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Rochas Ígneas
Introdução
As rochas ígneas ou magmáticas, são
formadas pela solidificação de um magma, que
corresponde
ao
material
subterrâneo
de
composição silicática em fusão devido à alta
temperatura.
Magma
Os magmas apresentam altas temperaturas, da
ordem de 700º a 1400º C e são constituídos por:
1. uma parte líquida, representada pelo material rochoso
fundido;
2. uma parte sólida, que corresponde a minerais já
cristalizados e a eventuais fragmentos de rocha
(xenólitos) transportados em meio à porção líquida;
3. uma parte gasosa, constituída por voláteis dissolvidos na
parte líquida, predominantemente H20 e CO2.
Temperatura e a Viscosidade
Magmas basálticos são mais quentes, com
temperaturas de 1000º a 1400º C e têm
viscosidade menor.
Já
os
magmas
graníticos
são
significativamente mais viscosos e apresentam
temperaturas da ordem de 700 a 800º C.
Temperatura e a Viscosidade
A viscosidade de um magma silicático é a
propriedade
de
uma
substância
oferecer
resistência ao fluxo, a qual está diretamente
relacionada com a sua composição e temperatura.
Temperatura e a Viscosidade
Temperatura alta: magma menos viscoso
Temperatura baixa: magma mais viscoso
Teor sílica alto: magma mais viscoso (maior rede de
tetraedros de sílica)
Teor sílica baixo: magma menos viscoso (menor
polimerização de tetraedros de sílica)
Composição
É controlada pelos elementos químicos
ocorrentes em determinado magma:
i.Magma basáltico (básico, pobre em sílica);
ii. Magma andesítico (intermediário);
iii. Magma riolítico (ácido, rico em sílica).
Figura 1 – Diagramas das composições médias de magmas basalticos, adensíticos e riolíticos.
Constituição dos Magmas
A variação composicional dos magmas, assim
como das rochas ígneas, é descrita principalmente
pelo seu teor de sílica, que indica o percentual em
peso de SiO2.
Constituição dos Magmas
A composição do magma depende de
basicamente três fatores:
i. da constituição da rocha geradora;
ii. das condições em que ocorreu a fusão dessa
rocha e da taxa de fusão correspondente;
iii. da história evolutiva desse magma, desde seu
local de origem até seu sítio de consolidação
Constituição dos Magmas
Magmas diversos são produzidos em função
da área fonte, contudo a profundidade em que
ocorre a fusão da rocha também é importante.
Magmas basálticos pela fusão dos peridotitos
mantélicos, rochas formadas principalmente por
olivina e piroxênios (minerais ferro-magnesianos),
principalmente nas regiões abaixo das dorsais
meso-oceânicas.
Constituição dos Magmas
Já os magmas graníticos estão associados à
fusão de partes profundas da crosta continental,
enriquecida em sílica em relação à crosta
oceânica. Magmas andesíticos são característicos
dos arcos de ilha ou de cadeias de montanhas de
margens continentais convergentes.
Rochas ígneas e suas características
Quanto
ao
modo
de
ocorrência
ou
posicionamento de ocorrência, as rochas magmáticas
podem ser classificadas em:
i. Intrusivas ou plutônicas (formadas em grande
profundidade):
são
halocristalinas,
de
textura
fanerítica grossa, devido ao resfriamento lento; são
aquelas originadas pela solidificação de uma lava
vulcânica no interior da crosta.Ex: gabro, granito.
ii. Extrusivas ou vulcânicas: são resultantes da
solidificação de uma lava na superfície, tendem a
ser vítreas ou afaníticas, devido ao resfriamento
rápido. Ex: basalto, riolito:
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS ROCHAS
Um dos parâmetros químicos mais importantes é
o teor de sílica. Segundo esse parâmetro as rochas
podem ser:
i. Ácidas SiO2 > 65%;
ii. Intermediárias 52% < SiO2 < 65%;
iii. Básicas 45% < SiO2 < 52%;
iv. Ultrabásicas SiO2 < 45%.
Quanto à Cristalinidade
Grau de cristalização: refere-se à proporção
entre a parte cristalizada e a parte vítrea ou
amorfa da rocha. De acordo com essa proporção é
classificado pelas seguintes texturas:
i. Holocristalina (Cristalina): a maior parte dos
minerais é formada inteiramente por cristais,
forma-se em condições de resfriamento lento. Ex:
granito;
ii. Hipocristalina (Vítreo-cristalina): quando parte
dos minerais é formada por cristais imersos em
matriz
vítrea,
forma-se
em
condições
de
resfriamento rápido, mas não repentino. Ex:
basalto,andesito, riolito;
iii. Holohialina (Vítrea): constituída inteiramente
por vidro, formada em regime de resfriamento
brusco. Ex: obsidiana.
Fonte: http://www.slideshare.net/treis/rochas-magmticas-5285416
Quanto à Forma dos Minerais
É considerada sob dois aspectos e está
relacionada a ordem de cristalização:
a) Quanto à presença ou não de faces planas
nos minerais:
i. Idiomórficos ou euédricos: apresentam todas as
faces planas;
ii. Hipidiomórficos ou subédricos: minerais com
algumas faces planas;
iii. Xenomórfos ou anédricos: minerais com faces
irregulares
b) Quanto as três dimensões no espaço:
Equidimensionais,
tabulares
ou
lamelares,
prismáticos.
prismáticos
tabulares
Equidimensionais
Quanto ao Tamanho dos Minerais
i.
Afanítica
(vítrea
ou
mocrocristalina):
quando a maior % dos minerais é invisível a olho
nu. Ex: basalto, riolito, andesito.
ii. Fanerítica: quando a totalidade dos
minerais é visível a olho nu. Ex: granito, gabro,
sienito.
