APLICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE IMUNIZANTES Profa. Sibelle Silveira HISTÓRICO 1796 Edward infecta James e dá início ao processo de vacinação 1870 Louis Pasteur cria a primeira vacina com bactéria viva atenuada 1937 Iniciada a utilização da vacina contra a febre amarela 1961 Início da produção da vacina contra a varíola 1973 Certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil . Instituição do Programa Nacional de Imunização 1974 Programa ampliado de Imunizações, criado pela OMS 1977 Definição das vacinas obrigatórias para menores de 1 ano, em todo o Brasil e aprovação do modelo da Caderneta de Vacinações 1980 Extingue a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Início dos Dias Nacionais contra a Paralisia Infantil 1983 A estratégia de “Dias Nacionais de Vacinação” passa a ser recomendada pela OMS e pelo Unicef e adotada por diversos países 1986 Criação do “Zé Gotinha”, personagem símbolo da erradicação da poliomielite 1989 Ocorrência do último caso de poliomielite no Brasil 1992 Início da implantação da tríplice viral em todas as unidades da federação 1998 Ampliação da vacinação contra a Hepatite B em todo o Brasil 1999 Brasil inicia uso da vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B 2010 H1N1, Meningocócita e pneumocócica APRESENTAÇÃO Este material é produto do trabalho de revisão, com atualização, em sala de vacinação, Representa nossa busca pelo conhecimento e estimular a todos a buscarem sempre a qualificação profissional. PORTARIA N°1602 DE 17 DE JULHO DE 2006 Institui em todo o território nacional, os calendários de Vacinação da Criança, do Adolescente, do Adulto e do Idoso. Art. 4° - O cumprimento das vacinações será comprovado por meio de atestado de vacinação emitido pelos serviços públicos de saúde ou por médicos em exercício de atividades privadas, devidamente credenciados para tal fim pela autoridade de saúde competente, conforme o disposto no artigo 5° da Lei n° 6529/75. § 1º - O comprovante de vacinação deverá ser fornecido pelos médicos e/ou enfermeiros responsáveis pelas unidades de saúde. § 2º - As vacinas que compõem os calendários de vacinação da criança, do adolescente, do adulto e do idoso serão fornecidos gratuitamente pelas unidades de saúde integrantes do SUS. Art. 5º - Determinar que a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) adote as medidas necessárias à implantação e ao cumprimento do disposto desta Portaria. IMUNIZAÇÃO É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando protegido temporária e permanentemente. SITUAÇÕES ESPECIAIS - Epidemias - Campanhas (Cobertura Vacinal) Sistema Imunológico Sua função é a de prevenir ou limitar infecções causadas por vírus, bactérias ou fungos. A primeira linha de defesa do sistema imunológico é a pele e as membranas mucosas. PRINCÍPIOS DA VACINAÇÃO É a capacidade de tolerar o que é do corpo e de estar reconhecendo o que não é do corpo e manter o equilíbrio. VACINA Preparação contendo microorganismos vivos ou mortos ou frações destes. As vacinas são empregadas para produzir em um indivíduo atividade específica contra um microorganismo. MECANISMO DE RESPOSTA IMUNE Vários fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina podem interferir no processo de imunização. - idade; - doença de base ou intercorrente; - tratamento imunodepressor. Há dois mecanismos básicos de resposta imune: os inespecíficos e os específicos. FATORES INESPECÍFICOS Os fatores inespecíficos da resposta imune são constituídos por mecanismos superficiais e mecanismos profundos que dificultam a penetração, a implantação e/ou a multiplicação dos agentes infecciosos, tais como: - Inflamação, fluxo lacrimal, salivar, biliar e urinário, “flora” microbiana normal (microbiota) da pele e de mucosas. FATORES ESPECÍFICOS A evolução biológica levou ao aprimoramento da resposta imune dos organismos superiores, quanto aos agentes infecciosos, possibilitando proteção específica e duradoura contra os patógenos pelos quais foram estimulados. EX: VACINA IMUNIDADE IMUNIDADE CELULAR (LINFÓCITO T) Imunidade mediada por células. IMUNIDADE HUMORAL (LINFÓCITO B) Imunidade mediada