ORTOPEDIA – COLUNA CERVICAL E TORACOLOMBAR Renackson Garrido Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia • Raio x com a boca aberta mostrando atlas e axis Anatomia Anatomia Anatomia Anatomia • Relação das raízes nervosas e os corpos vertebrais cervicais Anatomia Arco de Movimento Anatomia • Suporte do peso da cabeça e proteção para a medula espinhal na sua descida. • Proteção das aa. Vertebrais, Jugulares internas e cadeia simpática do Sistema Nervoso Autônomo (SNA); • O arranjo das articulações principalmente devido as facetas articulares permite que a cabeça se mova; História Clínica • 4ª causa de dor; • 35% da população experimentou sintomas de cervicalgia nos últimos 6 meses. • Quando da existência de sintomas, perguntar se há irradiação: • Ombro, braço, cotovelo, mão, punho Suspeita de.... Pedir o que? • FRATURA: raiox /TC • Luxação/subluxação: raiox/TC • Injúria ligamentar: RNM • Injúria medular: RNM Indicações • RAIO-X: indicado para análise de fraturas (AP com boca aberta (C1-C2), AP cervical inferior, Perfil, etc. Permite visualizar também ostéofitos; • TC: Doenças ósseas (espondiloses e osteófitos) além da medição do canal vertebral. • RNM: Detecção de patologias de partes moles como hérnias de disco e tumores. PATOLOGIAS DA COLUNA CERVICAL RADICULOPATIA CERVICAL • • • • HÉRNIA DE DISCO 30-50 anos de vida 2-3% da população Idade média para o início dos sintomas: 37 anos (76% dos casos tiveram uma crise lombar no ano anterior). RADICULOPATIA CERVICAL • Radiculopatia decorrente do prolapso do disco intervertebral cervical ocorre geralmente entre as 3ª e 4ª décadas de vida. RADICULOPATIA CERVICAL • HÉRNIAS E COMPRESSÃO POR OSTEOFITOSE NÍVEIS DAS HÉRNIAS 1 - Lombares 2- Cervicais 3- Torácicas – Lombares: 85-95% ENTRE L4-L5, L5-S1; 5-8% L3-L4; 2% L2-L3 1% ENTRE L1-L2, T12-L1 – Cervicais: 2% em C4-C5, 19% em C5-C6, 69% em C6-C7 e 10% em C7T1; – As torácicas: 15% assintomáticas frequentemente não são sintomáticas; em múltiplos níveis e Os sintomas radiculares dependem do nível da hérnia discal Radiculopatia cervical Sinais e sintomas da radiculopatia cervical • Como o paciente se apresenta? • Dor no pescoço, irradiada ou não para o braço, seguindo dermátomos. • A dor pode aumentar em posições específicas do pescoço devido à compressão da raiz nervosa. • Parestesia, fraqueza muscular, alterações de reflexo na distribuição do dermátomo envolvido. Distúrbios da marcha e espasmos podem estar presentes se houver compressão medular associada. • Diminuição do arco de movimento, especialmente rotação e inclinação lateral. Artrite Reumatoide • ARTRITE REUMATOIDE – – a coluna mais afetada é a cervical (instabilidade de C1-C2, subluxação subaxial e impatação atlantoaxial); • Causa dor cercival e limitação de movimento. • “Embora possa acometer todo o eixo vertebral, envolve principalmente a coluna cervical especialmente a junção craniocervical, explicado pelo fato de que occipto-C1 e C1-C2 são articulações puramente sinoviais. Artrite Reumatoide – 5% a 73% dos pacientes com AR irão desenvolver subluxação atlantoaxial em um período de dois a 10 anos após o diagnóstico e, destes, 20% irão apresentar alterações significativas na coluna cervical subaxial. Aproximadamente 17% de todos os pacientes com artrite reumatoide irão desenvolver sinais e sintomas neurológicos (variando de 5 a 67%), e dos que desenvolvem mielopatia, metade terá sobrevida de apenas um ano. Cardoso, André Luiz Passos, Silva, Nilzio Antonio da, Daher, Sérgio, Moraes, Frederico Barra de, & Carmo, Humberto Franco do. (2010). Avaliação da coluna cervical no paciente com artrite reumatoide. Revista Brasileira de Ortopedia, 45(2), 160-165. • ATENTAR PARA RELAÇÃO CHIKV – AR - CERVICALGIA Infeccções da coluna cervical • Homem, 30 anos, agente carcerário, natural e procedente de Fortaleza. • Sem história de traumas • Soropositivo, com carga viral acima de 1 milhão de cópias; • Companheira com tuberculose multibacilar, há 3 meses sintomático, ainda não iniciou tratamento; Infeccções da coluna cervical • DOENÇA DE POTT OU MAL DE POTT: • 4% das infecções da coluna são na cervical, sendo 50% por tuberculose osteoarticular (MAL DE POTT). • A tuberculose de coluna é a TB óssea mais frequente, correspondendo à 50%. • Se não diagnosticada e tratada precocemente pode levar a sequelas importantes como paraplegia e deformidades, que determinam perda funcional. • O local mais acometido é a coluna torácica, seguida da coluna lombossacral e cervical com, respectivamente, 50%, 40% e 10% dos casos; Medeiros, Rodrigo Serikawa de, et. al. Tarcísio Eloy Pessoa de. (2007). Tratamento da tuberculose da coluna vertebral: conservador ou cirúrgico?. Acta Ortopédica Brasileira, 15(3), 128-131 Infeccções da coluna cervical • Diagnóstico pelo exame clínico cervicalgia, febre, queda do estado geral, anorexia. • Exame radiológico