Vírus II - Educacional

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Vírus: Características Gerais
e Replicação
Virologia:
• Início no final do século XIX;
• Agentes infecciosos capazes de passar por filtros que retinham
bactérias;
• Evolução técnico-científica;
• Nem todos agentes filtráveis podiam ser classificados como vírus;
Caracterização/origem dos vírus:
• Parasito intracelular obrigatório;
• Único tipo de ácido nucleico;
• Apresentam organização e composição estrutural característica;
• Pequena dimensão: 10-200 nm;
• Natureza particulada;
• Especificidade;
• Plasticidade;
• Origem: não é uma forma de vida mais primitiva- precisa de
células vivas para a sua sobrevivência;
• Anos 30: grande evolução na virologia com a emergência de
doenças animais e vegetais.
Nomenclatura viral:
• Primeiro critério: natureza do ácido nucleico:
1. Vírus RNA;
2. Vírus DNA;
• Pode ser em fita simples ou dupla;
• De acordo a presença ou ausência de envoltório;
• Agrupados em famílias: herpesvirídae, parvovirídae etc.
Mas por que classificá-los como seres vivos?
• Característica básica de qualquer ser vivo:
• Ser capaz de produzir descendentes férteis;
• Ter a capacidade de fazer a síntese protéica.
E por que não classificá-los?
. Não possuem características de seres vivos fora da célula;
. Se assemelham a um mineral, pois fora de um organismo vivo o vírus se
torna um “cristal”;
. Fora da célula de qualquer indivíduo são inofensivos, ou seja, não são
causadores de doenças.
vírus (latim) = veneno
1796: Jenner: vacina contra varíola
Época marcada por muitas epidemias (cólera, peste, tifo, varíola,
febre amarela e tuberculose).
Era difícil conceber um agente infeccioso que não fosse uma
bactéria
1892: Ivanowski: Mosaico do tabaco (TMV: tobacco mosaic virus)
1946: Stanley: isolamento do TMV
1949: Enders: cultivo dos vírus em culturas de células
Diagrama do TMV
(vírus do mosaico do tabaco)
”Em relação à natureza dos vírus, é óbvio que uma
nítida linha, separando coisas vivas e coisas não vivas,
não pode ser traçada. Esse fato serve para aquecer a
velha discussão sobre a questão “o que
é a vida?”
(Wendell Meredith Stanley -1904-1971)
Características gerais
• Ampla distribuição: parasitando animais, plantas, microrganismos
• Diferentes graus de dependência para replicação:
Bacteriófagos: menos de 10 genes, dependência completa;
Outros com 30-100 genes, mais independentes
Morfologia básica
tamanho: 20-300 nm (10-100 vezes menores que as bactérias)
* envelope: nucleocapsídeo envolvido por uma membrana de
lipoproteínas
Vírus envelopados: Catapora (DNA), Caxumba, Dengue, Febre amarela
(RNA), Hepatite B e C (RNA), Resfriado, Rubéola (RNA), Sarampo (RNA),
Varíola (RNA), Gripe (RNA), Herpes (DNA), Poliomielite (RNA), Raiva
Vírus não envelopados: Hepatite A e E, HPV, adenovírus, AIDS (RNA)
Arbovírus:
 Essencialmente
transmitido
por
artrópodes,
como
os mosquitos.
 Não é incluído na classificação taxonômica de vírus, isto é,
vírus de diferentes famílias e mesmo ordens poderão ser
arbovírus.
 Geralmente têm genomas de RNA.
 Encefalites virais, a Dengue, a Febre amarela, e a Meningite.
Retrovírus:
 Genoma constituído por RNA fita simples senso positivo e
que replicam o RNA viral por meio de um processo
denominada
transcrição
reversa,
onde moléculas de DNA dupla fita (DNA) são geradas a
partir de RNA, pela ação da enzima transcriptase reversa.
 AIDS, HTLV.
Rinovírus:
 Genoma de RNA .
 Não
possuem
envelope
bilípidico,
têm capsídeo icosaédrico e são altamente resistentes.
 Pneumonia, resfriado.
Bacteriófago: O Vírus “comedor” de Bactéria
• O vírus bacteriófago T4, um dos mais antigos e conhecidos, é parasita
de bactérias
• Possui uma estrutura peculiar e exclusiva, formada por uma carapaça
protéica de aspecto geométrico, dotada de uma cauda na qual há
fibras de fixação de “ancoragem”, específicas para a parede
bacteriana.
