CASO CLÍNICO – avaliação

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Orientação: Fga. Elen Caroline Franco
Apresentação: Bárbara Camilo Rosa (4º ano)
Gabriele Ramos de Luccas (4º ano)
Natália Favoretto (Fonoaudióloga)
Maria Fátima Soares Guedes (Assistente Social)
Marina Rodrigues Bighetti Godoy ( Psicóloga)
Acidente Vascular Cerebral
É uma síndrome neurológica complexa
envolvendo anormalidade usualmente súbita do
funcionamento cerebral decorrente de uma
interrupção da circulação cerebral ou de
hemorragia seja parenquimatosa ou
subaracnóidea.
Tipos de AVC
Isquêmico
Processo durante o qual
um tecido não recebe
os nutrientes- e em
particular o oxigênioindispensáveis ao
metabolismo das
células.
Hemorrágico
É conseqüência de um
fenômeno inverso ao da
isquemia: a extravasão
de sangue para fora
dos vasos.
Epidemiologia
O AVC está entre as
condições médicas mais
frequentes
Incidência nos EUA
é de 500.000
casos/ano
Responsável por
20% das mortes
cardiovasculares,
ocupando o
terceiro lugar entre
as causas de morte
em países
desenvolvidos
Fatores de Risco
Modificáveis
• Hipertensão arterial,
patologias cardíacas,
diabetes, tabagismo,
sedentarismo, estresse,
obesidade, uso de
anticoncepcional oral
Não- modificáveis
• Idade, hereditariedade,
sexo e a raça
QUADRO CLÍNICO
Circulação anterior
(carotidiana)
Circulação posterior
(vértebro-basilar)
•déficits de
linguagem (afasia)
e déficit motores
desproporcionais.
•sintomas de
equilíbrio (ataxia),
déficits de nervos
cranianos, disfagia,
disartria, vômito e
“sindromes
cruzadas”, com
déficits motores e
de nervos cranianos
contralateralmente.
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do AVC
fundamenta-se no
quadro clínico e
exame neurológico,
complementado por
propedêutica de
imagem.
AVC no Adulto Jovem
Define-se como “Adulto
Jovem” todo o indivíduo com
idade compreendida entre os
18 e os 45 anos.
O AVC é menos frequente em
indivíduos jovens, contudo
segundo estudos mais recentes
esta incidência é atualmente
relevante, podendo
representar 5-10% do total de
AVC’s diagnosticados.
AVC no Adulto Jovem
Considerável impacto individual
e socioeconômico causado pela
elevada taxa de morbimortalidade
que pode causar nessa
população economicamente ativa.
Etiologia

As condições mais frequentes no
adulto jovem são:
vasculopatias-
defeitos
cardíacos
estados
hipercoaguláveis
(Lúpus)
gravidez
Tabagismo e uso
de drogas ilícitas.
Reabilitação
Superar as incapacidades
provocadas pelo acidente.
Capacidade do cérebro em
aprender e mudar.
As células de outras áreas do
cérebro, que não foram afetadas
pelo AVC podem asssumir
determinadas funções realizadas
pelas células da área afetada.
Equipe de Reabilitação
MÉDICO
PSICOLOGI
A
ENFERMEIR
O
EQUIPE
MULTIPROFISSI
ONAL
FONOAUDI
ÓLOGO
FISIOTERAPE
UTA
TERAPEUTA
OCUPACIO
NAL
Caso Clínico
A. M. B.
• Nome
30/04/1977
• Data de nascimento
37 anos
• Idade atual
Técnica de enfermagem
• Profissão
Atendida a partir do segundo
semestre de 2012.
Internada
por
pneumonia.
AVE
Isquêmico.
Outro AVE
no dia
seguinte.
Comprometimento
motor: hemiplegia
à direita.
Comprometimento
da linguagem.
“ Ela não falava nada no começo, ficou muda.”
Mutismo por 2 meses.
“Começou a repetir sempre as mesmas palavras”.
Estereotipia.
“Com a terapia ela melhorou muito e junta algumas palavras”.
Agramatismo telegráfico.
2 vezes por semana, sessões de 50 minutos na
FOB/USP.
• Terapia fonoaudiológica.
2 vezes por semana, sessões de 15 minutos.
• Fisioterapia..
Acompanhamento com neurologista,
reumatologista e dentista.
Sinvastatina para colesterol.
Puran para tireióide.
Sulfato ferroso.
Omeprazol.
• “Ela engasga e tosse muito quando come e
as vezes chega a vomitar”.
• Encaminhamento para avaliação em
disfagia.
Antes do AVE
Depois do AVE
• Trabalhava
e
era
independente.
• Ativa.
• O que mais gostava
de fazer era ler.
• Relacionava-se
bem
com as pessoas.
• Sociável.
• Fácil de lidar, segundo
a família.
• Não exerce mais a profissão.
• Faz tarefas domésticas como
varrer e limpar a casa, fazer
comida, etc.
• Perdeu o contato com os
amigos que tinha – dificuldade
de locomoção.
• A paciente frequenta a igreja
toda
semana,
vai
à
supermercado, padarias, etc.
• Consegue andar sozinha pela
cidade
e
realizar
suas
atividades.
Problemas de relacionamento com a filha de
10 anos.
Processo de separação com o marido.
A mãe da paciente a visita com frequência e
ajuda sempre que necessário.
Os familiares entendem e colaboram, sendo
que não a excluem das atividades familiares.
Entende tudo o que falam.
Muita dificuldade para se expressar.
Tudo organizado na cabeça porém ao falar ela se
confunde.
Queixas quanto a memória (nomes, meses do ano, não
consegue acompanhar os dias e não lembra-se da
escrita correta das palavras).