por anticorpos. IMUNIDADE IMUNIDADE ATIVA (Anticorpos + Cel. T) É a resistência após o contato com antígenos estranhos. Ex: Vacinas (tétano, raiva, diftéria etc..) IMUNIDADE PASSIVA OU HEREDITÁRIA (somente anticorpos). É a resistência baseada em anticorpos pré formados em outros organismos. Ex: A passagem de IgA da mãe para o feto durante a gravidez (Sarampo , rubéola, Hepatite) COMPONENTES DAS VACINAS a) líquido de suspensão: constituído geralmente por água destilada ou solução fisiológica, podendo conter proteína. b) conservantes: estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substâncias antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento de contaminantes. COMPONENTES DAS VACINAS c) adjuvantes: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar o poder imunogênico de algumas vacinas. EX: (tetânico e diftérico). Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes; CONTRA-INDICAÇÕES Vacinas de bactérias atenuadas ou vírus atenuados AIDS (principalmente o BCG) Câncer Imunodeprimidos Grávidas (exceto alto risco) ADIAMENTO Até 3 meses após uso de imunossupressores Uso de sangue Durante doenças agudas febris graves NÃO CONSTITUEM CONTRAINDICAÇÃO À VACINAÇÃO: doenças benignas comuns afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias diarréia leve ou moderada, desnutrição; antecedente familiar de convulsão; tratamento sistêmico com corticosteróide alergias, exceto as relacionadas a componentes de determinadas vacinas; prematuridade ou baixo peso no nascimento. (Exceto o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com >2kg). i)internação hospitalar - crianças hospitalizadas podem ser vacinadas. SORO Preparação de fração do plasma que contém anticorpos de animais. Conferem imunização passiva, com efeito imediato, mas duração transitória. SORO HOMÓLOGO Preparação de fração de plasma que contém anticorpos humanos. Conferem imunização passiva, com efeito imediato, mas duração transitória. SITUAÇÕES ESPECIAIS Surto ou epidemia Campanha de Vacinação Vacinação de escolares Vacinação de gestantes PODER IMUNIZANTE Capacidade de agente biológico de estimular a resposta imune do hospedeiro, conforme as características desse agente, a imunidade obtida pode ser de curta ou longa duração. DOSE IMUNIZANTE Quantidade de antígeno que se administra para produzir resistência. ANTÍGENO ou IMUNÓGENOS É uma substância viva ou inativada capaz de produzir uma resposta imune. São moléculas que reagem com anticorpos ANTICORPO É uma molécula protéica – imunoglobina produzida pelos linfócitos B para ajudar a eliminar um antígeno. Linfócito B – é produtor de Anticorpos. HAPTENOS – São pequenas moléculas que não são imunogênicas. VACINAS INATIVADAS (MORTAS) - Vírus - Bactérias (Geralmente são microorganismos inteiros) Ex: - Tríplice bacteriana (contém macerado de bactéria de Bordetella pertussis) - Tríplice acelular (contém fragmentos da bactéria morta). Fragmentos de microorganismos que podem ser PROTEÍNAS ou POLISSACARÍDEOS. VACINAS DE VÍRUS VIVO ATENUADO (ENFRAQUECIDO) São lábeis, perdem a capacidade de provocar a doença mas ao mesmo tempo tem a capacidade de evitar a doença. Os vírus replicam no organismo VACINAS DE VÍRUS VIVO ATENUADO (continuação) Deve replicar para ser efetiva Resposta imune semelhante a infecção natural Geralmente efetiva com uma dose única Ex: BCG (em São Paulo a dose é única e em alguns estados faz-se reforço aos 10 anos de idade). Nota: Não deve ser dada em imunossuprimidos, gestantes e soropositivos. Ex: BCG e febre amarela VACINAS INATIVADAS (MORTAS) VACINAS INATIVADAS (MORTAS) São frações protéicas que se aglutina, portanto a doença não se manifesta. Ex: Hemófilo influenza A (gripe) EVENTOS ADVERSOS Ocorre devido a: Interferência com anticorpos circulantes Instabilidade imunológica OBSERVAÇÃO A vacina de SARAMPO não está mais no esquema de aplicação aos 9 meses, porque é considerado que a criança tenha anticorpo circulante. O próprio anticorpo da criança neutraliza a vacina do sarampo. A criança toma a SCR não como reforço de sarampo, mas para proteger contra CAXUMBA. NOTA: No caso de estupro aplicar IMUNOGLOBULINA CONTRA HEPATITE B