Prof. Walmor Marcos Muniz Freitas 90 anos 12 de maio de 1921 12 de maio de 2011 Nasceu no Rio de Janeiro aos 12 de maio de 1921, no bairro do Riachuelo. Seus pais tinham o sonho que seus filhos, Wanda, Walter e Walmor, fossem para a escola e, se menosprezados pela cor, construíssem a própria vida pelo saber. Algum deles seria doutor ou, ao menos, Bacharel em Ciências ou Letras. Em 29 de janeiro de 1929, foi inaugurado o Instituto São Francisco de Sales, onde floresceu um extraordinário Oratório Festivo. Foi matriculado no dia da fundação com o nº 48 no caderno do benemérito Irmão Salesiano Sr. Fiffi. Os Irmãos e Padres eram extraordinariamente bons e depressa, conquistaram a molecada pela maneira de tratá-la. Salesiano Profissão salesiana: 31 de janeiro de 1943 Sua vivência com os salesianos no oratório foi apaixonante. Participava de todas as atividades e até os auxiliava com eficiência. O serviço militar o fez parar por um ano. Pediu uma vaga de professor no curso primário do Instituto e foi aceito. Gostou da experiência como professor. “Dentro de mim, há tempos, já se pusera o problema da salvação eterna. Agora era estrangulado por ele. Com os salesianos só não teria uma coisa que também me atraía, na vida dos santos: o isolamento, o contínuo estado de mortificação e de oração dos eremitas”. Os salesianos o convidaram e o convenceram. Viu que diante de Deus, rejeitar era abandonar o certo (a salvação eterna) pelo duvidoso. Fez-se salesiano aos 19 anos. Foi recebido num aspirantado (casa de formação) onde continuou dando aulas no Curso Fundamental do Colégio São Joaquim de Lorena, no Seminário e assistia a um oratório festivo diário, com a experiência adquirida no Riachuelo. Colégio São Joaquim – Lorena -SP Ser Salesiano “Ser salesiano é isto: buscar a própria perfeição cristã, utilizando como meio o apostolado da salvação integral da juventude, especialmente da mais necessitada. O salesiano se realiza - atinge o auge de seu progresso - na imitação de Cristo e na União com Deus. O que a sociedade chama de realização, na verdade, nada mais é que conquista de satisfação de vaidade individual ou coletiva.” Comunidade Salesiana de 1983 Entrega das Constituições (1985) Entrega das Constituições (1985) O Professor “Estou convicto de ter sido bom professor em todos níveis em que atuei, amando meus alunos como filhos, procurando ler-lhes nos olhos e atitudes as dificuldades encontradas, não negando explicação individualizada, noutro horário, de pequenas coisas que no todo e, para eles, na circunstância pareciam montanhas intransponíveis ou arrasadores ‘tsunames’. A quantos jovens e seus pais ouvi, consolei, aconselhei, tudo com a assistência do Alto.” “Também cometi erros como educador. Falhei pensando acertar, julgando fazer o bem, em excesso de zelo e de exigências ao fazer ouvidos de mercador aos que tinham mais conhecimento, maior experiência e autoridade. Hoje vejo que me enganava e pediria desculpas se encontrasse alguém que se tivesse sentido prejudicado ou desrespeitado por mim. Como faz falta uma borracha do tempo, de um corretor de espaços vividos.” Formação e atividade acadêmica Mestre-escola Professor de Primeiro e Segundo Graus Licenciatura em Pedagogia e em Filosofia Diploma de Psicopedagogia na UFF Diploma de Psicólogo em Lovaina (Bélgica) Diploma Superior de Língua e Literatura Francesa, pela Universidade de Nancy (França) Título de Mestre em Educação pela UFF Professor Titular de Psicologia da Universidade Federal de S. João del Rei Formatura 1958 Premiação do Externato (1960) Premiação do Externato (1960) Festa de formatura no Teatro Municipal de Niterói (08/12/1962) Festa do Padre Diretor Daniel Bissoli (1962) O Teatro Grande incentivador da Arte Teatral: -“O teatro é um elemento grandemente educativo, sobretudo dentro da visão de Dom Bosco. Acrescentou muito a minha atuação de pedagogo-pastor e deu suporte imenso ao desempenho de artista