Administração de Medicação Via Intramuscular (IM)

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ENFERMEIRA SCHEILA
CRISTINA DE MERCEDES
COELHO
• A aplicação de medicação
intramuscular consiste na introdução
de liquido dentro da massa muscular.
• Para minimizar os efeitos colaterais
ocasionalmente encontrados o
profissional devera avaliar
rigorosamente a alguns aspectos
antes de selecionar o local da
aplicação.
• Distância em relação a vasos e nervos
importantes;
• Musculatura desenvolvida para absorver o
medicamento;
• Espessura do tecido adiposo;
• Idade do paciente;
• Irritabilidade do paciente;
• Atividade do paciente;
• Evitar tecido cicatricial ou endurecido.
• As injecções IM podem ser bastante dolorosas ou
desconfortáveis porque penetram profundamente nas
camadas musculares, que são bastante inervadas por
fibras sensitivas. Por outro lado, a injecção IM está
associada a um maior risco de lesão em nervos e vasos
sanguíneos se um vaso sanguíneo for perfurado durante
uma injecção (hematoma). Os medicamentos
administrados por via IM não precisam de ser
administrados tão frequentemente como as injecções IV
ou subcutâneas, mas devem ser administradas por um
profissional de saúde ou sob a sua supervisão, uma vez
que é necessário evitar que estas injecções atinjam o
osso ou os nervos.
• É essencial, além do conhecimento
do procedimento técnico, também
compreender as ações da medicação
para administrá-la de forma a
incrementar seu efeito terapêutico e
evitar ou minimizar seus efeitos
colaterais.
• A aplicação intramuscular deve ser
indicada quando:
• Necessitamos de medicações de
ação rápida porem não imediata.
• Para a administração de substâncias
irritantes (aplicadas sempre
profundamente no músculo);
• Introdução de substâncias de difícil
absorção, como metais pesados,
medicamentos oleosos e demais
substâncias consideradas
consistentes;
• Aplicação de maior volume de
soluções (volume igual ou inferior a
4-5ml);
• O volume Maximo a ser aplicado
deve ser avaliado de acordo com a
massa muscular do paciente.
• Região deltóidea:2 ml
• Região dorsoglutea: 4 ml
• Região ventroglutea: 4 ml
• Região anterolateral da coxa: 3 ml
• A agulha deve ser sempre introduzida em
posição perpendicular à pele, ou seja em
um ângulo de 90°.
• O bisel da agulha deve ser posicionado de
forma lateral, minimizando as agressões
as fibras musculares minimizando a dor
durante o procedimento e as
complicações.
• As aplicações nunca devem ser
realizadas com o paciente em pé, pois
caso o paciente apresente complicações
durante aplicação, pode cair.
• Pode ser aplicado soluções aquosas,
oleosas e suspensões.
• Os locais de aplicação:
• Região deltóidea (músculo deltóide)
• A delimitação deverá ser feita marcando
quatro dedos abaixo do final do ombro e
no ponto médio no sentido da largura(ao
nível da axila), 3 a 3,5 cm acima da
margem inferior do deltóide. O paciente
deve permanecer deitado ou sentado com
o braço ao longo do corpo ou com o
antebraço flexionado em posição
anatômica, com exposição do braço e
ombro. ;
• Varias são as desvantagens deste local, a
grande sensibilidade e a pequena quantidade
de liquido injetado são umas delas.
• O uso desta região esta caindo em desuso
devido ao grande numero de complicações
apresentadas. Podemos dizer que é a ultima
escolha em relação ao local para aplicação.
• Ultimamente esta sendo indicada apenas
para administração de vacinas.
• Podemos considerar o segundo local de escolha
para administração de medicação via
intramuscular.
• A área é estabelecida traçando-se um eixo
imaginário horizontal com origem na saliência
mais proeminente da região sacra, e outro eixo
vertical, originando na tuberosidade isquiática,
cuja linha de conexão fica paralela ao trajeto do
nervo ciático. A injeção é aplicada no quadrante
látero-superior externo.
• O correto posicionamento deste local nos
deixa seguros quanto a evitar lesões no
nervo ciático.
• Posicionar o paciente em decúbito ventral,
com a cabeça voltada para o aplicador (para
melhor observação de desconforto ou dor
durante a aplicação),os braços ao longo do
corpo e os pés virados para dentro. Os pés
virados para dentro evita que a pessoa
contraia a musculatura.
• Crianças deverão estar deitadas
firmemente no colo de uma pessoa adulta,
em decúbito ventral.
• É contra indicada em:
• Criancas menores que dois anos;
• Criancas maiores que dois anos com
reduzido desenvolvimento muscular;
• Pessoas com atrofia dos musculos da
regiao;
• Idosos com flacidez e atrofia senil;
• Pessoas com insuficiencia e
complicacoes vasculares dos MMII.
• Também conhecida como rochstter, é a mais
utilizada em países desenvolvidos.
• É a região mais indicada por estar livre de estruturas
anatômicas importantes como vasos sangüíneos ou
nervos significativos. O posicionamento dos feixes
musculares previne o deslizamento do medicamento
em direção ao nervo ciático.
• Esta região é assinada colocando a mão esquerda
no quadril direito do paciente e vice-versa; aplica-se
a injeção no centro do triângulo formado pelos
dedos indicador e médio quando o primeiro é
colocado na espinha ilíaca antero-superior e o
segundo na crista ilíaca.