dentro de 72 horas. CUIDADOS COM IMUNOBIOLÓGICOS Prazo de validade Conservação (Temperatura) Transporte Armazenamento Dose Coloração da Vacina Diluição Tempo de Validade após diluição REAÇÃO PÓS-VACINAL BCG – cicatriz quelóide, úlcera maior que 1 cm de diâmetro, abscesso subcutâneo DPT – rubor, edema e dor local, abscesso, febre alta, sonolência, irritabilidade, vômito, choro persistente, convulsão. DT – dor, eritema, edema, febre, cefaléia, mal estar Tríplice Viral – ardência, enduração, eritema local, febre discreta, cefaléia, irritabilidade, conjuntivite Sarampo – dor, rubor, calor, abscesso, febre exantema, cefaléia, urticária, edema labial. REDE DE FRIO CONCEITO: Sistema de conservação (armazenamento, transporte e manipulação) dos imunobiológicos desde a produção até administração. CONSERVAÇÃO • Nível Nacional, Central e Estadual: Câmaras frias a - 20º C • Nível Regional e Municipal: Freezer a – 20º C • Nível Local: geladeiras entre +2º C a +8º C OBSERVAÇÕES Imunobiológicos que podem ser congelados: - Poliomielite - Sarampo - Febre amarela OBSERVAÇÕES Imunobiológicos que NÃO podem ser congelados: BCG - DPT - Raiva - dt - Hepatite B - DT - Febre Tifóide - Toxóide Tetânica - Soros REDE DE FRIO ORGANIZAÇÃO EXTERNA: • Refrigerador distante de fontes de calor e afastado da parede (20 cm) • Tomada exclusiva • Exclusivo para imunobiológicos • Evitar duplex (refrigeração diferente) REDE DE FRIO ORGANIZAÇÃO INTERNA: • Bandejas perfuradas • Primeira prateleira (virais) • Segunda prateleira (bacterianas, toxóides, soros) • Embalagem original • Distância entre as embalagens e parede do refrigerador CONTINUAÇÃO • Verificar temperatura duas vezes ao dia, registrar no mapa afixado na porta da geladeira • Manter prateleiras organizadas com prazo de validade mais próximo do vencimento para serem usadas primeiro • Evitar abrir o refrigerador desnecessariamente • Fazer previsão da quantidade a ser usada CAIXA TÉRMICA: • • • • • + 2º C a + 8º C Não usar gelo fora do saco plástico Evitar luz solar e calor Controlar temperatura (termômetro e gelo) Desprezar sobras de BCG, vacinas contra Sarampo, Febre Amarela • Lavar, enxugar e guardar caixa em local protegido LIMPEZA DO REFRIGERADOR: • A cada 15 dias ou gelo acima de 1 cm • Transferir para caixa térmica • Desligar tomada, abrir porta, deixar descongelar • Limpar com pano umedecido (água e sabão neutro), enxugar • Ligar refrigerador, recolocar termômetro • Manter portas fechadas por 3h SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA: Em caso de cortes de energia, defeitos no refrigerador: • Manter os imunobiológicos dentro da geladeira por 6h – conservação perfeita • Transferir para caixas térmicas ou outro serviço • Identificar caixa de força elétrica, chave e manutenção • Informar nível superior ATENÇÃO SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA: • Registrar informações da ocorrência: motivo, hora, reutilização ou não, nº lotes, quantidade, data de validade do lote, condições de armazenamento, leitura da última temperatura, tempo de exposição. • Transporte: - Comunicar data e horário (evitar noturno) Motorista treinado Tamanho adequado da caixa Proporção de gelo: 1/3 ( não podem ser congelados) - Proporção de gelo: 2/3 (podem ser congelados) - Vedar caixa com fita adesiva - Identificar caixa com conteúdo e destinatário PROCEDIMENTOS NA SALA DE VACINAÇÃO: Lavagem das mãos PROCEDIMENTOS • Temperatura • Impressos • Cliente – caderneta – vacina – reações – condições de saúde • Lavar as mãos • Preparar vacina • Criança: glúteo ( de bruços entre as pernas da mãe), braços (colo), gotas (colo, cabeça inclinada) • Registrar vacinas na caderneta, ficha, mapa, diário • Orientar próximas vacinas CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS TÉTANO AGENTE ETIOLÓGICO: Clostridium tetani – bacilo gram-positivo anaeróbico. RESERVATÓRIO: Trato intestinal do homem e animais domésticos, especialmente o cavalo. TÉTANO MODO DE TRANSMISSÃO: • Neonatal: Contaminação do coto umbilical com esporos do C. tetani • Acidental: Contaminação de ferimentos (às vezes insignificantes, embora as queimaduras e tecidos necrosados favoreçam