creiam, faz toda a diferença.
O melhor exemplo é o linguístico. Basta jogar um recém-nascido numa aldeia qualquer e
voltar cinco anos depois que ele estará falando com perfeição o idioma local. Mas você
pode deixá-lo o dobro do tempo ouvindo apenas a programação do rádio ou da TV numa
língua estrangeira e nem por isso ele a aprenderá.
Não estou advogando pelo banimento da internet, que traz muito mais bônus do que
ônus. Mas é bom lembrar que o que nos faz humanos é a interação com outros
humanos.
Helio Schwartsman, FSP, 03/02
Abrangência
da
Sociologia
Aprender a
pensar
sociologica
mente
desde a análise de
encontros ocasionais entre
indivíduos na rua até a
investigação de processos
sociais globais
cultivar a
imaginação
Libertar-se do
imediatismo das
circunstâncias
pessoais e ver as
coisas num
contexto mais
amplo.
O que é “imaginação” sociológica?
O que é “raciocínio” sociológico?
Como podemos desenvolver com os alunos a
“imaginação”, o “raciocínio”, as “formas de pensar”
sociologicamente?
A imaginação Sociológica é título do livro, publicado
pela primeira vez em 1959, pelo sociólogo norteamericano Wright Mills. .
O Raciocínio Sociológico é titulo do livro, publicado
em 1991, pelo sociólogo francês Jean-Claude
Passeron
“A imaginação sociológica capacita seu possuidor a compreender o
cenário histórico mais amplo, em termos de seu significado para a vida
intima e para a carreira exterior de numerosos indivíduos. Permite-lhe
levar em conta como os indivíduos, na agitação de sua experiência diária,
adquirem frequentemente uma consciência falsa de suas posições
sociais. Dentro dessa agitação, busca-se a estrutura da sociedade
moderna e dentro dessa estrutura são formuladas as psicologias de
diferentes homens e mulheres. Através disso, a ansiedade pessoal dos
indivíduos é focalizada sobre fatos explícitos e a indiferença do público se
transforma em participação nas questões públicas.
O primeiro fruto dessa imaginação _ e a primeira lição da ciência social
que incorpora _ é a idéia de que o individuo só pode compreender sua
própria experiência e avaliar seu próprio destino localizando-se dentro
de seu período; só pode conhecer suas possibilidades na vida tornandose cônscio das possibilidades de todas as pessoas, nas mesmas
circunstâncias em que ele. (...) A imaginação sociológica nos permite
compreender a história e a biografia e as relações entre ambas, dentro
da sociedade. Essa é sua tarefa e sua promessa. A marca do analista
social clássico é o reconhecimento delas [...].” (Mills, 1975, p.11-12,
grifos meus)
A imaginação sociológica (Wright Mills)
Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã.
No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede
de trabalho e trabalhadores
Veja as suas dimensões:
O café tem um valor simbólico
O café é uma droga
O café cria relacionamentos sociais e
econômicos
Há um processo histórico de desenvolvimento social
e econômico
O café está ligado à globalização, comercio internacional,
direitos humanos e destruição ambiental
Valor simbólico
O café não é somente uma bebida.
Ele possui um valor simbólico. às
vezes o ritual associado a beber café
é muito mais importante do que o ato
de consumir a bebida.
Considere o seu ritual ao longo
do dia nas suas interações sociais.
Uma droga
O café é uma droga por conter
cafeína que tem um efeito
estimulante sobre o cérebro. Cria
dependência mas é uma droga
socialmente aceita, ao contrário,
por exemplo, da maconha.
Relacionamentos sociais
Um indivíduo que bebe uma xícara
de café cria uma trama de
relacionamentos sociais que se
estendem pelo mundo. O café é uma
bebida que conecta as pessoas das
mais ricas e das mais pobres: é
consumido nos países ricos mas
cultivado nos países pobres.
Relacionamentos econômicos
Ao lado do petróleo, o café é
uma das mercadorias mais
valiosas no comercio
internacional.
