Slide 1 - AULAS VERA REGINA ANDRADE

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Envelhecimento e
doenças crônicas
degenerativas:
sistema endócrino
Vera Andrade
Envelhecimento
• Nas últimas décadas, populações de
países desenvolvidos e em
desenvolvimento estão envelhecendo. Isto
se deve a
– (1) controle de doenças infecto-contagiosas;
– (2) controle da natalidade e da mortalidade
infantil;
– (3) melhora da qualidade de vida.
doenças crônicas degenerativas
Envelhecimento e doenças crônicas
degenerativas
• As doenças crônicas figuram como principal causa
de mortalidade e incapacidade no mundo,
responsável por 59% dos 56,5 milhões de óbitos
anuais
• Entre as doenças crônicas degenerativas, as de
maior repercussão são as do sistema nervoso
central, sistema endócrino e sistema
imunológico
Sistema Endócrino
• É formado pelo conjunto
de glândulas endócrinas,
as quais são
responsáveis pela
secreção de substâncias
denominadas
hormônios, que são
lançados na corrente
sangüínea por onde eles
atingem todas as
células do organismo,
controlando ou auxiliando
o controle de sua função.
Sistema Endócrino
• Atua junto com o
sistema nervoso na
coordenação e
regulação das
funções corporais
– Mensagens nervosas
de natureza
eletroquímica
– Mensagens do
sistema endócrino têm
natureza química
• Hormônios
Sistema Endócrino
1) Mecanismo Autócrino
Atua sobre si mesma
2) Mecanismo Parácrino
Atua sobre células vizinhas
Mecanismo Endócrino
Atua à distância, através da corrente
sanguínea, sobre órgãos e tecidos
• Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo ou células-alvo. Os
mecanismos podem ser:
Idade
Atividade física
Doenças préexistentes
Alimentação
Medicação
Sono
Efeitos do Envelhecimento no Sistema Endócrino
Alteração
Conseqüência
 funcional dos órgãos
 doenças endócrinas
 linfócitos T supressores
 dos auto-anticorpos
 doenças auto-imunes
Variação dos valores de
referência
Diagnóstico não-apropriado
Alterações nas dosagens
hormonais
Alteração nas doses de
reposição
Alterações Hormonais do Envelhecimento
Hormônios
HIPÓFISE
GH - Hormônio do crescimento, secreção em 24 horas
Prolactina
TSH - Hormônio estimulador da tireóide
Basal
Resposta ao (TRH) hormônio de liberação do TSH
ACTH - Hormônio Adrenocorticotrófico
Basal
Resposta ao (CRF) hormônio liberação corticotrofina
LH / FSH - Gonadotrofinas
Efeito do envelhecimento
↓
Pouco ↑
Normal
↓ (homem)
Normal
Pouco ↑
↑
TIREÓIDE
T3 e T4- Hormônios tireoidianos
Normal ou pouco ↑
ADRENAL
Cortisol
Aldosterona
DHEA - dehidroepiandrosterona
Normal
↓
↓
HORMÔNIOS SEXUAIS
Homem Testosterona
Mulher Estradiol, estrona e testosterona
↓
↓
Hipófise
Hipotálamo (SNC)
cérebro
cerebelo
Hipófise
sella turcica do
osso esfenóide
Hipotálamo
Quiasma
óptico
Infundíbulo
Hipófise
anterior
Hipófise anterior
Hipófise
• Adeno-hipófise
–
–
–
–
–
–
GH
Prolactina
ACTH
TSH
LH
FSH
• Neuro-hipófise
– Vasopressina
(Hormônio
antidiurético - ADH)
– Oxitocina
GH – Hormônio do crescimento
• Metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas em
todas as idades e é fundamental na manutenção da
composição corpórea
• Indivíduos adultos com deficiência de GH apresentam
– Massa corpórea < 8%; água extracelular < 15%, aumento do
peso 26%, aumento da massa gordurosa subcutânea e visceral
7%, aumento da cintura-escapular
– Resistência à insulina, hipertensão, baixos níveis de HDL
colesterol, altos níveis de triglicérides
– Apresentam prevalência de arteriosclerose, comprometimento da
função cardíaca
GH – Hormônio do crescimento
• Reposição hormonal com GH está aprovado em
–
–
–
–
Deficiência de GH em crianças e adultos
Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
Síndrome de Turner
Insuficiência renal crônica
GH – Hormônio do crescimento
• No âmbito experimental
–
–
–
–
–
Infertilidade
Estados catabólicos crônicos
Obesidade
Queimados
Idosos (somatopausa - declínio do eixo somatotrófico em ambos
os sexos, termo é usado para caracterizar o vínculo entre o
déficit do hormônio de crescimento no adulto e alterações na
composição corporal, funções orgânicas e metabólicas, que
ocorrem com o avançar da idade. )