especialmente o desenvolvimento do bacilo anaeróbico); não transmite pessoa a pessoa. TÉTANO IMUNIDADE: • Pela vacina – duração de dez anos, após três doses • Por anticorpos maternos – imune ao tétano neonatal • Pela imunpglobulina homóloga ou heteróloga antitetânica – imunidade transitória • A doença não confere imunidade COQUELUCHE AGENTE ETIOLÓGICO: Bacilo de coqueluche: bordetella pertussis RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa, pelas secreções nasofaríngeas, especialmente na fase catarral (início da doença) IMUNIDADE: • Pela doença • Pela vacina DIFTERIA AGENTE ETIOLÓGICO: Corynebacterium diphteriae, bacilo gram-positivo RESERVATÓRIO: O homem, sendo freqüente o portador assintomático. MODO DE TRANSMISSÃO: Contato com doente ou portador (exsudato e secreções das mucosas do nariz, faringe ou lesões cutâneas ou com objetos contaminados por suas secreções). DIFTERIA IMUNIDADE: • Pela vacina • A infecção natural, em geral, não confere imunidade permanente • Por anticorpos maternos. Filhos de mães imunes apresentam imunidade nos primeiros meses de vida • Pelo soro antidiftérico – temporário e de curta duração BCG TUBERCULOSE: AGENTE ETIOLÓGICO: Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis e M. bovis. RESERVATÓRIO: O indivíduo infectado, especialmente o bacilífero BCG FONTE DE INFECÇÃO: O paciente que elimina grandes quantidades de bacilos no escarro (bacilífero)*. O gado bovino e outros mamíferos. MODO DE TRANSMISSÃO: De pessoa a pessoa, pelas gotículas de Wells eliminadas pelas tosses de pacientes bacilíferos. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Variável; entre a infecção e a doença pode haver um período de latência de anos. BCG TRANSMISSIBILIDADE: Enquanto o doente eliminar os bacilos selvagens , ou seja, sem efeito de quimioterapia. SUSCETIBILIDADE: Universal; é maior em desnutridos, alcoólatras e indivíduoas imunodeprimidos. IMUNIDADE: A infecção, a doença e a vacina BCG conferem imunidade relativa e de duração variável. PARA QUE SERVE O TESTE COM PPD? Exame que ajuda na suspeita de TB. É o teste tuberculínio com PPD. PPD é uma substância extraída de proteínas do bacilo de Koch, que é injetada na pele. Se o organismo já foi infectado pelo bacilo, isto é se já o conhece, ele irá reagir, determinando que o local da injeção fique vermelho e entumecido. Isso não quer dizer que a pessoa já esteja doente, mas somente que seu organismo já tomou contato com obacilo (foi infectado) anteriormente.O teste tuberculinio é também conhecido como reação de Mantoux. PROCEDIMENTO Materiais - Algodão; - Álcool a 70%; - Seringa para injeção intradérmica de1 ml com agulha hipodérmica curta; - Régua milimétrica; - Tuberculina PPD para Teste de Mantoux, Frasco com 1,5 ml. ATENÇÃO Armazenamento: As soluções de tuberculina devem ser armazenadas em ambiente refrigerado, de 2 a 8ºC e protegido da luz solar (validade de 6 meses, em geral), a sobra deve ser armazenada em ambiente refrigerado a 2° a 8ºC e ser utilizada no máximo em 24 horas. APLICAÇÃO PROCEDIMENTO Injeção intradérmica de 0,1 ml de solução de tuberculina A área mais apropriada é o terço médio ventral do antebraço, de preferência esquerdo. Anotar na ficha do paciente o braço onde foi aplicado o PPD. Quando a injeção é realizada corretamente, se forma uma pápula pálida com aproximadamente 10 mm de largura e que se mantém endurecida por cerca de dez minutos. LEITURA O resultado deve ser avaliado após 3 a 4 dias da injeção (72 a 96 horas). A reação positiva se observa quando há uma infiltração nodular, plana e irregular (pápula), acompanhada de área eritematosa (avermelhada), Deve-se medir o tamanho apenas do nódulo (pápula) com uma régua milimétrica, medir só a pápula, não medir a área vermelha em volta. INTERPRETAÇÃO 0 – 4 mm = Não reator: Indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com hipersensibilidade reduzida. 