mágico.” “Dom Bosco sempre considerou o teatro como meio formativo divertindo. Valorizava o ‘Ridendo castigat mores’ (Rindo se corrigem os costumes). Foram os salesianos que me introduziram em seus ‘teatrinhos’: declamava poesias, cantava e comecei a tomar a responsabilidade de interpretar papéis. A carência de alguém competente para continuar esta atividade de educação artística e portadora de formação cristã pelo conteúdo, tornou-me diretor, produtor de dramas, farsas, comédias e operetas, quando, por vezes, era intérprete de algum papel e montador de cenários.” Grupo de Teatro – Festa do Pe. Diretor (1961) A Música Festa do Pe. Daniel Bissoli (1961) Pe. Marcelo toca e o Prof. Walmor canta. Festa do Pe. Diretor (1962) Prof. Walmor com seus pequenos cantores Tornou-se praticante da arte mágica, por acaso. Sentiu a necessidade de dar aos seus oratorianos uma diversão diferente. Imitou o mágico a cujo espetáculo assistira no Oratório do Riachuelo. Recebeu apoio dos irmãos salesianos. O sucesso foi muito grande. Começou a ser solicitado para atuar em outras plateias. Aprimorou seus estudos nesta arte. Inventava truques e gostava de alegrar os outros. “O príncipe Negro” (1988) O Mágico Luís Felipe Steeling (ex-aluno) O Homenageado O Prof. Walmor esteve sempre presente na vida de seus alunos e exalunos. Como um autêntico salesiano nunca deixa de comparecer aos encontros anuais de ex-alunos, às festas da Banda e a tantos outros eventos que envolvam a juventude salesiana. Toda essa dedicação é reconhecida pelas muitas homenagens que já recebeu e continuará recebendo dos seus amigos. Festa dos ex-alunos (1965) Homenagem dos ex-alunos (1983) Título de Cidadão Fluminense (1983) Mestre Affonso Prof. Walmor Prof. Wenceslau Pe. Ovídio Título de Cidadão Fluminense (1983) Festa dos ex-alunos (04 de outubro de 1992) Bodas de Ouro do Prof.Walmor Homenagem dos ex-alunos (31/01/1993) Bodas de Ouro do Prof.Walmor Homenagem dos ex-alunos (31/01/1993) Prof. Walmor homenageia o ex-aluno Prof. Raimundo Martins Romeo (07/10/1990) Festa dos ex-Alunos 2005 Festa dos ex-Alunos de 2005 Serviço de Orientação Educacional Tem como objetivo primordial o desenvolvimento das potencialidades dos jovens, de sua consciência, da aceitação de suas limitações e do equilíbrio no relacionamento com os outros. Sob a coordenação do Prof. Walmor, a Orientação Educacional acompanhou todas as atividades desenvolvidas no Colégio, atuando junto aos alunos, aos pais, aos professores e aos funcionários, através de sessões de classe, de atendimentos individuais e de grupos e de reuniões de pais. As atividades curriculares e extracurriculares (ex: Semana de Informação Ocupacional) eram desenvolvidas dentro do espírito da Filosofia de Educação Salesiana, visando desenvolver o espírito crítico, a reflexão, a convivência cristã e a formação integral do aluno. Quadro de atividades do SOE Semana de Informação Ocupacional (1982) Aniversário do Prof. Walmor (12/05/1990) Aniversário do Prof. Walmor (12/05/1990) Aniversário do Prof. Walmor (12/05/1991) Aniversário do Prof. Walmor (12/05/1991) Festa do SOE – dezembro de 1992 Aniversário do Prof. Walmor (12/05/1995) Aniversário do Prof. Walmor (12/05/2008) Sua mensagem para os jovens: “Não corra atrás daquilo que parece mais gostoso, como o maior valor, porque valor e prazer, valor e satisfação nem sempre são sinônimos: Há muitos valores que custam lutas e sacrifícios e justamente se tornam maiores por causa do esforço que temos que empregar para consegui-los (...) Que os jovens procurem a religião. Ela é uma dimensão humana. Não é uma fraqueza de espírito. Não é um capricho nem alienação (...)” “Só na segunda parte da vida, muito tarde mesmo, é que fui compreender o grande valor da negridão, como ferramenta de ascese, com que Deus me brindara. Por tudo, ‘Deo gratias” Walmor Marcos Muniz Freitas(SDB) Foto 1982 Memorial Histórico do Colégio Salesiano Santa Rosa [email protected]