Marcello D. Bronstein, Reposição de GH na “Somatopausa”. Arq
Bras Endocrinol Metab vol 47 nº 4 Agosto 2003
GH – Hormônio do crescimento
• Experiência no Serviço de Geriatria do Hospital
de Clínicas de São Paulo (12 meses de terapia)
–Massa magra ↑ 16%
–Massa gordurosa ↓ 14%
–Colesterol total ↓ 6,8%
–LDL colesterol ↓ 17%
–HDL colesterol ↓ 1,8%
–Triglicérides ↑ 6,7
Tireóide
Tireóide
• TSH – hormônio adenohipófise estimula a
tireóide
• Secreta
– Triiodotironina - T3
– Tetraiodotironina - T4
– Calcitonina
• Células foliculares
Tireóide
– Secretam T3 e T4
• Agem no metabolismo, no crescimento, no
desenvolvimento do SN e no desempenho em
geral
• Células parafoliculares
– Secretam Calcitonina, regula o nível de Ca++
no sangue, inibindo a mobilização do Ca++
depositado nos ossos
Hipotireoidismo
• A partir dos 60 anos
• Causa mais comum é tireoidite auto-imune
– 0,5 a 5% hipotireoidismo franco
– 15 a 20% subclínico
• Sintomas podem ser confundidos com envelhecimento,
–
–
–
–
–
–
Fadiga
Cansaço
Intolerância ao frio
Pele seca
Depressão
Perda auditiva
Hipertireoidismo
• Na população idosa
– 0,5 a 3%
• Manifestações cardiocirculatórias do hipertireoidismo
são confundidas com envelhecimento
– Sintomas clássicos como tremores, intolerância ao calor,
nervosismo e taquicardia são incomuns.
– Sintomas como perda de peso associado com diarréia, náuseas
e vômitos
• Achados laboratoriais
• T3 e T4 ↑ e TSH ↓
Supra-renais
Supra-renais ou Adrenais
• 2 glândulas sobre os rins,
forma de meia-lua
• Córtex, origem
mesoderma
– Zona glomerulosa
– Zona fasciculada
– Zona reticular
• Medula, origem das
células da crista neural,
neuroectoderma
Córtex ou camada cortical
• Zona glomerulosa
– MINERALOCORTICÓIDES
• ALDOSTERONA , hormônio que controla o balanço hídrico e eletrolítico nos
túbulos renais
• Zona fasciculada
– GLICOCORTICÒIDES
• CORTISOL (Normal) e CORTICOSTERONA, atuam no controle dos carboidratos,
da gordura e do metabolismo protéico
• Zona reticular
– ANDRÓGENOS
• DIIDROEPIANDROSTERONA (DHEA) e ANDROSTENEDIONA  (hormônios
masculinizantes)
• A DHEA é o precursor da androstenediona, testosterona e
estrógeno. É o hormônio mais abundante do corpo humano.
Medula ou camada medular
– Secretam catecolaminas: ADRENALINA e NORADRENALINA
Supra-renais ou Adrenais
• Estudos
demonstraram que no
envelhecimento
– Redução da camada
reticular
– Aumentos das
camadas fasciculada
e glomerulosa
Supra-renais ou Adrenais
• Experimentos com suplementação
dietética de DHEA em ratos, durante o
envelhecimento
– Reduziu o peso e a massa gordurosa
– Aumentou a ação insulínica
Supra-renais ou Adrenais
• Sinônimo de “fonte da juventude”, os efeitos da
DHEA em humanos ainda não estão bem
elucidados
– Correlação + com níveis de DHEA e massa corpórea,
níveis de HDL colesterol e inversamente com LDL em
homens com mais de 60 anos
– Estudos recentes controlados  não tem ação no
bem estar psicológico ou físico em humanos
Menopausa
Menopausa
• É definido como falência total
da função ovariana (produção
de esteróides e ausência de
ovulação), resultando em
amenorréia permanente
• Climatério é a terminologia
usada para alterações
fisiológicas e sintomas que
decorrem da transição do
período reprodutivo para o não
reprodutivo
• IM = 47,8 anos
• Expectativa de vida da
mulher = 78 anos
• 1/3 da vida é no período
pós-menopausa
Menopausa
• Mortalidade por doenças coronariana
isquêmica a partir da quinta década de
vida 
• Osteoporose 
• Depressão e irritabilidade 
• Distúrbios do sono 
Terapia de reposição hormonal
• Doença coronária isquêmica (DCI)
• Em estudos foi demonstrado  a incidência de DCI
nas mulheres após a menopausa
• As evidências que relacionam a reposição
estrogênica com a  da incidência e mortalidade
por doença coronariana
• Osteoporose
• O hipoestrogenismo que se segue à menopausa
leva a um  da reabsorção óssea, com perda
da massa óssea e fraturas de corpos vertebrais,
radio distal e colo do fêmur
• O estrogênio tem ação direta no osso como
droga anti-reabsortiva, e também ações
indiretas via paratormônio, vitamina D e
calcitonina.