5 – 9 mm = Reator fraco: Indivíduo vacinado com BCG ou infectado por M. tuberculosis ou outras micobactérias. ≥ 10 mm = Reator forte: indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, (doente ou não) e indivíduos vacinados com BCG nos útimos dois anos. OBSERVAÇÃO Um teste cutâneo negativo não exclui a doença em pacientes imunocomprometidos e pacientes com tuberculose avançada podem ser anérgicos (não reagir). Pacientes vacinados com BCG poderão ter o teste positivo. Um teste tuberculínico negativo não pode ser o único critério para excluir o diagnóstico de tuberculose. SARAMPO AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus do Sarampo (Paramixóvirus) RESERVATÓRIO: O homem Modo de Transmissão: De pessoa a pessoa, pelas secreções nasofaríngeas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Sete a 18 dias SARAMPO TRANSMISSIBILIDADE: Desde o período prodrômico, em geral quatro dias antes, até quatro dias após o início da erupção. SUSCETIBILIDADE: Universal IMUNIDADE: • Pela doença • Pela Vacina • Por anticorpos maternos. Após nove meses de idade, cerca de 80% das crianças já perderam esses anticorpos. POLIOMIELITE AGENTE ETIOLÓGICO: Entrovírus das família picornarviridae, denominado polivírus de três sorotipos I, II, III. RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: De pessoa a pessoa, pelas secreções nasofaríngeas (de uma a duas semanas após a infecção), pela água e pelos alimentos contaminados com fezes de doentes ou portadores. POLIOMIELITE PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 a 30 dias (em geral de 7 a 12 dias) TRANSMISSIBILIDADE: 7 a 10 dias antes do início dos sintomas, até cerca de seis semanas após (em geral uma semana após) POLIOMIELITE SUSCETIBILIDADE: Pela infecção natural por vírus selvagem (imunidade duradoura ao tipo antigênico específico de polivírus causador da infecção). Universal, mas somente de 0,1 % a 2% dos infectados desenvolvem a forma paralítica. IMUNIDADE : Pelos anticorpos maternos, nas primeiras semanas de vida. Pela vacina. HEPATITE B AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite B RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: • Pelo sangue: transfusão, contaminação de feridas, lacerações, uso de seringas contaminadas e secreções vaginais. • Pelo sêmen: atividades sexuais. • De mãe para filho, no período perinatal ou no útero. HEPATITE B PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 45 a 160 dias: 60 a 90 dias em média. TRANSMISSIBILIDADE: de 2 a 3 meses antes dos sintomas, durante a fase aguda da doença, podendo persistir por vários anos até o resto da vida, no caso do portador crônico. HEPATITE B SUSCETIBILIDADE: Geral IMUNIDADE: Pela infecção natural Pela vacina Pela imunoglobulina MENINGITES MENINGOCÓCICAS AGENTE ETIOLÓGICO: Bactéria Neisseria Meningitides com sorogrupos do tipo A, B, C e D, Y, W-135, 29-E e sorotipos. RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Direta pelas secreções nasofaríngeas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Em média, 3 a 4 dias, podendo variar de 2 a 10 dias. MENINGITES MENINGOCÓCICAS TRANSMISSIBILIDADE: Perdura até o desaparecimento do meningococo das secreções nasofaríngeas, o que ocorre, geralmente, 24 horas após o início do tratamento adequado. SUSCETIBILIDADE: Universal, porém baixa. IMUNIDADE: Pela doença As vacinas contra a meningite conferem imunidade relativa e de curta duração. PNEUMOCÓCICAS 10 CONJUGADA AGENTE ETIOLÓGICO: Pneumococcos Causadores de pneumonia, otite, menigite entre outras. RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Direta pelas secreções nasofaríngeas (tosse e espirro). PERÍODO DE INCUBAÇÃO: PNEUMOCÓCICAS 10 CONJUGADA TRANSMISSIBILIDADE: SUSCETIBILIDADE: Universal, porém muito comum em crianças. IMUNIDADE: FEBRE AMARELA AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Febre Amarela. RESERVATÓRIO: O homem, os primatas e o mosquito transmissor. MODO DE TRANSMISSÃO: Picada do mosquito transmissor infectado. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 3 a 6 dias em média. FEBRE AMARELA TRANSMISSIBILIDADE: De 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e durante os 3 a 5 primeiros dias da doença. SUSCETIBILIDADE: Geral IMUNIDADE: Pela doença Pela vacina Por anticorpos maternos, até o 6º mês de idade. RAIVA AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Raiva – família Rabdoviridae. RESERVATÓRIO: Os mamíferos – animais domésticos (cães e gatos), animais selvagens (morcegos, macacos, raposas, sagüis). MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão direta. A saliva do animal penetra com mordedura, arranhadura ou lambedura de ferimentos e mucosas. RAIVA PERÍODO DE INCUBAÇÃO: No homem é muito variável, de dias até anos. Está intimamente relacionado com : - Localização e gravidade da mordedura, arranhadura ou lambedura por animais infectados. - Proximidades de troncos nervosos. - Quantidade de partículas virais inoculadas. ● No cão, esse período varia entre 10 dias a 2 meses ou mais. RAIVA TRANSMISSIBILIDADE: Em cães e gatos, a eliminação do vírus pela saliva se dá de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, permanecendo durante toda a evolução da doença. Em outros animais pode variar de espécie para espécie. RAIVA SUSCETIBILIDADE: Universal Não se conhece a existência de imunidade natural no homem. A imunidade pode ser adquirida pela vacinação pré e pós-exposição. RUBÉOLA AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Rubéola RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Contato direto pelas secreções nasofaríngeas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 14 a 21 dias, em média 17 dias. RUBÉOLA TRANSMISSIBILIDADE: 5 a 7 dias antes e durante toda a fase do exantema. SUSCETIBILIDADE: Universal IMUNIDADE: Pela doença Pela vacina Por anticorpos maternos, após o 9º mês de vida cerca de 80% das crianças já perderam estes anticorpos. CAXUMBA AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da parotidite infecciosa-gênero Paramoxivirus. RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Disseminação de gotículas e pelo contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 12 a 25 dias, em média 18 dias. CAXUMBA TRANSMISSIBILIDADE: De 6 a 7 dias de parotidite, principalmente nas 48 horas antes, até 9 dias depois do início da doença. Na urina, o vírus pode estar presente até o 14º dia após o início da doença. SUSCETIBILIDADE: Universal IMUNIDADE: Pela infecção natural Pela doença Pela vacina INFLUENZA AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Influenza Tipo A, B e C – família Orthomyxovírus. RESERVATÓRIO: O homem (suspeita-se que os animais sejam fonte de novos subtipos do vírus). MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão direta-aérea. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Em média de 1 a 5 dias. INFLUENZA TRANSMISSIBILIDADE: Em média de 3 a 7 dias, iniciando-se com os sintomas clínicos. SUSCETIBILIDADE: Universal IMUNIDADE: Pela doença Pela vacina, imunidade contra o vírus utilizados na vacina e reforço contra as cepas afins que produzam infecção anterior. HAEMOPHILUS INFLUENZAE B AGENTE ETIOLÓGICO: Forma capsulada da bactéria Haemophilus Influenzae b (Hib), principalmente. RESERVATÓRIO: O homem MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão direta por gotículas e secreções nasofaríngeas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 2 a 4 dias. HAEMOPHILUS INFLUENZAE B TRANSMISSIBILIDADE: Enquanto a bactéria estiver presente no organismo, até 24 a 48 horas após o início da antibioticoterapia. SUSCETIBILIDADE: Universal IMUNIDADE: A imunidade aumenta com a idade... HAEMOPHILUS INFLUENZAE B podendo ser induzida por vários cocos, streptococus, pneumoniae, algumas cepas da Escherichia coli e outras bactérias, promovendo imunidade cruzada. Portanto, a partir de 3 anos, a suscetibilidade vai diminuindo * As principais infecções causadas pelo Haemophilus Influenzae b são: meningite, septicemia, pneumonia, epiglotite, celulite, artrite séptica, osteomielite e pericardite. * VACINAS PARA O TRABALHADOR dt (Dupla Adulto) Hepatite A e B Febre Amarela Hemófilo Influenza A Pneumococo Tríplice Viral BCG (Tuberculose) * Serviços de Saúde e Normas de Vacinação (ANVISA) PREPARO DE VACINAS INJETÁVEIS ABERTURA DA EMBALAGEM DA SERINGA LUBRIFICAÇÃO DA ROLHA DE BORRACHA DO ÊMBOLO APOIO DA SERINGA DESINFECÇÃO DA TAMPA DE BORRACHA COM ALGODÃO SECO OU EMBEBIDO EM ÁLCOOL 70% Aspiração da Vacina Aplicação da vacina Perguntas a)Em que crescemos? b)O que aprendemos? c)Foi válido ou não? BIBLIOGRAFIA