• Esta região é assinada colocando a
mão esquerda no quadril direito do
paciente e vice-versa; aplica-se a
injeção no centro do triângulo
formado pelos dedos indicador e
médio quando o primeiro é colocado
na espinha ilíaca antero-superior e o
segundo na crista ilíaca.
• Esta é uma região indicada para qualquer faixa etária,
especialmente crianças, idosos, indivíduos magros ou
emaciados. O paciente deve ser posicionado em decúbito
dorsal, lateral, ventral ou sentado.
• A desvantagem deste local é a visualização do local de
aplicação pelo paciente, e a apreensão deste e dos
profissionais de saúde pelo pouco uso deste local, sendo que
estes muitas vezes sentem-se inseguros quando a esta técnica;
• Local seguro por ser livre de vasos sangüíneos
ou nervos importantes nas proximidades. Os
grandes vasos e nervos percorrem a região
póstero-medial dos membros inferiores.
• Apresenta grande massa muscular, sendo uma
extensa área de aplicação,podendo receber
injeções repetidas; Proporciona melhor controle
de pessoas agitadas ou crianças chorosas e é
de fácil acesso, tanto para o profissional, como
para o próprio paciente que dela poderá utilizarse sozinho.
• O local é identificado dividindo-se a área
entre o joelho e o grande trocanter em
terços; a injeção é aplicada na face lateral
do terço médio. Determina-se o local
respeitando a distância de 12 cm abaixo
do trocanter maior e 9 e 12 cm acima do
joelho. A aplicação é feita entre a linha
média lateral e a linha média anterior da
coxa.
• A equipe de enfermagem deve assegurar que o
procedimento seja realizado da forma mais segura
possível para minimizar as complicações.
• A maioria das complicações são encontradas nos
músculos deltóide, glúteo maximo e vasto lateral.
• A região vento glútea oferece menor risco de
complicação devido ao fato de ser livre de vasos
sanguineos e nervos importantes e a menor
estrutura dos tecido subcutâneo quando comparado
aos outros músculos.
• Lesão dos nervos radial, ulnar, escapular ou
axilar;
• Lesão tissular de ramos do feixe vasculonervoso
( artérias e veias circunflexas, ventral e dorsal...)
Paralisia dos músculos do membro superior;
• Lesão da artéria umeral;
• Lesão do nervo circunflexo com provocação do
chamado sinal de Anger (parestesia da parte
posterior do deltoide);
• Atrofia do deltoide;
• Abcessos;
• Infecoes inespecíficas;
• Gangrena por lesão de vasos sanguíneos;
• Ulceração ou necrose tecidual por administração
de medicamentos contra indicados para esta via;
• Reações orgânicas por intolerância a solução
injetada;
• Tétano e/ou hepatite, em decorrência da
contaminação do material durante o manuseio;
• Inflamações provocadas por medicamentos
irritantes aplicados em grande volume;
• Nódulos e fibroses por aplicações repetidas no
• Má delimitação do músculo
• Uso de técnica não asséptica
• Excesso de volume administrado
• Administração de solução
irritante
• Técnica ideal para evitar o refluxo do medicamento para a
camada subcutânea, evitando o aparecimento de nódulos
doloridos por reação inflamatória, principalmente no caso
de aplicações feitas com soluções oleosas (como Perlutan)
e à base de ferro como Noripurum, este podendo deixar
manchas escuras na pele.
• Pode ser usada em qualquer um dos locais descritos
previamente sendo, entretanto, mais utilizada na região
glútea.
• Segurar a pele esticada durante a aplicação com o dedo
indicador para que após a retirada da agulha a inserção
inicial mude de lugar evitando extravasamentos e melhor
distribuição da medicação.
• Ampola ou frasco-ampola com medicamento;
• Recipiente provido de tampa com bolas de algodão
secas;
• Almotolia com álcool a 70%;
• Serrinha caso ampola não seja pre-serrada;
• Seringa de 3 ml, 5 ml ou 10ml;
• Agulha para aspiração de calibre 25x8, 25x9, 25x10,
30x9, 30x10, 40x12'ou 40x16;
• Agulha para aplicação com calibre 25x7, 25x8, 30x7 ou
30x8;
• Cuba-rim para lixo.
• Lavar as mãos
• Com o material previamente preparado, colocar a bandeja sobre
a mesa de
• cabeceira;
• Orientar o paciente sobre o que será feito, preparando-o
psicologicamente
• Escolher local de aplicação.
• Posicionar o paciente e forma confortável e segura.
• Fazer anti-sepsia
• Segurando a bola de algodão entre os dedos da mão esquerda,
retirar o protetor da agulha;
• Com os dedos indicador e polegar da mão esquerda, esticar a
pele afastando o tecido subcutâneo ou fazer uma prega mais
profunda
• Introduzir toda a agulha em angulo de 90 graus
de uma só vez
• Soltar o músculo e puxar o embolo;
• Se houver retorno de sangue, retirar a seringa,
comprimir o local e realizar nova punção;
• Apos injetar lentamente a solução, retirar a
agulha
• Observar reações no paciente antes e depois da
aplicação;
• Levar todo o material a sala de serviço e
desprezar agulha e seringa
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