Metodologia do Ensino de Ciências – Aula 04 IMES – Fafica Curso de Pedagogia – 3º Ano Prof. M.S.c. Fabricio Eduardo Ferreira [email protected] O Solo Normalmente, pensamos que o solo é o lugar por onde nos deslocamos, a zona mais superficial da Terra. Chamamos de solo qualquer superfície que pisamos, seja concreto, asfalto, rocha ou terra. No entanto, o solo é mais do que isso: ele sustenta as plantas, fixando-as e fornecendo-lhes nutrientes. O concreto e o asfalto não fazem parte do solo. São materiais que o ser humano utiliza em seu benefício para melhorar a qualidade de vida, mas que ao mesmo tempo impedem o desenvolvimento do verdadeiro solo natural. A formação do solo As rochas duras das zonas montanhosas vão sendo desgastadas pela ação erosiva das chuvas, geadas, ventos fortes, rios etc. Com o passar do tempo, as rochas se quebram em pequenos pedaços. São poucas as plantas que são capazes de crescer nesses pedaços de rocha. Um exemplo são os líquens que é uma planta formada pela associação de uma alga e um fungo. A formação do solo Essas plantas ajudam os pedaços de rocha a se desmancharem em partículas. Entre essas partículas de rochas, se desenvolve a vida de inúmeros microrganismos. Quando morrem, a matéria orgânica da qual estão formados se junta com as partículas de rocha. Sobre essa camada, começam a viver organismos vivos maiores, cuja matéria também passa a fazer parte do solo depois que morrem. O conjunto de matéria orgânica que se encontra entre as partículas de rocha decomposta se chama húmus. Quando ambos estão bem misturados, formam o solo. Para que um solo seja considerado fértil o húmus deve ter uma espessura superior a 50 cm. Portanto, o solo é composto por pequenas partículas de rochas, de matéria orgânica e de seres vivos. A estrutura do solo Se pudéssemos cortar um determinado pedaço do solo, como se fosse uma fatia de bolo, conseguiríamos observar de perto as características dos materiais que o formam. Ao longo de centenas e milhares de anos, a matéria que compõe o solo se dispõe em camadas horizontais, chamadas de horizontes, de forma que as camadas superiores são mais recentes que as inferiores. As espessuras e as cores desses horizontes podem variar muito, geralmente em função do clima e dos materiais característicos das regiões onde se forma o solo. No solo, os vegetais têm uma base segura para o seu desenvolvimento e alguns animais encontram nutrientes e refúgio. Podemos dizer que o solo é a base das diferentes formas de vida da Terra. A estrutura do solo Horizonte 0: É o mais fino de todos. É formado na sua maior parte por restos de matéria orgânica e folhas em decomposição. Não contém partículas de rochas. Horizonte A: Camada superficial rica em húmus e organismos vivos, como pequenos insetos e minhocas. É muito poroso e por ele circulam o ar e a água, tornando a atividade de seres vivos abundante. A maioria dos vegetais tem as suas raízes nesse horizonte. Horizonte B: Apresenta pouca matéria orgânica e muitos fragmentos de rocha. É pouco poroso e dificulta a circulação da água da chuva. Horizonte C: É formado por fragmentos de rocha pouco decompostos. Rocha matriz Os tipos de solo No nosso planeta, há uma grande variedade de climas e rochas e, portanto, de solos. Cada tipo de solo tem um nome diferente, de acordo com as suas características. Por exemplo, a terra roxa é um solo avermelhado muito fértil que deriva do basalto e o humífero é um solo escuro que apresenta muita matéria orgânica. Exemplo de solo terra roxa Exemplo de solo humífero Fatores que influem na formação do solo O tamanho das partículas. As partículas que formam o solo devem ter tamanho suficiente para permitir que a água circule entre elas; mas não podem ser muito grandes, senão as raízes das plantas não conseguem se desenvolver. A porosidade é a quantidade de espaços vazios entre as partículas do solo. Quando o solo é muito poroso e fofo, a água circula com facilidade entre as partículas e atinge as zonas mais profundas do solo, fazendo com que as plantas não possam absorver essa água. No caso do solo pouco poroso, a água se acumula entre as partículas, o solo fica encharcado e as raízes apodrecem. • A quantidade de húmus (quanto mais húmus, mais fértil é o solo). • Os sais minerais. Um solo que tem vários sais minerais é mais fértil que outro que os contenha em pouca quantidade. • O clima. Um solo formado em zonas de chuvas abundantes e muito calor não é o mesmo que tem um formado na caatinga. A vida no solo O solo é a base de sustentação para as plantas e lhes proporciona sais minerais, que são indispensáveis para o seu desenvolvimento. Além disso, pequenos animais encontram no solo o seu habitat e meio de obtenção de alimentos. Esses animais e os vegetais constituem alimento para outros seres vivos maiores. Quando os animais e as plantas morrem, os seus restos vão parar no solo e se transformam em sais minerais que servirão de alimento para outros animais e plantas. A vida no solo Muitos animais, como alguns insetos, as minhocas e os tatus, constroem as suas casas no interior do solo. Se pudéssemos colocar um pedaço de solo da floresta em um terrário e observássemos através das suas paredes de vidro, poderíamos ver a grande quantidade de seres vivos que dependem do solo para viver. Todos esses pequenos animais abrem caminhos que dão maior porosidade à parte mais superficial do solo e, dessa forma, a água e o ar chegam até as raízes das plantas. Além disso, quando esses animais morrem, se transformam em húmus. O húmus também ajuda a reter a água, melhora a circulação do ar no solo, o torna mais resistente à erosão e, de modo geral, favorece a vida. Um pouco mais sobre o solo Aprenda mais sobre solos Vamos falar sobre o solo Ciclo das Rochas