• No interior da carapaça existe uma molécula de DNA e, na cauda, há
uma proteína que fará contato com proteínas da membrana
plasmática da bactéria.
• O encontro do bacteriófago com a bactéria é meramente casual e as
fibras de fixação prendem o vírus à parede.
Replicação dos vírus
Dentro da célula hospedeira
3.1. Bacteriófagos (vírus de bactérias)
– Ciclo lítico (fagos virulentos)
a) adsorção: ligação a receptores específicos
b) penetração:
c) síntese dos componentes virais
e) liberação de novos vírus
d) montagem
Ciclo Lítico dos Vírus
- Ciclo lisogênico
a) adsorção
b) penetração do genoma
c) síntese de proteínas funcionais (inserção)
d) integração do genoma viral ao genoma da célula
Ciclo Lisogênico dos Vírus
4. Outros agentes infecciosos semelhantes
4.1. Viróides
- menores agentes infecciosos conhecidos
- compostos somente de RNA simples (circular)
- sem capa protéica
- sem genes codificando enzimas
- total dependência do hospedeiro
- localizados no núcleo: interferência direta com a regulação
gênica
- transmissão por sementes ou pólen
exemplo: agente da doença cadang-cadang (coqueiro)
4.2. Príons (proteinaceous infectious particles)
- somente proteínas (?) ou AN não detectado (?)
- localizam-se nas células do SNC (crônica)
- incubação longa (anos)
- alta resistência a UV e calor
- exemplos: kuru, scrapie (vaca louca) ou encefalopatia
espongiforme bovina), Mal de Alzheimer (?), vaca louca
Viróides
Cadang-cadang: doença do coqueiro
Viróide CCCVd
Exocorte dos Citros
Viróide CEVd
Afilamento do tubérculo da batatinha
Viróide PSTVd
Nanismo do Crisântemo
Viróide CSVd
Príons
Kuru, é transmitida por rituais canibalísticos entre os membros da
etnia Fore em Papua, Nova Guiné:
Consumo de partes do cerébro de mortos.
Entre esse povo, as mulheres e crianças comiam o cérebro, pés e
mãos, “partes menos nobres”.
Mulheres e crianças eram as principais vítimas da doença.
A incubação até 30 anos mas, uma vez aparecendo os sintomas, a
doença progride rapidamente.
Morte: 3 a 12 meses após o aparecimento dos sintomas
A incidência da doença diminuiu após a abolição do canibalismo
* A doença da vaca louca também é causada por príons e ocorre em
outros animais como ovinos, mulas, cervos, gatos e outros.
TIPOS DE VACINAS
Vacinas vivas atenuadas
O microrganismo (micróbio, normalmente bactéria ou vírus), obtido a partir
de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas
em meios de cultura ou culturas celulares. Esta atenuação diminui o seu
poder infeccioso.
O microrganismo mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do
indivíduo vacinado (não causando doença) e induz uma resposta imunitária
adequada. Normalmente, basta a administração de uma única dose para
produzir imunidade para toda a vida (com excepção para as vacinas
administradas por via oral).
As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir
sintomas (ainda que normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende
evitar e o risco de infecção do feto, no caso de vacinação de grávidas.
Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose),
vacina contra o rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o
sarampo, papeira e rubéola) e vacina contra a febre amarela.
Vacinas mortas ou inativadas
Nas vacinas inactivadas os microrganismos são mortos por agentes químicos. A
grande vantagem das vacinas inactivadas é a total ausência de poder
infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no organismo do
vacinado), mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas
vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir protecção
contra essa mesma doença.
Estas vacinas têm como desvantagem induzir uma resposta imunitária subótima,
o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas
transportadoras e a necessidade de administrar várias doses de reforço.
Tipos de vacinas inativadas
1. Inteiras (de vírus ou bactéria intactos)
hepatite A, vacina contra a encefalite japonesa, vacina contra a cólera, vacina contra a raiva.
2. Fragmentadas (contêm pequenas fracções ou porções de vírus ou bactérias)
antigripal, cólera, tétano, difteria, antipneumocócica, meningocócica
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