Quanto à Granulação
Indica o tamanho dos grãos minerais. Pode
ser :
GRANULAÇÃO
Muito Grossa
Grossa
Média
Fina
Muito fina
TAMANHO(mm)
> 60
2 – 60
0,06 – 2
0,002- 0,06
< 0,002
Quanto ao Tipo de Estrutura
São as descontinuidades apresentadas pelas
rochas e todas as modalidades de variações
texturais em escala geológica de corpos rochosos.
i. Maciça: quando a rocha não apresenta vazios na
amostra. Ex: granito
ii. Vesicular: quando a rocha apresenta vazios na
amostra. Ex: basalto.
iii. Amigdaloidal: quando a rocha apresenta vazios
preenchidos
parcialmente
secundários. Ex: Dacito
por
minerais
Quanto ao Índice de Cor
Diz respeito à proporção entre minerais
máficos e félsico.
i. Félsicas minerais escuros (M) < 30%;
ii. Intermediária 30% < minerais escuros (M) < 60%;
iii. Máficas 60% < minerais escuros (M) < 90%;
iv. Ultramáficas minerais escuros
(M) > 90%.
Figura 2 Relação entre o índice de cor, teor de sílica, composição mineralógica e
ambiente de cristalização para as rochas ígneas mais comuns.
Formação das Rochas Plutônicas
O grandes volumes de magma cristalizam nas
profundezas da crosta, gerando corpos intrusivos
de tamanhos e formas diferentes. Esses corpos só
podem ser vistos hoje, milhões de anos depois de
terem se consolidado, graças ao soerguimento e
erosão de vários quilômetros de crosta.
Figura 3- Formas de ocorrência das rochas magmáticas intrusivas. Fonte: Decifrando a Terra
Classificação
intrusivos
dos
corpos
ígneos
Tabela 1 – Classificação de corpos ígneos intrusivos quanto ao tamanho, e profundidade. Fonte: Decifrando a Terra
Corpos Intrusivos Menores
i. diques são formados quando o magma invade as
rochas encaixantes através de fraturas ou falhas, e
apresentam uma atitude vertical ou cortam as
estruturas
dessas
rochas,
sendo
denominados corpos discordantes;
portanto
Figura 4-Diques (rocha escura) na praia da Caieiras em Fernando de Noronha. Fonte: Decifrando a Terra
ii. sills são corpos intrusivos tabulares, que se
alojam com atitude horizontal a sub-horizontal,
paralelamente à estratificação quando as rochas
encaixantes forem sedimentares, pelo qual são
chamados de corpos concordantes;
Figura 5-Sill básico (rocha preta) intrusivo em rochas sedimentares horizontais. Fonte: Decifrando a Terra
iii. lacólitos são corpos ígneos intrusivos, com a
forma
de
um
cogumelo,
são
formas
subconcordantes. O lacólito arqueia as camadas
de rocha sobrejacentes para obter espaço para
seu alojamento;
iv.
Necks
vulcânicos
são
corpos
intrusivos
discordantes formados pela consolidação do
magma dentro de chaminés vulcânicas. Após a
erosão do cone vulcânico, principalmente daquele
constituído
por
material
piroclástico,
mais
suscetível à erosão, sobressai na topografia a
antiga chaminé, que serviu de alimentador de
magma para o vulcão.
Figura 6 – Neck vulcânico com diques radiais. Shiprock, EUA. Fonte: Decifrando a Terra
v. Stock são os corpos ígneos plutônicos de menor
dimensão e possuem uma forma irregular, são
corpos intrusivos discordantes, que cortam as
estruturas das rochas encaixantes.
Corpos Intrusivos Maiores
i. Batólitos são os corpos ígneos plutônicos de
maior dimensão e possuem uma forma irregular,
são corpos intrusivos discordantes, que cortam as
estruturas das rochas encaixantes.
Figura 7 – Ma tacões do Granito Jaguari. Fonte: Decifrando a Terra
PLUTONICAS
Características das Rochas Ígneas
ROCHA
ESTRUTURA
Granito Maciça
TEXTURA
Granular fina
a grossa
COR
Cinza a rosa
avermelhada
Diorito
Maciça
Granular fina a
grossa
Cinza escura
Sienito/
Nefelina
Maciça
Granular fina
a grossa
Rosa a marrom
avermelhada
Gabro/
Maciça
diabásio
Granular fina
a grossa
Cinza - escura
preta
Peridotito Maciça
Piroxenito
Granular fina
a grossa
Preta
esverdeada
Granito
Diorito
Sienito
Gabro
Peridotito
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/peridotito.html
Características das Rochas Ígneas
VULCÂNICAS
ROCHA
Riólito
ESTRUTURA
TEXTURA
Maciça/vesicular Granular
amigdaloidal
a microcristalina
COR
Cinza a rosada
Andesito Maciça
Granular
a microcristalina
Cinza escura/
marromesverdeada
Traquito
Granular
a microcristalina
Cinza a verdeescura
Grossa
Cinza escura
Fonólito
Basalto
Maciça
Maciça/vesicular Granular a
Cinza escura
amigdaloidal
microcristalina/ vítrea a preta
Riolito
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/riolito.html
Andesito
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/andesito.html
Traquito
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/traquito.html
Fonólito
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/fonolito.html
Basalto
Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/magmaticos/basalto.html
Referências Bibliográficas
TEIXEIRA W., T. R. F. Decifrando a Terra. 2 ed. São
Paulo, Companhia Editora Nacional, 2009
OLIVEIRA A. M. S., Brito S. N. A. Geologia de
Engenharia. 1 ed. São Paulo, Associação Brasileira
de Geologia de Engenharia, 1998.
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