Microsoft Virtual PC Tutoriais O Virtual PC é um sistema virtualizador de PCs, produzido pela Microsoft. Tem uma versão gratuita voltada a desktops e usuários comuns, o popular Microsoft Virtual PC 2007. Nem sempre foi gratuito, a gratuidade começou em julho de 2006, quando o Virtual PC 2004 SP1 virou freeware. Na versão 2007, o programa ficou mais maduro, rápido e estável, além de passar a suportar oficialmente o Windows Vista. Aprenda neste tutorial a desfrutar deste programa e todos os seus recursos.Marcos Elias Picão 05/03/2008 Se você não sabe o que é virtualização de PCs, ou nem tem idéia dos inúmeros benefícios trazidos por essa técnica, recomendo ler esta introdução feita pelo Carlos E. Morimoto: http://www.guiadohardware.net/dicas/maquinas-virtuais-introducao.html O Virtual PC é um sistema virtualizador de PCs, produzido pela Microsoft. Tem uma versão gratuita voltada a desktops e usuários comuns, o popular Microsoft Virtual PC 2007. Nem sempre foi gratuito, a gratuidade começou em julho de 2006, quando o Virtual PC 2004 SP1 virou freeware. Na versão 2007, o programa ficou mais maduro, rápido e estável, além de passar a suportar oficialmente o Windows Vista. Ele concorre com soluções como VMware e VirtualBox, além dos mais lerdos QEMU e Bochs (entre outros). Para rodar Windows na máquina virtual, sob um sistema Windows também, pode ser uma boa usar o Virtual PC. É bom para quem tem Windows, e precisa rodar outra versão de Windows casualmente – ou mesmo diariamente, se tiver bastante memória RAM. Usuários comuns podem rodar softwares incompatíveis com seu sistema atual, empresas idem. Já desenvolvedores de software podem testar suas aplicações em diversas versões de Windows, sem precisar manter máquinas reais separadas para cada uma delas. As possibilidades vão das suas necessidades e interesses. Para rodar Linux, já é uma outra coisa. Apesar de a Microsoft ter lançado alguns drivers para Linux (Virtual Machine Additions for Linux, para o MS Virtual Server 2005), o desempenho ainda não é lá tão satisfatório – como muitos dizem, pelo menos. E no caso do Virtual PC 2007, nem há a opção “Linux” na hora de escolher o melhor sistema para a máquina virtual. Se você pretende rodar Linux virtualizado, recomendo altamente o uso de outras soluções, como o VMware Server ou o Virtual Box, ambos gratuitos. Destaco que o desempenho do Virtual PC para rodar Windows me pareceu ser um pouco melhor do que o do VMware, no dia-a-dia. Ao longo do texto serão muito usados os termos “guest” e “host”. O sistema host é o que você está usando, onde está instalado o virtualizador. O sistema guest, visitante, é o que roda dentro da máquina virtual. O Virtual PC 2007 pode ser baixado gratuitamente em: http://www.microsoft.com/windows/products/winfamily/virtualpc/default.mspx Ele salva as configurações da máquina virtual num arquivo de extensão ".vmc", por padrão na pasta "My Virtual Machines", dentro da sua pasta de documentos, além de manter uma subpasta para cada vm (vm = “virtual machine”, máquina virtual). O HD virtual do Virtual PC tem a extensão ".vhd" (virtual hard disk). O uso consiste basicamente na mesma coisa dos outros virtualizadores: criar uma máquina virtual, escolhendo as características dela. Depois, você instala um sistema operacional nela, como faria num PC real. Instala os drivers para o sistema (dos dispositivos virtuais), e enfim tem a máquina pronta para uso, sempre que quiser. Para fazer backup, basta copiar a pasta dela, ou então apagá-la quando bem entender. Para criar a primeira VM, clique no botão "New..." (Novo...) do console do Virtual PC. Será aberto o assistente de nova máquina virtual; clique em "Next" (Avançar). Deixe marcada a opção "Create a virtual machine" (Criar uma máquina virtual) e dê "Next" de novo. As outras opções são para criar uma nova máquina virtual com as opções padrões (rápido, sem alterá-las no momento), e adicionar uma máquina virtual existente (um arquivo ".vmc") ao console de gerenciamento do Virtual PC. Na próxima etapa, você deve definir o nome e local da máquina virtual. Você pode digitar um nome apenas, para que ela seja criada na pasta padrão, ou clicar em "Browse" (procurar) e localizar uma pasta diferente. Lembre-se de que a localização do arquivo ".vmc" pode ser diferente da localização do HD virtual, e é o HD virtual que ocupará muito espaço - correspondente ao que for gravado nele. Avançando, escolha o sistema que será instalado na máquina virtual. Você pode escolher qualquer um e instalar outro, mas assim como a maioria dos outros virtualizadores, o Virtual PC