• Uso de estrogênio previne a perda óssea em
pacientes saudáveis na pós-menopausa
• Doença de Alzheimer (DA)
• Já foi demonstrada a presença de receptores
para estrogênios em áreas como o hipocampo,
córtex cerebral, amigdala e locus ceruleus.
• Estrogênio estimula o  das sinapses e o
crescimento neuronal, especialmente dendrítico.
•  concentração da substância beta-amilóide,
•  o fluxo sangüíneo cerebral, regula enzimas
específicas do cérebro, melhora dos níveis de
neurotransmissores, além de ter um efeito
antioxidante
Contra-indicações para o uso de TRH
•
•
•
•
•
•
•
•
Câncer de mama ou lesão suspeita ainda sem diagnóstico
Hiperplasia ductal atípica na mama
Doença isquêmica cerebral/cardíaca recente
Doença tromboembólica recente
Hepatopatia grave ou recente
Hipertensão arterial grave, sem controle
Sangramento vaginal de causa não estabelecida
Câncer de endométrio (contra-indicação relativa)
Pâncreas
Pâncreas
• As ilhotas de Langerhans
•
– Porção endócrina do
pâncreas
• Células produzem
•
– Células α, Alfa  glucagon
– Células β, Beta  insulina
– Células δ  somatostatina
•
Insulina → liberada em resposta ao
aumento dos níveis de glicose no
sangue, após a ingestão de uma
refeição rica em carboidratos.
Glucagon → liberado em resposta
aos níveis baixos de glicose no
sangue, quebram o glicogênio em
glicose, que é liberada para o
sangue.
Somatostatina → é um fator inibidor
da liberação do hormônio hipofisário
de crescimento, inibe a secreção do
glucagon e da insulina.
Diabetes mellitus
• É uma alteração metabólica associada à deficiência
absoluta ou relativa de insulina
• Caracterizada por
– Hiperglicemia
– Alterações no metabolismo de proteínas e lipídeos
Diabetes mellitus no Idoso
• Estudos epidemiológicos indicam um aumento da
incidência e prevalência de diabetes no idoso
• Esse fenômeno é mundial
– 20% em idosos com mais de 75 anos nos USA
• Brasil
– 17,4% entre 60 e 69 anos de idade
Quadro clínico, no idoso
• Freqüentemente assintomático
– Descoberto por
• Exames de rotina
• Internação hospitalar por outra doença
• Diabetes do tipo I
– Menos freqüente, 5-10% após 65 anos de idade
• Diabetes do tipo II
– Mais comum, associada à obesidade e hipertensão arterial
Quadro clínico clássico
• Poliúria não freqüente
– Elevação do limiar renal para a excreção de glicose
– No jovem glicosúria inicia com glicemia acima de 180 mg/dl
– No idoso acima de 220 mg/dl
• Polidipsia também não freqüente
– Modificações nos mecanismos de sede, redução do limiar para
sede
• Sintomas gerais
–
–
–
–
–
Fraqueza, desânimo, perda de peso
Adinamia
Estado confusional agudo
Incontinência urinária
Coma acetoacidótico
Critérios Diagnósticos para Diabetes Mellitus
Estágio
Glicemia de jejum
Glicemia 2 horas
após GTT oral (75 g)
Normal
< 100 mg/dl
< 140 mg/dl
Diabetes
 100 mg/dl ou sintomas
evidentes de diabetes mais
glicemia aleatória  200 mg/dl
 200 mg/dl
Fonte: American Diabetes Associattion, 1997.
GTT – Teste oral de Tolerância à Glicose, 2 horas após 75 g de glicose, plasma venoso.
Hemoglobina glicosilada (HbA1c) para controle metabólico, 4 a 6
semanas atrás.
Tratamento
• O processo do envelhecimento produz alterações na
farmacodinâmica e farmacocinética das drogas
• Envolve mudanças de hábitos e monitoração domiciliar
da glicemia
–
–
–
–
Orientação dietética, restrição calórica
Prática de exercícios
Hipoglicemiantes
Educação
• Barreiras ao tratamento
–
–
–
–
–
–
Demência
Insuficiência renal crônica
Cirrose
Alcoolismo
Disfunção do SN Autônomo
Isolamento social
Hipoglicemia no idoso
• Sintomas neuroglicopênicos
– Disfunção cognitiva
– Estado confusional agudo
– Convulsões
• Sintomas adrenérgicos
– Suor
– Taquicardia
– Tremores
• Episódios revertidos após a administração oral
ou endovenosa de glicose
– Monitoração dos níveis glicêmicos
Os Relógios que nos regulam
•
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•
•
•
•
3.155.414.400 seg
52.590.240 min
876.504 h
36.521 dias
5.218 sem
1.200 meses
400 estações
100 anos
1 vida
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