evidencia níveis variados de deformidade óssea, diminuição do espaço intervertebral, deformidade cifótica e, freqüentemente, abscessos frios nas adjacências. Tumores • Incidência de tumores benignos é comum em crianças e adultos abaixo dos 30 anos, os malignos são mais incidentes nas faixas etárias mais avançadas. • Benignos mais comuns: hemangioma e cisto ósseo aneurismático. Tumor de células gigantes, osteoma osteoide, osteoblastoma. • (Sizinio) Tumores • O tumor primário na coluna vertebral é raro. O diagnóstico precoce é difícil, pois a dor, limitação funcional ou deformidade são queixas de afecções frequentes da coluna. • O osteoblastoma e o osteoma osteoide são tumores primários benignos produtores de osso e caracterizados, do ponto de vista histológico, por um grande número de osteoblastos, num tecido muito vascularizado, entremeados por trabéculas ósseas com osteoide. Tumores Tumores - METÁSTASES PATOLOGIAS DA COLUNA TORACOLOMBAR Escoliose idiopática do adolescente • A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é uma curva lateral estruturada da coluna vertebral, que ocorre entre 10 e 18 anos, cuja causa não é definida. Curvas maiores que 10º • A prevalência da EIA na população entre 10-16 anos é de 23%2. • Lima Júnior, Paulo Candido de, Pellegrino, Luciano, Caffaro, Maria Fernanda Silber, Meves, Robert, Landim, Elcio, & Avanzi, Osmar. (2011). Escoliose idiopática do adolescente (eia): perfil clínico e radiográfico da lista de espera para tratamento cirúrgico em hospital terciário de alta complexidade do Sistema Público de Saúde Brasileiro. Coluna/Columna, 10(2), 111-115. Exame Físico • Manobras especiais: Teste de Adams evidenciou gibosidade torácica direita com 5cm de altura, com distância mão chão de 30 cm. Triângulo de talhe • Triângulo de talhe é definido como o triângulo imaginário que se delineia entre a porção lateral do tronco e a parte interna do membro superior do paciente. Tipos de curvatura LOMBALGIA E LOMBACIATALGIA • A dor lombar constitui uma causa frequente de morbidade e incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela cefaléia na escala dos distúrbios dolorosos que afetam o homem. • A lombalgia idiopática, era assim chamada, pois não se achava um substrato para sua causa, e que hoje é denominada de lombalgia mecânica comum, ou lombalgia inespecífica, é a forma anatomoclínica inicial de apresentação e a mais prevalente das causas de natureza mecânico-degenerativas. LOMBALGIA E LOMBACIATALGIA • A lombalgia é uma das causas mais frequentes de incapacidade. A prevalência dessa síndrome é de 60-85% durante a sobrevida dos indivíduos. Entre 15 e 20% dos adultos tem lombalgia. A maioria (90%) é inespecífica e ocorre em todas as faixas etárias. • DEFINIÇÃO: dor localizada abaixo da margem das últimas costelas (margem costal) e acima das linhas glúteas inferiores com ou sem dor nos membros inferiores. LOMBALGIA E LOMBACIATALGIA • Esse tipo de lombalgia caracteriza-se pela ausência de alteração estrutural, ou seja, não há redução do espaço do disco, compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada que possam levar a dor na coluna. Somente 10% das lombalgias têm causa específica de doença determinada; Daniele Tatiane Lizier, Marcelo Vaz Perez,Rioko Kimiko Sakata; Exercícios para Tratamento de Lombalgia Inespecífica Revista Brasileira de Anestesiologia Vol. 62, Nº 6, Nov- Dez, 2012 LOMBALGIA E LOMBACIATALGIA • • • • • • RaioX: apenas se houver suspeita de: Tumor Infecção Trauma Síndrome da cauda equina Falha no TTT conservador, a maioria dos pacientes tem remissão da dor em 4-6 semanas. • L4-L5: nível mais comum de injúria. • *A compressão da raiz nervosa de L5 pode causar fraqueza do extensor longo do hálux com os reflexos aquileu e patelar inalterados. Malinzal, RA, Albbriton, MJ, Pickering, TR; First Aid for the: ORTHOPAEDIC BOARDS. Mc Graw Hill Medical. 2009. TRATAMENTO LOMBALGIA INESPECÍFICA • Diversos são os tratamentos empregados, tais como: medicamentos (anti-inflamatórios, corticosteroides, paracetamol, dipirona, tramadol, opioides, relaxantes musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes), medidas físicas (ondas curtas, ultrassom, estimulação elétrica transcutânea, laser), infiltração, bloqueios e acupuntura. Entretanto, a efetividade das intervenções terapêuticas não está totalmente comprovada; DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA LOMBALGIA INESPECÍFICA THE RED FLAGS OF THE LOMBALGIA INESPECÍFICA Referências • Handbook of fractures / Kenneth A. Egol, Kenneth J. Koval, Joseph D. Zuckerman. — Fifth edition. • SIZINIO, Herbert. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Obrigado • “A cabeça dos jovens não são ânforas vazias que devam ser preenchidas pelas ideias dos mestres, ao contrário, são tochas que devem ser acesas pelas chamas de suas próprias dúvidas”. (Sócrates)