AACC: Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela Prof. Dr. Leonardo Sokolnik de Oliveira Faculdade das Américas – São Paulo, SP Cronograma Aulas: quartas e sextas das 12:00 às 12:50 hrs. Abril 26 e 28: Apresentação da AACC e febre amarela Maio 3 e 5: Dengue 10 e 12: Zika 17 e 19: Chikungunya 24 e 26: pesquisa atual e fechamento da AACC Febre Amarela AACC – Faculdade das Américas Prof. Dr. Leonardo Sokolnik de Oliveira Twitter: @professor_leo Instagram: @professorleonardo Ciclo de transmissão da febre amarela Definição de casos: Manifestação clínica • Maior parte dos casos é assintomática. Para aqueles que desenvolvem sintomas ocorre: - Período de incubação: 3 a 6 dias - Sintomas: sintomas semelhantes à gripe com início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular, prostação, nausea e vômitos. - Maior parte dos pacientes melhora após esta fase. • Aproximadamente 15% dos pacientes desenvolve uma forma mais grave da doença após um período de melhora de horas ou um dia. Esta forma é caracterizada por icterícia, sintomas hemorrágicos e eventualmente choque e falência de múltiplos órgãos. Em casos de doença grave a mortalidade é entre 20 a 50% É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (24 HRS) Sinais e sintomas da febre amarela Diagnóstico • Inicialmente o diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas, viagens e atividades recentes. • A confirmação do caso ocorre por: - Isolamento viral - PCR para febre amarela. - Sorologia IgG e IgM - Histopatológico e imunohistoquímica Tratamento • Não há tratamento específico. O tratamento deve ser sintomático. - Repouso - Hidratação - Medicamentos para dor: Paracetamol e Dipirona - Evitar AINEs devido ao risco de sangramentos (ibuprofeno, aspirina, diclofenaco, cetoprofeno, piroxicam) Exemplo: cataflan, profenid, aspirina, melhoral. Prevenção: imunização ativa (Vacina) Todas as vacinas disponíveis atualmente contém virus da febre amarela atenuado. Recomendações atuais (Nota informativa 94 de 2017, MS) - Menor de 8 meses: não vacinar - A partir de 9 meses: uma dose - Pessoas que já receberam uma dose: consideradas imunizadas. Não vacinar. Imunização em grupos especiais • Idosos (mais de 60 anos) que nunca foram vacinadas: avaliar comorbidades. • Gestantes: devem ser vacinadas as gestantes que residem em locais próximo de onde ocorreu comprovação de circulação do vírus. • Lactantes de crianças com menos de 6 meses: devem ser vacinadas as lactantes que residem em locais próximo de onde ocorreu comprovação de circulação do vírus, devendo ser orientada a ordenha do leite e estocagem por 28 dias em congelador para ser utilizado durante 15 dias após a vacinação. Imunização: grupos especiais • Pacientes com HIV, com doenças auto-imunes, doenças desmielinizantes após a primeira dose: avaliar caso a caso o risco/benefício • Pacientes que fizeram T.M.O.: avaliar caso-a-caso e aguardar pelo menos 24 meses. Imunização: contra-indicação Imunização: Eventos adversos • Dor no local da aplicação: 4% • Febre, cefaleia e mialgia • Eventos adversos Graves: 0,42 casos para cada 100.000 vacinas aplicadas - Hipersensibilidade - Doença neurológica aguda - Doença viscerotrópica aguda Epidemiologia – até 20/04/2017 Epidemiologia – até 20/04/2017 Epidemiologia – até 20/04/2017 Epidemiologia Epidemiologia – até 20/04/2017 Epidemiologia – até 20/04/2017 Epizootias em primatas não humanos Áreas com recomendação de vacina Referências bibliográficas https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2016/infectious-diseases-related-totravel/yellow-fever# http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/febreamarela http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-febreamarela http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/01/1854425-saiba-mais-sobre-a-febreamarela-e-veja-como-se-proteger-da-doenca.shtml Orientações para profissionais de saúde sobre febre amarela silvestre. MS, 2017 NOTA INFORMATIVA Nº 02/2017– DEVIT/SVS/MS Dengue Definições Definições Atendimento ao paciente com dengue Boletim epidemiológico - abril/17 Zika • Vírus identificado pela primeira vez em primatas não-humanos na floresta de Zika em 1947, entre 1951 e 2013 há relatos da circulação do vírus na Ásia, África e Oceania. • Em 2014 o vírus foi relatado na ilha de Páscoa, território chileno e em 2015 no Brasil. • Existem duas linhagens: africana e asiática • Transmissão: mosquito vetor, vertical, transplante de órgãos ou medula, transfusão de sangue, laboratorial e sexual. Quadro Clínico Doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves, porém há registro de mortes e manifestações neurológicas, além de microcefalia. O paciente suspeito apresenta exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: febre ou hiperemia conjuntival sem secreção e prurido ou poliartralgia ou Edema periarticular. Os primeiros casos de infecção pelo zika no Brasil ocorreram em meados de abril de 2015, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador (BA). O infectologista Antônio Bandeira atendeu os primeiros pacientes com os sintomas do vírus ainda desconhecido no país. “Eu fiquei impressionado com a quantidade muito grande de pessoas que estavam sendo atendidas na emergência do hospital naquele momento, que chegavam com o mesmo sintoma. Manchas no corpo, febre baixa, uma conjuntivitezinha (sic) e dores pelo corpo. Era como se fosse a espécie de uma xerox de uma pessoa para outra.”, lembra o médico. Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-11/epidemia-do-virus-zika-no-brasil-completa-um-ano-com-desafio-na-area-de Microcefalia: Meninos: menor que 30,5 cm Meninas: 30,2 cm Tratamento • Não há tratamento específico. • Repouso, hidratação, anti-histamínicos e paracetamol ou dipirona para alívio das dores. Distribuição geográfica Áreas com Zika – cdc.gov