Sua maior vontade é de voltar a ler.
Família e paciente notam a evolução da linguagem e
da autonomia da paciente.
Compreensã
o oral.
Linguagem
expressiva.
Escrita.
Leitura.
Habilidades
matemáticas
Memória
auditiva.
Memória.
Pragmática.
Praxia.
Estado
mental.
Disfagia.
Psicologia.
Compreensão.
• Designação de imagens por campos associativos,
designação de imagens com frases, interpretação de
conceitos espaciais e sintáticos, escolha de preposições
visuais e orais, compreensão de opções sintáticas e
espaciais, compreensão de história, compreensão de
absurdos, identificação de letras, palavras e frases,
compreensão de frases com conceitos temporais,
compreensão de números, compreensão de questionário
escrito, compreensão do texto lido, compreensão de ordem
escrita. Bom nível de compreensão.
Dificuldade com ordens complexas.
Linguagem expressiva.
• Linguagem coloquial, linguagem automática, linguagem
associativa, produção de antônimos, nomeação de
partes do corpo, nomeação de figuras, evocação de
classes
e
categorias, organização
da sintaxe,
organização de frases com estímulo dado, descrição de
imagem, repetição de palavras, repetição de frases,
denominação de ações, denominação de números,
denominação de letras e sílabas.
Agramatismo telegráfico e anomia clássica.
• Semiologias afásicas.
Escrita.
• Cópia de números, letras, palavras e frases, cópia de
memória, ditado de letras, palavras e frases-texto,
soletração
audiográfica,
automatismo
da
escrita,
completar frases escritas, nomeação escrita, evocação
escrita, organização sintática escrita, criação de frases
escritas, síntese escrita.
Pouca habilidade com a escrita (palavras de uso frequente).
Insegura em relação ao desempenho.
Boa caligrafia.
Leitura.
• Leitura de palavras, leitura de rótulos, leitura de frasestexto, capacidade de organização metafórica,
soletração audiovisual.
Pouca habilidade com a leitura (rota lexical).
Dificuldade com pseudopalavras.
Insegura em relação a leitura.
Habilidades matemáticas – TDE.
• Na parte oral, a paciente não obteve score de
pontuação, pois errou todos os itens. Na parte escrita,
obteve 5 pontos.
Muito abaixo do esperado.
Memória auditiva
•A
paciente
conseguiu
repetir
adequadamente
sequências
de
dígitos, vocábulos de áreas semânticas
iguais e diferentes com três elementos.
Desempenho insatisfatório.
Memória.
• Dificuldade para lembrar seus dados pessoais, nome de pessoas
próximas e situações que aconteceram com ela e com pessoas
próximas.
• Dificuldade para acessar vocabulário e construir frases para se
expressar.
• Não consegue guardar recados.
• Consegue realizar a repetição de palavras e dígitos com
sequencia de até 3 elementos.
• Não consegue repetir sequencias em ordem inversa.
• No teste de fluência semântica conseguiu evocar 7 nomes de
animas e no teste de fluência fonológica apenas um.
• Não consegue explicar ditados populares.
• Excelente desempenho em memória visual.
• No teste de memória textual, a paciente conseguiu elencar
poucas informações, sendo estas relacionadas ideias centrais do
texto, mas coerentes com o que foi lido.
Pragmática.
• O agramatismo telegráfico prejudica a conversação
funcional com a paciente.
• Apresenta intenção comunicativa, demonstra interesse na
conversa, tem expressões faciais e corporais adequadas,
mantém atenção e contato ocular, tem interação com a
terapeuta, inicia turnos e respeita a troca, solicita, informa,
recusa e protesta.
Praxia verbal e não verbal.
• Na prova de apraxia não verbal a paciente obteve
188 pontos, indicando normalidade.
• Na prova de apraxia verbal, a paciente apresentou
dificuldades para repetir mais de uma palavra de uma
vez e para trissílabos.
• Articulação piora na repetição de frases.
• Realiza substituições e distorções dos fonemas /s/ e / /
de forma aleatória e sem manter um padrão, sendo
que isso é observado algumas vezes durante a fala
espontânea.
Estado mental – Mini mental.
• Orientação espacial, orientação temporal, memória,
linguagem, compreensão, cópia de desenho.
• Não conseguiu realizar a prova de calculo e nem a de
soletração inversa.
Analfabetismo – não esperado.
Clínica de
Disfagia.
Psicologia.
Disfagia
orofaríngea
leve.
Problemas
familiares.
Lista de espera
para terapia.
Acompanhamento.
Abordagem
pragmática
.
Melhorar o
“funcionamento”
da linguagem.
Enfatiza o
contexto
em que
ocorre a
interação e
o contexto
linguístico.
Objetivo geral.
• Melhorar a comunicação funcional da paciente,
estimulando as habilidades que estão em defasagem,
visando melhorar o desempenho da paciente nas
situações cotidianas.
Objetivos específicos.
• Nomeação, sintaxe, discurso, leitura, escrita, noção
temporal, habilidades matemáticas, memória auditiva,
praxia de fala.
Atividades
contextualizadas.
Exercícios
repetitivos.
Atividades que
contemplem
vários objetivos.
Interesses da
paciente.
Uso de jogos,
objetos concretos,
figuras, livros,
textos, aplicativos.
Orientações a
família.
Tarefas para casa.
Melhora na elaboração de frases.
Melhora na leitura.
Melhora no uso de elemento de ligação.
Melhora na escrita.
Melhora na nomeação.
Necessário continuar desenvolvendo as
habilidades.
Discussão
Fonoaudiologia
Psicologia
Serviço Social
Obrigada!
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