aplicará otimizações específicas para o sistema escolhido melhorando bastante o desempenho. Ele sugere uma quantidade de memória mínima para o sistema escolhido, e um tamanho de HD também. Você poderá alterar essa configuração logo mais. Avançando, você pode alterar a quantidade de memória RAM destinada à máquina virtual. A escolha dependerá da quantidade de memória do seu sistema físico. Pode ser que ele não deixe escolher mais do que um certo limite para evitar que tanto o sistema host como o guest sofram com o péssimo desempenho, devido o uso de swap (arquivo de paginação, no Windows, uma extensão da memória feita no HD, também chamada de memória virtual). Para alterar o valor, clique em "Adjusting the RAM", e escolha a quantidade de memória desejada: Vai depender do que você precisa. Para o Windows XP, você pode deixar 256 MB, mas para o Vista o mínimo é 512 MB. Na próxima tela, você deverá escolher o HD a ser usado pela máquina virtual. Pode ser um HD virtual existente, do Virtual PC (para continuar com um backup que você tenha feito, por exemplo); ou então, crie um novo disco. Como estamos criando a máquina virtual pela primeira vez, marque a opção "A new virtual hard disk" (Um novo disco rígido virtual) e clique em "Next": Agora você deve definir o local e o tamanho desejado para o HD virtual, dentro do tamanho máximo exibido pelo Virtual PC para as configurações escolhidas. O tamanho deve ser informado em megabytes, sendo 1024 MB correspondentes a 1 GB. Para definir um HD de 40 GB, por exemplo, digite o resultado de 40 vezes 1024, que vem a ser 40960: A imagem de disco do Virtual PC segue o estilo da maioria dos virtualizadores por padrão: o tamanho informado aqui será só um limite, mas o arquivo do HD virtual vai ocupar um espaço insignificante quando vazio. Conforme o sistema operacional for instalado na máquina virtual, além dos arquivos que você venha a gravar, ele vai ocupando o espaço correspondente "de verdade". Não será possível expandi-lo depois, mas você poderá adicionar novos HDs virtuais, como se você adicionasse mais HDs físicos às outras portas IDE da máquina. Concluindo, chegamos no final: A máquina virtual criada será adicionada ao console, no meu caso existem algumas outras já: A partir daí, para iniciá-la basta dar um duplo clique no item correspondente, ou então selecioná-la e clicar em “Start” (Iniciar). A instalação do sistema poderá ser feita via CD/DVD ou disquete, ou ainda via imagem de disco (ISO). É possível dar boot também via rede, se houver um “servidor de boot” disponível na rede em uso, ao qual o Virtual PC tenha acesso. Uma vez iniciado, ele dará boot pelo disquete, ou então CD/DVD, se encontrado. Se você tem mais de uma unidade óptica, ou se quiser usar uma imagem ISO, poderá alterar isso nas configurações da máquina virtual, ou então pelo menu depois que a mesma for inicializada (clicando no menu “CD”, da janela da máquina virtual): Instalar o sistema é normal, como você faria num computador real. Ao clicar dentro da janela da VM, o mouse fica “preso”, e todos os comandos teclados são redirecionados diretamente à máquina virtual. Para “soltar” o mouse e voltar ao controle do sistema host, tecle uma vez a tecla Alt da direita (Alt Gr). Falando nisso, ao teclar CTRL+ALT+DEL, o sistema host (o “seu” Windows) responde, abrindo o gerenciador de tarefas ou a tela de segurança do Windows. Para evitar isso, os virtualizadores enviam CTRL+ALT+DEL para a máquina virtual com alguma outra combinação também. No Virtual PC, basta Alt direita junto com Del. A telca Alt, para sair da máquina virtual, pode ser trocada por alguma outra nas opções do Virtual PC (menu “File > Options”). Depois da instalação, você precisa instalar os drivers dos dispositivos virtuais. Quase tudo funciona sem eles, mas tem a questão do desempenho. No Virtual PC, o pacote com os drivers é o Virtual Machine Additions. Ao instalá-lo, um dos principais destaques que você notará é o driver de mouse virtual, para que você possa mover o mouse mais naturalmente, e passar a comandar a máquina virtual sem precisar ficar “preso” dentro dela – dispensando o uso da tecla Alt para sair. Para instalá-lo, tenha o sistema operacional já iniciado, e clique então em “Install or Update Virtual Machine Additions”: Esse pacote será instalado da forma “tradicional”, digamos assim. É simulada a inserção de um CD com os drivers, e um instalador. Se a reprodução automática do Windows não abrir o programa (auto run), vá ao “Meu computador” da máquina virtual e inicie-o a partir dali. Depois de instalado, ele pede para reiniciar o