Relacionamentos econômicos
A produção supõe o plantio,
a colheita, a secagem, o
transporte e a distribuição
que requerem relações
contínuas entre pessoas a
milhares de quilômetros de
distância do consumidor.
Colheita e secagem na Fazenda
Cabral- Jacui – MG-2009
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
O ato de beber café pressupõe
todo um processo passado de
desenvolvimento social e
econômico. O café só passou a
ser consumido em larga escala
a partir dos fins do século XIX.
O legado colonial tem tido um
impacto enorme no
desenvolvimento do comercio
mundial do café.
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
No Brasil, no Vale da Paraíba, foi em
torno da fazenda, como unidade
básica da agricultura mercantil, que
se articulou a vida social .
A produção do café permaneceu
dentro dos moldes coloniais,
baseada no trabalho escravo e no
plantio de grandes extensões de
terra, segundo técnicas agrícolas
rudimentares.
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
A expansão da cultura do café pelos
“Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi
um momento fundamental para a
formação da sociedade brasileira
contemporânea.
Provocou a decadência do trabalho
escravo e a introdução do trabalho
livre.
As riquezas acumuladas pelo café, o
capital cafeeiro, foram o motor do
desenvolvimento capitalista no Brasil
Globalização,Comercio Internacional, Direitos Humanos e
Destruição Ambiental
O café é um produto que permanece no centro dos
debates contemporâneos sobre a globalização, direitos
humanos e destruição ambiental. Passou a ser uma
“marca” e foi politizado. Os consumidores podem
boicotar o café que vem de paises que violam os
direitos humanos e acordos ambientais
Trigo
Sal
Fermento
Água
Trigo
Sal
Plantio
Colheita
Moagem
Comercialização
Retirada do mar
Processamento
Embalagem
Água
Fermento
Captação
Tratamento
Distribuição
Produção
Comercialização
Distribuição
Equipamentos
Máquina para preparar a
massa
Forno para assar o pão
Fogo
Madeira
Carvão
Tipo de energia
Energia
elétrica
Linhas de
transmissão
Fabricados em
indústrias
Matéria prima
Consumidor
Equivalência
Tempo de trabalho
Tempo de trabalho
Comparação de trabalho
humano
Se para tomar uma café da
manhã, há tanta gente envolvida,
direta ou indiretamente, você
pode imaginar quanto trabalho é
necessário para a fabricação de
ônibus, bicicleta, automóvel,
para a construção da casa em
que você vive ou da
Universidade onde estuda.
PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ
Bertold Brecht
Quem construiu Tebas de sete portas?
Nos livros estão os nomes dos reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída,
Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas
da Lima Dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a
Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem
triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio
tinha somente os palácios para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida
os que se afogavam gritaram por seus escravos
na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Felipe da Espanha chorou quando sua armada
Naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos uma grande homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões
capacidade de a pessoa poder ver a
sua própria sociedade como uma
pessoa de fora o faria, em vez de fazêlo apenas da perspectiva das
experiências pessoais e dos
preconceitos culturais
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
permite ir além das experiências e
observações pessoais para
compreender as questões com maior
amplitude.
é uma ferramenta que nos
proporciona poder, pois nos permite
olhar para além de uma compreensão
limitada do comportamento humano.
Permite-nos ver que muitos
acontecimentos que parecem dizer
respeito somente aos indivíduos, na
verdade, refletem questões sociais
mais amplas. Ex. o divorcio, o
desemprego, etc.
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
Embora sejamos influenciados pelo
contexto social em que nos
encontramos, nenhum de nós está
determinado em nosso comportamento
por aquele contexto. Possuímos e
criamos a nossa própria individualidade.
Tente aplicar este tipo de
perspectiva à sua própria vida. Use
sua imaginação sociológica em
relação a uma realidade social.
EXERCICIOS
“ILHA DAS FLORES”, Brasil, Jorge Furtado (documentario) veja no
site sociologialemos.pro.br/VIDEOS-MUSICA
“RELATOS SELVAGENS”, Argentina, Damian Szifron”, segundo
episodio
O açúcar – Ferreira Gullar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Download