Centro-Oeste é umas das cinco grandes regiões em

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Centro-Oeste é umas das cinco grandes regiões em que é dividido o Brasil.
A Região Centro-Oeste é dividida em quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, onde fica Brasília, a capital do país. Com uma
área de 1.606.371,505 km², a Região Centro-Oeste é um grande território, sendo a
segunda maior região do Brasil em superfície territorial. Por outro lado, é a região
menos populosa do país e possui a segunda menor densidade populacional, perdendo
apenas para a Região Norte. Por abrigar uma quantidade menor de habitantes, apresenta
algumas concentrações urbanas e grandes vazios populacionais.
Relevo
Mapa físico da Região Centro-Oeste do Brasil.
Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é marcado por unidades
suaves, raramente ultrapassando mil metros de altitude. O relevo da Região CentroOeste é composto por três unidades dominantes:
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Planalto Central
Planalto Meridional
Planície do Pantanal
Planalto Central
O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por rochas cristalinas, sobre as
quais se apóiam camadas de rochas sedimentares. Existem trechos em que as rochas
cristalinas aparecem livres dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado.
Nas áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas camadas sedimentares, são
comuns as chapadas, com topos planos e encostas que caem repentinamente e recebem
o nome de ‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a denominação de
chapadões.
As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em Mato Grosso podem ser
citados a Chapada dos Parecis, a oeste, e a Chapada dos Veadeiros, a nordeste; em
Goiás, pode ser citado a Chapada dos Veadeiros, ao norte; na divisa com o Nordeste
destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins
e da bacia do São Francisco.
Planície do Pantanal
Período de cheia no Pantanal.
Pantanal
O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja altitude média é de
aproximadamente 110 metros. É, portanto, uma depressão relativa situada entre os
planaltos Central, Meridional e relevo pré-andino. Periodicamente, a Planície do
Pantanal é inundada pelo Rio Paraguai e seus afluentes. O relevo da planície tem duas
feições principais:
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Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem inundações;
Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos circulares, inundadas durante a
estação chuvosa, formando lagoas.
Planalto Meridional
O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os Estados de Mato Grosso do Sul e
Goiás. Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-Oeste – a terra roxa
que aparece em forma de manchas no sul de Goiás e em Mato Grosso do Sul.
Clima
O clima da região Centro-Oeste do Brasil é tropical, quente e chuvoso, sempre presente
nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A característica mais
marcante deste clima quente é a presença de um verão chuvoso, entre os meses de
outubro e março, e um inverno seco, entre os meses de maio e setembro.
O noroeste da região, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo clima equatorial, e o
restante pelo clima tropical. As temperaturas, são mais altas do que no sul. O inverno
apresenta temperaturas acima de 18°C; durante o verão, a temperatura pode alcançar
temperaturas superiores a 25°C. Existe declínio sensível de temperatura quando ocorre
o fenômeno da friagem, que é a chegada de uma massa polar atlântica que através do
vale do rio Paraguai, atinge todo o oeste dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul.
As chuvas, além de concentradas em apenas uma estação do ano, se distribuem
irregularmente na região, atingindo-se mais de 2.500 mm a noroeste de Mato Grosso e
reduzindo-se a pouco mais de 1.200 mm grande parte do território.
Nas regiões mais elevadas do Planalto Central ocorre o clima tropical de Altitude e as
mínimas são menores podendo ocorrer geadas nessas regiões. Em outras partes da
região também é norma ocorrer geadas.
Os meses de verão são úmidos, porque nessa época, a Planície do Pantanal é uma das
áreas mais quentes da América do Sul, e por esse motivo, forma um núcleo de baixa
pressão que atrai os ventos úmidos conhecidos como alísios de nordeste. A chegada
desses ventos corresponde às chuvas fortes que caem na região. O norte da região, de
altas temperaturas e grande quantidade de chuvas, engloba características do clima
equatorial. No restante da região, o efeito da continentalidade faz com que o clima
tropical apareça mais seco, e por conseqüência, a paisagem vegetal revele densidade
menor, apresentando sob a forma de cerrado.
Hidrografia
Mapa hidrográfico do Brasil.
A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandes bacias
hidrográficas:
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Bacia Amazônica:, em Mato Grosso, para onde se deslocam rios colossais,
como o Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio Amazonas, como
o Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;
Bacia do Tocantins-Araguaia, ocupando o norte e o ponto mais a oeste de
Goiás e o extremo leste de Mato Grosso;
Bacia Platina, subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e
a bacia do rio Paraguai, no restante da região
Povoamento
As primeiras estradas e vilas criadas na região foram obras dos bandeirantes que,
durante os séculos XVII e o XVIII, desbravaram territórios à procura de minérios ou
para capturar indígenas. Mas o efetivo povoamento regional somente começou quando o
desenvolvimento do Sudeste fez surgir um forte mercado consumidor para a pecuária e
a agricultura na parte sul da região.
Em 1935, Goiânia foi construída para ser a nova capital de Goiás, o que se tornou um
atrativo ao povoamento da área. Outras cidades foram crescendo em importância, como
Anápolis, por exemplo, ligada a Minas Gerais através de várias rodovias e ferrovias. A
construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, concluída em 1950, que liga Bauru,
em São Paulo, a Corumbá, em Mato Grosso do Sul, facilitou o escoamento dos produtos
e consolidou o desenvolvimento de todo o extremo sul de Goiás e de Mato Grosso.
A parte norte, até o início da década de 1960, permanecia praticamente selvagem e mal
conhecida pelo homem, até que a construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de
1960 e a abertura de estradas — como a Rodovia Belém-Brasília, por exemplo —
acabaram atraindo contingentes de migrantes de todo o Brasil para o Planalto Central. A
migração, porém, ultrapassou os limites esperados e teve como consequência o
surgimento de bairros de trabalhadores ao lado da nova capital, esses bairros que se
transformaram nas atuais cidades-satélites, como Gama, Taguatinga, Brazlândia,
Sobradinho, Planaltina e Paranoá
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