sistema guest (dentro da vm), e ao iniciar de volta, a máquina estará pronta para uso. A placa de vídeo virtual será vista como uma S3 Trio 32/64 com 8 MB de memória RAM, e a placa de som será simulada como uma Creative Labs Sound Blaster 16 ISA Plug and Play, independentemente de quais sejam as suas placas reais. A resolução da tela não precisa corresponder aos padrões 4:3 ou mesmo aos formatos widescreen. Você pode redimensionar a janela do Virtual PC, que a resolução será ajustada automaticamente (com o devido driver de vídeo instalado, é claro): Dica: para exibir a tela da máquina virtual em tela cheia, tecle Alt direita junto com Enter. Para alterar opções da máquina virtual, você pode clicar no menu “Edit > Settings” (Editar > Configurações), com ela em execução; ou então selecioná-la e clicar no botão “Settings”, no console do Virtual PC. Algumas opções só podem ser ajustadas com a máquina virtual desligada. Entre as opções, você pode alterar ou adicionar HDs (até um total de 3), escolher a unidade de CD/DVD que usará (ou definir uma imagem ISO para uso como CD/DVD), além de desativar alguns dispositivos que não venha a usar. A rede na máquina virtual pode ser usada no modo de compartilhamento NAT. Geralmente é o ideal para usuários “comuns” que queiram usar a Internet na máquina virtual. Para isso, na seção “Networking” das propriedades da máquina virtual, escolha o modo de compartilhamento NAT, para um dos adaptadores: Assim você pode usar a conexão com a Internet na máquina virtual sem se preocupar com ajustes adicionais. Você pode configurar o compartilhamento de arquivos no sistema da vm para que possa trocar arquivos com o sistema real, mas há algumas formas “mais práticas”, ou alternativas. Para começar, basta arrastar arquivos ou pastas, de e para a máquina virtual :) Selecione arquivos e pastas pelo Windows Explorer, arraste até o botão do Virtual PC na barra de tarefas, e sem soltar, aguarde até que a janela seja trazida para frente. Feito isso, leve a seleção até uma pasta ou para um local livre na área de trabalho do Windows na máquina virtual, e solte. Para o processo inverso, é a mesma coisa. Se você precisar freqüentemente acessar arquivos diretamente do sistema host, pode então usar as pastas compartilhadas (“Shared Folders”). Nas propriedades da máquina virtual, vá para a seção “Shared Folders”, clique no botão “Share folder”, e escolha uma pasta do sistema host: Escolha uma letra para a pasta compartilhada, e então ela poderá ser acessada nessa letra de unidade, que passará a aparecer no “Meu computador” do Windows na máquina virtual. Se quiser que o mapeamento seja “permanente”, marque o item “Share every time” (Sempre compartilhar), caso contrário será válido apenas até que você encerre a sessão do Virtual PC. O acesso provido será de escrita e leitura, portanto, cuidado para não rodar besteiras na máquina virtual, que possam comprometer a segurança dos arquivos na pasta compartilhada. Ao desligar a máquina virtual clicando no botão “X” da janela do Virtual PC, você pode optar por desligar a máquina virtual ou salvar o estado dela: Para um desligamento, prefira usar o “Iniciar > Desligar > Desativar” do Windows, para que ele seja desligado de forma “correta”, sem possíveis problemas de perda de arquivos no ambiente virtualizado – ao concluir o desligamento, o Virtual PC fecha a janela. O salvamento do estado pode ser visto como uma “hibernação” independente do sistema guest, onde o conteúdo da memória é salvo e pronto para ser fechado. Na próxima vez que você abrir essa máquina virtual, ela será restaurada exatamente do mesmo jeito que estava quando você deixou. Pode ser útil em algumas situações, como na instalação do próprio sistema operacional na vm, se você não puder concluir de uma só vez. Só não faça isso durante transferências de arquivos via rede ou Internet. Pelo menu “Action” da janela da máquina virtual, você também pode pausá-la (pausando o processamento, caso você queira fazer alguma coisa pesada no sistema host sem desligar a vm). Use o “Action > Reset” para reiniciar a máquina virtual, assim como você reiniciaria um PC no botão – útil caso o sistema guest trave. Enfim, eis o Virtual PC para usuários “comuns”, não para uso em servidores ou aplicações mais avançadas. Em algumas características, ele se torna mais limitado do que o VMware Server (a versão gratuita do VMware), mas mesmo assim dá conta muito bem do recado na situação de rodar um Windows dentro de outro. Ainda tem a vantagem de ser produzido pela mesma produtora do Windows, o que garante um ótimo desempenho.